Após a derrota dolorosa para Porto Rico, na segunda-feira, o Brasil juntou os cacos na terça e fez uma boa exibição contra o México. A vitória por 104 a 90, com direito a um show de basquete no terceiro quarto, mantém as boas chances de classificação em terceiro lugar, escapando de um confronto com os Estados Unidos nas semifinais. A equipe verde-amarela volta à quadra nesta quarta, às 21h30m, para enfrentar a invicta Argentina.
Leandrinho foi o cestinha brasileiro, com 21 pontos e ótimo desempenho no terceiro quarto. Nenê teve sua melhor atuação no Pré-Olímpico até agora, com 17 pontos e sete rebotes. Murilo fez 15 pontos, Marcelinho anotou 11 e Guilherme adicionou 10. Pelo México, destaque para Beck Castro, com 29 pontos, e Parada, com 17.
No início da partida, o Brasil ainda mostrou algum nervosismo. O México aproveitou as falhas na defesa e chegou a abrir 11 a 7. Marcelinho não acertava os chutes de longa distância e a equipe sofreu até virar o placar em 15 a 14. Ao fim do primeiro período, a vantagem brasileira era de 24 a 22.
O técnico Lula Ferreira mandou o time de volta à quadra no segundo quarto sem Nenê, e o ataque melhorou. Pouco depois, Guilherme entrou em quadra e mostrou desenvoltura. Marcelinho acertou a mão e a vantagem brasileira chegou a 14 pontos, com 53 a 39 na saída para o vestiário. Àquela altura, Marcelinho era o nosso cestinha, com 11 pontos, e Splitter comandava os rebotes, com oito. Castro comandava o ataque do México, com 21 pontos e muita liberdade para trabalhar em quadra.
Mais relaxado com a boa vantagem, o Brasil engrenou de verdade no terceiro período. Lula manteve, na maior parte do tempo, uma formação com Nenê, Guilherme, Marcelinho, Leandrinho e Valtinho. Os jogadores trabalharam muito bem no ataque e logo abriram 22 pontos.
O técnico do México, o americano Nolan Richardson, tomou uma medida curiosa para tentar uma reação: trocou os cinco jogadores de uma vez. De nada adiantou e a diferença chegou a 27 pontos. Com Nenê mais solto em quadra e Leandrinho comandando o ataque, o Brasil começou a dar show.
Quando o placar chegou a 72 a 45, Richardson voltou a trocar os cinco de uma vez. E o efeito, mais uma vez, foi nulo. O Brasil continuou mandando no jogo e fechou o terceiro período em 87 a 63. Àquela altura, Leandrinho virou o cestinha, com 21 pontos.
No último quarto, a seleção brasileira começou sonolenta e caiu muito de produção. O México emplacou uma seqüência de 12 a 3 e cortou a vantagem. Lula aproveitou para usar todos os jogadores na rotação, menos Marquinhos, que está fora do Pré-Olímpico após machucar a mão esquerda. A diferença, que tinha chegado a 32 pontos no terceiro quarto, chegou a cair para 12, assustando o torcedor. Ainda assim, o Brasil conseguiu segurar o resultado.
Algoz do Brasil cai diante dos EUA
*Porto-riquenhos não resistem ao talento dos EUA e se complicam de vez em Las Vegas
Um dia depois de surpreender o Brasil e respirar no Pré-Olímpico, Porto Rico voltou à dura realidade. A equipe perdeu para os Estados Unidos por 117 a 78 e agora depende de um milagre para se classificar às semifinais. O time americano nem precisou jogar seu melhor basquete para conquistar a vitória, que o mantém invicto na liderança do torneio, com 10 pontos e classificação mais do que garantida.
LeBron James comandou os EUA com 21 pontos, quatro rebotes e quatro assistências. Em seguida, vieram Carmelo Anthony, com 17 pontos, Michael Redd, com 15 e Kobe Bryant, com 14. O pivô reserva Amare Stoudemire contribuiu com 12 pontos e oito rebotes.
Pelo lado porto-riquenho, Ayuso foi o cestinha, mas não teve a mesma liberdade dada pelo Brasil e fez apenas 13 pontos. Arroyo fez 12 e saiu com cinco faltas ainda no terceiro período. A equipe agora deve lutar para ficar pelo menos em quinto lugar, o que lhe daria o direito de disputar o Pré-Olímpico Mundial, um mês antes dos Jogos de Pequim.
Kobe Bryant, que levou um drible desconcertante do mexicano Castro na véspera, começou a partida chamando a responsabilidade. O craque do Los Angeles Lakers fez 11 pontos no primeiro período. O pivô Ramos chegou a dar um belo toco em Carmelo Anthony, e os EUA acertaram apenas um dos oito arremessos de três tentados, mas nem assim Porto Rico conseguiu evitar a desvantagem de 24 a 15.
Veio o segundo quarto, e os americanos acertaram a mão. Foram sete chutes de três certeiros em 11 tentativas. Com vantagem de 28 a 16 nos rebotes, a seleção de galácticos chegou a abrir 34 de vantagem e foi para o vestiário com 59 a 27.
Àquela altura, Carmelo era o cestinha da equipe, com 14 pontos, seguido pelos 11 de Kobe e LeBron. Ramos, que tinha ficado em quadra por 15 minutos, não havia conseguido nenhum rebote até então.
No terceiro quarto, os tiros de três dos EUA voltaram a falhar, com aproveitamento de três em oito - o último deles no último segundo do período, com Chauncey Billups. LeBron cresceu na partida e chegou aos 21 pontos. Arroyo, que tinha 12 pontos, saiu com a quinta falta e prejudicou ainda mais a equipe porto-riquenha. Sem o armador, não houve fôlego para cortar a diferença.
Os últimos 10 minutos serviram para o técnico Mike Krzyzewski colocar os reservas em quadra e dar ritmo de jogo a atletas menos cotados. Deron Williams, Mike Miller, Michael Redd, Tayshaun Prince e Tyson Chandler administraram o resultado até o fim.
Outros resultados
Venezuela | 88 | x | 79 | Uruguai |
Canadá | 70 | x | 85 | Argentina |
Fonte:Globo.com

Redator:Rafael Moraes
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