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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Do inferno ao céu em 90 minutos, Corinthians retorna à ponta

Tudo levava a crer que o Corinthians teria um domingo trágico e ficaria em situação complicada na briga pelo título brasileiro, porém, na base da superação no Pacaembu e contando com um bom empate em São Januário, o Alvinegro está de volta à primeira colocação faltando seis rodadas para o fim da competição.

A liderança foi retomada com uma vitória para lá de dramática por 2 a 1 em cima do Avaí. Em um primeiro tempo repleto de apatia, nervosismo e erros por parte dos donos da casa, o time catarinense conseguiu cumprir muito bem seu objetivo: aproveitou a chance que teve, abriu o placar, e conseguiu neutralizar bem o adversário, muito também pela falta de criatividade da equipe paulista. Danilo, lento e disperso, fazia uma partida desastrosa; Liedson era outro que vinha muito mal.

Com forte chuva, a torcida participava cada vez mais do jogo, mas parecia não ser um dia corintiano. E a situação se agravou quando o árbitro Leandro Vuaden deu vermelho direto para Leandro Castán, alegando ser o último homem em uma falta cometida em cima de Lincoln. Assim como a do Alessandro, na última rodada, também vejo esta expulsão como exagerada, pois não era uma situação evidente de gol e foi um lance de "agarra-agarra", não uma falta para parar o jogo.

Com um a menos e sem atuar bem, o Timão viu os catarinenses quase definirem o jogo em dois lances perigosos do centroavante William. Mas o que parecia improvável começou a acontecer. Emerson, que entrara no lugar de Jorge Henrique, contundido aos 30 minutos do primeiro tempo, recebeu passe de Willian e encheu o pé para fazer um belo gol

Empurrado pela torcida, a equipe alvinegra foi para cima e conseguiu a virada com muito sofrimento. Aos 32, o goleiro Felipe afastou mal e Liedson cabeceou para o gol, o próprio goleiro voltou para defender, mas a bola ultrapassou claramente a linha. Um gol chorado, ao melhor estilo corintiano!

Assim como o gol, não foi uma vitória tecnicamente bonita, mas fundamental. Perder três pontos em casa para um time quase rebaixado seria praticamente dar adeus ao título nesta altura do campeonato. Porém, o que parecia ser um dia trágico para os corintianos se transformou em mais um triunfo de campeão, como foi também no empate diante do Inter, na rodada anterior.

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Sem culpa no gol, fez uma defesa muito boa quando já estava 1 a 0.
Welder - BOM: Não teve problemas na marcação e tentou algumas coisas no apoio.
Paulo André - REGULAR: Cometeu uns erros, não estava nos seus melhores dias, mas também não foi nenhuma catástrofe.
Leandro Castán - REGULAR: Vinha atuando bem até ser expulso injustamente. Vai fazer muita falta contra o América-MG, assim como o Paulo André, que também está suspenso.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Inseguro demais, sente os momentos tenso do jogo e comete erros primários.
Ralf - BOM: Raçudo e concentrado, fez sua parte até mesmo como zagueiro após a expulsão do Castán.
Paulinho - PÉSSIMO: Ele jogou? Com o articulador mal, o volante também não correspondeu.
Danilo - PÉSSIMO: Teve apenas alguns lampejos com bons passes, porque de resto... estava em um péssimo dia!
Jorge Henrique - REGULAR: Mostrou dedicação nos primeiros 30 minutos, depois saiu contundido.
(Emerson Sheik) - ÓTIMO: Jogou demais no segundo tempo. Chamou a responsabilidade, fez o gol, foi pra cima, deu lindos passes... está jogando tudo que sabe, e não pode sair do time.
Willian - BOM: Raçudo, deu trabalho pelo lado direito como sempre e deixou o Sheik na cara do gol para empatar a partida.
(Edenilso) - SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Liedson - REGULAR: Teve uma péssima exibição, errou muito. Mas estava lá para fazer o mais importante para um camisa 9: o gol, e da vitória.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Idem ao Edenílson.
Téc: Tite - BOM: Me deixou revoltado quando sinalizou tirar o Willian para colocar o Edenílson quando o jogo estava 1 a 0, mas na prática acabou fazendo tudo direitinho.

