Após as chegadas dos meias Tcheco e Danilo, que foram contratados para serem titulares na Libertadores, muitos analistas imaginaram que o Mano Menezes escalaria a equipe no 4-4-2, com os dois meias de criação e a dupla Jorge Henrique e Ronaldo na frente. Outros (como eu) pensaram em uma equipe com o mesmo esquema, mas sem o Tcheco, e com Iarley ao lado do Fenômeno.Porém, já deu para perceber que o Mano seguirá a mesma linha do primeiro semestre de 2009. Ou seja, um time com apenas um atacante centralizado e dois jogadores abertos, com a função de voltarem para marcar no campo. É um esquema que no ano passado foi chamado de 4-3-3, mas que na maioria das vezes foi um 4-2-3-1.
O polivalente Jorge Henrique continua com a mesma função de marcação e chegada ao ataque, e Danilo entra no lugar do Dentinho, pela esquerda. Uma das diferenças é que o ex-são-paulino sempre teve a característica de um jogador tático, que consegue recompor com facilidade, além de dar a opção para o treinador fazer variações, como puxá-lo para o meio-campo.
Outra diferença bastante interessante, que ficou clara na estreia do Corinthians na Libertadores, é a maior liberdade o Elias terá para atacar e chegar como homem surpresa na frente. Isso se deve à presença do Tcheco no time, outro jogador inteligente, que se posiciona muito bem e será importante para cobrir as subidas do camisa 7.
É o esquema tático ideal, que explora muito bem as principais características dos jogadores. E o melhor para o Mano, é que não faltam jogadores no banco de reservas para mudar a forma do time jogar e fazer variações táticas.
Souza ao lado do Ronaldo?
No jogo contra o Racing, quarta-feira, o técnico corintiano optou por uma opção pouco comum ao colocar dois centroavantes, Souza e Ronaldo, juntos no comando de ataque. No entanto, pelo modo que ambos jogam, é uma opção bastante interessante para alguns jogos, principalmente pela competição Sul-Americana.
O Ronaldo sai bastante da área e tem técnica de sobra para isso, enquanto o Souza é muito bom para fazer o papel de pivô e deixar os companheiros em condições de marcar, como fez com o Elias. Por incrível que pareça, em alguns momentos, esses dois podem formar uma boa e eficiente dupla de ataque!
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* A coluna Democracia 10 é a voz da nação corintiana aqui na Redação.
Direto da Redação
Colunista: Pedro Silas
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