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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aqui é Corinthians > Irreconhecível em partes

"Um jogo chato e sonolento". Essa é uma definição incomum quando se trata do Corinthians em clássicos no Pacaembu nos últimos tempos, sobretudo contra o São Paulo. Mas foi essa a tônica do empate sem gols entre as equipes, no último domingo. Nesse aspecto, o que se viu foi um time irreconhecível, sem impor um ritmo intenso em sua casa diante de um rival.

Por outro lado, não é novidade alguma esse tipo de atuação na atual temporada. O 11º lugar na tabela, inclusive, reflete muito bem o que (não) tem jogado o Alvinegro. Não é à toa, também, que seu ataque tem apenas seis gols em nove jogos, simplesmente o pior ataque das duas principais divisões do Brasil. Para se ter ideia, o artilheiro Maxi Biancucchi anotou sete tentos, um a mais que todos os corintianos juntos.

Se o primo do Messi dá trabalho aos seus adversários, o sistema defensivo do campeão do mundo tem sido, de fato, inoperante. Faltam repertório e variações de jogadas. Tite, que novamente não foi feliz nas substituições no Majestoso, não é mais o mesmo dos últimos dois anos. A marcação pressão no campo do adversário, que tanto fez sucesso, aparece com pouca frequência.

Até mesmo enfrentando um time em crise, sem segurança para executar as ações com a bola e nitidamente buscando segurar um 0 a 0, teve momentos em que o campeão do mundo ficou todo atrás da linha da bola, esperando o adversário para dar o bote. Isso tem sido comum. Mas convenhamos: o contra-ataque corintiano não vem sendo fatal nem mesmo contra adversários que avançam e deixam espaços, imagine diante de um precavido São Paulo.

O que se viu, então, foram muitos toques de lado, recuos de bola para os defensores e pouquíssima criatividade. A tradicional intensidade do Timão no Pacaembu deu lugar a um aparente comodismo, outro fator presente desde o início do Brasileirão. Falta a fome de bola dos jogos decisivos!

É preciso ter o mesmo foco que o teve para bater o Santos na final do Paulista e o próprio rival do Morumbi na decisão da Recopa rodada após rodada no torneio nacional. Como em 2011, quando foi pentacampeão. Por enquanto, o que se vê é uma equipe que parece se sustentar nas conquistas recentes. Vamos ver a postura hoje, novamente em casa, no difícil jogo diante do bom time do Grêmio...

Renato Augusto não pode ser reserva!

Coerência, merecimento, esquema tático ou qualquer outra expressão que possa ser usada por Tite não justifica a ausência do Renato Augusto no time titular. Já passou da hora, inclusive. É muito claro que ele é o jogador do elenco com mais condições de desequilibrar uma partida atualmente. Seja no lugar do Romarinho (meu preferido para sair hoje), Sheik ou até Guilherme, o camisa 8 tem de estar entre os 11 iniciais.

Enquanto o técnico corintiano segue sua "coerência" incoerente e demora para fazer o óbvio, o tempo vai passando, a equipe segue sem jogar um futebol decente, os pontos vão sendo perdidos e a distância para os primeiros colocados aumentando. Chega de insistir no erro, Tite!

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* Nesta coluna o assunto é o time do povo. Aqui é Corinthians!


por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com

Comentário da Redação > De volta à liderança

(Crédito: Terra)
O Palmeiras está de volta à liderança da Série B. Jogando em casa, o alviverde goleou o Icasa por 4 a 0 e com a derrota da Chapecoense para o Ceará, chegou aos 25 pontos – dois a mais que os catarinenses.

O placar pode até ter sido elástico, mas o Verdão continua com dificuldades e com lampejos de desorganização tática quando enfrenta times com propostas defensivas. Gilson Kleina surpreendeu na escalação com duas alterações em relação aos jogos anteriores. Na zaga, Vilson entrou no lugar de André Luiz e no meio, Valdivia ficou no banco de reservas e quem começou jogando foi Mendieta.

O jogo começou truncado com muita marcação por parte da equipe cearense. Aos sete minutos veio a primeira chance de perigo dos paulistas. Vinicius arrancou pelo meio e tocou para Charles. O volante limpou a marcação e arriscou com perigo, a direita de João Ricardo.

Quando o Icasa foi ao ataque, quase foi fatal. Aos 22 minutos, após cruzamento da direita, Henrique deu carrinho dentro da área e acerta Juninho Potiguar: pênalti. Na cobrança, Radamés ficou indeciso, bateu no canto direito e Fernando Prass não teve trabalho em defender.

Mesmo com o pênalti desperdiçado pelo adversário, o Palmeiras tinha muita dificuldade para furar a defesa adversária. Os cearenses tiveram mais uma chance aos 32, quando Carlinhos apareceu livre na área e mandou para fora.

Aos 36, Leandro invadiu a área e foi derrubado por Gilmak, o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Vinicius bateu no canto direito de João Ricardo e abriu o placar. Nos acréscimos, Mendieta fez fila na defesa adversária e bateu na entrada da área, João Ricardo fez grande defesa.

Na segunda etapa, Luis Felipe cruzou da direita, Vinicius apareceu de surpresa e João Ricardo defendeu no susto.

E por falar em susto, quem assustava a defesa palmeirense era o ala cearense Carlinhos. Aos oito, o camisa 6 avançou pela esquerda e bateu cruzado. Fernando Prass defendeu parcialmente. Na sequência foi a vez de Chapinha arriscar no canto esquerdo do arqueiro palmeirense, que fez outra intervenção.

Depois disso, acabou o gás do time cearense e o Palmeiras teve mais facilidade para jogar. Aos 18, Mendieta cobrou falta com perigo e quase ampliou. Foi o último lance do paraguaio no jogo e deu lugar a Valdivia. Além do chileno, quem também entrou foi Alan Kardec no lugar de Vinicius.

O jogo se caminhava para ser sonolento - confesso que esta pessoa que vos escreve quase dormiu já que as chances eram escassas – e Gilson Kleina mexeu mais uma vez com a entrada de Ananias no lugar de Leandro.

Aos 32 minutos veio o segundo gol. Juninho cobrou escanteio pela esquerda e Alan Kardec cabeceou para o chão, não dando chance para defesa de João Ricardo. Sete minutos depois, após troca de passes dentro da área do Icasa  iniciada por Valdivia, Wesley acertou o ângulo esquerdo: 3 a 0.

Quando os 12 mil torcedores se preparavam para ir embora, ainda teve tempo para mais um tento. Valdivia fez bela jogada individual e tocou para Alan Kardec fechar a conta e passar a régua em mais uma goleada alviverde.

Apesar da dificuldade no início, o Verdão sai do Pacaembu líder da Série B e sexta-feira tem mais.

Conceitos

Fernando Prass - BOM: Apesar do placar elástico, teve trabalho. Defendeu bem o pênalti.
Luis Felipe - BOM: Cresceu muito no segundo tempo e quase marcou um gol em jogada individual. 
Henrique - REGULAR: Estabanado no lance do pênalti e quase jogou o time no mato.
Vilson - BOM: Partida segura. Pelo menos é melhor que o André Luiz.
Juninho - REGULAR: Não aproveitou os espaços oferecidos pelos lados. Foi o mapa da mina no seu setor.
Márcio Araújo - BOM: Não comprometeu o setor defensivo.
Charles - BOM: Elemento surpresa no primeiro tempo e mais um marcador no segundo. Boa apresentação.
Wesley - ÓTIMO: Marcou, armou, atacou e foi premiado com um golaço.
Mendieta - BOM: Demonstrou que não é um meia clássico de ficar centralizado. Tem muita movimentação e habilidade. Quase marcou um golaço.
(Valdivia) - ÓTIMO: 30 minutos de magia. Jogou muito e não cansou de deixar seus companheiros na cara do gol.
Leandro - REGULAR: Abusou das jogadas individuais.
(Ananias) - REGULAR: Entrou para dar mais velocidade ao time e fez bom papel tático.
Vinicius - BOM: Correu, correu e marcou de pênalti.
(Alan Kardec) - ÓTIMO: Mesmo sem ritmo de jogo marcou dois gols. Será titular rapidinho.
Tec. Gilson Kleina - BOM: Escalou Vilson na zaga e surpreendeu ao deixar o Valdivia no banco. No segundo tempo colocou o chileno em ação e o time engrenou rumo à goleada.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Antonio Lemos | www.paponaarquibancada.blogspot.com.br

terça-feira, 30 de julho de 2013

Paddock da Redação > Lewis volta a ser Hamilton e vence a primeira prova na Mercedes

O Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 trouxe duas notícias, uma boa e outra ruim (pelo menos pra mim). A primeira é que Lewis Hamilton voltou a ser Hamilton e depois de conseguir uma improvável pole, conquistou sua primeira vitória no ano e pode sonhar com a disputa do título de pilotos.