Foto: Terra


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

domingo, 30 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Os 6 gols de Neymar e o 4x1 do Santos

Tive o privilégio de estar presente no Pacaembu, na tarde/noite deste sábado, para acompanhar a mais um espetáculo de Neymar com a camisa do Santos. Ele anotou seis gols, mas apenas quatro valeram. Foi o suficiente para que o Peixe derrotasse o Atlético-PR por 4 a 1. O Furacão, aliás, está com cara de time rebaixado. Tudo dá errado! Dificilmente não veremos o clube paranaense na Série B em 2012.

Mas falemos de Neymar, que estava inspirado demais. O que espanta é a motivação do camisa 11 parar jogar, sendo que ele já entrou em campo mais de 60 vezes na temporada, o Santos não tem mais pretensões no campeonato, e mesmo assim ele não para de correr, brigar pela bola, driblar e marcar gols.

O menino da Vila começou a fazer a diferença logo no início do jogo, quando sofreu pênalti de Cleber Santana e ele mesmo cobrou para abrir o placar. Ele marcaria o segundo minutos mais tarde, mas no rebote da cabeçada de Renteria, o assistente já havia assinalado impedimento do colombiano. Mas ele insistiu e marcou. Cruzamento da direita, a bola passou por Alan Kardec, que mesmo impedido mostrou que não participaria da jogada, e a bola se apresentou limpa para Neymar marcar. Teve dança, agradecimento à torcida, festa no Pacaembu... mas aí surgiu a figura do árbitro Francisco Carlos Nascimento, que após apontar para o meio-campo, voltou atrás, por pressão dos jogadores do Atlético-PR, e anulou o gol. E de forma completamente equivocada.

Ok, mas não tem problema. Se ele fez três e só um valeu, por que não fazer mais três? E foi isso que Neymar fez. Antes, o Atlético-PR empatou com Guerron, em cobrança venenosa de escanteio de Paulo Baier. Porém, três minutos mais tarde, Edu Dracena sofreu pênalti e Neymar voltou a colocar o Santos em vantagem.

Pouco depois, o atacante se desvencilhou do zagueiro Manoel e fez 3 a 1. O camisa 11 fechou a conta com um gol bem ao seu estilo. Com velocidade, dribles rápidos e chute forte na entrada da área. O Peixe fazia 4 a 1, com quatro gols de Neymar, fora os dois anulados. Jogo resolvido.

Vale destacar que o Santos não foi só Neymar. Tivemos uma atuação individual muito boa de Durval, jogando como lateral-esquerdo, e que vem melhorando muito o time defensivamente. Até Edu Dracena e Bruno Rodrigo estão melhorando com esta formação. Outro encaixe que deu certo é a presença de Arouca, Adriano e Henrique no meio-campo. Os três jogaram muito bola.

Mas não há como não exaltar a joia santista após uma noite de melhor do mundo - tal qual gritavam os mais de 18 mil santistas presentes no Pacaembu. Fica até difícil falar isso no mesmo dia em que Messi também marcou 3 gols. Mas se não é o melhor, Neymar é um dos melhores, tem tudo para ser o melhor em breve, e talvez um dos maiores da história.

No Santos, ele está no caminho para ser o segundo maior, o que também representa muita coisa quando lembramos que um tal de Pelé é inatingível.

Conceitos

Rafael
- BOM: Levou um gol, mas evitou outros.
Danilo - BOM: Uma partida muita segura defensivamente. Finalmente jogou bem como lateral.
Edu Dracena - BOM: O time está muito mais forte defensivamente com Durval na esquerda e três volantes à frente da zaga. Melhor para Dracena.
(Bruno Aguiar) - BOM: Jogou 20 minutos, sem oferecer riscos.
Bruno Rodrigo - ÓTIMO: A melhor partida dele pelo Santos.
Durval - ÓTIMO: Parece que nasceu jogando na lateral-esquerda. Impressionante. Léo que se cuide.
Arouca - BOM: Incansável.
(Ibson) - SEM CONCEITO: Entrou nos acréscimos.
Adriano - ÓTIMO: O 12º homem do Santos em 2010 fez mais uma partida impecável.
Henrique - BOM: Vem melhorando a cada partida e no momento certo.
Neymar - EXCELENTE: Tudo que tinha pra falar dele, falei acima. É gênio.
Alan Kardec - REGULAR: Muita dedicação, pouca inspiração.
Renteria - PÉSSIMO: Esse ainda não mostrou a que veio.
(Diogo) - BOM: Jogou uns 10 minutos, o bastante para ter a melhor atuação com a camisa do Santos.
Tec: Tata - BOM: Acredito que Muricy está interferindo o mínimo possível no time, então fica aqui uma menção ao bom trabalho do auxiliar Tata nos últimos 3 jogos, desde que o treinador principal teve de se ausentar dos bancos por problemas nas costas.

