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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Craques da Redação 2011 > Neymar comanda seleção do Brasileirão



Mesmo sem conseguir conduzir o Santos ao título brasileiro, Neymar conquistou com facilidade o prêmio de craque do campeonato em 2011 no prêmio Craques da Redação. Na disputa com Paulinho, do Corinthians, e Dedé, do Vasco, o camisa 11 santista liderou com folga e leva o prêmio com 75% dos votos.

Mesmo sendo poupado de alguns jogos pelo Santos, que se preparava para o Mundial de Clubes, e estando ausente de outros por conta da seleção brasileira, Neymar teve ótimos números no Campeonato Brasileiro. Em 21 jogos, ele anotou 13 gols.

Destaque para o duelo contra o Atlético-PR, onde marcou 4 vezes, e também para o épico confronto diante do Flamengo, na Vila Belmiro. Naquele jogo, foram 2 gols, um deles uma pintura que concorre ao prêmio de gol do ano pela Fifa.

Seleção definida

Além de Neymar, outros 10 jogadores compõem o time de Craques da Redação, que tem como técnico Cristóvão Borges (e Ricardo Gomes). Ainda tivemos a escolha de Bruno Cortês, do Botafogo, como revelação do Brasileirão. Confira a formação do time dos sonhos do Brasileirão.

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Direto da Redação
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Terra do Tio Sam > Noite de estreia de favoritos na NBA

A noite de natal foi de estreia da temporada 2011/2012 da NBA. O maior basquete do mundo correu o risco de não dar o ar da graça neste ano, mas após longas negociações entre atletas e cartolas, o campeonato foi confirmado com 66 partidas para cada franquia - 16 a menos que o normal.

Sem muito tempo para transações, as equipes mudaram pouco. Dessa forma, podemos dizer que os principais favoritos ao título estiverem em quadra nesse domingo. Com apenas um intruso em relação à temporada anterior.

Estou falando do Los Angeles Clippers, o eterno primo pobre da cidade dos anjos. E que parece não estar tão mais pobre assim. Com a estreia do principal reforço da equipe, Chris Paul, o time derrotou o Golden State Warriors fora de casa por 105 a 86 e mostrou que pode ir longe pela primeira vez em sua história de 41 temporadas.

Enquanto isso, o Los Angeles Lakers, que perdeu duas vezes para os Clippers na pré-temporada, foi derrotado em casa para o Chicago Bulls, outro favorito. Vitória por 88 a 87, com direito a show de Derrick Rose nos minutos finais.

Oklahoma e Miami

Duas equipes que também devem brigar pelo título decepcionaram demais. Especialmente o atual campeão Dallas Mavericks, que enfrentou o atual vice-campeão, Miami Heat, e foi atropelado. O placar final (105 a 94) não diz o que foi o jogo. Ao contrário da última decisão da NBA, LeBron James foi decisivo, marcou 37 pontos e ajudou o Heat a alcançar 32 pontos de vantagem ao final do 3º período.

Outro baque foi a derrota do Boston Celtics diante do New York Knicks, 106 a 104. Na temporada 2010/2011, o time nova-iorquino foi derrotado oito vezes por Boston, o que indica o tamanho do triunfo de Carmelo Anthony e seus companheiros.

Por fim, outro favorito se deu bem. O Oklahoma City Thunder não teve dificuldade para bater o Orlando Magic por 97 a 89. Com Kevin Durant e Brian Westbrook mais maduros, tudo indica que o Thunder pode brigar de igual para igual com as outras pontências do basquete norte-americano.

Foto: Getty Images


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* A coluna Terra do Tio Sam fala dos esportes que são mania nos Estados Unidos: basquete, beisebol, futebol americano e hóquei.


Redator: Ricardo Pilat
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Camarote Térreo > Atropelamento


Sou torcedor do Barcelona também e conheço bem de perto esse time, de que forma ele nasceu e sabia da sua capacidade de trucidar qualquer adversário (até o Real já levou 5). Eram os grandes favoritos na decisão de hoje e mostraram em campo o motivo. O placar de 4 a 0 ficou barato pro Santos. O que jogam de bola Messi, Iniesta e Xavi? E ainda tem Fabregas, Busquets, Dani Alves (jogando de ponta direita), Puyol e Pique que não erram passe... é uma coisa impressionante. Certamente é o melhor time que vi em 23 anos de vida.

