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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Copa do Mundo > Retrospectiva 2009

Grupos definidos
* Brasil cai em chave complicada; anfitriã lamenta rivais

Em dezembro, a Fifa realizou, na Cidade do Cabo, África do Sul, o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2010, a primeira do continente africano. Antes, foram definidas as seleções que estariam em cada pote na cerimônia. Entre os cabeças-de-chave, destaque para a ausência da França, campeão do mundo em 1998.

No entanto, os franceses não tiveram muito do que reclamar. Caíram no grupo do mais fraco entre os cabeças-de-chave, a África do Sul, país-sede. Os donos da casa ainda terão México e Uruguai pela frente. Uma chave bem inidigesta para os bafanas bafanas.

Enquanto isso, o Brasil, que teve sorte nos últimos sorteio, encara dois adversários complicados em 2010: Portugal, de Cristiano Ronaldo, e Costa do Marfim, de Didier Drogba. A Coreia do Norte completa um dos "grupos da morte" do Mundial.

A Argentina, por sua vez, terá pela frente Coreia do Sul, Nigéria e Grécia. Teoricamente, um grupo mais fácil do que o dos mundiais anteriores. Já a Itália, campeão do mundo, não pode reclamar do sorteio. Além dos italianos, o grupo F da Copa terá Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia.

O jogo de abertura da Copa de 2010 será no dia 11 de junho, entre África do Sul e México. O Brasil estreia diante da Coreia do Norte, dia 15.

Confira todos os grupos da Copa do Mundo 2010:
Grupo A
África do Sul
México
Uruguai
França

Grupo B
Argentina
Nigéria
Coreia do Sul
Grécia

Grupo C
Inglaterra
Estados Unidos
Argélia
Eslovênia

Grupo D
Alemanha
Austrália
Sérvia
Gana

Grupo E
Holanda
Dinamarca
Japão
Camarões

Grupo F
Itália
Paraguai
Nova Zelândia
Eslováquia

Grupo G
Brasil
Coreia do Norte
Costa do Marfim
Portugal

Grupo H
Espanha
Honduras
Chile
Suíça


Comentário da Redação
Expectativa

Esta é a última matéria da retrospectiva 2009 do blog Redação do Esporte® e não é por acaso. Gostaria de encerrar o ano e começar 2010 já pensando em Copa do Mundo. A expectativa pelo 19º nono Mundial de Seleções é enorme.

Quem é fanático por futebol (meu caso) sabe como é a angústia de quatro longos anos entre uma Copa e outra. E a melhor coisa é ver as 32 seleções definidas e os grupos formados. Dessa forma, sabemos que a espera está chegando ao fim.

Faltam 6 meses e 11 dias para o início da Copa do Mundo. Anote na agenda!


Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
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Mundial de Clubes 2009 > Retrospectiva 2009

Campeão de tudo
* Barça conquista o Mundial de clubes e fecha um ano perfeito

O ano não poderia ser melhor para o Barcelona. Em seis campeonatos disputados, foram seis títulos. Depois de levar para o Camp Nou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei, a Super Copa da Espanha, a Uefa Champions League e a Super Copa da Europa, o Barça levantou o único troféu que faltava em sua gloriosa galeria: o de campeão do mundo.

Em 1992 e 2006, o time catalão caiu diante de times Brasileiros (São Paulo e Internacional). Em 2009, o argentino Estudiantes foi o adversário da final e dessa vez o Barça não vacilou. No torneio disputado em Abi Dhabi, nos Emirados Árabes, o time comandado por Pep Guardiola venceu por 2 a 1, com gol de Messi na prorrogação.

Foi sofrido, mas gratificante. O ano perfeito estava completo.

"Lenga-lenga" define final esperada

No novo formato do Mundial, adotado pela Fifa desde 2005, representantes de cada continente participam do torneio. Os europeus e sul-americanos entram na semifinal e desde então, fazem também o jogo decisivo.

Em 2009, nada foi diferente. Além de Estudiantes e Barcelona, o Auckland City, campeão da Oceania, o Mazembe, campeão africano, o Pohang Steelers, campeão asiático, e o Atlante, campeão da Concacaf, além do Al Ahli, do país-sede, disputariam o torneio. Depois do famoso "lenga-lenga" das fases eliminatórias, Pohang e Atlante chegaram às semifinais.

O campeão asiático enfrentou o Estudiantes e não mostrou futebol. O time argentino venceu por 2 a 1, com mais facilidade do que o placar aparenta. O Pohang abusou da violência e teve três jogadores expulsos, entre eles o seu goleiro. O astro da equipe, o brasileiro Denilson, teve de se aventurar no gol. Curiosamente, Denilson marcou todos os gols da equipe no torneio.

Na outra semifinal, o Atlante até saiu na frente do Barcelona, mas não conseguiu aguentar a pressão do time espanhol, que chegou a ter 80% de posse de bola no final do primeiro tempo. Vitória do time catalão por 3 a 1. Mais uma vez, sul-americanos e europeus decidiriam o Mundial.

Dois baldes de água fria

Na grande decisão, pouca gente apostava no Estudiantes. O time de Verón parecia não ter força para encarar um rival cheio de estrelas, como Messi, Ibrahimovic, Xavi, Iniesta, Dani Alves e por aí vai.

Mas o Estudiantes fez um jogo muito equilibrado com o campeão europeu. Mais que isso, complicou a vida do Barça ao marcar o primeiro gol do jogo, com Boselli, aos 36 minutos do primeiro tempo.

A partir daí, só deu Barcelona. A pressão foi gigantesca. Mesmo assim, o Estudiantes foi capaz de segurar o time azul-grená. Pelo menos até os 43 do segundo tempo. Foi quando o jovem Pedro Rodriguez marcou para o Barcelona, empatando a partida e jogando um balde de água fria nas pretensões do time argentino, que estava perto do bicampeonato mundial.

Na prorrogação, outro balde de água bem gelada. Aos seis minutos da prorrogação, Messi, até então sumido da partida, fez um belo gol de peito (ou de coração, como ele preferiu destacar) e virou o jogo para o Barcelona. O Estudiantes não tinha mais força nem pernas para buscar a igualdade.

Guardiola, campeão pela sexta vez no ano, chorou copiosamente. Afinal, não é qualquer um que conquista todos os títulos possíveis logo em seu primeiro ano como técnico do Barça.

Enfim, o Barcelona é o melhor do mundo!


Herói: Messi
O argentino não jogou nada durante os 90 minutos da final contra o Estudiantes. No entanto, deram mais 30 e aí ele resolveu mostrar um pouquinho do que sabe. Depois de boas jogadas, Messi fez um belo gol de peito (ou coração) e deu o título mundial ao Barcelona.

Vilão: Sergio Farias
O Pohang Steelers mostrou-se um time lamentável durante o Mundial de Clubes. Não só pelo péssimo futebol, mas também pelo abuso da violência. Contra o Estudiantes, quase todo o time coreano levou cartão amarelo e três atletas foram brindados com o vermelho. Não quero aqui afirmar que o técnico da equipe, o brasileiro Sergio Farias, tenha culpa nisso... mas, no mínimo, ele não ensinou direito seus pupilos a diferença entre futebol e artes marciais.

Dia D: 19 de dezembro

Na grande decisão do Mundial de Clubes, o Estudiantes deu trabalho. Abriu o placar no primeiro tempo e só levou o empate do Barcelona no finalzinho do jogo. Na prorrogação, Messi fez de peito o gol do título mundial catalão.

Dia para ser esquecido: 9 de dezembro
Na primeira partida do campeonato, uma das piores apresentações da história do futebol. O Auckland City, sem nenhum brilho (muito pelo contrário), derrotou o Al Ahli, time anfitrião, por 2 a 0. Cá entre nós, esses jogos eliminatórios são intragáveis.

O número: 1
Pode parecer incrível, mas o grandioso FC Barcelona conquistou, em 2009, pela primeira vez o Mundial de Clubes, após 110 anos de história. Em 1992 e 2006, o Barça ficara com o vice-campeonato, derrotado por São Paulo e Internacional.


Comentário da Redação
Um time inesquecível

O time de Barcelona durante esse ano de 2009 será sempre lembrado como um dos melhores da história. Poucas foram as esquadras montadas pelo Barça que uniram, de forma tão simples, força física, tática e técnica, este último, ingrediente indispensável para o torcedor catalão.

A partir de 2010, os recordes, gols, goleadas e o futebol bonito do Barça em 2009 serão um argumento de cobrança do torcedor. Um time que conquista tudo, apesar de parecer meio absurdo, será sempre cobrado para manter o mesmo nível o que, sabemos, é impossível.


Direto da Redação











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Esportes Olímpicos > Retrospectiva 2009

Cielo é recorde e ouro
* Em ano especial na natação, esporte brasileiro é manchado por quase 50 casos de doping

O ano de 2009 para o Brasil nos esportes olímpicos foi de Cesar Cielo (foto). O nadador brasileiro provou que é bom nos 50m, nos 100m, em Roma, em Pequim ou em São Paulo. No entanto, o ano para o esporte brasileiro foi manchado por quase 50 casos de doping registrados.

Nas quadras, as seleções de volêi mostaram sua força. No basquete, o Brasil voltou a conquistar um título. E na eleição das musas década, as gêmas do nado sincronizado Bia e Branca entraram na lista, com muitos méritos, diga-se de passagem.

No esporte internacional, enquanto Bolt trucidou todos os recordes mais uma vez, a russa Yelena Isinbayeva foi derrotada no Mundial de Berlim. E Michael Phelps sentiu o gosto amargo da derrota no Mundial de natação, em Roma, na prova dos 200m.

Natação > Novos recordes de Cielo

Cesar Cielo foi o grande astro das piscinas em 2009. No Mundial de Roma, o brasileiro conquistou o ouro nos 50m e nos 100m, sendo que neste último ele quebrou o recorde mundial da prova com 46s91. No final do ano, Cielo bateu mais um recorde, desta vez em São Paulo. No Open de Natação, no Clube Pinheiros, Césão alcançou a marca de 20s91 nos 50m, superando os 20s94 anteriores do francês Frédérick Bousquet.

Outro mito do esporte, o americano Michael Phelps, esteve "em baixa". Depois de ser flagrado usando maconha em uma festa, o maior recordista da história das Olimpíadas perdeu uma prova dos 200m após cinco anos. Foi no Mundial de Roma, onde Phelps foi superado pelo alemão Paul Biedermann. Justiça seja feita, o americano ainda levou o ouro em cinco provas.

Para completar o bom ano do Brasil, a brasileira Poliana Okimoto conquistou o título mundial da Maratona Aquática. Antes, no Mundial de Roma Okimoto já levara o bronze na prova dos 5km.

Atletismo > Bolt imbatível

A bela Yelena Isinbayeva (foto) foi às lágrimas. Segundo a russa, sua desconcentração causou o fracasso na prova do salto com vara no Mundial de Berlim. Isinbayeva, recordista mundial da prova com 5,05m, falhou nas três tentativas de salto e foi a lanterna da competição vencida por Anna Rogowska, com 4,75m.

Se uma estrela não brilhou, outra parece que não vai ser apagar tão cedo. O velocista jamaicano Usain Bolt quebrou mais dois recordes mundiais que pertenciam ao próprio. Nos 100m, ele alcançou incríveis 9s58, levando o ouro com muita vantagem para o segundo colocado. Nos 200m, novo ouro e novo recorde: 19s19. Na despedida da capital alemã, Bolt ainda ajudou a Jamaica a conquistar o ouro no revezamento 4x100m, com a melhor marca do campeonato, 37s31.

Vôlei > Papa-títulos

O ano de 2009 foi muito bom para o vôlei brasileiro. A seleção masculina passou por um processo de renovação e não fez feio. Disputou e ganhou a Liga Mundial, o Sul-Americano e a Copa dos Campeões. Revelou ainda novos talentos, como Leandro Vissoto e Lucão. As meninas continuam em alta. Fofão se aposentou, mas Dani Lins assumiu o posto de capitã com autoridade, levando o Brasil aos títulos do Torneio de Montreux, Copa Pan-Americana, Classificatório para o Mundial 2010, Grand Prix, Final Four e Sul-Americano.

Outro fato importante foi a volta de algumas das principais estrelas do volêi masculino ao Brasil. Giba, Gustavo e Rodrigão foram repatriados pelo recém-criado Pinheiros. Murilo e Sidão assinaram com o Sesi, novo time formado pelo técnico Giovane Gávio. Vindo da Rússia, Dante jogou alguns meses no Brasil Vôlei. Porém, uma oferta milionária o levou de volta para o exterior. Entre as mulheres, a ponteira Jaqueline saiu da Itália para defender o Osasco. Na contra mão, Paula Pequeno, que há 10 anos vestia a camisa do time, fechou contrato com os russos.

Basquete > Campeão da América

O basquete brasileiro teve muitas novidades em 2009. Primeiro com a saída do presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) Gerasime Bozikis, o Grego, que deu lugar a carlos Nunes. Com isso, os principais clubes do País tornaram viável uma liga de basquete sólida: NBB, o Novo Basquete Brasil.

E falando em novidade, a seleção brasileira masculina voltou a reunir suas estrelas da NBA., como Leandrinho e Anderson Varejão. Os dois foram fundamentais na conquistas da Copa América, que deu vaga ao Mundial de 2010. As meninas do Brasil repetiram o feito em torneio realizado em Cuiabá.

Ginástica > Daiane pisa na bola

Na ginástica, o Brasil não brilhou tanto. De bom, a volta de Diego Hypolito, que superou graves lesões e venceu pela quarta vez a Super Final. Jade Barbosa também voltou a competir após contusões, mas não subiu no pódio em 2009.

Quem vacilou foi Daiane dos Santos. Ela testou positivo para uma substância proibida num exame fora de competição e luta para tentar ser absolvida. Segundo Daiane, a substância estava em um diurético utilizado para tratamento estético. Em janeiro, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) divulga se ela será ou não punida. A suspensão pode chegar a dois anos.

Mais de 40 no antidoping

O ano foi triste para o Brasil no antidoping. Ao todo, 46 atletas, nas mais diversas modalidades, caíram no exame. O atletismo foi o esporte que registrou maior número de casos, com 16. A maiorias dos atletas treinavam pela equipe Rede Atletismo. Os técnicos Jayme Netto (foto) e Inaldo Sena admitiram a culpa pelo doping dos esportistas e também acusaram o fisiologista Pedro Balikian de receitar uma dose proibida da substância. Com a confissão, os dois treinadores e seis atletas foram suspensos por dois anos. Já o médico não quis se pronunciar sobre o assunto.

As mais belas

Elas não conquistaram títulos em 2009, mas segundo o site esportivo Bleacher Report, as gêmeas brasileiras do nado sincronizado, Bia e Branca (foto) estao entre as mais belas esportistas da década de 2000. O primeiro lugar das musas ficou com a tenista russa Maria Sharapova.


Herói: César Cielo
Cielo foi o grande nome do esporte brasileiro em 2009. Com dois recordes mundiais e duas medalhas de ouro no Mundial de Roma, o nadador cravou ainda mais o sue nome na história do esporte.

Vilão: Jayme Netto
O treinador da equipe Rede Atletismo acabou sendo o grande responsabilizado pelos casos de doping registrados nos atletas da equipe.

Dia D: 18 de dezembro

Com o tempo de 20s91, Cesar Cielo superou o recorde anterior de Frédérick Bousquet e ficou com a melhor marca da história nos 50m. A façanha foi conquistada no Open de Natação em São Paulo.

Dia para ser esquecido: 28 de julho
Havia cinco anos que Michael Phelps não perdia uma prova nos 200m. Mas a hegemonia do americano caiu nessa data, no Mundial de Roma. Phelps foi superado pelo alemão Paul Biedermann, e ficou apenas com o segundo lugar.

O número: 9s58
Nenhuma outra vez na história da humanidade, um homem foi capaz de atravessar 100m tão rapidamente quanto Usain Bolt. O jamaicano parece não ter limites.


Comentário da Redação
Vergonha

Apesar das muitas conquistas na natação, no volêi, no basquete e na ginástica, o esporte brasileiro foi manchado com muitos casos de doping. Nada menos do que 46 atletas, das mais diversas modalidades, foram pegos no exame.

Algma coisa está muito errada. No país dos jogos de 2016, nem ao menos sabemos controlar esse tipo de coisa. Uma vergonha!


Direto da Redação










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Palmeiras > Retrospectiva 2009

Um ano jogando pelo ralo
* O Palmeiras viveu do quase em 2009. Quase no Paulista, quase na Libertadores e um quase doído no Brasileirão

"Um ano jogado pelo ralo". Com esta frase, o volante Pierre definiu o sentimento do Palmeiras após a derrota para o Botafogo, no Engenhão, por 2 a 1, na última rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo decretou o final de um ano sem conquistas e com muito sofrimento para o torcedor alviverde.

No Paulistão, um "quase" na semifinal. Na Libertadores, quase o time passou pelo Nacional, nas quartas-de-final. E no Brasileirão, o Verdão ficou muito perto do pentacampeonato, mais novamente o tal do "quase" atrapalhou.

O Santos no caminho

Desacreditado no início do ano, o Palmeiras deu uma resposta surpreendente aos críticos. Sem grandes contratações, o Verdão fez uma excelente campanha na primeira fase do Campeonato Paulista. Foram 13 vitórias em 19 jogos. A única derrota foi contra o São Paulo, nas rodadas finiais. O jovem Keirrison foi o destaque, anotando 12 gols.

Tudo estava ótimo para o time de Vanderlei Luxemburgo, mas vieram as semifinais e a maré começou a mudar. O adversário seria o Santos, rival que foi goleado na fase de classificação por 4 a 1. Entretanto, no mata-mata a coisa foi diferente. Na Vila Belmiro, Keirrison abriu o placar, mas o Verdão não segurou o ímpeto do rival e cedeu a virada.

No jogo de volta, seria preciso uma vitória simples diante do Peixe. Novamente, a coisa não foi tão fácil como parecia e o Santos deu um baile no, até então, melhor time do campeonato. Com mais uma vitória por 2 a 1, o Alvinegro foi à final e o Palmeiras ficou chupando o dedo.

Sofrimento na Libertadores

Fora do Paulista, o negócio era buscar a Libertadores. A coisa estava bem complicada no grupo do Verdão, que tinha Colo-Colo, LDU e Sport. O Rubro-Negro passeou e conquistou a vaga com facilidade. A briga do Palmeiras era com o Colo-Colo, que chegou à rodada final com a vantagem do empate no jogo em Santiago contra o Alviverde.

O time chileno segurou a vantagem até os minutos finais. Mas o que parecia improvável aconteceu. Cleiton Xavier arriscou uma bomba do meio da rua e fez o gol da classificação palmeirense.

O sofrimento palmeirense continuou nas oitavas-de-final. Após derrotar o Sport por 1 a 0 no Palestra Itália, o Palmeiras segurava um empate sem gols na partida do Recife, mas não resistiu. Sofreu do mesmo veneno que o Colo-Colo, e levou o gol quando não podia. Dessa maneira, a decisão foi para os pênaltis na Ilha do Retiro. O Verdão, contudo, tinha São Marcos, mestre nas cobranças de pênalti. O goleiro defendeu três cobranças e classificou o Palmeiras.

Mas a sorte do Alviverde parou por aí. Mesmo com a estreia de Obina no ataque, o Verdão não passou de um empate de 1 a 1 contra o Nacional, em casa. No Uruguai, o rival tratou de segurar a vantagem durante os 90 minutos e dessa vez ninguém conseguiu um gol salvador. O Palmeiras ficou no quase de novo.

Crise sem explicação

Se a eliminação na Libertadores não causou uma crise no Palestra Itália, uma declaração de Vanderlei Luxemburgo foi o estopim para o que viria a seguir. Luxa ficou indignado com o desenrolar da negociação de Keirrison com o Barcelona e disse que o atacante não jogaria mais com ele no Palmeiras. O presidente Luiz Gonzaga Beluzzo entendeu isso como quebra de hierarquia e demitiu o treinador.

Jorginho assumiu interinamente e o Palmeiras voltou a jogar algo parecido com o que fez no Paulistão. Em sete jogos no comando do clube no Campeonato Brasil, foram cinco vitórias e apenas uma derrota. Mas o verdão queria Muricy e ele veio.

Semanas depois, uma contratação forte: Vagner Love. Era o que faltava para o Palmeiras, líder do Brasileirão àquela altura, ser apontado como principal candidato ao título.

Mas alguma coisa desandou. Após 19 rodadas na liderança do campeonato (e muitas delas com folga), o Palmeiras perdeu a posição após derrota para o Fluminense, na 34ª rodada. Foi apenas a confirmação do que se desenhara nas rodadas anteriores. A queda de rendimento era nítida.

Uma das explicações era um possível racha no elenco, que ganhou mais adeptos após uma briga dentro de campo entre o atacante Obina e o zagueiro Maurício, ambos expulsos do elenco. Outra hipótese era a chegada de Muricy. Para muitos, o Palmeiras não rendeu o esperado com a chegada do tricampeão brasileiro.

Não há muito o que explicar. Ainda com chances de título, o Palmeiras foi ao Engenhão e precisava de uma vitória diante do Botafogo para, pelo menos, garantir vaga na Libertadores. Não conseguiu. Como disse Pierre, o ano estava indo pelo ralo.

Violência

A briga entre Maurício e Obina não foi o único caso de violência entre palmeirenses. Antes da partida contra o Botafogo, três torcedores palmeirenses agrediram o ídolo (ou ex-ídolo) Vagner Love na saída de uma agência bancária em São Paulo.

Antes disso, após a derrota para o Fluminense, o presidente Beluzzo soltou um caminho de bobagens e chegou a dizer que se encontrasse o árbitro da partida, o gaúcho Carlos Simon, daria "uns tapas na cara dele". Não é difícil entender porque torcedor e os jogadores palmeirenses estavam tão dispostos a resolver as coisas no braço.


Herói: Marcos
Entre tantas decepções, o goleiro palmeirense seguiu com o posto de ídolo intacto e ainda mais valorizado. Nas oitavas-de-final da Libertadores, contra o Sport, ele mostrou que cresce na hora da decisão e pegou três pênaltis.

Vilão: Vagner Love

O atacante, ídolo da torcida alviverde, acabou sendo responsabilizado pela torcida diante dos maus resultados do Palmeiras. Três torcedores resolveram agir e agrediram o artilheiro do amor na saída de um banco. Para piorar o caso entre Verdão e Love, o atacante resolveu bater o pé e quer sair. Essa história ainda vai longe...

Dia D: 26 de julho
Uma das poucas alegrias do torcedor palmeirense em 2009 veio nesse dia. Com três gols de Obina, o Verdão derrotou o arquirrival Corinthians por 3 a 0, em Presidente Prudente. Se vale de consolo, o Palmeiras aumentou neste ano a invencibilidade diante do Alvinegro, que já dura três anos.

Dia para ser esquecido: 18 de novembro
Com certeza, muitos dias de 2009 serão apagados da memória do torcedor alviverde. Mas a briga entre Maurício e Obina, no intervalo da partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, foi emblemática. Mostrou o que era o Palmeiras naquele momento: um turbilhão de nervos.

O número: 2
Esse foi o número de vitórias do Palmeiras nas últimas dez rodadas do Campeonato. Fora os triunfos contra o Goiás (4 a 0) e o Atlético-MG (3 a 1), foram seis derrotas e dois empates. Campanha de time rebaixado.


Comentário da Redação
Eu ainda não entendo nada

Meu amigo, vou te dizer uma coisa: até agora eu não consigo entender a queda vertiginosa do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Perder para o Santos no Paulistão é normal. Cair diante do Nacional na Libertadores, vá lá! Agora, liderar um campeonato por 19 rodadas e terminar a temporada sem vaga nem para a Libertadores foi demais!!!

Hipóteses e explicações não faltam. Prefiro não me apegar a nenhuma. O Palmeiras não planejou o ano como deveria e acho que esse foi o maior problema. Mesmo assim, nada justifica perder um campeonato tão ganho.

A única coisa que salvou o ano foi aquele golaço do Diego Souza contra o Atlético-MG.

Para 2010, muita coisa deve mudar. Muricy, entretanto, continua, pois me parece claro que ele não tem culpa de nada. Mas o rabugento treinador vai precisar de muita paciência, pois terá de aguentar a pressão da torcida palmeirense, que, assim como eu, ainda está sem entender.


Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
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Campeonato Italiano > Retrospectiva 2009

Tetra pela primeira vez
* Com três rodadas de antecedência, Inter fatura o quarto título seguido do Calcio

A Internazionale nem precisou entrar em campo para ser campeã do Campeonato Italiano 2008/2009 e alcançar uma marca histórica. Com três rodadas de antecedência, o Milan foi derrotado pela Udinese e garantiu o tetracampeonato inédito à equipe comandada por José Mourinho. No dia seguinte, a Inter pôde comemorar o título diante do seu torcedor, com uma vitória por 3 a 0 contra o Siena.

Os "nerazzurris" terminaram o Calcio com 84 pontos, 10 a mais que Juventus e Milan. Além dos três gigantes do Calcio, a Fiorentina, quarta colocada, conseguiu uma vaga na Champions League. Genoa, Roma e Udinese foram para Europa League, ao lado da Lazio, que venceu a Copa da Itália. Em contrapartida, Torino, Reggina e Lecce foram rebaixados para a Série B.

Superioridade notável

Contratado para o lugar de Roberto Mancini, o polêmico técnico português José Mourinho assumiu a equipe de Milão com a responsabilidade de continuar o grande trabalho do antigo treinador no quesito campeonato nacional. Campeão nas últimas três edições do Calcio, a Inter tinha como grande objetivo a Champions League, mas não escondia o desejo de conquistar, pela primeira vez, o tetracampeonato italiano.

Acreditando no grupo que os "nerazzurris" já tinham, o novo treinador contratou apenas três reforços para compor o elenco: Muntari, Quaresma e o brasileiro Mancini. E o tempo mostrou que, se a Inter não tinha time para conquistar a Europa, pelo menos estava mais do que preparada para conquistar mais uma competição nacional.

O time do craque Ibrahimovic, artilheiro da competição, com 25 gols, liderou praticamente de ponta à ponta. Tanto Juventus como Milan se mostraram irregulares e pouco incomodaram a Inter. A Roma, que no ano anterior dificultou bastante o título do rival de Milão, não chegou nem perto de disputar o caneco este ano, ficando fora até da Champions League (ficou com a vaga na Europa League).

Lazio leva Copa e Supercopa da Itália

No Campeonato Italiano, a Lazio fez uma campanha modesta, terminando na 10ª colocação e não chegando nem perto de se classificar para alguma competição continental. No entanto, a vaga veio na Copa da Itália. O time de Roma venceu a Sampdoria nos pênaltis, por 7 a 6, após um empate por 1 a 1 no tempo normal, e chegou ao título. O triunfo, no Estádio Olímpico de Roma, garantiu aos comandados de Delio Rossi uma vaga na Liga da Europa.

E, na Supercopa da Itália, onde se enfrentam em um jogo único os campeões da Série A Italiana e da Copa Itália, a Lazio surpreendeu e desbancou a poderosa Internazionale, com uma vitória por 2 a 1, no Estádio Nacional de Pequim, na China.


Herói: Zlatan Ibrahimovic
Extremamente decisivo, o craque sueco foi artilheiro do Campeonato e um dos grandes responsáveis pela grande campanha da campeã Internazionale.

Vilão: Felipe Melo
Contratado pela Juventus pelo bom futebol apresentado na Fiorentina, o meio-campista da Seleção Brasileira não tem repetido as boas atuações na equipe de Turim. Mais do que isso, Felipe Melo tem sido um dos maiores criticados pela má fase da Juve, saindo vaiado de campo em algumas ocasiões.

Dia D: 16 de maio
Faltando três rodadas para acabar o campeonato, a Inter nem precisava vencer para ser campeã. Bastava uma derrota do Milan para a conquista ser confirmada. E ela aconteceu. A Udinese bateu o time dos brasileiros Kaká, Ronaldinho e Pato, e "deu" o título para aos Nerazurri.

Dia para ser esquecido: 18 de novembro
Esse dia será lembrado com raiva pelos interistas. Isso porque, em um evento beneficente, em Milão, o atacante da Inter Mario Balotelli deixou escapar que torce pelo maior rival de sua atual equipe, o Milan. Os boatos sobre o fanatismo do atacante, que já havia entrado em uma loja do time rubro-negro em maio, foram confirmados. Perguntado por uma criança sobre seu clube de coração, o atacante não titubeou. "Sou milanista, não sabia?"

O número: 10
Esse é o número de títulos que faltam para a Internazionale se igualar à Juventus, maior vencedora do Campeonato Italiano. Atualmente, o clube de Milão tem 17 conquistas, contra 27 da equipe de Turim.


Comentário da Redação
O penta vem aí...

A temporada atual está parecendo um replay da anterior no Campeonato Italiano. A líder Internazionale caminha para conquistar o título de forma tranquila mais uma vez. O time dos brasileiros Júlio César, Maicon e Lúcio está sobrando na competição mais uma vez, mesmo sem dar show. Com 17 rodadas, já são 8 pontos de vantagem para o vice-líder Milan, que tem um jogo a menos.

No começo do campeonato, a Juventus jogou o melhor futebol e passou a impressão de que poderia quebrar essa sequencia de títulos da rival, mas caiu muito de rendimento, principalmente com a eliminação na Champions League, e vive um péssimo momento atualmente.

Já o Milan, atual vice-líder, se recuperou após um início muito ruim, mas é um time irregular e inconfiável, que não me parece ter condições de fazer frente ao atual líder. Ainda tem muito campeonato pela frente, mas, sinceramente, eu me surpreenderei se a Inter não conquistar seu quinto título consecutivo.


Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Uefa Champions League > Retrospectiva 2009

Campeão jogando bonito
* Barcelona mistura futebol arte e eficiência para conquistar o tricampeonato europeu

Quem disse que não é possível ser campeão jogando bonito? O Barcelona provou que é capaz. Vencendo os maiores clubes do mundo, o time do técnico Pep Guardiola conquistou o tricampeonato europeu. Na final, em Roma, vitória por 2 a 0 diante do campeão de 2008, o Manchester United.

O futebol envolvente do time catalão contagiou o mundo inteiro. Não por acaso o principal astro da constelação do Barça, Lionel Messi, foi eleito o melhor jogador do planeta em 2009. Suas atuações e gols pela Champions, inclusive um na final, foram decisivos na escolha.

Enquanto isso, o maior rival do clube azul-grená, o Real Madrid, amargou mais uma eliminação nas oitavas-de-final.

Ingleses dominam

Nas oitavas-de-final da Liga, destaque para três confrontos entre times ingleses contra italianos. Melhor para as equipes da terra da rainha. O Chelsea passou pela Juventus; o Manchester bateu a Inter; e o Arsenal derrotou a Roma. Outro inglês, o Liverpool, eliminou o Real Madrid - quinta eliminação consecutiva dos merengues nesta fase da Champions.

Os quatro grandes ingleses marcaram presença nas quartas-de-final, ao lado de Barcelona, Bayern de Munique, Porto e Villareal. O cruzamento, porém, foi cruel, e Liverpool e Chelsea ficaram frente à frente. Melhor para os azuis, que seguiram adiante.

Os outros britânicos também seguiram em frente. O Manchester passou pelo Porto e o Arsenal pelo Villrreal. Enquanto isso, o Barça não teve dificuldades para derrotar o Bayern.

Gol salvador

Com isso, três ingleses estavam novamente na fase final, tal qual 2008. Assim como o Barcelona, eliminado pelo Manchester naquela oportunidade. Os Red Devils chegaram mais uma vez à final em 2009, mas agora passando pelo Arsenal, com duas vitórias (1 a 0 e 3 a 1).

Na outra semifinal, o Barcelona, que passara com facilidade por Lyon e Bayern nas fases anteriores, encontrou seu adversários mais duro. O Chelsea, de Guus Hiddink, arrancou um empate sem gols no Camp Nou. E, jogando em Londres, fez 1 a 0 e se fechou.

O Barcelona precisava de apenas um gol para ir à final, mas estava muito difícil. No entanto, os deuses do futebol conspiraram a favor do incrível clube catalão. Com um chute certeiro na entrada da área, aos 48 do segundo tempo, Andrés Iniesta balançou a rede dos ingleses e empatou a partida, em um dos mais emocionantes momentos do futebol neste ano.

Do jeito que eles gostam

A grande final, em Roma, pôs frente à frente dois dos melhores do mundo na atualidade. De um lado, Cristiano Ronaldo, pelo Manchester United, atual campeão. Do outro, Lionel Messi, que buscava o título para se afirmar como o craque do planeta.

Ao contrário do Chelsea, o Manchester mostrou-se uma presa fácil para o Barcelona, que pôde usar o que tem de melhor: toque de bola, velocidade e habilidade. Sem muitos problemas, o time catalão marcou com Eto'o, aos 10 do primeiro tempo, e Messi, de cabeça, aos 25 da etapa final. Os Diabos Vermelhos pouco puderam fazer.

Jogando bola com eficiência, o Barça conquistou o tri na Champions League e provou que nem só de volantes se faz o futebol.

Herói: Andrés Iniesta
Messi foi o grande craque da Champions League, marcando nove gols e comandando o campeão Barcelona. Porém, Iniesta fez o gol mais importante da campanha do título. Um pombo sem asas, nos minutos finais do jogo contra o Chelsea, pela semifinal, garantiu a vaga na final.

Vilão: Cristiano Ronaldo
No duelo entre dois dos melhores jogadores do mundo, Cristiano Ronaldo levou a pior contra Messi, na grande final. Meses depois, o craque português foi para o Real Madrid, deixando os mais fanáticos torcedores do Manchester irados.

Dia D: 6 de maio
O Chelsea vencia o Barcelona por 1 a 0 e ia conquistando a vaga para a decisão da Champions League por mais um ano. Porém, aos 48 do segundo tempo, Iniesta fez um golaço e empatou a partida. Sem esse gol, o Barça não teria chegado ao tri.

Dia para ser esquecido: 10 de março
A missão do Sporting Lisboa era difícil. Após apanhar do Bayern de Munique em seu estádio por 5 a 0, o time português teria de vencer por seis gols de diferença na Alemanha para seguir adiante na Champions. Mas quem conseguiu tal diferença foram os bávaros: 7 a 1. Um vexame!

O número: 5

Nas últimas cinco edições da Uefa Champions League, o Real Madrid foi eliminado logo nas oitavas-de-final. Maior campeão do torneio (nove títulos), os meregues, em 2009, sofreram muito diante do Liverpool. O time inglês venceu os dois jogos: 1 a 0 e 4 a 0. Em 2010, o Lyon será o adversário.


Comentário da Redação
Qualidade inglesa

Nas últimas três edições da Champions League, três clubes ingleses disputaram as semifinais do torneio. Em 2009, o Barcelona estragou a festa e venceu Chelsea e Manchester, assim como havia feito com o Arsenal, no título de 2006.

Mas o Barça é algo extra-série. É um time que montou-se meio que de repente e hoje está colhendo os frutos de uma safra tão boa nas categorias de base. É um time que joga e encanta.

Fora o clube catalão, não vejo nenhum outro na Europa que faça frente aos grandes do futebol britânico. O Campeonato Inglês é, hoje, o melhor campeonato do mundo, e essa qualidade é comprovada com a efetividade deles na Champions League. Os outros precisam correr atrás, pois poucos estão no mesmo nível de Arsenal, Liverpool, Chelsea e Manchester United.

Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
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Campeonato Brasileiro > Retrospectiva 2009

Hexa na raça
* No mais disputado Brasileirão da era dos pontos corridos, Flamengo conquista a taça na última rodada

O Campeonato Brasileiro 2009 pode ser dividido em muitos capítulos. Nesta retrospectiva, vamos separar em quatro, cada um contando a história dos clubes protagonistas do torneio, que teve o Flamengo hexacampeão após arracanada impressionante.

São Paulo, Internacional e Cruzeiro completaram a lista de classificados para a Libertadores 2010. O Palmeiras, líder por 19 rodadas consecutivas, teve de se contentar com vaga na Sul-Americana, junto com Avaí, Atlético-MG, Grêmio, Goiás, Barueri, Santos e Vitória.

Sport, Náutico, Santo André e Coritiba foram rebaixados. O clube paranaense foi responsável pelas cenas mais deprimentes do ano no futebol. Os grandes cariocas Botafogo e Fluminense escaparam na última rodada, no mais emocionante e disputado Brasileirão na era dos pontos corridos, que começou em 2003.

Capítulo I - Palmeiras decepciona

O primeiro protagonista do Brasileirão 2009 foi o Palmeiras. Depois da eliminação para o Nacional, nas quartas-de-final, o time de Vanderlei Luxemburgo ainda tentava encontrar seu caminho até que um fato novo aconteceu. Luxa se desentendeu com a diretoria e acabou demitido.

Enquanto o Palmeiras buscava outro treinador, Jorginho assumiu o comando do time interinamente. De forma surpreendente, ele acertou o time. Ficou cinco jogos seguidos sem derrota e chegou à liderança do campeonato. Mas o Palmeiras queria um treinador experiente e trouxe Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro com o São Paulo. Os resultados vieram e o Verdão se manteve na liderança durante um bom tempo. Mais precisamente, 19 rodadas. Nesse meio tempo, chegou o atacante Vagner Love, ídolo da torcida.

Mas alguma coisa deu errado (até hoje ninguém sabe explicar) e a coisa desandou. Uma série de maus resultados - incluindo derrotas para três times da zona de rebaixamento - provocou uma crise sem precedentes no Palestra Itália. E na 34ª rodada, eis que uma derrota para o Fluminense, por 1 a 0, tirou a liderança do Alviverde.

Nas rodadas seguintes, derrotas para Grêmio (com briga entre Maurício e Obina) e Botafogo, um empate com o rebaixado Sport e uma vitória contra Atlético-MG não foram suficientes para levar o Palmeiras nem à Libertadores. Decepção total no Verdão. Melhor para o Cruzeiro, que herdou a quarta posição.

Capítulo II - São Paulo fica no quase

Enquanto o Palmeiras vaciliava, o São Paulo crescia. Após um começo ruim, o time do Morumbi trocou o comando técnico: Muricy Ramalho deu lugar a Ricardo Gomes. Depois de alguns tropeços, Gomes conseguiu endireitar o Tricolor.

Uma sequência de nove jogos sem derrotas tirou o São Paulo do 15º lugar e o levou à vice-liderança. Durante todo o segundo turno, o Tricolor rondou o 2º e o 3º lugar. Mas após a queda do Palmeiras, o "Jason" atacou e roubou o primeiro lugar, na 34ª rodada.

Quando o São Paulo chega ao topo, não costuma sair mais. Foi assim em 2006, 2007 e 2008. Mas em 2009, não. O Tricolor perdeu duas partidas cruciais fora de casa, para Botafogo e Goiás, e deu o título de bandeja para o Flamengo. Restou o consolo do terceiro lugar e uma vaga para a Libertadores.

Capítulo III - Campeão no Maraca

O campeão foi o Flamengo. O Rubro-Negro entrou no G4 apenas nas rodadas finais, após uma recuperação incrível. O time chegou até o 14º lugar no campeonato. Levou goleadas de Avaí (3 a 0) e Coritiba (5 a 0). Trocou de técnico (Cuca deu lugar a Andrade). A coisa estava feia. Nem Adriano dava jeito.

Mas, tal qual o Palmeiras, algo aconteceu e o Flamengo mudou. Muitos acreditam que foi entrada de Andrade no comando técnico. Outros acham que foi a chegada de Petkovic, um dos principais jogadores do campeonato. A contratação de Maldonado também fez a diferença para alguns. A verdade é que surgiu um campeão que foi arrasador nos momentos finais.

Na penúltima rodada, o Mengão se aproveitou do tropeço do São Paulo e chegou ao primeiro lugar após bater o Corinthians por 2 a 0, gols de Zé Roberto e Léo Moura. Na rodada final, no Maracanã, vitória suada sobre os reservas do Grêmio, 2 a 1, gols de David e Ronaldo Angelim, a dupla de zaga naquele dia. Na raça, o Flamengo conquistou o hexa de forma incontestável. O Imperador Adriano mostrou também sua força e foi artilheiro do campeonato ao lado de Diego Tardelli, do Atlético-MG (19 gols).

Pior para o Internacional, que ganha aqui nosso prêmio de melhor coadjuvante do campeonato. Apesar de não ter tantas história para contar como os times citados até aqui, o Colorado passou quase 100% do campeonato no G4 e ainda beliscou um vice-campeonato no final das contas.

Capítulo IV - Flu derruba os matemáticos

Um capítulo especial é a saga do Fluminense contra o rebaixamento. O Tricolor carioca flertou com a segundona durante todo o campeonato. Foram 28 rodadas na zona da degola, muitas delas na lanterna. Ninguém acreditava no Flu. Os matemáticos chegaram a cravar 98% de chances de queda.

Mas poucos ainda acreditavam. Era o caso do técnico Cuca. Ele chegou ao clube depois de sair do Flamengo (que seria campeão) e tinha missão de tirar o Tricolor da rabeira, coisa que Renê Simões e Renato Gaúcho não conseguiram.

Cuca conseguiu. Nas dez rodadas finais, o Fluminense não perdeu mais. Na penúltima rodada, após golear o Vitória por 4 a 0, o Tricolor escapou da zona de rebaixamento. O alívio veio na rodada final, com o empate em 1 a 1 diante do Coritiba, que acabou rebaixado, provocando um quebra-pau dentro do Estádio Couto Pereira (leia mais no box abaixo). Para o Flu, nem o terror daquela batalha campal tirou a alegria da vitória diante do improvável.


Herói: Cuca
Muitos poderiam ocupar a função de herói do Brasileirão, mas Cuca foi um herói na mais pura definição desta palavra. Tirou um time rebaixado por todos do fundo poço e conquistou a permanência na Série A, que teve gosto de título. O treinador merece todos os elogios pela coragem.

Vilão: Jobson

O atacante do Botafogo foi o grande jogador do clube na reta final do campeonato. Suas atuações foram fundamentais para que o Alvinegro fugisse da segundona. Mas Jobson pisou na bola e foi pego em dois exames anti-doping por uso de Cocaína. Um péssimo exemplo.

Dia D: 29 de novembro
O São Paulo liderava o campeonato e poderia até ser campeão na penúltima rodada, se derrotasse o Goiás e o Flamengo não vencesse o Corinthians. Aconteceu o inverso: Goiás 4x2, Flamengo 2x0. O Rubro-Negro assumiu a liderança e o título se confirmou na rodada seguinte.

Dia para ser esquecido: 6 de dezembro
No mesmo dia em que o Flamengo foi campeão brasileiro, cenas lamentáveis mancharam a festa do campeão. Em Curitiba, a torcida do Coxa não aceitou o segundo rebaixamento do clube em quatros anos e promoveu um espetáculo lamentável no gramado do Couto Pereira, deixando mais de 20 feridos.

O número: 19
Esse foi o número de rodadas em que o Palmeiras permaneceu na liderança do campeonato. No entanto, após derrota para o Fluminense, na 34ª rodada, o Verdão deixou o primeiro lugar e não voltou mais. Pior que isso, nem vaga na Libertadores o time de Muricy ramalho conseguiu.


Comentário da Redação
Um campeão importante

Para o Campeonato Brasil, foi muito importante que houvesse um novo campeão após cinco anos de hegemonia paulista. Estava na hora de alguém colocar um sotaque diferente na festa da taça.

Foi muito bom também que o campeão fosse o Flamengo. Multidões foram ao Maracanã nas rodadas finais para acompanhar o primeiro título brasileiro em 17 anos. Apesar de não ter regularidade no campeonato (a palavra mais falada quando se trata de pontos corridos), o Fla teve força na reta final e isso foi fundamental. Craques como Petkovic e Adriano também fizeram toda a diferença.

Cada vez mais o campeonato por pontos corridos mostra que pode ser emocionante, justo e equilibrado, agradando gregos e troianos. Mais que isso, a fórmula pegou e trouxe estabilidade ao futebol nacional.

Todos os times são capazes de conquistar o Brasileirão, sejam paulistas, cariocas ou de quaisquer outros estados. Basta o mínimo de organização e qualidade.

Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
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Corinthians > Retrospectiva 2009

Um ano quase perfeito
* Timão fatura dois títulos em seis meses, se garante na Libertadores no ano do seu Centenário, mas faz campanha fraca no Brasileirão

Em dezembro de 2008, quando o Ronaldo foi contratado, o Corinthians lançou a campanha "2009 fenomenal". Muitos duvidaram que o pentacampeão do mundo voltaria a jogar em bom nível. Mas o craque deu mais uma volta por cima e foi fundamental para o Timão nas conquistas do Paulistão e Copa do Brasil, fazendo o primeiro semestre de 2009 ser realmente fenomenal para os corintianos.

Após a conquista da vaga para a Libertadores de 2010, ano do Centenário do Corinthians, a diretoria deixou claro que o grande objetivo do clube na temporada já estava cumprido, e vendeu três jogadores que eram importantíssimos para o time. Somado a contusões e desleixo de alguns jogadores, o resultado foi um modesto décimo lugar ao final do Campeonato Brasileiro.

Campeão invicto

Vindo da Série B, o time de Mano Menezes começou o ano sendo olhado com muita desconfiança por todos. Muito se questionava se o time iria produzir, em 2009, o futebol que jogou na segundona. O torcedor corintiano ficou ainda mais preocupado após a estreia com empate contra o Barueri, em pleno Pacaembu, e as vitórias suadas diante do Bragantino e Botafogo, nas rodadas seguintes.

Ronaldo voltou aos gramados e o time melhorou. Mesmo sem ainda fazer grandes exibições, o Timão conseguiu a classificação com certa facilidade no Paulistão, terminando em terceiro e sem sofrer nenhuma derrota. Na semifinal, um teste de fogo para o Alvinegro: O hexacampeão brasileiro, São Paulo.

O técnico Mano Menezes surpreendeu o rival e entrou, pela primeira vez no ano, com uma formação com dois pontas, Dentinho e Jorge Henrique. Os jogadores se encaixaram perfeitamente no novo esquema tático e o Timão passou pelo São Paulo com duas vitórias. No Pacaembu, o venceu de virada, gols de Elias e Cristian, 2 a 1. Na volta, no Morumbi, Douglas e Ronaldo colocaram o Corinthians na final: 2 a 0.

Na grande decisão, o adversário era o Santos. Na Vila Belmiro, com a presença do Rei Pelé, Ronaldo deu show. O Fenômeno marcou dois gols, um deles de placa, encobrindo o goleiro Fábio Costa, e deixou o Corinthians com a mão na taça após vitória por 3 a 1. O Timão ainda conseguiu um empate por 1 a 1, no jogo de volta, para garantir o título invicto.

Mais um título e vaga na Libertadores

Os primeiros jogos do Corinthians na Copa do Brasil foram semelhantes aos do Paulistão. O Alvinegro não deu show, mas jogou o suficiente para passar pelos adversários. Nos dois primeiros duelos, o Timão venceu por dois gols de diferença e eliminou Itumbiara e Misto-MS no primeiro jogo. Coincidentemente, Chicão e André Santos foram os autores dos gols em ambos as partidas.

Nas oitavas-de-final, o Corinthians tinha pela frente o Atlético-PR. Com a cabeça na final do Campeonato Paulista, o Timão ficou perto de ser eliminado quando o Furacão abriu 3 a 0, na Arena da Baixada. Mas no final, Cristian e Dentinho marcaram dois gols salvadores. No Pacaembu, Ronaldo balançou a rede duas vezes e eliminou o Atlético: 2 a 0.

Na fase seguinte, diante do Fluminense, o Corinthians jogou a primeira partida no Pacaembu, e apesar de boa atuação, a equipe paulista conseguiu apenas uma vitória magra, por 1 a 0. No Maracanã, Jorge Henrique e Chicão abriram 2 a 0 e deram tranquilidade ao time. O Flu ainda empatou o jogo, mas o Alvinegro avançou para a semi-final.

O recém-rebaixado Vasco era o próximo desafio da equipe de Mano Menezes. Quem pensou que seria fácil, enganou-se. O Timão conseguiu chegar à final pelo critério de gol fora, com um 1 a 1 no Maraca e 0 a 0 no Pacaembu. Na grande final, um time que se tornou rival do Corinthians nos últimos anos: Internacional.

Assim como em 2008, o Timão jogou a primeira partida da final como mandante. Com o Pacaembu absolutamente lotado, Jorge Henrique e Ronaldo fizeram os gols da vitória por 2 a 0 do time paulista. Dias após o jogo, a diretoria colorada colocou mais fogo no duelo e criou um DVD com supostos erros de arbitragem a favor do Corinthians.

Sem se envolver em polêmica, o time de Mano Menezes fez o que sabe e jogou muita bola no Beira-Rio. Com um jogo envolvente, a equipe paulista não teve dificuldades para abrir 2 a 0 e criar chances para até golear, tudo isso no primeiro tempo. Já no intervalo, a torcida corintiana soltou o grito de "É campeão". O Inter lutou e até conseguiu o empate, mas nada que chegasse a ameaçar o incontestável título corintiano.

Sem objetivo no brasileiro

No primeiro jogo após a final da Copa do Brasil, agora com total atenção no Brasileirão, o Corinthians entrou em campo pela 9ª rodada da competição e deu um verdadeiro show contra o Fluminense, no Pacaembu, vencendo por 4 a 2, com três belos gols de Ronaldo. Naquela ocasião, o Timão estava entre os seis primeiros, e a torcida acreditava que o Alvinegro buscaria a tríplice coroa (três títulos no mesmo ano).

A diretoria corintiana, no entanto, vendeu Cristian, André Santos e Douglas, três titulares importantes nas campanhas do primeiro semestre. Isso, somado a contusões de alguns jogadores, principalmente do Ronaldo, foram acabando com o sonho do torcedor corintiano de conquistar o penta do Campeonato Brasileiro.

Sem chances de título na competição nacional, o Corinthians ficou sem objetivo e passou a administrar o campeonato, torcendo para chegar logo a última rodada. No final das contas, um décimo lugar no brasileirão para o time mais vencedor do primeiro semestre.


Herói: Ronaldo
O Fenômeno deu a volta por cima mais uma vez. Com sua liderança e seus belos e importantes gols, foi fundamental para o Timão nas conquistas do Campeoanto Paulista e Copa do Brasil.

Vilão: Andrés Sanchez
O presidente do Corinthians foi muito criticado pela torcida por vender três jogadores importantes após a conquista da Copa do Brasil. Os corintianos entendem que o Timão disputaria mais um título no ano se a diretoria segurasse os atletas.

Dia D: 1 de julho
O Corinthians empatou com o Internacional, no Beira-Rio, e, por ter vencido o primeiro jogo, faturou o título da Copa do Brasil e garantiu a sua presença na Copa Libertadores em 2010, ano do seu Centenário.

Dia para ser esquecido: 26 de julho
Ainda com chances de título no brasileirão, o Timão enfrentou o arquirrival Palmeiras, em Presidente Prudente. Com três gols de Obina, o Alvinegro perdeu por 3 a 0 e ficou muito longe do penta. Para piorar, Ronaldo saiu de campo com a mão fraturada e parou por mais de cinco semanas.

O número: 23
Esse foi o número de gols marcados pelo Ronaldo na temporada. Foram 8 no Campeonato Paulista, 3 na Copa do Brasil e 12 no Campeonato Brasileiro.


Comentário da Redação
Que primeiro semestre!

Talvez nem o mais otimista torcedor corintiano acreditava em uma volta tão espetacular do seu time. O primeiro semestre do Corinthians foi fantástico. Vencer o Paulistão sem nenhuma derrota e passando pelos rivais São Paulo e Santos na fase final foi de encher de orgulho um torcedor que estava ferido há um ano atrás.

O que dizer da Copa do Brasil então? Era incrível a frieza do time de Mano Menezes, que parecia não sentir pressão nenhuma na casa do adversário. O Timão deu uma verdadeira lição de como marcar e esfriar o oponente. Os contra-ataques, então, eram mortais.

Foi sensacional o time montado pelo Mano. O técnico corintiano soube formar um esquema para tirar o que cada jogador tem de melhor. É só ver o exemplo do Jorge Henrique, que no começo, jogando fixamente no ataque, não foi tão bem. Quando o esquema com dois pontas foi montado, o baixinho se encontrou e foi peça fundamental nos campeonatos conquistados. Deu gosto a aplicação tática dele!

Ao mesmo tempo em que o ano do Corinthians foi de lavar a alma, a Fiel lamenta que o time completo da primeira metade do ano não teve a oportunidade de disputar o Brasileirão. Em uma competição tão disputada como foi, a torcida sabe que aquela equipe, com a frieza que jogava fora de casa e com a força que tinha no Pacaembu, tinha tudo para conquistar a Tríplice Coroa.


Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
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NBA > Retrospectiva 2009

Ele é o cara!
* Kobe Bryant lidera o 15º título dos Lakers na NBA, o quarto de sua carreira

Jogando com superioridade do começo ao fim da temporada 2008/2009, o Los Angeles Lakers conquistou seu 15º título na história da NBA. Na final diante do Orlando Magic, o time da Califórnia contou com mais um show do armador Kobe Bryant (foto), tetracampeão da liga de basquete mais famosa do mundo, e eleito, pela primeira vez, o MVP (jogador mais valioso) da decisão.

Orlando, apesar da derrota na decisão, pôde comemorar sua segunda participação em uma final da NBA, após derrotar o favorito do Leste, Clevland Cavaliers, time de LeBron James, o MVP da temporada.

MVP fica pelo caminho

Do lado leste da NBA surgiu o melhor time da temporada regular, o Clevland Cavaliers. Comandado por LeBron James, eleito o MVP do campeonato, Clevland parecia, desta vez, pronto para levar o anel de campeão. Logo na primeira rodada, os Cavs massacraram o forte Detroit Pistons: 4-0.

Na sequência do mata-mata, mais uma varrida. Desta vez, 4-0 no Atlanta Hawks, uma das surpresas da temporada. Mas na final da confererência, eis que surge um grande problema. O Orlando Magic, que eliminara Philadelphia 76ers e o atual campeão da NBA, Boston Celtics, prometia jogo duro.

Com grandes atuações do pivô Dwight Howard, o Magic não só endureceu a parada para o Clevland como tambéme eliminou o time de LeBron e Anderson Varejão. Com 4-2 na série melhor-de-sete, Orlando chegou à decisão da liga pela segunda vez na história. Apesar da eliminação, LeBron James foi o cestinha da pós-temporada, com 35.2 pontos por partida.

Campeão vem do Oeste

Apesar de chegar à final gabaritado, o Orlando Magic não poderia ter um adversário mais encardido pela frente. Após eliminar Utah Jazz (4-1), Houston Rockets (4-3) e Denver Nuggets (4-2), o Los Angeles Lakers chegou forte. Nos dois primeiros jogos, em Los Angeles, duas vitórias do mandante (100 a 75; 101 a 96).

No terceiro jogo, em Orlando, o Magic venceu a primeira, 108 a 104. Mas nos dois jogos seguintes na terra da Disney, Kobe Bryant não perdoou. Com 32 pontos no jogo 4, ele liderou a vitória por 99 a 91. E Kobe estava impossível também no jogo 5. Com 30 pontos, ele ainda contou com os 15 rebotes de Pau Gasol (único jogo da série em que Dwight Howard não liderou esse quesito) para levar os Lakers à vitória por 99 a 86 e, consequentemente, ao título (4-1 na série).

Quatro vezes campeão da NBA, esta foi a primeira vez que Kobe Bryant conquistou o prêmio de MVP das finals. Outra marca importante foi conquistada pelo técnico da equipe, Phil Jackson: o décimo título de sua carreira (seis com o Chicago Bulls e quatro com os Lakers), o mais vitorioso da história.


Herói: Kobe Bryant

Depois de deixar o título escapar em 2008 (Boston venceu Los Angeles na final), Kobe Bryant não deu espaço para zebras. Jogando um basquete de primeira, Bryant liderou a 15ª conquista dos Lakers (a quarta de sua carreira) e foi o eleito o jogador mais valioso da decisão diante do Orlando Magic.

Vilão: Allen Iverson

Parece que ninguém mais quer correr o risco com Iverson. "The Answer" fez um campeonato muito ruim pelo Detroit Pistons e acabou dispensado no meio do ano. O Memphis Grizzlies resolveu apostar no armador para 2009-2010, mas desistiu após dez rodadas de mau desempenho e de reclamações por ficar no banco. Allen Iverson chegou a anunciar sua aposentadoria, mas o Philadelphia 76ers, time em que o camisa 3 fez seu maior sucesso, acolheu o pupilo mais uma vez. A pergunta é: até quando?

Dia D: 14 de junho

Jogando em Orlando, o Los Angeles Lakers não se intimidou e consolidou seu 15º título da NBA. A vitória por 99 a 86, a quarta na série da final, contra o Magic, teve a participação fundamental da dupla Kobe Bryant (30 pontos) e Pau Gasol (15 rebotes).

Dia para ser esquecido: 30 de maio

O torcedor do Clevland irá esquecer essa data em que mais uma vez o sonho do título da NBA foi destruído. No jogo 6 da série melhor-de-sete da final da Conferência Leste, o Orlando Magic levou a melhor por 103 a 90 e fechou o confronto em 4-2. Nem LeBron James, com 25 pontos, evitou mais um fracasso.

O número: 10
Por dez oportunidades o técnico Phil Jackson levou suas equipes ao troféu da NBA, recorde na historia da Liga. Em 2009, ele conquistou o quarto título com o Los Angeles Lakers. Antes, ele já levantara a taça com o Chicago Bulls - com um tal de Michael Jordan - seis vezes.


Comentário da Redação
Todos de olho em 2010

A temporada 2009-2010 corre solta, sem grandes surpresas. Lakers, Mavs e Nuggets lideram no Oeste, enquanto Celtics, Cavs e Magic dão as cartas no Leste. Quem faz feio é o New Jersey Nets, com apenas duas vitórias em dois meses de campeonato.

Mas todas as atenções da NBA estão voltadas para o fim da temporada e o início das contratações para o torneio seguinte. Alguns dos principais jogadores da liga serão free agents (donos de seus direitos federativos) no meio do ano e estarão livres para negociar.

LeBron James, Dirk Nowitzki, Dwayne Wade e Paul Pierce são apenas alguns dos nomes que estarão à disposição no mercado. Um dos times que promete investir pesado em uma dessas estrelas é o New York Knicks, que não vai aos playoffs há quase nove anos e está há algumas temporadas economizando dólares.


Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
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Tênis > Retrospectiva 2009

O melhor novamente
* Sem Nadal no caminho, Federer retoma o caminho das conquistas e o topo do ranking

O ano do suíço Roger Federer foi quase perfeito. Além de conquistar o título de Wimbledon pela sexta vez e o de Roland Garros de forma inédita, Federer retomou a liderança no ranking de entradas da ATP (Associação de Tenistas Profissionais).

Derrotas apenas nas finais dos outros Grand Slams, US Open, para o argentino Juam Martín del Potro, e Australian Open, para Rafael Nadal. O espanhol se lesionou durante o Aberto da França e acabou eliminado do torneio que vencera nos quatro anos anteriores. Assim, Nadal abriu espaço para que Federer vencesse tudo novamente.

No feminino, destaque para Serena Williams, campeã de Wimbledon e do Australian Open, e para a belga Kim Clijsters, que voltou ao tênis após dois anos de "aposentadoria" e conquistou US Open.

Federer no topo

O ano de 2009 começou como havia terminado, com a rivalidade entre Roger Federer e Rafael Nadal pegando fogo. Logo no primeiro Grand Slam do ano, na Austrália, Nadal conquistou o último dos principais torneios da ATP que faltavam em seu currículo, batendo o suíço por 3-2 e levando o rival às lágrimas.

Mas no torneio em que defenderia o tetracampeonato, Roland Garros, Rafael Nadal sofreu uma lesão no joelho e caiu diante do sueco Robin Soderling. Federer se aproveitou e venceu Soderling na final no saibro francês por 3 a 0, conquistando também um inédito Grand Slam.

Em Wimbledon, deu Federer novamente (hexacampeão na grama inglesa). Desta vez, o rival foi o americano Andy Roddick, vencido por 3 a 2. No set decisivo, o suíço sofreu para bater o dono da casa: 16 a 14.

Os títulos renderam a Roger Federer a volta ao topo do ranking da ATP. Mais do que isso, com 15 títulos de Grand Slam na carreira, o suíço de 28 anos supera a marca de Pete Sampras, ex-recordista dos principais torneios do tênis mundial, com 14.

Del Potro e Djokovic

Mas o ano de 2009 provou que nem tudo é Federer e Nadal no tênis. No US Open, surgiu mais uma pedra no sapato do suíço. Trata-se do argentino Juan Martín del Potro (foto), de apenas 21 anos. Ele bateu Roger Federer em três sets, levando o Grand Slam americano para Tandil, sua cidade natal.

Provando que não é apenas uma chuva de verão, Del Potro chegou também à final da ATP World Tour Finals, a antiga Masters Cup, que reúne os oito principais tenistas da temporada. O argentino, entretanto, caiu por 2 a 0 diante do sérvio Novak Djokovic, terceiro colocado no ranking mundial.

Serena soberana

A líder do ranking feminino ainda é a americana Serena Williams (foto), de 28 anos. Em 2009, ela conquistou o Australian Open, contra a russa Dinara Safina (2-0), e o Torneio de Wimbledon, contra a irmão Venus, que tambpem foi derrotada na decisão da WTA World Tour Finals, em Doha.

Nos outros principais torneios da WTA, destaque para a conquista da russa Svetlana Kuznetsova em Roland Garros contra a compatriota Dinara Safina (2-0), e para a volta da belga Kim Clijsters, campeã do US Open diante da dinamarquesa Caroline Wozniacki (2-0), bicampeonato da tenista de 26 anos, que abandonara as quadras por dois anos.

Decepção brasileira

Na Copa Davis, a seleção espanhola, com Rafael Nadal, conquistou o título ao derrotar a República Tcheca nos cinco jogos da decisão, em Barcelona. A decepção do torneio foi a equipe brasileiro, eliminada pelo Equador, em Porto Alegre: 3 a 2. Entre as mulheres, na Fed Cup, a Italia foi a grande campeã ao bater os Estados Unidos por 4 a 0.


Herói: Roger Federer
Mesmo sem a pedra no sapato - Rafael Nadal - durante quase todo o ano, Federer recuperou sua melhor forma e fez uma grande temporada de 2009, conquistando quatro títulos, sendo dois Grand Slams. Destaque para a inédita vitória em Roland Garros, na França.

Vilã: Serena Williams
A tenista americana teve um grande ano, conquistando mais dois Grand Slams. No entanto, no US Open, Williams fez feio ao discutir com arbitra de linha após uma marcação. A juíza principal não teve dúvidas: puniu a atleta com a perda de um ponto, o que definiu a vitória de Kim Clijsters no jogo da semifinal do torneio americano. Serena ainda levou multa de US$ 82.500 (cerca de R$ 144 mil).

Dia D: 14 de setembro
Apesar da brilhante temporada, o último Grand Slam do ano não foi vencido por Roger Federer. O suíço perdeu o US Open para o argentino Juan Martín del Potro, de apenas 21 anos. Na decisão do torneio, vitória por 3 sets a 2, com parciais de 3/6, 7/6 (7/5), 4/6, 7/6 (7/4), 6/2. Federer, pentacampeão do US Open, não era derrota no principal torneio americano havia seis anos.

Dia para ser esquecido: 31 de maio
Pela primeira vez na história de Roland Garros, o tetracampeão do torneio Rafael Nadal foi derrotado no saibro francês. Foi nesse dia, diante do sueco Robin Soderling, pelas oitavas-de-final do Aberto da França. Nadal também sofreu uma lesão no joelho durante a partida e ficou fora dos principais torneios do restante da temporada.

O número: 15
Esse é o número de Grand Slams no currículo de Roger Federer, recordista na história do tênis. Aos 28 anos, ele já superou a marca do antigo detentor do recorde, o americano Pete Sampras.


Comentário da Redação
Boa safra

Enquanto Federer, Nadal, Serena e Clijsters dominam o cenário do tênis mundial, outros jovens jogadores vão surgindo e incomodando essas estrelas. No masculino, Del Potro já mostrou ser diferenciado. Conquistou o US Open com autoridade, encarando Federer de igual para igual. Na Masters Cup, no final do ano, ele perdeu para Djokovic, outro jovem talento que tem tudo para para explodir em 2010.

Entre as damas, a belga Yanina Wickmayer e a dinamarquesa Caroline Wozniacki prometem jogo duro às irmãs Williams, às russas e a Clijsters. Aliás, o equilíbrio no tênis feminino está cada vez maior.


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Redator: Ricardo Pilat
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