Fotos: Terra

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Timão consegue ótimo empate no Beira-Rio

O Corinthians termina a 31ª rodada na segunda colocação, atrás do líder Vasco, mas ainda assim sai fortalecido após os jogos deste fim de semana. Jogando com um a menos desde o fim do primeiro tempo, o time paulista tinha tudo e mais um pouco para sair do Beira-Rio derrotado pelo Internacional, mas conseguiu arrancar um ótimo empate com gol de Alex.

Antes do ex-colorado tornar-se herói corintiano, o roteiro do filme (sem indireta para os colorados com a história do DVD, ok?) tinha tudo para ser a favor dos donos da casa. Com o apoio de sua empolgante torcida, partiram para cima dos até então líderes e criaram chances com chutes de fora da área. O Timão, por sua vez, teve um bom começo de jogo, mas não grande levou perigo e foi caindo muito.

Essa queda de rendimento culminou na expulsão do Alessandro aos 40 minutos de partida. Exagerada, na minha opinião. Um cartão amarelo estava de bom tamanho. Para reorganizar o time, Tite cometeu erros. Em vez de sacar o Liedson, que fatalmente teria que sair depois por não estar em plenas condições, o técnico tirou Willian para a entrada do Welder. Resultado: o time cada vez mais abdicava de atacar.

É a velha mania de achar que ter um a menos significa ter que abdicar totalmente do ataque. Aí, quando toma um gol, como aconteceu, resolve sair para o jogo porque não tem mais nada a perder. Claro que é preciso passar a marcar mais, ser mais cauteloso, mas não apenas isso. Até porque, quando o ia ao ataque, o time visitante levava perigo, como num cabeceio do Danilo.

Com o 1 a 0 para os gaúchos no placar e um ataque totalmente desfigurado (Jorge Henrique entrou na vaga do Liedson), a derrota da equipe alvinegra parecia consumada. Até que Alex partiu para cima, foi derrubado por D'Alessandro, que foi expulso. Na cobrança, aos 43, o meia chutou forte, com veneno, e Murial aceitou no seu canto. Aplaudido pela torcida colorada antes do jogo, Alex calou a parte vermelha e fez a Fiel explodir no Beira-Rio.

Além de conseguir esse ponto importante, o Alvinegro contou com resultados favoráveis em outros jogos. Dos seis primeiros colocados, apenas o Vasco venceu.  Outro fator que faz o corintiano ficar tranquilo com a perda parcial da liderança é a projeção para as próximas rodadas. Avaí (C), América-MG (F) e Atlético-PR (C) são os desafios do Corinthians, enquanto o Vasco pega São Paulo (C), Santos (F) e Botafogo (C).

Foto: Gazeta Press

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comentário da Redação > São Paulo medonho

Medonho. Esse é o adjetivo que posso dar à atuação do São Paulo neste domingo, diante do Atlético/GO, no Serra Dourada.

Apesar de ter iniciado bem a partida, agredindo a defesa adversária com investidas de Dagoberto, Luis Fabiano e Lucas, ter assustado com uma cobrança de falta de Rogério Ceni e ter mantido 65% da posse de bola, o time não marcou o gol e para piorar, na primeira jogada de ataque dos atleticanos, levou o primeiro. E mais uma vez um gol de jogada aérea.

O mais bizarro é que o cruzamento saiu dos pés de um zagueiro, para a cabeça de outro zagueiro. Píris, que era quem devia cobrir o setor onde a finalização aconteceu, chegou atrasado na marcação, permitindo o cabeceio de Gilson, sem chances para Rogério Ceni.

Depois do golpe, o time ainda proporcionou um lance curioso: Dagoberto lançou uma bola na área em uma cobrança de falta. Xandão desviou sutilmente para o gol e mais sutilmente ainda foi o desvio do goleiro Márcio. A bola resvalou no travessão, na trave direita e foi na direção de Rhodolfo que, no susto, empurrou pro gol como pôde. Novamente a redonda beijou a trave e voltou pra confusão. Luis Fabiano, então, chutou forte de direita e adivinhem? Na mesma trave direita.