A notícia ruim é que, segundo a reportagem do Sportv, a FIA renovou o contrato com a administração do GP húngaro até 2021, ou seja, teremos pelo menos mais oito edições da corrida mais sem graça e enfadonha da temporada. Mas vamos voltar a falar das coisas boas (ou não) que aconteceram na corrida de domingo.

Além da ótima estratégia e da boa corrida de Hamilton, devemos dar os parabéns para Kimi Raikkonen e sua Lotus. Apesar de não terem um equipamento considerado “de ponta”, a Lotus construiu um carro consistente e que tem no baixo consumo de pneus o seu ponto mais forte. O finlandês surpreendeu todo mundo ao dar 29 voltas com um jogo de pneus e, por isso, entrou na disputa pelo pódio. Com o segundo lugar conquistado na Hungria, Kimi assumiu também a vice-liderança do campeonato, aproximadamente 30 pontos atrás de Vettel.

Por falar no alemão, ele conseguiu levar suas Red Bull ao terceiro lugar e se manteve na liderança com uma diferença confortável de pontos. Seu principal rival até o momento, Fernando Alonso, não foi bem e terminou a prova no quinto lugar.

O outro piloto da Ferrari também foi mal do GP da Hungria. Felipe Massa terminou a prova na oitava colocação (após largar em sétimo e se chocar com Rosberg). O acidente só piorou o desempenho já irregular do carro vermelho que não conseguiu fazer frente aos seus principais rivais. E Massa, por sinal, começa a ficar com sua situação complicada em Maranello, pois ainda não está garantido na equipe no ano que vem e, pelo cenário da F1, há uma boa chance dele deixar o circo na temporada de 2014.

Agora a Fórmula 1 faz uma pausa de três semanas (férias de novo) e volta no dia 25 de agosto com o tradicional e bom GP da Bélgica, onde a situação dos pilotos para a próxima temporada começara a se definir. Veja abaixo a classificação do GP da Hungria e do campeonato até o momento.

Classificação do GP da Hungria:
1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
2) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)
3) Sebastian Vettel (ALE/RBR)
4) Mark Webber (AUS/RBR)
5) Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
6) Romain Grosjean (FRA/Lotus)
7) Jenson Button (ING/McLaren)
8) Felipe Massa (BRA/Ferrari)
9) Sergio Pérez (MEX/McLaren)
10) Pastor Maldonado (VEN/Williams)

Classificação do Mundial de Pilotos 2013:
1 Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault)    172
2 Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault)    134
3 Fernando Alonso (ESP/Ferrari)    133
4 Lewis Hamilton (ING/Mercedes)    124
5 Mark Webber (AUS/RBR-Renault)    105
6 Nico Rosberg (ALE/Mercedes)    84
7 Felipe Massa (BRA/Ferrari)    61
8 Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault)    49
9 Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes)    39
10 Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes)    36

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* A coluna Paddock da Redação traz bastidores e análises da Fórmula 1, a principal categoria de automobilismo do mundo.


por Rodrigo Svrcek
| @svrcek_rodrigo

Gringolaço > Não será nada fácil, Pep

Guardiola terá trabalho para encarar o Borussia (Crédito: EFE)
Em sua primeira decisão sob o comando do Bayern de Munique, Pep Guardiola viu sua equipe perder para o rival Borussia Dortmund por 4 a 2 em partida válida pela Supercopa da Alemanha. Para os aurinegros, foi uma espécie de vingança, já que há dois meses o time foi vice-campeão da Champions League justamente perdendo a final para o Bayern.

Jogando no Signal-Iduna Park, os donos da casa saíram na frente aos seis minutos com Reus aproveitando falha de Stark, que substituiu o lesionado Neuer. E foi só no primeiro tempo.

Na etapa final, vimos um verdadeiro futebol jogado e logo aos nove minutos, Robben empatou a partida. Daí, sem Götze, vendido para os bávaros, quem carregou a responsabilidade foi Gündogan. No minuto seguinte ao gol do Bayern, o meia cruzou e o zagueiro Van Buyten marcou contra.

Crédito: AP
O camisa 8 estava endiabrado e na sequência deu uma arrancada pelo meio, deixou dois marcadores na saudade e tocou colocado no canto de Stark, ampliando a vantagem aurinegra.

Robben descontou aos 18 após cruzamento de Lahm, mas a noite era do Borussia e Reus passou a conta e fechou a régua para o quinto título do Dortmund da Supercopa.

Para quem pensou que a vida de Guardiola no comando do Bayern ia ser fácil, é melhor abrir o olho, pois o Borussia vem aí para ser uma pedra no sapato do catalão.

O Campeonato Alemão começará em 10 de agosto.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


por Antonio Lemos
|
www.paponaarquibancada.blogspot.com.br

domingo, 28 de julho de 2013

Comentário da Redação > Santos dos meninos e dos medalhões perde da Ponte em Campinas

O Santos foi a campo neste sábado para encarar a Ponte, em Campinas, com uma formação que ainda não me agrada. No mesmo time, meninos, jogadores mais experientes e medalhões que não têm mais condições de jogar na defesa. Essa mistura ainda não deu liga e nem dará. Melhor pra Macaca, que se aproveitou de um dos vacilos defensivos santistas para vencer o jogo por 1 a 0.

A todos que me perguntam se o caminho do Santos hoje é apostar na molecada, eu digo que sim. E sempre ressalto que é preciso mesclar os meninos com jogadores mais experientes, pois o momento do clube é difícil, a pressão é grande, e talvez só a base da Copa São Paulo não aguenta levar um Brasilerão inteiro nas costas. Porém, uma coisa são jogadores experientes, a outra são jogadores ultrapassados. Colocar três deles na mesma defesa é pedir pra levar gol todo jogo.

E assim foi ontem com Léo, Durval e Dracena mais uma vez. No primeiro tempo, o Santos criou pouco, teve dificuldades em passar pela marcação da Ponte Preta. Do outro lado, a Macaca não tinha toda essa dificuldade em passar por nossos defensores. Lembrando que o quarteto é complementado por Galhardo. Ou seja, é um terror nossa defesa! Enquanto isso, Mena no banco, Cicinho no banco, Gustavo Henrique no banco, Jubal no banco. Aí, Claudinei, o que acontece? Vai renovar o time ou vai ficar refém dos veteranos?

Enfim, feito mais um desabafo, vale registrar que Aranha salvou o time com belas defesas na etapa inicial. Porém, por ironia do destino, ele foi culpado no gol ponte-pretano. Em uma saída de bola precipitada, a defesa da Ponte cortou a bola que chegaria nos pés de Galhardo, e a redonda caiu para Rildo. Com dois toques na bola ele driblou o Dracenão e botou a bola na rede. Lamentável.

Depois disso, o time não mostrou poder de reação. Criou poucas chances. Os meninos também não foram bem, mas é normal essa oscilação. Os mais experientes que defendo no time, como Montillo e Arouca, também jogaram mal. Ou seja, poucos se salvaram dessa derrota.

Mas é aquela coisa... num time em reformulação, com muitos meninos, é preciso uma defesa mais sólida, que não leve gols tão idiotas como esse de ontem. Enquanto tivermos esses daí que já citei com lugar cativo no time, dificilmente veremos o Santos nas primeiras posições da tabela.

Conceitos

Aranha - BOM: Seria injusto da minha parte diminuir muito o conceito dele pela falha na saída de bola no lance do gol. Fez outras belas defesas.
Galhardo - RUIM: Não pode ser titular de um clube como o Santos. Deve ser a terceira vez que falo isso aqui.
(Gabriel) - BOM: Entrou bem no jogo até. Pode ter mais chances.
Edu Dracena - RUIM: Passou lotado no lance do gol e em outros tantos.
Durval - PÉSSIMO: Seu conceito médio de quase sempre.
Léo - RUIM: Seu conceito médio dos últimos 2 anos.
Arouca - RUIM: Tava bem desligado. Primeiro volante não pode ser tão desatento.
Leandrinho - REGULAR: Vinha jogando razoavelmente. Não devia ter saído.
(Cicinho) - BOM: Gostei da movimentação. Foi vaiado pela torcida da Ponte, mas não perdeu a cabeça.
Cícero - REGULAR: Apareceu pouco.
Montillo - RUIM: Tem que ser o líder desse time. Mas tá difícil dele tomar coragem de chamar essa responsa.
Neilton - REGULAR: Tentou algumas coisas, mas pode fazer mais.
Giva - RUIM: Brigou com a bola enquanto esteve em campo.
(Willian José) - SEM CONCEITO: Engraçado que ele entrou cedo no jogo, mas acho que nem tocou na bola.
Téc. Claudinei Oliveira - RUIM: Faz um bom trabalho até aqui, mas esse negócio de técnico interino que vira o "titular" sempre me deixa com pé atrás. Tenho a impressão de que o time vem sendo comandado pelos veteranos em alguns momentos e não por ele. Só vou ficar convicto do seu trabalho quando tirar pelo menos dois dos medalhões da defesa.

Curta a página do torcedor santista no Facebook: www.facebook.com/SantistaDeAlma.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Ricardo Pilat
| pilatportasio@gmail.com | @ricardopilat

Comentário da Redação > Palmeiras fica no empate em Guará

Crédito: Gazeta Press
O jogo começou bem morno, com muitos passes errados de ambas as equipes. O Palmeiras abusava muito de ligações diretas. Algumas davam certo, outras não, mas fato é que o time não mostrava muita calma para colocar a bola no chão e mostrar a sua superioridade. O gol do Verdão conseguiu sair apenas um uma bola parada com Leandro, mas mesmo com a vantagem, os jogadores continuaram errando muito. A sorte, era que o Guará estava na mesma linha mais ou menos, e apenas chegava em bola parada.

O segundo tempo veio, mas as coisas pioraram para o Palmeiras. O time foi facilmente dominado pelo Guaratinguetá, que trocava bons passes e conseguia chegar com perigo em Fernando Prass. Assim, veio o empate com Douglas Tanque, após um vacilo da marcação palmeirense pelo lado direito.

Depois disso, o Verdão começou a mostrar uma terrível desorganização tática, além de abusar dos chuveirinhos na área, que não estavam dando certo. O time pouco tentava jogar pelas laterais, devido ao campo estar muito ruim e assim tocava a bola e quando ela chegava na área, nada de perigoso acontecia.

No fim, um resultado que tirou o Palmeiras da liderança. Mas tenho certeza que com o tempo iremos voltar. O time é bem superior aos demais na competição.

O Verdão foi neste sábado ao Vale do Paraíba enfrentar o Guaratinguetá pela décima rodada do Brasileirão da Série B e saiu com um resultado que não pode ser considerado muito bom, 1 a 1. Muitos podem estranhar eu estar dizendo isso, mas é que o Palmeiras tem um time muito superior ao seu adversário. A equipe não jogou muito bem, e em certa parte do jogo chegou a ser plenamente dominada pelos donos da casa.

Conceitos

Fernando Prass – REGULAR: Não teve culpa no gol. Pouco trabalho em campo.
Juninho – REGULAR: Esteve mal na marcação. Muitos vacilos. O gol da Guará saiu do seu lado do campo.
Luis Felipe – REGULAR: Subiu bem ao ataque e arriscou alguns chutes de fora da área.
André Luiz – REGULAR: Pouco precisou trabalhar. Quando a zaga foi exigida, este bem.
Henrique – REGULAR: Idem ao André Luiz.
Márcio Araújo – BOM: Um ladrão de bolas no meio-campo.
(Mendieta) – REGULAR: Deu alguns bons lançamentos. Vai brigar pela titularidade logo logo.
Charles – RUIM: Zzzzzzz...
(Alan Kardec) – RUIM: Teve duas boas chances de fazer o gol e desperdiçou.
Wesley – BOM: Acho que foi o melhor do time em campo. Arriscou bastante e chegou bem ao ataque algumas vezes. Não foi tão fominha como costuma ser.
Valdívia – BOM: Não teve tanto brilho quanto das últimas vezes, mas deu uma qualidade boa ao meio. Quase não errou passe.
Vinícius – RUIM: Muito apagado. Perdeu todas as bolas que teve nos pés.
(Ronny) – REGULAR: Deu uma qualidade maior ao ataque, mas entrou muito esquentadinho, tanto que acabou expulso.
Leandro – BOM: Chegou com perigo ao ataque e fez o gol de oportunismo.
Téc.Gilson Kleina – REGULAR: Achei que errou nas alterações. Podia ter colocado o Ananias para dar uma velocidade pelos lados. Seria uma boa saída para o time.


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.



por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O Cara da Semana > Cuca: Sai zica!

Quando a Libertadores começou, ninguém apontava do Atlético Mineiro como favorito. Apesar do bom elenco, eram taxados de um time de “renegados” (termo usado pelo próprio Ronaldinho Gaúcho, um dos líderes do time). Refugos, pipoqueiros, desconhecidos, veteranos. Muitos termos para a mesma equipe que, não apenas rotulada como “o maior cavalo paraguaio do Brasil”, ainda contava com o mais azarado dos treinadores brasileiros dos últimos anos, o gaúcho Cuca.

Durante mais de 10 anos de carreira, Cuca se especializou em montar boas equipes. Times que jogavam ofensivamente, mesmo quando não haviam peças de peso no elenco, sempre manteve suas características. Assim como o Galo.

O Galo, desde 1971, ano que venceu o primeiro campeonato brasileiro no formato que conhecemos, não conseguiu uma grande conquista além de estaduais. A Copa Conmebol, equivalente a atual Copa Sul-Americana, curiosamente não costuma “contar” quando se listam torneios maiores. Apesar disso, o time mineiro sempre se mostrou um time de chegada, um time que sempre ia longe em todas as competições que disputava, fossem semifinais ou finais. Mas nunca conseguiam se sagrar campeões. Assim como Cuca.

A conquista da Libertadores de 2013 exorcizou todos esses demônios. O “fraco” em decisões, Victor, se tornou padroeiro do Horto. Jô e Rosinei, ditos como “latas” do antigo terrão corintiano, foram decisivos na final. Alecssandro e Richarlyson, os irmãos, na primeira oportunidade que tiveram de vestir a mesma camisa, conquistaram a América. Tardelli, ex-aspirante a “novo Luis Fabiano”, foi talvez o melhor jogador do torneio e Bernard, o menino prodígio, espantou as desconfianças sobre sua maturidade. Ronaldinho voltou a ser respeitado como deve e merece, reverenciado por todos aqueles que apreciam a beleza do futebol. A torcida atleticana, antes sofrida, esboçará por muito tempo o mais sincero e bonito sorriso que for possível, sem sofrer mais bullying do seu principal rival.

E Cuca... bem, fiquem com as palavras do próprio.



Parabéns ao Galo. O indiscutível dono da América.

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* A coluna O Cara da Semana fala dos personagens do esporte que tiverem seu momento de glória, seja por uma semana, seja por um dia, seja para sempre.


por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Comentário da Redação > Deu Galo doido!

Os novos campeões da América (AFP)
Pois é amigos, em janeiro poderíamos chamar de louco o cidadão que dizia que o Atlético-MG teria chances de conquistar a América. O time tinha a fama de ser azarado, assim como o seu treinador, Cuca. Mas as coisas mudam, e o que ontem tinha azar, hoje passa a ter sorte. O Galo é a maior prova disso. Mas uma vez contou com a sorte, além da competência claro, e finalmente voltou a conquistar um título de expressão, e que título! Nada mais nada menos que o mais cobiçado pelos times do continente americano, a Taça Libertadores. E antes da consagração da noite desta quarta, muitos viam como impossível a conquista atleticana. Isso porque no jogo de ida da final, o covarde time do Olímpia havia vencido o jogo por 2 a 0, e o Galo precisava chegar ao Mineirão e reverter o placar. Pois bem, reverteu e se tornou mais um grande a conquistar o continente.

Mas vamos a partida. Ela começou bem nervosa e com apenas cinco minutos já sabíamos as propostas dos times. Um Atlético que ia pra cima e um Olímpia ficando totalmente atrás, querendo fazer com que o jogo fosse o mais feio da história das finais de Copa. Na primeira etapa, a equipe paraguaia conseguiu seu objetivo e ainda conquistou um bônus. Deu perigo ao Galo em duas arrancadas pela esquerda, que fizeram Victor trabalhar. Já o time mineiro teve muita posse de bola, mas não conseguia chegar com perigo, se não fosse através de chutes de fora da área. O único lance atleticano que deu algum perigo ao Olímpia foi um chute de Ronaldinho. Nada mais.

Ficou claro que com os jogadores que estavam em campo não iria dar. Cuca teria que fazer mudanças, e fez, bem ousada por sinal. Tirou Pierre que é um volante de marcação e colocou Rosinei, um meia que sabe marcar e sair para o jogo. E em menos de um minuto, a alteração já começou a surtir efeito. O próprio Rosinei cruzou uma bola na área que acabou sobrando para Jô que mesmo de direita que não é a perna boa, empurrou a bola para o fundo das redes. Era tudo o que o Galo precisava, para ganhar uma sobrevida e ainda trazer de volta o seu torcedor que já demonstrava mais preocupação que nunca.

O segundo tempo, foi basicamente igual ao primeiro, ataque atleticano contra defesa Decana. A única diferença é que o Atlético errava menos, tocava mais bola e dava menos chutões, além de chegar ao gol com mais perigo, porém estava difícil. O Olímpia permanecia recuado e dessa vez estava pior. Éver Almeida havia desistido de fato de atacar e queria apenas defender. O Decano nem contra-ataque tinha mais, todos os jogadores ofensivos haviam sido substituídos por jogadores defensivos. Mas ainda assim, caiu no colo de Ferreira a chance de botar as mãos na taça. O atacante do time paraguaio recebeu uma bola, saiu na cara de Victor, driblou o goleiro e na hora de fazer o gol simplesmente escorregou, protagonizando uma das cenas mais bizzaras que pude ver em minha vida.

Neste momento, o relógio já estava em 40 minutos, e percebi que não poderia ser a toa, que o atacante argentino tivesse perdido aquele gol. Eu estava certo, certíssimo. Aos 42 veio o início da consagração com o ex-palmeirense Leonardo Silva, que subiu no segundo andar para fazer o gol que finalmente dava ao Galo, pela primeira vez no confronto, as chances claras de ser campeão. Mas ainda assim tinha a prorrogação, mais trinta minutos de pura tensão no Mineirão. Um Galo todo ofensivo, contra o Olímpia totalmente defensivo, com um a menos após a expulsão de Manzur, que queria de qualquer jeito chegar aos pênaltis, e conseguiu.


Nas penalidades, um Galo perfeito. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva bateram o seus pênaltis divinamente, ao contrário dos jogadores do Olímpia que bateram todos mal. Dois entraram e dois foram desperdiçados. Um deles, Victor pegou após ter avançado uns dois metros, mas isso pouco importou e o outro carimbou a trave e o passaporte do Atlético para o Marrocos.

Antes de encerrar o texto, queria fazer duas observações. Primeiramente, o Galo merecia o título, mas um cidadão merecia ainda mais. Cuca (foto - AP), eternamente zoado por seu azar, finalmente enterrou sua fama. É um bom treinador, e agora que abriu a porteira, deve ganhar mais títulos ainda. Para terminar, queria demonstrar a minha felicidade com o título atleticano. É um time grande, precisava mais do que nunca do título.

O melhor venceu, ainda bem!

Conceitos

Victor - BOM: Foi exigido duas vezes no primeiro tempo e fez boas defesas. Foi tranquilo, teve boas saídas do gol e teve novamente sua estrela brilhando nos pênaltis.
Michel - REGULAR: Apoiou muito o ataque, e bem, mas defensivamente deixou buracos. Os atacantes do Olímpia sempre achavam jogadas nas suas costas.
(Alecsandro) - REGULAR: Entrou para dar mais presença aérea ao Atlético, mas não conseguiu muito. Bateu o seu pênalti muito bem.
Júnior César - BOM: Bem na marcação e no apoio. Buscou muito jogo pelo meio.
Réver - REGULAR: Esteve muito inseguro em alguns momentos, além de ser devagar na saída de bola, mas mostrou uma bela liderança em campo.
Leonardo Silva - BOM: Esteve inseguro algumas vezes, mas ele fez praticamente o gol do título no apagar das luzes.
Pierre - REGULAR: Pouco trabalhou. O meio-campo do Olímpia se baseou em defesa. Ele não tinha homens de criação para conter.
(Rosinei) - BOM: Mudou a cara do jogo. Fez o cruzamento do gol do Jô e deu uma consistência ao meio-campo.
Josué - BOM: Pouco precisou marcar, mas saiu bem para o jogo.
Diego Tardelli - REGULAR: Foi bem abaixo do esperado. Apostei minhas fichas nele para ser o homem do jogo. Mostrou nervosismo, mas criou alguma boas chances de gol.
(Guilherme) - REGULAR: Tentou muitas jogadas. Não teve medo de arriscar, mas faltou fazer algo diferenciado. Bateu o seu pênalti com perfeição.
Ronaldinho - BOM: É um conceito polêmico de se dar. Ele não mostrou o que de fato sabe jogar, mas assumiu a responsabilidade de líder. Foi para cima do adversário e tentou muito.
Bernard - BOM: De positivo não criou muito. Mas fez o cruzamento para o Leonardo Silva fazer o gol e teve a garra de jogar a prorrogação inteira, mesmo não aguentando ficar em pé devido a dores na panturrilha.
- BOM: Horrível no primeiro tempo. Na segunda etapa fez um gol logo de cara e ganhou um novo gás, dando grandes perigos a marcação do Olímpia.
Téc. Cuca - ÓTIMO: Finalmente entrou para o grupo de treinadores "top" do país. Faltava esse título. É um ótimo treinador, que sabe montar times bons. Merecia muito a conquista e para mim foi o craque da competição.


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.



por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

quarta-feira, 24 de julho de 2013

En la Cancha > É hoje! Após vitória em casa, Olímpia vem ao Brasil com uma mão na taça da Copa Libertadores

É hoje, amigos... Que o Olímpia vai tentar quebrar a escrita dos times brasileiros. Depois da vitória por 2x0 no Defensores Del Chaco os paraguaios estão à meia taça de se tornarem tetracampeões continentais. Já o Atlético Mineiro terá que repetir o que fez nas semifinais contra o Newell´s para ganhar sua primeira conquista do torneio.

A missão no Galo não é impossível, mas é muito mais complicada do que na fase anterior. Como diz Mauro Cézar Pereira da ESPN, o Decano é daquelas equipes tradicionais que a camisa faz entortar o varal, e esse é o maior dos problemas.

Além de contar com a tradição, a equipe de Ever Almeida mostrou durante todo o torneio ser bem organizada e com um bom sistema defensivo. Se eles conseguirem compactar as linhas de defesa e jogarem “por uma bola” como fez o Tijuana, a chance de calar as Minas Gerais é enorme.  Até por que os paraguaios contam também com, talvez, o segundo melhor goleiro do torneio, Martín Silva, ficando só atrás do próprio goleiro do Galo.

Já para o time de Cuca não há outra saída do que atacar e atacar, mesmo ficando exposto ao contra ataque e sem sua dupla de laterais titulares.  O risco é grande, mas não há outra saída se esse elenco e comissão técnica quiserem entrar para a história do Galo. Aliás, seria uma boa hora para Ronaldinho Gaúcho “acordar” em decisões.

Eu particularmente acho muito difícil o Atlético Mineiro reverter a vantagem de dois gols do adversário. Não pela falta de qualidade da equipe brasileira, mas por que o Olímpia é muito mais time que Tijuana e Newell´s e desta vez o Galo não terá a pressão psicológica do Horto a seu favor. Meu palpite para o jogo de amanhã é empate em 1x1 e título paraguaio, quebrando a hegemonia de quatro anos dos times brasileiros.

Recopa Sul Americana

Até que enfim acabou esse torneio sem vergonha que a Conmebol inventou e, colocou o jogo de volta mesmo dia da final da Libertadores.  Se o jogo não fosse entre dos rivais nacionais, Corinthians e São Paulo com certeza ninguém daria a menor bola.

Enfim, no Pacaembu o atual campeão da Libertadores (até hoje), jogou como quis, fez 2x0 e ajudou a piorar a crise no seu maior rival do momento.  O time de Tite conquistou seu segundo troféu no ano e agora pode voltar as atenções para o Campeonato Brasileiro, já o São Paulo tem que se preocupar em sair da crise o quanto antes por que a situação pro lados do Morumbi que já não era boa, ficou pior ainda.


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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.


por Rodrigo Svrcek
| @svrcek_rodrigo

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tri do Morumbi > É hora de ser Corinthians

Acompanho futebol desde 1997, por influência do meu irmão e do meu pai, são paulinos fanáticos. Meu pai, o mais velho entre nós (lógico), sempre falou que a torcida do São Paulo é chata. Não chata como a do Palmeiras, que reclama de toda e qualquer coisinha, mas chata no sentido de ser exigente, de apoiar massivamente o clube somente quando este está jogando bem e com chances de ganhar títulos. Os rivais sempre disseram a mesma coisa, mas, claro, de forma jocosa. O apelido "modinha" foi dado para representar tal característica e apesar de eu ter por muito tempo relutado contra tal rótulo, atualmente eu tenho que concordar: realmente, é uma torcida de "modinha".

É difícil aceitar e eu concordo com os argumentos de que qualquer torcida tende a se apresentar mais em épocas de vacas gordas, mas o caso do São Paulo é crônico. A torcida não só deixa de ir ao estádio e prestigiar o time, como ela o abandona, literalmente. Ela não se envolve no contexto, não tenta ajudar em algo, não propõe uma abordagem diferente, não tenta entoar cânticos de apoio. Prefere se apoiar no imediatismo de criticar dois ou três maus jogadores e engrossar o coro vindo da antiga arquibancada laranja do Morumbi, que invariavelmente entoa frases ameaçadoras - o que mais atrapalha do que ajuda, na minha opinião.

Acontece que tal comportamento sempre surtiu efeito. De fato, o time melhorava depois do comportamento indiferente da maioria da torcida e então ela voltava a comparecer. Isso foi assim até o fim do último ano, onde uma equipe desacreditada (igual a atual) deu uma arrancada no segundo semestre e, graças ao Lucas, foi campeão da Sul-Americana e conseguiu vaga na Libertadores depois de três anos ausente.

O ano vigente começou e a empolgação do fim de 2012 predominava. As coisas iam bem, até começarem a as derrotas. Derrotas incomuns. Humilhação para o Galo na Libertadores, eliminação para o Corinthians no Paulista (mais uma vez), derrota na final da Recopa, novamente para o maior rival, aumentando as estatísticas que o torcedor alvinegro irá ressaltar quando for oportuno, sem dúvida.

E então o que era somente uma má fase, virou uma crise. E o que era um crise, se tornou a pior crise da história do São Paulo Futebol Clube. Sete derrotas consecutivas, sendo quatro delas no Morumbi. Dez jogos sem vencer, sendo a última vitória contra um time que, naquele momento, estava tão mal quanto nós estamos, o que, para mim não é um bom parâmetro. A equipe fechou a nona rodada do Brasileiro há apenas uma posição da zona de rebaixamento e só não está lá porque a Ponte Preta não jogou e, portanto, não somou o único ponto necessário para nos colocar lá.

Não estou dizendo que figurar na zona de rebaixamento é desesperador. Nós mesmos estivemos lá em 2005, o ano do tri da Libertadores e Mundial. Isso é comum com clubes que disputam competições em mata-mata ao mesmo tempo que o campeonato nacional.
A questão é que o São Paulo não está disputando nada além do Brasileiro (na Recopa foram só dois jogos, nem conta, vamos ser sinceros), e se encontra em tal situação. É preocupante.

No último final de semana, aconteceram fatos que só agravaram o já vexatório cenário: derrota por goleada em casa, com três gols de um jogador de talento questionável e confusões entre torcedores comuns e torcida organizada na porta do estádio. Aliás, confusão, não: opressão das organizadas aos torcedores comuns.

Findado o jogo contra o Cruzeiro, alguns torcedores comuns, chamados carinhosamente de "modinhas", foram até o portão principal do estádio e cantaram palavras de ordem contra Juvenal Juvêncio, presidente do clube e um dos maiores responsáveis pela atual condição do time. Eis que chegou a comitiva das torcidas organizadas e ordenou (ORDENOU) que parassem de ser cantados hinos contra o Juvenal e passaram a entoar seus próprios gritos, a maioria deles criticando jogadores do elenco, sendo os principais Luis Fabiano e Ganso.

Como se não bastasse tal cena escrota, ontem houve um churrasco na sede do São Paulo (algo totalmente fora do propósito) e membros das organizadas estavam presentes. Em um dado momento começou uma discussão entre alguns "modinhas" e Juvenal Juvêncio. De imediato os membros da organizada interviram e, não só apoiaram novamente o mandatário tricolor, como tentaram agredir os "modinhas" que protestavam, exercendo seus direitos. Pode-se questionar se um churrasco de confraternização é o melhor lugar para se peitar um dirigente, mas eu digo o seguinte: não é hora de fazer churrasco nenhum, convenhamos.

Ou seja, para mim ficou claro que Juvenal Juvêncio conta com as organizadas como cães de guarda, prontas para calar qualquer manifestação contra sua pessoa e decisões a frente do clube. Ambos têm interesses envolvidos e ambos estão pouco se lixando para a situação do time. Eles estão preocupados consigo mesmos. Eu não acredito em nada além disso.

Quem realmente está preocupado com o time são os jogadores, que vivem dele, e os torcedores comuns, os "modinhas", que torcem pelo clube porque o amam e não porque terão a chance de participar de um churrasco com a diretoria e terão vários privilégios dentro do clube por serem membros de uma torcida organizada.

Com isto posto, proponho algo que, pelo menos desde 1997, eu nunca vi: o apoio incondicional aos jogadores do time. Concordo que tem uns caras ruins demais, mas eles estão no mesmo balaio que nós, estão no meio do fogo cruzado de grupos de pessoas com interesses pessoais.

É hora de apoiar e incentivar sem querer algo em troca, sem esperar o time reagir e ganhar jogos, sem a possibilidade de conquistar um título. É hora de agir feito torcedor do Corinthians, que se auto-proclama fiel, que historicamente foi ridicularizado por se contentar com títulos de menor expressão, como os estaduais - o que de fato acontecia -, é hora de gritar pelo TIME e não engrossar gritos com insultos a rivais e palavras de ordem e violência. É hora se sermos o que somos: torcedores. Aliás, somos a terceira maior torcida do Brasil. Sinceramente, somos maiores do que torcida organizada. Bem maiores.

Façamos diferente desta vez, ficando lado a lado àqueles que no proporcionaram muitas alegrias ao longo de nossas vidas e quem realmente representa o São Paulo Futebol Clube. Isso nunca aconteceu e a hora é agora. Temos a chance de mudar um paradigma histórico.

Você pode até dizer que eu tô por fora, ou então que eu tô inventando. Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem, como diria Elis Regina.

Sempre, sempre. Sempre seremos São Paulo Futebol Clube. Somente nós o seremos.

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* A coluna Tri do Morumbi analisa as novidades do único clube brasileiro tricampeão do mundo.

Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Manchete no Ponto > Decepção, até a página 2: Rússia vence Brasil com facilidade e fatura a Liga Mundial

(Crédito: AP)
Mais uma final entre as duas melhores seleções de vôlei da atualidade. E repetindo o resultado das Olimpíadas o Brasil foi derrotado. Dessa vez com mais facilidade. Chega a ser uma decepção? Sim, mas pouco.

Uma seleção acostumada a vencer sempre, durante tantos anos, não pode aceitar uma derrota de 3 a 0 com parciais tranquilas nos segundo e terceiro sets. Mas apesar de nas Olimpíadas a derrota ter sido apertada, e de virada por 3 sets a 2, a situação foi pior. Era um time cascudo e experiente, que vencia com facilidade, até que uma mudança de posição do central Muserskiy quebrou a defesa brasileira, e a virada foi fatal.

Bom, falando agora do jogo de ontem, a Rússia foi soberana. Fez o que o Brasil da primeira década deste século fazia sempre. Venceu com autoridade, e não deu chances de reação aos brasileiros. Se consolidaram como a grande seleção do momento. Os saques quebraram o passe brasileiro. Bloqueios e defesas incríveis não faltaram, e além disso eles pouco erraram. O grande destaque do jogo foi Nikolay Pavlov que fez 22 pontos.

Para o Brasil, faltou potência no saque (esse que nunca foi nosso melhor fundamento), e dessa vez também não conseguimos compensar no ataque, defesa e bloqueios.

Depois disso tudo, por que não foi tão decepcionante o resultado? Após a chocante derrota nas Olimpíadas o time foi remodelado. Esse time que fez bonito sim na Liga Mundial, teve Lucarelli, Willian, Isac, Lipe, Eder, Mauricio, entre outros. Um time remodelado, que o torcedor até estranha um pouco, por não reconhecer tantas caras novas. Apesar de tantas mudanças o time conseguiu mostrar um jogo consistente durante o campeonato, e perdeu para o melhor time da atualidade.

Fica de aprendizado, e acredito que com mais tempo de experiência, esse time possa dar liga, ou trazer a Liga para nossa nação novamente, fazendo o torcedor mal acostumado por Giba, Nalbert, Gustavo, Serginho, etc., acostumar-se novamente a vencer.

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* A coluna Manchete no Ponto fala de manchetes e pontos, mas também de saques, bloqueios, levantamentos e de todos os fatos que envolvem o vôlei no Brasil e no mundo.


por Fernando Pilat
| @fernandopilat

Comentário da Redação > Em campo encharcado e com futebol irreconhecível, Corinthians apenas empata com Atlético-PR

(Crédito: Futura Press)
Com uma chuva torrencial no Paraná neste domingo, a Arena Capanema ficou alagada prejudicando o toque de bola, que é o forte do time do Corinthians. Com muitas bolas alçadas na área, o Timão não conseguia aproveitar e apenas empatou com o Furacão (que até ontem era o PENÚLTIMO colocado no Brasileiro).

No começo do jogo, Marcelo aproveitou falha de Paulo André e apareceu nas suas costas para chutar cruzado e abrir o placar, ainda com futebol praticável.

Com a vantagem no placar, o Furacão sai nos contra ataques e Cássio, voltando a velha forma, fez defesas importantes.

Até que apareceu Renato Augusto, “o salvador”. O meia achou Pato entrando na pequena área e fez um cruzamento perfeito para o atacante empatar. No mais o jogo foi muito truncado, com muitas entradas violentas, até por conta do campo escorregadio.

Mas o Corinthians tem que se dar por feliz com o empate, já que foi dominado pelo Atlético-PR a maior parte do jogo. Tite tem que mexer com o brio dos jogadores, porque do jeito que tá jogando não chegaremos nem a Libertadores do ano que vem pelo Brasileiro.

No próximo domingo teremos o São Paulo, boa oportunidade para voltar a vencer no Nacional, além de afundar o rival na crise.

Conceitos

Cássio – REGULAR: Muito mal nas reposições, no mais foi bem.
Edenílson – REGULAR: Com seu ponto forte, a velocidade, prejudicado ficou um pouco perdido.
Paulo André – REGULAR: Sabe jogar tecnicamente, mas ontem era para dar chutão, e quando começou a fazê-lo foi bem. O gol saiu após vacilo seu na marcação.
Gil – REGULAR: Se atrapalhou com o campo molhado, mas se adaptou rápido.
Fábio Santos – RUIM: Cada vez que o adversário ataca pelo seu lado é um teste para o coração, ontem foi igual.
(Alessandro) – REGULAR: Fez o básico.
Maldonado – RUIM: Na sua estreia, foi prejudicado pelo campo. Ainda falta ganhar ritmo, mas pode ser um bom reserva.
Guilherme – BOM: Com a chuva, usou muito o físico para brigar pela bola e foi bem.
Renato Augusto – BOM: Lúcido em campo, mesmo com chuva, fez um passe preciso para Pato e salvou o time.
Danilo – PÉSSIMO: O jogo não era para ele ontem, já que seu forte são os passes e tabelas.
Romarinho – PÉSSIMO: Sem poder conduzir a bola e baixo para brigar na área, sumiu no jogo.
(Ibson) – REGULAR: Bom passe para Danilo, que desperdiçou. No mais, lutou e marcou muito.
Alexandre Pato – REGULAR: Fez um gol, perdeu outro, lutou, mas não conseguiu ir bem no lago, digo campo.
(Douglas) – REGULAR: Recuperado de lesão, vem mostrando que pode ser o velho Douglas.
Téc. Tite – RUIM: Vendo as condições de jogo, poderia ter sacado Romarinho e Danilo antes do jogo, por suas características.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.



por Rodrigo Bocatti | @digo90 | http://esportesarena.com.br

domingo, 21 de julho de 2013

Comentário da Redação > Fator Douglas e Denílson

Meus amigos tricolores, cada vez mais parece não haver fundo nesse poço que o São Paulo vem se afundando chamado ano de 2013. Na noite de sábado vimos a quinta derrota consecutiva no Morumbi. A vitória do Cruzeiro por 3 x 0 sentenciou de uma vez o pior momento já vivido na história do Tricolor em sua casa.

O jogo foi igual até o início do segundo tempo. Dava para perceber certa organização e um bom toque de bola no ataque. Apenas isso fez com que o São Paulo segurasse o 0 x 0, uma vitória devido a atual fase, e ainda teve as melhores chances do jogo.

Quando parecia que uma vitória poderia acontecer, eis que surge o fator Douglas. Cruzamento despretensioso na área do São Paulo, originado por um lateral besta, e o nosso projeto de lateral fura bisonhamente uma cabeceada, deixando livre a bola para o Luan chutar a bola no ângulo do Mito.

Depois do lance, Autuori mandou a campo Aloísio no lugar do nulo Luis Fabiano. Em um dos seus primeiros lances perde um gol incrível na cara de Fábio. Era a esperança de que algo bom ainda poderia acontecer no jogo para o São Paulo.

Parecia, porque após esse momento entrou em cena Denílson. Numa tentativa patética de driblar um lateral cruzeirense, Denílson, que era um dos últimos na linha de zaga nesse momento, perde a bola e da o contra ataque para o Cruzeiro. Como uma flecha, Luan ganha na velocidade de Clemente Rodrigues e marca o segundo gol.

O terceiro gol do “incrível” Luan foi um retrato do desespero são-paulino na partida. Fim de jogo e mais uma vez a torcida volta cabisbaixa para casa sem saber se existe alguma chance do São Paulo vencer uma partida esse ano.

Falar da incompetência da nossa diretoria é redundância e repetir o discurso que esse blogueiro faz há dois anos. O ultimo retrato disso foi ver um time como Vasco da Gama, que tem a fama de atrasar salário, contratar dois bons nomes em posições vitais para a salvação do time do São Paulo. Tudo bem que Fagner e Guiñazú não são nomes de seleção, mas ajudariam muito o Tricolor.

Conceitos


Rogério Ceni – REGULAR: Fico triste em pensar que o Mito tenha que passar por isso. Mais triste por ele ser questionado por um diretor babaca que nunca fará um centésimo do que Ceni já fez por nós. Se houvesse seriedade no São Paulo esse diretor teria sido desligado do clube.
Douglas – PÉSSIMO: Enquanto houver ele em campo dificilmente venceremos uma partida.
Lúcio – RUIM: Apresentou os mesmos problemas: mau posicionamento, lentidão e arrancadas que sempre dão calafrio na espinha do torcedor.
Toloi – RUIM: Vem jogando como o resto do time. Mais frouxo que pai de adolescente rebelde.
Clemente Rodrigues – REGULAR Gosto dele porque é um lateral que sabe marcar. Falta um agora pelo lado direito.
Rodrigo Caio – RUIM: Como bom volante de colégio particular, pagou lanche de novo no jogo de hoje.
Denílson – RUIM: Quem foi o imbecil que renovou o contrato dele? Ah sim, o mesmo que criticou o Rogério Ceni.
(Roni) – SEM CONCEITO: Esse é o nosso reforço para o resto da temporada.
Ganso – RUIM: Hoje não dormiu em campo, mas é muito lento e centraliza demais as jogadas. Seu estilo de jogo ajuda muito as defesas adversárias.
Jadson – RUIM: Assim como o Ganso, forçou muito as jogadas pelo meio. Dessa forma virou presa fácil para o meio campo do Cruzeiro.
Osvaldo – RUIM: Alguém trocou a marca da geleia de mocotó dele, não é possível.
(Silvinho) – SEM CONCEITO: Outro motivo das nossas derrotas é que quando precisamos mudar o panorama da partida o técnico olha para o banco e vê jogadores como ele. Deve ser desesperador.
Luis Fabiano – RUIM: Mesmo com tanta experiência no futebol, demonstra ser um jogador que se abala muito com as críticas.
(Aloísio) – REGULAR: Entrou e quase marcou o gol de empata. Mas quando a fase é ruim a bola custa a entrar.
Téc. Paulo Autuori – RUIM: Técnico não ganha nem perde jogo, mas interfere. Escalar jogadores como Douglas e Denílson atrapalha demais uma equipe. Se a sua vinda para o Morumbi foi uma tentativa de dar um novo rumo para equipe, não adianta ele escalar a mesma equipe que seu antecessor, certo? Então, Autuori, tenha coragem de escalar seu time.

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por Victor Mesquita
| @victor_mesquita

sábado, 20 de julho de 2013

Comentário da Redação > Mago infernal: Verdão vence no fim e dorme na liderança

(Crédito: Agência Lance)
Na base da superação e não fazendo uma boa apresentação, o Palmeiras foi na fria e chuvosa Florianópolis e venceu o Figueirense por 3 a 2. Com o triunfo, os paulistas assumiram de forma momentânea a liderança da competição com 21 pontos. A partida estava empatada em 2 gols até os 42 minutos do segundo tempo, quando Valdivia deu números finais a partida e os três pontos para os paulistas.

O Palmeiras entrou em campo com a mesma formação tática das últimas partidas. A única alteração ficou por conta da entrada de Vilson no lugar de Henrique suspenso. Pelo lado do Figueirense, Adílson Batista escalou um time ofensivo com três atacantes: Ricardo Bueno, Ricardinho e Rafael Costa.

O jogo começou com muita marcação por parte das duas equipes. A primeira chance surgiu aos dez minutos com Vinicius, que chutou sem direção ao gol de Tiago Volpi.

Aos 20, veio a grande oportunidade da partida. Vinicius tentou dar o passe para Valdivia, que invadiu a área e foi atropelado por Thiego. Pênalti. Na cobrança, Leandro tirou demais do goleiro e chutou para fora.

Quando os catarinenses chegaram foram eficientes. Aos 31, Valdivia errou passe no ataque paulista, Wellington Saci roubou a bola e tocou para Ricardo Bueno. O atacante rolou para Rafael Costa, que saiu da marcação de Juninho e bateu no canto de Fernando Prass: 1 a 0.

Foram 45 minutos em que o Palmeiras parecia que não tinha entrado em campo.

Na segunda etapa, Kleina foi ousado e sacou Charles para entrada do estreante Alan Kardec. Com três atacantes, o Verdão partiu para cima em busca do empate. E conseguiu. Aos 11 minutos, Wesley cobrou escanteio pela direita, a zaga do Figueira afastou e a bola sobrou para Vinicius, que de primeira, empatou o jogo.

Com o gol sofrido, os catarinenses recuaram e Adilson Batista resolveu mexer no time com as entradas de Wiliam e Marcelo Toscano para as saídas de Maylson e Ricardinho – respectivamente.

O jogo ficou aberto, mas os donos da casa não contavam com a expulsão de André Rocha. O lateral cometeu falta em Valdivia e como tinha cartão amarelo, acabou sendo expulso. Na cobrança de Wesley, André Luiz subiu firme para virar a partida aos 27 minutos.

Com um a menos, o Figueirense não se incomodou e a comemoração paulista durou quatro minutos. Em lance de bola parada, Bruno Pires cabeceou para difícil defesa de Fernando Prass, e no rebote, Ricardo Bueno empatou novamente. É, tomar gol do Ricardo Bueno é dureza...

O jogo se encaminhava para o empate e a vice-liderança assegurada, mas o chileno tratou de fechar a conta e passar a régua para os paulistas. Ronny cruzou da esquerda, Alan Kardec cabeceou na trave e Valdivia empurrou para o fundo do gol.

Vitória e liderança provisória para o Verdão.

Conceitos

Fernando Prass - BOM: Não teve culpa nos gols sofridos.
Luis Felipe - REGULAR: Tímido no ataque. Bobeou no lance do segundo gol do Figueirense.
André Luiz - REGULAR: Fez o gol da virada, mas fez uma partida apagada.
Vilson - BOM:  Voltou bem depois de três meses parado. Não comprometeu.
Juninho - REGULAR: Sofreu o drible no lance do primeiro gol. Apareceu pouco no ataque.
Márcio Araújo - REGULAR: Também bobeou no lance do segundo gol, mas fez uma boa atuação na proteção à zaga.
Charles - RUIM: Partida apagada. Foi sacado no intervalo.
(Alan Kardec) - BOM: Era a referência que faltava no ataque palmeirense. Participou no lance do terceiro gol.
Wesley - BOM: Boa atuação do camisa 11 e isso prova que o treinador encontrou um espaço para ele no time. Vai tirar quem para colocar o Eguren?
Valdivia - ÓTIMO: Mago infernal. Cavou um pênalti, uma expulsão e fez o gol da vitória palmeirense. Por outro lado, errou na saída de bola no lance do primeiro gol catarinense, mas não comprometeu a atuação.
Leandro - RUIM: Sumido no jogo e perdeu o pênalti quando o jogo estava 0 a 0. Partida para esquecer.
(Ananias) - REGULAR: Entrou com muita vontade, mas não fez nada em campo.
Vinicius - BOM: Marcou o gol de empate e taticamente cumpriu o seu papel. Bom jogo.
(Ronny) - BOM: Entrou bem e foi dos pés dele que saiu o cruzamento no lance do terceiro gol.
Tec. Gilson Kleina – BOM: Foi ousado ao sacar Charles para colocar o Alan Kardec. Nas demais modificações foi bem.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Antonio Lemos | www.paponaarquibancada.blogspot.com.br

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Comentário da Redação > Corinthians 2 x 0 São Paulo - Corinthians campeão da Recopa 2013

Visão corintiana > Soberano
por Pedro Diniz | pedrosilasdiniz@gmail.com


Campeão de tudo! Nenhum time de futebol é mais vencedor que o Corinthians no continente americano neste início de década. O clube do Parque São Jorge levantou simplesmente todas as taças possíveis das competições disputadas ao longo desses três anos: Brasileirão 2011, Libertadores e Mundial 2012, Paulistão 2013 e, agora, a Recopa Sul-Americana.

A palavra "soberano", tão usada pelo próprio São Paulo há alguns anos, expressa bem não só o atual momento corintiano como a final em si, a primeira em torneios internacionais entre as duas equipes. O Timão foi simplesmente absoluto! Tática e tecnicamente. Mostrou que está anos-luz à frente do rival. Se no primeiro jogo já havia mostrado superioridade, nesta quarta-feira, no Pacaembu, deu um baile! Fez 2 a 0, mas poderia ter feito cinco se quisesse.

Foi uma atuação de Corinthians no Pacaembu! Uniu organização, inteligencia e ótimo posicionamento com muita raça, fome de bola e marcação pressão, não deixando o adversário respirar... mostrando quem é que manda! Assim como foi na final do Paulistão contra o Santos, quando poderia ter goleado. Esse é o futebol que a torcida espera, o mesmo de 2012, que não apareceu com tanta assiduidade nesta temporada.

É exatamente isso que o vencedor Tite precisa tirar dos seus atletas a partir de agora. Esse tipo de atuação tem de virar rotina não apenas contra o rival do Morumbi (que, aliás, enfrentará novamente daqui dois domingos), ou em finais. Tem que ser toda partida do Brasileirão, para buscar o Hexa e, consequentemente, a vaga na Libertadores 2014. O Alvinegro tem mais elenco que em 2011 para fazer sequencia semelhante àquela, quando venceu as nove primeiras partidas do campeonato.

Neste segundo semestre tem também a Copa do Brasil, torneio que não disputa desde a década passada, quando o conquistou... vem mais um título por aí?

Conceitos

Cássio - BOM: Quando exigido foi bem. Fez uma ótima defesa no segundo tempo.
Edenílson - ÓTIMO: Ligado o tempo inteiro e com muito gás, não deixou os rivais respirarem. Bem no apoio e nos desarmes.
Gil - BOM: Simples e seguro, esteve bem na marcação e fez boas antecipações.
Paulo André - REGULAR: Não tão bem quanto o companheiro de zaga, mas não comprometeu.
Fábio Santos - REGULAR: Perdeu um gol feito quando já estava 1 a 0, mas compensou com o cruzamento do gol do Danilo. De resto, não apareceu muito.
Ralf - ÓTIMO: Um leão em campo, engoliu o meio de campo do rival.
Guilherme - BOM: Também mostrou muita raça e sufocou a saída o rival no meio.
Romarinho - ÓTIMO: Já havia ido muito bem no jogo do Morumbi e tem atuado bem, mas pecava nas finalizações. Não precisou ser brilhante no chute, mas o gol saiu.
(Renato Augusto) - SEM CONCEITO: O "mascarado" esteve pouco tempo em campo.
Danilo - ÓTIMO: Ontem deu pra ver a falta que o camisa 20 faz quando não joga! Jogador completo, multiúso. E decisão é com ele!
Emerson - ÓTIMO: Decisão também é com o Sheik! Correu muito, partiu pra cima, sofreu faltas, deu passes (um deles o que deixou o Fábio Santos na cara do gol), colaborou na marcação... mostrou que, focado, ainda pode render muito.
(Íbson) - SEM CONCEITO: Entrou já no fim.
Guerrero - ÓTIMO: Melhor atuação do peruano nos últimos tempos. Participativo, saiu da área muito bem e deu dribles desconsertantes. Fez o pivô quando preciso também. Mereceu um gol.
(Alexandre Pato) - SEM CONCEITO: Também atuou pouco.
Téc: Tite - ÓTIMO: Eu teria colocado o Renato Augusto entre os titulares, mas o que falar após essa atuação fantástica?! Foi o Corinthians vencedor do Tite! Que consiga repetir a atuação com assiduidade no Brasileirão!

Visão são-paulina > Aqui tem um bando de frouxo!
Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com

Situação ridícula, situação vexatória, situação medonha. Nada contra a palavra "situação", inclusive gostaria de pedir desculpas à ela, mas foi o melhor substantivo que encontrei para descrever o cenário. Aliás, talvez, pensando bem, temos até que dar graças por não ter acontecido uma goleada. Se o Corinthians quisesse realmente, teria sido um sacode histórico.

Falando em história, eu acompanho futebol desde 1997. O primeiro jogo da minha vida que me lembro ter torcido pra valer, foi justamente contra o Corinthians, na final do Paulistinha daquele ano. Não perdemos (empatamos), mas fomos vice-campeões, como hoje.

Aquele time era limitado, mas tinha garra. Lembro de ter tido esperança de ver o gol do título sair até o último segundo. Mesmo entendendo pouco de futebol, no auge dos meus 9 anos de idade, eu sentia que algum coelho podia sair daquela cartola. Hoje, 16 anos depois, olha, nem sei o que dizer, o que argumentar. Não há palavras para a falta de vontade, falta de hombridade. Para quem (eu mesmo) achava que aquele 4x1 pro Galo tinha sido o "pico" de vexame do ano, meu amigo, se enganou, mesmo porquê, é possível passar vergonha perdendo de pouco - vimos isso na noite desta quarta-feira.

Quero que se dane a vaidade dos medalhões do elenco. Digo mais: quero que se danem os medalhões do elenco. Por mim podia entrar em campo um time de juniores mesclado com atletas recém-promovidos da base. Tem de estar em campo quem quer pra valer, afinal, é o São Paulo quem paga o salário dos caras e não o contrário. Nem gosto de falar de dinheiro, mas para o caso em questão, vale.

Vale também ressaltar a ausência completa de diálogo e de iniciativa do time (quase) INTEIRO. Exceto Aloísio, o Boi Bandido, que chegou esse ano e já foi colocado no meio do mar de merda, o resto não tá nem aí. Alguns não é nem por maldade, é por ruindade mesmo e uma pitada de falta de atitude.

Bom, falei, falei, e não falei do jogo: o Corinthians mereceu, não tem nem o que acrescentar. Jogamos mal pra cacete. Se fosse o Bangu em campo, ninguém ia reparar, essa é a realidade. Temos mais cinco meses de jogos pela frente. Se ficarmos em 16º no Brasileiro, ou seja, o primeiro fora da zona de rebaixamento, está ótimo.

Conceitos

Rogério Ceni - REGULAR: Os dois gols saíram de rebotes, sendo o segundo depois de uma defesaça do Mito. Não tem culpa do que aconteceu hoje.
Douglas - RUIM: Ele já é fraco naturalmente. Levando um cartão besta no primeiro tempo, então, só piora a coisa. Não cometeu uma falha individual grave, mas não tem o que elogiar também.
Rafael Toloi - RUIM: Foi mais driblado que cone de treinamento.
Lucio - RUIM: Ruim. É isso, ruim.
Juan - PÉSSIMO: Não ataca bem, defende mal. Perdeu novamente divididas para jogadores franzinos com nome no diminutivo. Puta vida...
(Maicon) - SEM CONCEITO: Até jogou um tempo passível de avaliação, mas o barco já tinha afundado, acho injusto dar uma nota.
Wellington - PÉSSIMO: Perdidaço em campo. Quando não tá batendo em alguém, não sabe o que fazer. Acho que ainda dá tempo de migrar pro UFC, meu filho.
(Aloísio) - BOM: O único que realmente honrou a camisa.
Denílson - RUIM: Tentou algumas finalizações e no geral fez o mesmo de sempre: esteve perdido.
Rodrigo Caio - REGULAR: A nota é pela raça.
Ganso - BOM: Um dos menos piores em campo. Tentou algumas coisas enquanto o time teve o pouco de confiança que demonstrou. Voltou para marcar várias vezes também, algo que, teoricamente, com três volantes em campo, nem precisava fazer. Teve brio.
Luis Fabiano - REGULAR: Só teve uma chance clara, que conseguiu finalizar em direção à meta. Se movimentou mais, fugindo de suas características. Não deu chilique, também fugindo de suas características.
Osvaldo - RUIM: Até se movimentou legal, mas tá mal, tá muito mal.
Téc: Paulo Autuori - PÉSSIMO: Um mero espectador.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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Comentário da Redação > O gol que pode ter definido a história da Libertadores 2013

A bola que colocou o Olímpia perto do quarto título da Libertadores (Crédito: Reuters)
Até os 49 minutos do segundo tempo do jogo desta quarta-feira, eu poderia cravar pra vocês que a famosa "sorte de campeão" estava do lado do Galo. Mas o gol de falta de Pittoni parece ter encerrado essa sorte toda. Parece. Não vou cravar porque futebol a gente sabe bem como é. Mas sabe aquele balde de água trincando na sua cabeça? Foi esse gol.

Antes dessa bola entrar na rede, o jogo me parecia mais um capítulo da saga que levaria (ou que ainda levará) o Atlético-MG ao título da América. O time começou jogando bem diante de um Olímpia com poucos recursos técnicos e abusando da pancadaria. O Galo jogava no contra-ataque, com muita velocidade pelos lados, mesmo sem Bernard (que fez muita falta).

Luan foi o substituto do camisa 11 e começou bem, puxando contra-ataques, recebendo faltas, amarelando a defesa paraguaia. Mas um detalhe no posicionamento dele mudou a história do jogo. Cuca optou por colocá-lo mais recuado, ajudando na marcação, além de sair pro ataque quando possível. E logo se viu que ele não sabe marcar ninguém e não compensou tanto atacando.

O gol do Olímpia começou ali em cima dele, no meio. Silva veio, passou por ele como se passasse por um cone, contou com a observação atenta de Richarlyson, que também se posiciona muito mal, e ainda com um assustado Réver, que na dúvida entre marcar quem vinha de trás e quem vinha pela frente, não marcou ninguém. Com espaço aberto, Silva bateu e abriu o placar.

A partir daí, o jogo foi outro. O Atlético sentiu o jogo, o peso do rival, ainda mais jogando em casa. Errou muitos ataques, afroxou a marcação e correu o risco de levar mais, com o Olímpia empurrado pela torcida. Assim foi até os 20 minutos do segundo tempo, quando Cuca percebeu que era o momento de agir. Tirou Luan, que sofria como marcado, e colocou Rosinei, que sabe fazer essa função de terceiro homem no meio. E tirou Ronaldinho Gaúcho - que não fora citado até aqui já que mal participou do jogo - para lançar o iluminado Guilherme.

O time melhorou. Marcou melhor e atacou melhor. Tardelli, que fazia boa partida, teve muitas chances de gol, mas não concluiu bem. Assim como Jô, que parou nos pés do bom goleiro Silva. Mas o time era mais equilibrado, era mais próximo do que esperávamos.

Correu apenas um grande risco que foi mais um dos momentos que mostravam que a sorte estava do lado mineiro. Em um lance bem tramado pelo Olímpia, Leonardo Silva salvou uma bola em cima da linha e no rebote, Bareiro perdeu com gol aberto. Depois, Richarlyson, pra variar, foi expulso e mesmo assim o time segurou o 1 a 0 até o final. Dentro das circunstâncias, o resultado poderia ser comemorado.

Mas... veio o gol de falta, no último lance do jogo, em falta de comunicação de Victor e Alecsandro. E assim muita coisa muda. A sorte deixou o Galo na mão.

O resultado é o mesmo que o Atlético precisava reverter diante do Newell's. E conseguiu. Mas digamos que o grau de exigência agora, numa final, diante de um gigante chamado Olímpia, que luta pela quarta Libertadores, é muito maior.

Sendo assim, no jogo de volta, o time precisa de mais que sorte de campeão. Precisa de uma atuação perfeita, de um Mineirão pulsando o triplo que o Independência faria (pelo menos em tamanho fará) e de muita frieza para lidar com um adversário que está acostumado a jogar esse tipo de jogo.

Conceitos

Victor - REGULAR: Não teve a mesma segurança de outros jogos.
Marcos Rocha - BOM: Foi um dos melhores do time, ao lado do Tardelli. Participou de boas jogadas de contra-ataque.
Leonardo Silva - BOM: Teve muito trabalho e deu conta do recado, na medida do possível. Fez um defesa "a la Victor", mas com os pés.
Réver - REGULAR: Não teve uma atuação desastrosa, mas deixou a desejar. Especialmente no lance do primeiro gol.
Richarlyson - PÉSSIMO: Pra variar, foi expulso, deu chilique, marcou mal e errou muitos passes. Não necessariamente nessa ordem.
Josué - REGULAR: Teve um papel importante até o momento do primeiro gol do Olímpia. Depois sumiu no jogo.
Pierre - BOM: Foi um guerreiro, como sempre. Mesmo com a cabeça enfaixada.
Luan - REGULAR: Estou vendo muita gente detonando o menino, mas ele jogou fora de posição. Não tem muito como culpá-lo.
(Rosinei) - BOM: Entrou dando mais equilíbrio ao time.
Ronaldinho - RUIM: Pra um jogador do nível dele, não pode jogar tão mal assim em uma final.
(Guilherme) - REGULAR: Dessa vez, não brilhou.
- RUIM: Teve trabalho no meio da defesa do Olímpia. Na única chance clara que teve, perdeu.
(Alecsandro) - PÉSSIMO: Só fez uma coisa enquanto esteve em campo, atrapalhar Victor no lance do segundo gol.
Diego Tardelli - BOM: Muita movimentação. Participou bem no ataque. Faltou o gol pra ganhar 10.
Téc. Cuca - REGULAR: Acertou ao escolher Luan no lugar de Bernard, mas errou ao pensar nele como defensor. Tentou corrigir depois e por isso salva a nota.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Ricardo Pilat
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