Mas falando em nome do torcedor santista, infelizmente, o que eu queria é chegar aqui e dizer que não importa o placar e sim que o time do Santos se dedicou, fez o máximo que podia, fizeram o jogo da vida. E a verdade é que não aconteceu nada disso. O Peixe foi apático e em nada representou os torcedores que viajaram ao Japão nem os que ficaram aqui e acordaram cedo.

Postura covarde, começando pelo treinador e passando pro jogadores de nome que assistiram o adversários jogar durante 90 minutos. Sem ao menos tentar marcar, correr, morder... o Santos não tentou jogar, apenas se colocou com mais um Rayo Vallecano ou Sporting Gijon. É cômodo atribuir a derrota apenas a superioridade eminente do adversário e não olhar para os próprios erros.

Fica aqui ainda o orgulho de ser santista, de ter visto a saga desse jogadores na Libertadores, caminho que até hoje muitos perseguem e nunca conseguiram. Mas a decepção da torcida hoje é muito grande. Não pelo resultado, quase óbvio, mas sim pela apatia da grande maioria dos atletas.

As análises mais táticas eu falo nas avaliações individuais, nas próximas postagens. Porque nem vale a pena dispensar grande espaço para falar sobre coisas tão óbvias como as que aconteceram hoje.

Parabéns pelo título Mundial e obrigado ao Barcelona, por proporcionar um futebol tão mágico em tempos de técnicos que ainda insistem em encher o time de brucutus. Né, seu Muricy?

Foto: AFP

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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Comentário da Redação > No domingo a história é outra

Não causou furor no torcedor santista a vitória desta quarta-feira diante do Kashiwa Reysol, por 3 a 1, na estreia do time no Mundial de Clubes. Para alguns, o pessimismo até aumentou para a provável final contra o Barcelona.

Porém, domingo a história será outra. Para começar, o jogo de hoje tinha o fator nervosismo pela partida inicial e isso pesa bastante. O peso é ainda maior depois do papelão do Inter em 2010, diante do Mazembe. O Santos estava pressionado para fazer sua obrigação, que era passar à final.

E a decisão, diante de um dos maiores times de todos os tempos, será muito mais leve para os Meninos da Vila. Se perderem, ninguém vai criticá-los. Se por acaso vencerem, serão lembrados como heróis.

Mesmo assim, é importante que Muricy Ramalho corrija muitas coisas para a decisão. Não me agradou ver o Kashiwa com mais posse de bola que o Santos, por exemplo. Se tivesse alguns jogadores de mais qualidade no ataque, o time japonês poderia ter melhor sorte, pois criou boas chances.

A defesa praiana também colaborou bastante. Dessa vez, Durval pela esquerda não funcionou, e os zagueiros bateram cabeça durante os 90 minutos. A proteção de Henrique e Arouca também não estava como deveria. O primeiro falhou feio no gol isolado do Kashiwa. O último, ao menos, compensou com boas saídas de bola.

Quatro jogadores desequilibraram a partida. Danilo pelo gol e pela excelente partida tática, na defesa e no ataque; Ganso, que mesmo com mais uma polêmica em andamento fora de campo, mostrou por que tem de ser o camisa 10 da Seleção; Borges, que não brilhou, mas fez um lindo gol na hora certa; e Neymar, que fez outro golaço e apresentou um cartão de visita daqueles aos espectadores do mundo inteiro.

O camisa 11 não fez a grande partida que eu esperava, o que pode ser mais um alento ao torcedor santista para a final. Ele pode render muito mais. E acredito que a individualidade dele e outros grandes jogadores do Santos pode fazer a diferença no domingo, desde que a defesa não dê as bobeiras que deu hoje.


Ganhar do Barcelona é MUITO difícil, mas não é impossível. Desde que haja 11 jogadores de cada lado, tudo é possível. Ainda mais quando do lado santista temos Neymar e Ganso.

Conceitos

Rafael - REGULAR: Não participou muito do jogo. E achei que pulou atrasado no lance do gol.
Danilo - ÓTIMO: O melhor em campo. Fez uma das melhores partidas dele jogando na lateral-direita com a camisa do Santos.
(Bruno Aguiar) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Edu Dracena - PÉSSIMO: A cada ataque do Kashiwa pra cima do capitão santista, a torcida do Peixe ia à loucura.
Bruno Rodrigo - REGULAR: Foi apenas um pouco melhor que o colega de zaga. Bem no jogo aéreo, ruim no resto.
Durval - REGULAR: Teve muita dificuldade para segurar o Kashiwa pelo setor esquerdo da defesa. O tal do Sakai, que fez o gol e estava sendo especulado pelo Santos, se aproveitou bastante do setor.
Arouca - BOM: Fez uma boa partida, especialmente ao conduzir a bola da defesa ao ataque. Mas teve dificuldades para encontrar sua posição defensiva... poderia ter se fixado mais do lado esquerdo para ajudar o Durval.
Henrique - PÉSSIMO: Muito mal, muito mesmo. Não acertava um passe. E falhou no gol japonês.
Elano - REGULAR: Mal participou do jogo. Dou um desconto aqui pela falta de ritmo de jogo do meia e pela disposição de ajudar na marcação.
(Alan Kardec) - REGULAR: Entrou para tentar deixar o time mais ofensivo.Não conseguiu.
Paulo Henrique Ganso - ÓTIMO: Mesmo com mais um atrito com a Diretoria do Santos, Ganso não decepcionou a torcida dentro de campo. Foi decisivo, seguro e ajudou a conduzir o time a uma vitória mais tranquila do que poderia ter sido. Joga demais!
Borges - BOM: Fez o gol (o que vale muito) e pouco mais.
(Ibson) - SEM CONCEITO: Não jogou o bastante para ser avaliado. Mas quase fez um gol.
Neymar - BOM: O golaço do camisa 11 abriu as portas para a vitória do Santos, mas Neymar não jogou tudo o que sabe. Espero que tenha guardado seu repertório para encarar seu maior desafio com a camisa alvinegra, no domingo.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Escalou a equipe corretamente e fez as alterações nos momentos certos. Agora terá de quebrar a cabeça para derrotar o Barcelona. E diante dos catalães, seu papel será muito mais psicológico do que tático ou técnico.

Foto: Terra


Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Craques da Redação 2011 > Indicados

Pelo quinto ano consecutivo, o blog Redação do Esporte® premia os melhores jogadores do Campeonato Brasileiro com o troféu "Craques da Redação".

Nossa equipe escolheu os três melhores jogadores do Brasileirão em casa posição, além dos melhores treinadores, as revelações e os grandes jogadores do torneio.

Cabe a você agora votar em nossas enquetes e nos ajudar a montar a equipe dos sonhos. As primeiras enquetes já estão no ar.

Confira a lista de indicados:

GOLEIRO
Fernando Prass (Vasco)
Jefferson (Botafogo)
Julio César (Corinthians)

LATERAL-DIREITO
Mário Fernandes (Grêmio)
Mariano (Fluminense)
Fagner (Vasco)

ZAGUEIRO CENTRAL/DIREITA
Dedé (Vasco)
Réver(Atlético-MG)
Antônio Carlos (Botafogo)

QUARTO-ZAGUEIRO/ESQUERDA
Leandro Castán (Corinthians)
Rhodolfo (São Paulo)
Emerson (Coritiba)

LATERAL-ESQUERDO
Bruno Cortês (Botafogo)
Junior César (Flamengo)
Juninho (Figueirense)

PRIMEIRO VOLANTE
Ralf (Corinthians)
Rômulo (Vasco)
Arouca (Santos)

SEGUNDO VOLANTE
Paulinho (Corinthians)
Renato (Botafogo)
Marcos Assunção (Palmeiras)

