Após 14 anos, o Brasil volta a jogar no Recife, e o clima será de revanche nesta quarta-feira, a partir das 21h50, no estádio do Arruda. O adversário é o Paraguai, último algoz da seleção pentacampeã mundial. Depois de golear o Uruguai por 4 a 0, a equipe do técnico Dunga tem ainda a possibilidade de obter pela primeira vez 100% de aproveitamento em uma rodada dupla de eliminatórias e encerrar um tabu que já dura quase seis anos.Além disso, é a única vingança que falta na 'era Dunga'. Com o capitão do tetra no comando, o Brasil perdeu quatro vezes. Diante de Portugal, México e Venezuela, já deu o troco. Agora, resta o Paraguai.
"Tem um gostinho de revanche pela derrota por 2 a 0. Vamos entrar bastante empenhados para exercer o que fizemos no Uruguai. Acredito que será uma partida muito boa e volto a frisar ao torcedor pernambucano que o carinho das arquibancadas nos ajuda dentro de campo", destacou o goleiro Júlio César.
O duelo vale a liderança isolada do torneio qualificatório. Os dois países somam 24 pontos, mas o Brasil leva vantagem no saldo de gols.
"Eles têm uma equipe traiçoeira. Se acharmos que vamos encontrar facilidade, não vamos", alertou o volante Gilberto Silva.
A última vez que a seleção brasileira ganhou os dois compromissos em uma rodada dupla de eliminatórias aconteceu em setembro de 2003, com o técnico Carlos Alberto Parreira. Os placares foram 2 a 1 contra a Colômbia, fora de casa, e 1 a 0 diante do Equador, em Manaus.
De lá para cá, aconteceram 12 rodadas duplas - seis com Carlos Alberto Parreira e seis com Dunga -, e o máximo que o Brasil conquistou foram quatro pontos.
No ano passado, o time verde-amarelo teve duas oportunidades para encerrar o jejum. Ganhou de Chile e Venezuela fora de casa, porém apenas empatou com Bolívia e Colômbia, no Rio de Janeiro, três dias após esses dois jogos.
"O nosso objetivo é manter a linha de jogo que apresentamos no Uruguai. É a oportunidade única de conseguir duas vitórias seguidas", decretou o lateral-direito Daniel Alves. O atleta do Barcelona deve ser mantido como titular, apesar de Maicon estar recuperado de problemas musculares na coxa.
A dúvida está no ataque. O artilheiro do time nas eliminatórias, Luís Fabiano, cumpre suspensão, e Alexandre Pato e Nilmar são os candidatos a vestir a camisa 9. Dunga não deu pistas sobrem quem será o escolhido.
O rival
Até o final de 2008, o Paraguai realizava uma campanha quase impecável, com apenas uma derrota em dez jogos pelo qualificatório. Neste ano, porém, foram duas derrotas e um empate, tropeços que ocasionaram a perda do primeiro lugar na tabela.Para encarar o Brasil no Recife, o atacante Roque Santa Cruz é dúvida, assim como o meio-campista Morel. Em compensação, Cabañas (foto), carrasco de Flamengo e Santos na Libertadores passada, e autor de um gol na última vez que as duas seleções se encontraram, volta de suspensão.
"A zaga central do Brasil é lenta e tem problemas para cobrir as jogadas. Temos a intenção de tirar vantagem dessa fraqueza", comentou o atacante, mencionando a região ocupada por Lúcio.
Ficha técnica
| BRASIL | PARAGUAI |
| Julio César; Daniel Alves, Lúcio, Juan e Kléber; Felipe Melo, Gilberto Silva, Elano e Kaká; Robinho e Alexandre Pato (Nilmar). | Justo Villar; Darío Verón, Da Silva, Julio César Cáceres e Caniza; Vera (Jonathan), Edgar Barreto (Ledesma), Víctor Cáceres e Riveros; Dante López e Cabañas. |
| Técnico: Dunga. | Técnico: Gerardo Martino |
| Estádio: Arruda, no Recife-PE. Data: 10/06/2009. Horário: 21h50m (de Brasília). Árbitro: Óscar Ruiz (COL) Auxiliares: Abraham González (COL) e Wilson Berrío (COL). | |
| Transmissão: A Rede Globo, a Band e o SporTV transmitem a partida. | |
Fontes: Uol e Globo.com
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário