NHL > Exemplo olímpico
Enquanto esportes como futebol americano e beisebol ficam cada vez mais populares no Brasil, o hóquei não emplaca. Muito pela falta de espaço na mídia para a NHL - nenhum canal transmite os jogos ao vivo aqui.
Muito também por uma questão que já é comum para os americanos, mas não para os brasileiros: as brigas. Para que não sabe, os combates entre jogadores são amparados pela regra. Desde que nenhum outro atleta interfira no duelo, dois jogadores podem trocar sopapos e a arbitragem só intervém quando um deles é derrubado. Os "pugilistas" levam um pequena punição de cinco minutos fora do jogo e podem voltar à quadra depois.
Isso faz parte da tradição da NHL e dificilmente mudará. Para os norte-americanos, essa briga mano-a-mano representa um duelo de homens e evita confusões generalizadas. É também uma arma das equipes para impor respeito. Mas no Brasi não se admite que brigas sejam associadas ao esporte.
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Na minha opinião, as brigas deveriam ter regras mais severas. Suspensões nos jogos seguintes, por exemplo. Querendo ou não, não é um grande exemplo, apesar do incentivo à briga limpa. Eu prefiro o incentivo às conversas limpas. Nem tudo deve ser resolvido na força.
O melhor exemplo de que é possível jogar hóquei sem "boxe" foi o torneio olímpico em Vancouver, que teve o Canadá de Crosby, Iginla e Pronger como campeão na final contra os EUA. Foi um baita campeonato, com regras mais rigorosas para os brigões (suspensões nas partidas seguintes) e jogos emocionantes. E todas as seleções estavam recheadas de jogadores da NHL.
O jogo tem mesmo contato físico constante, e é preciso ter sangue frio para não arrumar confusão. Mas é possível.
As Olimpíadas de Inverno mostraram um hóquei diferente. Muito jogado. Aquilo que eu, particularmente, gostaria de ver transmitido para o Brasil com mais frequência. Porém, fica difícil defender a NHL enquanto não estiver bem claro que a briga é um recurso "nobre" do jogo, mas que a punição é também exemplar.
NBA > Varejão sexto homem?
Quase nove pontos e quase oito rebotes por partida. A quase média "double-double" de Anderson Varejão pelo Clevland Cavaliers na temporada 2009/2010 da NBA, como reserva, já o coloca entre os favoritos para o prêmio de sexto homem da temporada.
A tradicional premiação é dada, costumeiramente, ao jogador mais importante entre as 30 franquias saindo do banco. E Varejão é fundamental para a campanha dos Cavs, melhor campanha da Liga. Se as coisas continuarem assim, o brasileiro tem tudo para levar o prêmio. O "Wild Thing" merece!
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* A coluna Terra do Tio Sam fala dos esportes que são mania nos Estados Unidos: basquete, beisebol, futebol americano e hóquei.
Direto da Redação
Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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