Não era nosso dia (como não tem sido desde a vitória sobre o Ceará, há cinco rodadas).

No segundo tempo então, a coisa degringolou de vez.
Desatento e apático, o São Paulo foi envolvido pelo time goiano, e após bela jogada de Anselmo, Felipe completou pro gol a bola milagrosamente defendia por Rogério e que ainda explodiu no travessão.

Ainda faltava um bom tempo para acabar o jogo, mas este foi o gol da vitória. De pênalti, ainda houve o terceiro gol, que serviu mais para provar o quanto Xandão é despreparado: colocou a mão na bola dentro da área, como se estivesse jogando com amigos no condomínio onde mora. Grotesco, grotesco…

Dali pra frente levamos olé e vimos o até então técnico Adilson Batista promover as estapafúrdias substituições de sempre: tirou Dagoberto, que jogava bem, para colocar Marlos (precisando fazer gols, ele tira um atacante para colocar um meia) e já no fim trocou Jean por Píris (não sei para que, não mudaria absolutamente nada àquela altura da partida).

O apito final do juiz foi um alívio. Que acabe logo 2011.

Conceitos

Rogério Ceni – BOM: Levou três gols, é verdade. Nenhum foi por sua culpa, outra verdade. Se não fosse ele, era pra ter sido mais. Verdade também.
Píris – PÉSSIMO: Falhou na marcação no primeiro gol do Atlético. Não apoiou o ataque e errou passes de todos os jeitos possíveis.
(Jean) – SEM CONCEITO: Jogou 3 minutos.
Xandão – PÉSSIMO: Afobado como sempre, falhou na marcação em diversos momentos. Cometeu um pênalti imbecil, para não falar outra coisa…
Rhodolfo – PÉSSIMO: Disperso, também falhou muitas vezes durante o jogo. Conseguiu ser pior que o Xandão. No final quase levamos o quarto por uma falha sua.
Carlinhos Paraíba – REGULAR: O menos pior da defesa. Enquanto estava 0x0, apoiou bastante o ataque. Depois ficou mais preso atrás. Não comprometeu, mas não ajudou.
Denílson – PÉSSIMO: Distração: seu ponto forte. Levou bronca por estar com a chuteira desamarrada em determinado momento. Deve ter voltado pro país a passeio. Cometeu as faltas bobas de sempre.
Wellington – BOM: Um dos poucos que demonstrou garra o jogo todo. Correu bastante, foi um carrapato e ajudou a armar algumas jogadas de ataque.
Cícero – PÉSSIMO: Só lembrei que ele estava em campo quando foi substituído por Rivaldo.
(Rivaldo) – PÉSSIMO: Não por sua culpa, mas sim pelo contexto. Já entrou com o jogo perdido e se deixou contaminar pela apatia do time.
Lucas – PÉSSIMO: Só pensa na seleção, é nítido. Corre bastante, tudo bem, mas em vão. Não arma uma jogada, não tabela, não distribui. Tá difícil…
Dagoberto – BOM: Finalizou com perigo as poucas bolas que chegaram boas. Também tentou tabelas com Luis Fabiano, inclusive invertendo de posição com ele, que ainda está um pouco fora de ritmo. É voluntarioso, ele transpira São Paulo Futebol Clube.
(Marlos) – BOM: Tentou bastante, foi guerreiro. Mesmo com 3x0 contra, se esforçou como se estivesse 0x0. Uma pena que ele só se destaca quando os jogos já estão resolvidos.
Luis Fabiano – REGULAR: Ainda um pouco fora de ritmo, perdeu algumas chances boas. Precisamos ter paciência. Fez o goleiro adversário trabalhar um pouco mais e acertou a trave. O gol é questão de tempo.
Tec: Adilson Batista – REGULAR: Não acho que hoje ele tenha ido tão mal, nem tática, nem tecnicamente. Ele colocou o time que tinha que colocar mesmo. Rivaldo não agüenta jogar duas partidas por semana. Os maiores erros foram a substituição do Dagoberto e a demora em tirar o Píris. Entregou os pontos quando levou o segundo. Foi demitido ao fim da partida.

Foto: Futura Press

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Borges complica ainda mais o clima no Palmeiras

Santos e Palmeiras se enfrentaram ontem na Vila Belmiro, mas nem parecia clássico. Estádio quase vazio, pouco interesse de mídia e duas equipes que pouco fizeram para tornar o jogo interessante. Aliás, foi uma partida bem ruim. Quem se deu melhor foi o Peixe, que venceu por 1 a 0 graças ao brilhante Borges, artilheiro do campeonato, e ao adversário, que parecia desmotivado, sem pretensões. E não deveria ser assim.

Que o Santos não tivesse naquela "pegada", a gente entende. Afinal, o clube da Baixada praticamente não tem mais chances de título e pensa somente no Mundial de Clubes, em dezembro. Mas o Palmeiras é inexplicável. Briga ainda por Libertadores (ou brigava), porém, jogou com se estivesse em pré-temporada. Pior que isso, teve medo de ir pra cima, tentar derrotar o rival em Santos, vitória que traria muita moral ao time de Felipão.

O treinador, aliás, por mais irritado que esteja com a equipe, precisa saber que também tem culpa no cartório. Neste domingo, o Verdão não teve Kléber, que faz falta - mais pelos que entram no seu lugar que por ele mesmo. Mas Felipão teve uma postura covarde na escalação ao encher o time de zagueiros e volantes. E foi ainda pior nas substituições, em que só trocou seis por meia-dúzia, mesmo quando o Santos já vencia o jogo. Melhor para o goleiro Rafael, que só teve trabalho em um chute de Fernandão, nos minutos finais.

E falando no Santos, que realmente jogou para o gasto, sem exagero, o resultado foi muito bom para dar um pouco de paz após 3 derrotas seguidas, e para acabar com o tabu de 5 anos sem vitórias diante do Palmeiras em Brasileiros. E Muricy precisa usar as próximas partidas para definir a base do time que vai ao Mundial. Neymar volta diante do Atlético-MG e será fundamental para manter o Peixe jogando em bom nível.

Conceitos - Santos

Rafael - BOM: Só foi exigido no final do jogo, e se saiu muito bem.
Crystian - BOM: Ótima atuação do garoto da base. Acredito que mereça ser testado mais vezes, até para manter o Danilo jogando no meio, onde é melhor que na lateral, na minha opinião.
Bruno Rodrigo - BOM: O ataque do Palmeiras ajudou bastante, mas o carequinha foi bem.
Durval - BOM: Voltou a jogar com segurança após jogos terríveis.
Léo - ÓTIMO: O melhor em campo. Não foi fundamental só no lance do gol, mas durante os 90 minutos. Diria que foi uma das grandes partidas do ídolo santista no ano.
Adriano - PÉSSIMO: Destoou completamente do time. Não achou ninguém na marcação. E olha que o ataque do Palmeiras se esforçou bastante para ajudar a defesa do Peixe.
Henrique - BOM: Adriano jogou praticamente como terceiro zagueiro, então Henrique conseguiu atuar mais na dele, como primeiro volante.
Ibson - REGULAR: Ainda deixa a desejar.
(Bruno Aguiar) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Danilo - REGULAR: O time flui mais com a presença dele no meio-campo. Mas não estava no melhor dia ontem.
Alan Kardec - REGULAR: Não vai ganhar um PÉSSIMO pelo esforço, que é impressionante. Só não é mais impressionante que a falta de qualidade dele com a bola nos pés. Mas exigiu boas defesas de Deola em lances de cabeça.
Borges - BOM: Sobrou, guardou. Mais uma vez, Borges não perdoou.
(Renteria) - SEM CONCEITO: Jogou pouco. Poderia ter entrado antes.
Tec: Muricy Ramalho - REGULAR: Muricy foi bem na escalação, mas acho que demorou demais para fazer as alterações. Renteria precisa jogar mais.


Conceitos - Palmeiras

Deola - BOM: Até acho que poderia ter defendido a cabeçada do Borges, mas ele já havia feito 2 ou 3 defesas incríveis em lances semelhantes na partida. Não tem culpa de nada.
Maurício Ramos - REGULAR: Teve muita dificuldade para marcar as investidas do Santos pelo seu setor.
Thiago Heleno - PÉSSIMO: Perdidaço.
Henrique - BOM: Um dos poucos do Palmeiras que se salvou.
Márcio Araújo - REGULAR: Não ajudou muito no ataque, tampouco na defesa. Figura apagada.
(Paulo Henrique) - PÉSSIMO: O menino entrou quando o Santos já vencia a partida e mostrou que não era a melhor pessoa para resolver a partida.
Marcos Assunção - REGULAR: Continua letal nas bolas paradas, porém, muito mal quando a redonda rola.
Chico - REGULAR: Não consigo entendê-lo como titular do Palmeiras. No final da partida, resolver ir ao ataque, chutar de qualquer lugar... coisas que acontecem em equipes desorganizadas.
Pedro Carmona - PÉSSIMO: Uma meia que não acerta um passe. Dá pra entender?
(Patrik) - PÉSSIMO: Nem tocou na bola. Se escondeu de novo.
Gabriel Silva - REGULAR: Se espera muito mais desse jogador.
Fernandão - REGULAR: Comparo a atuação dele a do Alan Kardec pelo Santos. Muito esforço e pouca qualidade. E também levou perigo ao Rafael em um lance nos minutos finais.
Maikon Leite - PÉSSIMO: O torcedor do Palmeiras começa a descobrir o que o santista já sabia...
(Ricardo Bueno) - SEM CONCEITO: Mal tocou na bola. Jogou no sacrifício.
Tec: Felipão - PÉSSIMO: Foi medroso na escalação e nas alterações.

Foto: Gazeta Press

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

Comentário da Redação > Com autoridade, Timão faz seu dever de casa e volta à liderança

Como se esperava, a 28ª rodada foi corintiana. Contando com empates de São Paulo e Botafogo e derrota do até então líder Vasco, o Corinthians entrou em campo às 18h sabendo que necessitava de apenas uma vitória simples para voltar ao topo da tabela. E não decepcionou a torcida que compareceu em ótimo número, também impulsionada pela estreia do Adriano.

Com ótima atuação, não deixou o Atlético-GO respirar e definiu o jogo já no primeiro tempo, com um 3 a 0 merecido. No segundo tempo, a equipe alvinegra seguiu firme na marcação, administrou o resultado com consciência, sem chamar o adversário para cima. E faltando pouco mais dez minutos para o apito final, Adriano foi à campo. Teve uma grande chance de marcar, mas mostrou a esperada falta de ritmo e não conseguiu alcançar a bola. Mas o Imperador, ainda bem, não teve a responsabilidade de estrear precisando marcar o gol da vitória.

Pelo contrário, viu seus companheiros voltarem a jogar como nas dez primeiras rodadas, um futebol consistente, rápido, aplicado... enfim, me agradou muito. E não dá para falar que a fraqueza do adversário foi um fator considerável, pois Figueirense e Ceará eram de um nível claramente inferior e o Alvinegro não conseguiu vence-los, e muito menos jogar bem.

Pode até ser leviano, mas volto a enxergar o time paulista como o grande candidato ao título. Não pela primeira colocação reconquistada, mas por tudo... O sistema defensivo voltou a passar segurança com a saída do Chicão, jogadores importantíssimos como Danilo e Willian, voltaram a jogar muito, Alex vem crescendo, e ainda tem Emerson (que estava suspenso) e Liedson (contundido) para voltarem à equipe. E tudo isso na hora certa, na reta final.

Quando todos estiveram disponíveis, é até complicado para escalar a equipe. Mas isso é muito bom, pois se um não estiver bem, o outro pode entrar e decidir a partida. O importante, como disse o Alex após o jogo, é cada um jogar na sua posição de ofício para render o melhor. E até o Tite, nesse aspecto, tem acertado.

A próxima rodada (enfrenta o ótimo time do Botafogo, no Pacaembu) é a ocasião ideal para o Corinthians não só provar que está realmente forte como também decolar de vez, rumo ao título, em caso de vitória

Conceitos


Julio Cesar - BOM: Esteve atento e fez uma boa defesa.
Alessandro - BOM: Cometeu alguns erros, mas hoje esteve mais solto, apoiou melhor.
Paulo André - BOM: Deu um vacilo, mas jogou muito bem. Deu outra cara para a zaga corintiana.
Leandro Castán - ÓTIMO: Com muita segurança e concentração na zaga, fez o gol que abriu caminho para a bela vitória.
Fábio Santos - BOM: Não foi brilhante no apoio, mas muito raçudo e ligado na partida.
Moradei - BOM: Marcou direitinho.
Paulinho - BOM: Não apareceu tanto hoje, porém esteve bem na marcação e passe.
Alex - BOM: Mais solto, deu bons passes e fez um belo gol.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Ainda fora de forma, ficou isolado no pouco tempo em que atuou.
Danilo - ÓTIMO: Muito a vontade, deu dribles, distribuiu ótimos passes (inclusive o do gol do Alex), apareceu muito bem na área, colaborou na marcação... está jogando muito!
Jorge Henrique - BOM: Aplicado, colaborou muito com a marcação e saiu bem para o jogo. Hoje, é um marcador que chega na frente (nem sempre da melhor forma), e não um atacante que marca.
(Luis Ramírez) - SEM CONCEITO: Entrou já no fim. Quase se consagrou com um passe para o Imperador.
Willian - ÓTIMO: Voltou a jogar o seu melhor futebol e o golaço foi reflexo disso. Brigador demais, não parou um minuto em campo.
(Edenílson) - BOM: Entrou no ritmo do time, concentrado.
Téc: Tite - BOM: Time bem armado, e com o espírito de campeão. Mas mesmo com o jogo já resolvido, eu mexeria diferente. Deixaria Alex e Willian em campo para auxiliar o Imperador.

Fotos: Terra

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

domingo, 2 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Timão empata em São Januário. Bom por um lado, nem tanto por outro...

Analisando a classificação, as próximas rodadas, o fator campo e os desfalques, o empate em 2 a 2 com o Vasco, neste domingo, em São Januário, foi um bom resultado obtido pelo Corinthians. Até por ter grandes possibilidades de retomar a primeira colocação nos próximos dois jogos, ambos em casa (Atlético-GO e Botafogo), enquanto os cariocas serão visitantes contra adversários que complicam em seus domínios: Internacional e Atlético-PR.

Mas pelo que foi o duelo deste domingo no Rio de Janeiro, é inevitável a Fiel Torcida não sentir um gostinho amargo. Ainda que tenha ficado duas vezes atrás no placar, o Timão teve a vitória, e consequentemente a liderança nas mãos.

Mesmo com a ausência de um camisa 9 (Liedson machucado e Adriano ainda sem condições de jogo) e sem um jogador incisivo como o Sheik, os visitantes conseguiram criar chances as mais claras. Mas tomaram gols em duas bobeiras. Primeiro, na velha dificuldade da bola aérea, Dedé, o melhor zagueiro do Brasil atuamente, abriu o placar de cabeça. Minutos antes, Elton quase marcou também em bola pelo alto.

O gol não abalou a equipe paulista, que foi buscar o empate. Sem um homem de área, os meias apareciam como homem surpresa para finalizar. Foi assim que saiu o gol, com passe de Danilo e conclusão de Alex. Os espaços surgiam com mais frequencia e a virada parecia questão de tempo. A chance de ouro esteve com Paulinho, que, livre, desviou para fora.

No último minuto do primeiro tempo, veio o castigo em um vacilo enorme: três defensores corintianos não se entenderam e o lateral Fagner saiu de frente para Julio César: 2 a 1. Um balde de água fria para o time de Tite, que merecia ter ido no mínimo com um empate para o vestiário. Os 15 minutos de intervalo não foram suficientes para digerir esse gol, pois o vice-líder voltou sonolento, apático...

Depois dos primeiros 15 minutos e algumas chances criadas pelos donos da casa, o Corinthians mudou da água para o vinho. Despertou para o jogo. Aos 23, Danilo, como um camisa 9 nato, mandou para as redes de cabeça após cruzamento de Willian. Sempre forte nas jogadas pelo alto, o meia quase virou o jogo em novo cabeceio.

Em casa, os líderes também buscavam criar chances. Mas foi o Alvinegro do Parque São Jorge que ficou mais perto da vitória. Willian deu muito trabalho à zaga vascaína - que mostrou sérios problemas pelo lado esquerdo, com Marcio Careca - e criou chances para matar a partida, mas errou na hora de finalizar.

Resultado à parte, o fato é que foi um jogaço! Com clima de final, chances para os dois lados, quatro gols e em aberto até o fim... Foi, sem dúvida, um duelo digno dos dois primeiros colocados do Campeonato. Cumpriu as expectativas de todos.

