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domingo, 30 de março de 2008

Coluna > Domingueira do Pilat

100 palavras

Dia 25 de Março de 2008, milhões de pessoas pelo Brasil inteiro abriram seu armário, sacaram uma camisa alvi-negra, vestiram e saíram às ruas, sem o menor pudor de mostrar seu amor pelo, agora Centenário, Clube Atlético Mineiro.

São 100 anos de vida, com grandes craques, grandes títulos, grandes história e, acima de tudo, uma enorme e apaixonada torcida. Afinal, quem não se arrepia quando ouve um Mineirão lotado gritando: "Vencer, vencer, vencer, esse é o nosso ideal..." ???

O Galo, apelido que surgiu apenas no ano de 1945, ao logo do tempo, fez prevalecer sua força sempre apoiado por sua massa. Não há jogo em que ela não esteja lá. Seja sob Sol, ou seja sob neve, como foi o time dos anos 50, de Lucas, que viajou por 35 dias pela Europa, jogando no gelo, literalmente, e mostrando a força do clube mineiro.

E ai de quem vestir uma camisa azul em terreiro onde o Galo canta. Essa cor não se mistura com nada que venha do Atlético. Sem ela, o time alvi-negro nada seria, pois é essa rivalidade com o Cruzeiro que traz sempre um alento para sua massa mesmo nos piores momentos, como nas épocas sem títulos ou no Rebaixamento no Campeonato Brasileiro. É a Raposa quem sempre está por perto, oferecendo-se como uma fêmea no cio, para reerguer a alto-estima do rival.

Que tal ser o maior campeão estadual de todos os tempos? Que tal ser o primeira Campeão Brasileiro? Isso não vale tanto quanto ser atleticano. Parece que a alma de um torcedor do Galo não enxerga a linha entre uma vitória e uma derrota. Só a vitória existe. Mesmo que venha o Cruzeiro e meta 5 no pobre Galo, a voz das arquibancadas continua etoando os gritos de "Vencer, vencer, vencer", não para que venha a virada de 6 a 5, mas para que no próximo jogo, os 11 que entrarem em campo com camisas alvi-negras façam algo por aquela legião que os acompanha.

Bem que eu queria ser nascido, e de preferência atleticano, nos final dos anos 70, início dos 80, quando o Galo travava duelos incríveis com o Flamengo pela hegemonia do futebol arte no Brasil. Em 77 veio um grande baque, pois o futebol força do São Paulo bateu a classe de Reinaldo e companhia. Talvez, depois disso, o Atlético nunca mais foi o mesmo, e sem essa derrota o Hexa estadual poderia não passar de sonho.

Hoje não há como negar que a fase é ruim. Mas ruim também é ficar de braços, ou asas, cruzados, esperando que a ajuda divina venha salvar o clube. Se tem alguém que pode fazer alguma coisa neste momento, este alguém é o torcedor. É hora de levar o Atlético novamente ao topo do Brasil, brigando por títulos, e levando temeridade aos adversários.

Clube Atlético Mineiro, parabéns. Tá ficando velho...

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“Se houver uma camisa alvinegra pendurada no varal em dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento”
Roberto Drummond, escritor e atleticano


"Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa"
Telê Santana, Campeão Brasileiro de 1971 como técnico.


"É uma grande honra fazer parte da história de um clube que completa 100 anos. E eu, muito mais, por ser o maior artilheiro de um clube que é o nosso orgulho e nossa imortal paixão. São 255 gols no profissional, e deve ter mais uns 100 aí nas categorias de base. Para mim, é uma honra muito grande ter dado alegria à imensa torcida alvinegra"
Reinaldo, maior artilheiro


"Nós somos do Clube Atlético Mineiro
Jogamos com muita raça e amor

Vibramos com alegrias nas vitórias

Clube Atlético Mineiro

Galo forte vingador !


Vencer, vencer, vencer...

Este é o nosso ideal

Honramos o nome de Minas

No cenário esportivo mundial


Lutar, lutar, lutar...
Pelos gramados do mundo pra vencer
Clube Atlético Mineiro

uma vez até morrer ! (...)"
Vicente Mota, autor do Hino

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Um bom domingo a todos.










Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. 100 anos de sofrimento no CENTERNADA!!! Essa é a verdadeira realidade.

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