MEIA-DIREITA
Diego Souza (Vasco)
Elkeson (Botafogo)
Lucas (São Paulo)

MEIA-ESQUERDA
Montillo (Cruzeiro)
Felipe (Vasco)
Wellington Nem (Figueirense)

SEGUNDO ATACANTE
Neymar (Santos)
Éder Luís (Vasco)
Júlio César (Figueirense)

CENTROAVANTE
Leandro Damião (Internacional)
Borges (Santos)
Fred (Fluminense)

TÉCNICO
Jorginho (Figueirense)
Cristovão/Ricardo Gomes (Vasco)
Tite (Corinthians)

REVELAÇÃO
Wellington Nem (Figueirense)
Bruno Cortês (Botafogo)
Willian (Corinthians)

CRAQUE
Neymar (Santos)
Paulinho (Corinthians)
Dedé (Vasco)

A votação está no ar!

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Direto da Redação
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Democracia > O título do equilíbrio

Em mais um jogo sofrido, o Corinthians conquistou o ponto que precisava diante do rival Palmeiras para não depender do Flamengo (que mesmo assim ajudou, empatando por 1 a 1 com o Vasco) e conquistou o esperado Pentacampeonato brasileiro. A palavra "equilíbrio", tão usada pelo técnico Tite, define muito bem esse título.

Foi o tipo de conquista que não teve um grande destaque. Vários jogadores colaboraram, e fizeram de tudo em prol do time. Pode não ter sido uma equipe brilhante, mas talvez tenha sido a mais guerreira desde 2003, quando começou a era dos pontos corridos. Aliás, isso de brilhantismo é relativo, pois o que falar da espetacular sequencia de nove partidas sem perder no começo, com oito vitórias? A entrega dos jogadores era impressionante!

E naquela sequencia tivemos o melhor jogo do campeão na competição: um 5 a 0 avassalador em cima do rival São Paulo. Sem falar do 1 a 0 no Inter em um jogo com cara de final, o 2 a 1 de virada no que viria a ser o vice-campeão Vasco na estreia do Juninho Pernambucano...

Depois, a partir da 10ª rodada, houve alguns vacilos, o time perdeu um pouco o pique, mas teve os méritos de se manter o tempo inteiro em cima e aos poucos retomar o rumo, se não com a mesma volúpia do começo, porém com muita competitividade. Não dá para negar que o Timão foi o mais regular do campeonato. Além de ter sido o que mais ficou na liderança, é o único que não passou nenhuma rodada fora do grupo da Libertadores (tirando a primeira, por saldo de gols).

Em uma competição com esse sistema de 38 jogos, ida e volta, não dá para um clube ser campeão sem merecimento, por isso é chover no molhado dizer que foi justo, pois isso todo mundo em sã consciência já sabe disso. Mas vale destacar um dado interessante: o Corinthians venceu pelo menos uma vez todos os adversários que enfrentou nos dois turnos, exceto o Palmeiras. Mas contra o rival, conquistou o empate mais vitorioso do ano.

Após um primeiro semestre traumatizante com a eliminação para o Tolima na Pré-Libertadores, o torcedor corintiano, verdadeiro 12º jogador, termina 2011 do jeito que merecia por tudo que fez pela equipe mesmo com frustrações. Parabéns pelo Penta, Fiel!

Abaixo, os comentários dos 15 principais jogadores do Corinthians na campanha do Penta e seu comandante:

Júlio César - Não passou segurança em alguns momentos do campeonato, mas teve lá sua importância. Contudo, não seria meu titular em 2012.

Alessandro - Caiu muito de nível esse ano, e fez sua pior temporada com a camisa corintiana. Foi um dos problemas do time. Merecia esse título por tudo que já fez com a camisa alvinegra, porém, já com a idade avançada, fica difícil esperar que 2012 seja diferente.

Paulo André - Foi muito importante quando entrou na equipe no lugar do Chicão, melhorou o setor defensivo. Zagueiro com melhor aproveitamento no jogo aéreo do elenco, ajudou a corrigir esse defeito que a equipe mostrou ao longo da competição.

Leandro Castán - Criticado depois da eliminação para o Tolima, deu a volta por cima e jogou tudo o que eu não esperava que pudesse jogar. É um dos meus zagueiros na seleção do campeonato.

Chicão - Assim como o Alessandro, já não é mais o mesmo de outrora. A equipe cresceu com a sua saída e não sei se foi só pelo aspecto técnico. Mas por tudo que fez pela equipe, desde a série B, mereceu terminar em campo o último jogo da competição. É um jogador importante na história recente do clube.

Fábio Santos - Não é meu lateral dos sonhos para ser titular do Corinthians, mas teve a confiança do Tite e superou sua deficiência técnica com muita raça.

Ralf - Se for para fazer uma lista dos três jogadores mais importantes do Timão, o camisa 5 não poderá faltar. Jogador importantíssimo e super regular. Guerreiro e vibrante, é um grande símbolo do time. Óbvio que é o melhor primeiro volante da competição!

Paulinho - Completou muito bem o Ralf na volância. Comendo pelas beiradas, o volante artilheiro conseguiu chegar à seleção com suas boas atuações. Também entraria em uma lista dos três principais jogadores.

Danilo - Podem criticar o meia pelo seu estilo de jogo lento e cadenciado, mas não dá para negar que o Danilo foi eficiente e decisivo na campanha. Foi o que mais deu assistâncias no campeonato, ao lado do botafoguense Elkeson.

Alex - Ainda não jogou tudo o que sabe no clube do Parque São Jorge, porém, teve ótimos lampejos e teve sua importância. Vale lembrar que o meia jogou com dores e à base de remédios em diversos jogos. Agora, com tempo para se preparar, tem tudo para brilhar em 2012.

Jorge Henrique - Fez um campeonato fraco tecnicamente, e até demorou para perder a vaga de titular, mas jamais deixou de correr e batalhar. Na última rodada, entrou no lugar de um jogador importante e acabou sendo o melhor em campo. E protagonizou um dos momentos de mais euforia para a Fiel no jogo: um chute no vácuo, ironizando o rival Valdívia.

Emerson - Começou perdendo uns gols "feitos", começou a ser criticado por alguns, porém se acertou e se tornou importantíssimo. Foi o principal jogador do Timão na reta final, o que mais chamava a responsabilidade e tentava algo diferente. Caiu nas graças da torcida.

Willian - Jogou muito na inesquecível sequencia de nove rodadas no começo. Depois, caiu um pouco de nível, mas jamais deixou de ser importante com a sua entrega o tempo inteiro, do jeito que a Fiel gosta. Pelo custo-benefício, foi a grande contratação do clube na temporada.

Liedson - Fez o seu papel, sendo o artilheiro do time. Brilhou nos momentos certos, como costuma fazer o camisa 9. Vale destacar também que, com 33 anos, voltava para marcar e se entregava para o time como se fosse um garoto. Talvez até por isso (e é uma coisa que o Tite deveria ter sido mais inteligente), jogou no sacrifício nas últimas rodadas.

Adriano - Contratado em março, se esperava muito mais dele. E tenho minhas dúvidas se ele conseguirá jogar em bom nível em 2012. Mas não é que o Imperador mostrou que tem mesmo estrela e acabou sendo fundamental? O gol contra o Atlético-MG, além de emocionante, foi preponderante para o título.

Tite - Critiquei muito o treinador, discordei completamente de algumas coisas, duvidei de sua capacidade... e mereço um "fala muito" do Tite. Em um time sem um grande destaque individual, o grande diferencial foi o espírito corintiano que o técnico gaúcho conseguiu tirar dos seus comandados. E suas decisões de afastar o Chicão e sacar o Jorge Henrique (embora tenha demorado um pouco) foram fundamentais. Continuo discordando de certos conceitos dele, mas não tem como deixar de reconhecer que teve muitos méritos na conquista. E por tudo que passou aqui na época da MSI, depois ter recuperado o time em 2004, mereceu muito essa taça!

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* A coluna Democracia é a voz da nação corintiana aqui na Redação.