Conceitos

CORINTHIANS
Julio Cesar - REGULAR: Fez uma grande defesa, mas não passou muita confiança, não.
Alessandro - PÉSSIMO: Inseguro na marcação e aparece pouco no apoio. Por falha do camisa 2, Diego Souza quase definiu o jogo.
Paulo André - REGULAR: Costuma ser melhor nas bolas pelo alto, mas esteve firme na marcação.
Leandro Castán - BOM: Um pouco mais exigido que seu companheiro, seguiu a média de boas atuações. Essa é a melhor dupla de zaga que o Tite pode escalar.
Fábio Santos - REGULAR: Deveria ter acompanhado mais de perto o Fágner no lance do gol. De resto, fez o básico...
Ralf - BOM: Marcou bem e começou a jogada do primeiro gol com um ótimo lançamento para o Danilo.
Paulinho - REGULAR: Com seis gols no campeonato, hoje perdeu duas chances claríssimas de gol. Não estava em um grande dia.
Danilo - ÓTIMO: O melhor em campo. Deu assistência, fez o seu gol e jogou muito como "falso 9". E eu cantei a bola aqui no ano passado, quando sugeri que ele fosse o centroavante na ausência do Ronaldo. Tem características para fazer essa função... Trabalha bem como pivô, dificilmente perde bola pelo alto, e tem boa finalização.
Alex - REGULAR: Não teve uma atuação brilhante mais uma vez. Pelo menos fez o gol, o quinto dele pelo Corinthians.
(Welder) - SEM CONCEITO: Foi à campo já nos acréscimos.
Jorge Henrique - REGULAR: Marcou, colaborou com o time, sofreu algumas faltas, e só. No campo de ataque, como de costume, pouco acrescentou.
(Edenilson) - REGULAR: Esteve pouco mais de 10 minutos em campo e mal apareceu.
Willian - BOM: Mesmo com as chances desperdiçadas, não dá para deixar de conceituar como boa a atuação do camisa 7. Deu trabalho para a zaga vascaína e, como um autêntico ponta direita, fez ótimos cruzamentos para o Danilo.
 Téc: Tite - BOM: Armou bem o time sem um artilheiro. Foi muito boa a movimentação de Alex e Danilo, e o posicionamento do camisa 20 como centroavante, deu certo. E como o próprio treinador disse após o jogo, pelo que jogou, o Timão perdeu dois pontos.

VASCO
Por Gislan Costa - gislan-13@hotmail.com

Fernando Prass - BOM: Não teve culpa nos gols e fez uma boa defesa em cabeceio do Danilo.
Fagner- BOM: Muito bem no apoio, foi premiado com o gol. No segundo tempo caiu de rendimento, assim como o resto do time.
Dedé - ÓTIMO: Abriu o placar, e foi soberano na defesa.
Renato Silva - REGULAR: Fez o famoso feijão com arroz e não comprometeu.
Márcio Careca - PÉSSIMO: Os gols do corinthians foram em seu setor, errou tudo! É um caso perdido.
Eduardo Costa - REGULAR: Não comprometeu.
Rômulo - REGULAR: Se limitou a marcação e não ajudou muito os apoiadores.
Juninho - BOM: Mesmo sem ser brilhante, organizou o meio com toda calma e categoria. Após sua saida a equipe se perdeu.
(Allan) - REGULAR: Não conseguiu manter o nível do juninho, mas não prejudicou.
Diego Souza - REGULAR: Foi muito bem marcado, não conseguiu repetir as boas atuações.
Eder Luís - BOM: Sempre veloz, participou das principais jogadas ofensivas do Vasco.
(Bernardo) - REGULAR: Irregular é a palavra que melhor descreve esse jogador. Numa partida acaba com o jogo, em outras como foi o caso de hoje, some.
Elton - RGULAR: Lutou, incomodou, mas falta qualidade. Levou um amarelo bobo e saiu no intervalo.
(Alecsandro) - PÉSSIMO: Só foi notado ao dar um passe de calcanhar que resultou no gol de empate do Corinthians.
Téc: Cristovão Borges - BOM: Fez o que estava ao seu alcance.

Foto: Globoesporte.com

Redator: Pedro Silas
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