A Associação Européia das Ligas de Futebol Profissional (EPFL) anunciou hoje a adoção de dez medidas para erradicar a violência no futebol e assegurar a segurança dos estádios.
O diretor-geral da EPFL, Emanuel Macedo de Medeiros, disse durante a reunião de dois dias realizada pelo organismo em Lisboa que as 25 ligas que formam a associação criarão um pacto contra a "praga" da violência.
Ele apontou também a necessidade de reforçar as medidas preventivas e repressivas para erradicar a violência e conseguir maior valorização do espetáculo esportivo, para fazer com que famílias inteiras possam comparecer sem medo aos estádios.
Dirigentes também têm responsabilidade
Macedo de Medeiros pediu prudência e responsabilidade aos dirigentes dos clubes em suas declarações para não incitar comportamentos "desviados" de pessoas que não gostam de futebol e apenas se aproveitam do esporte para exteriorizar seus problemas.
Outras medidas são a melhoria no sistema e processo de emissão de ingressos, o acesso e permanência dos espectadores nos estádios e a criação de uma comissão de acompanhamento de supervisão da EPFL, que vai inspecionar o cumprimento deste plano de ação.
O diretor-geral da EPFL afirmou que outra das propostas é aumentar a cooperação com as forças de segurança e a colaboração dos clubes com torcidas organizadas. Durante o encontro, o responsável pelo projeto "FanProjeckte", do Campeonato Alemão, Thomas Weinmann, e o coordenador internacional da Federação Inglesa dos Torcedores de Futebol, Steven Powell, defenderam a necessidade de integrar torcedores e clubes.
Para Weinmann e Powell, isso faria com que os clubes trabalhassem diretamente com a torcida, dentro e fora dos estádios, e os que não cumprissem as normas de bom comportamento poderiam ser excluídos, erradicando assim a violência.
Weinmann defendeu a criação de um maior relacionamento entre clubes e torcedores, que deveria ter uma "preocupação social", para entender os problemas reais dos seus seguidores, como o desemprego.
Um dos exemplos citados foi o do Porto, que estabeleceu um protocolo de deveres com as torcidas organizadas, que estão obrigadas a colaborar com a Polícia caso seja necessário.
Macedo de Medeiros defendeu ainda uma maior colaboração entre a EPFL, a Uefa, a Fifa, e as diferentes autoridades públicas locais, regionais, nacionais e comunitárias.
fonte: globo.com
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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