Direto da Redação

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Democracia > Emoção Imperial

Faltam dois jogos para o fim do Campeonato Brasileiro e a possibilidade da torcida corintiana gritar "é campeão" pela quinta vez na história do torneio é enorme. Um empate em Santa Catarina, contra o Figueirense, e vitória sobre o rival Palmeiras, em casa, na última rodada, confirmaria a conquista independente de qualquer resultado alheio.

Mas dá para esperar facilidade depois das três últimas rodadas? Aliás, é difícil até de acreditar que o Alvinegro conseguiu sair com nove pontos em três jogos com tanto sofrimento que passou. Os triunfos sobre Atlético-PR, Ceará e sobretudo, Atlético-MG, foram para testar muito bem o coração dos torcedores do Timão.

Além de passarem no teste cardíaco, os corintianos mostraram que estão com os pulmões calibrados e o quão são apaixonados pelo clube. Não há muita novidade nisso, mas é preciso ressaltar a importância das arquibancadas nessa campanha do atual líder. Desde o início, empurrou a equipe como poucas fazem no mundo. É de arrepiar quando o adversário faz gol e a Fiel começa a gritar "Corinthians" como se fosse entrar em campo.

Nas três últimas partidas no Pacaembu, com muito sofrimento, a torcida foi absolutamente fundamental. No histórico jogo de domingo, contra o Galo, foi emocionante o que a torcida jogou junto com o time. Poucas torcidas no mundo são capazes disso.

E isso contagia os jogadores em campo. Mesmo completamente exaustos, como Liedson e Danilo estavam, eles se arrastavam, mas não paravam de brigar, de correr, colaborar para o time. A virada não veio por acaso. Eu não tenho dúvidas de que, se a atmosfera fosse diferente, com a torcida vaiando a própria equipe ou calada, os donos da casa não conseguiria nem o empate.

Mas o prêmio por gritar o jogo inteiro veio aos 43 minutos, com o gol da virada marcado por Adriano. Mais um momento histórico de um jogador TOP-mundial com a camisa alvinegra. Junto com o do Ronaldo, em 2009, o Corinthians foi protagonista de dois dos gols mais emocionantes do Brasil nos últimos tempos.

O Imperador não chegará a ser importante na campanha como o Fenômeno na ocasião, mas não seria absurdo dizer que ele fez o gol do título brasileiro se ele vier a se confirmar. Assim como não seria exagero falar que foi um dos campeonatos mais conquistado "pela torcida" na história do futebol.

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* A coluna Democracia é a voz da nação corintiana aqui na Redação.

Direto da Redação

Redator: Pedro Silas
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Camarote Térreo > O esquema tático que melhorou o futebol do Santos

Após a conquista do tricampeonato da Libertadores, o Santos não apresentou um bom rendimento na sequência do Campeonato Brasileiro. Muitas são as explicações para isso. Ausência de jogadores importantes por conta de lesão ou seleção; perda de foco, relaxamento.

No fim, todas essas possibilidades interferiram diretamente no problema principal, que é a montagem do time para o Mundial. Apenas de algumas rodadas pra cá, eu diria desde o duelo contra o Botafogo, na Vila Belmiro, o Santos conseguiu armar a equipe ideal, dentro das possibilidades do elenco, e coincidentemente o time não perdeu mais.

São 4 vitórias e 1 empate. Destaque especial para o triunfo sobre o Vasco, na Vila, 2 a 0, com a volta de Ganso ao meio-campo. E qual foi a grande mudança?

Começa pela formação com três volantes. Adriano, Arouca e Henrique formaram um tridente que protege muito bem a defesa e ainda tem qualidade para fazer a bola chegar ao ataque com qualidade. E com Ganso no time, isso fica ainda melhor.

Na defesa, Léo saiu do time há alguns jogos, por lesões e doenças, e Durval (foto) foi improvisado na lateral-esquerda, com Bruno Rodrigo entrando na zaga. O Santos melhorou e ficou mais seguro. Durval parece que nasceu jogando naquele setor, e Bruno Rodrigo finalmente parece justificar sua contratação.

Eu até acho que ainda há tempo de testar a equipe com jogadores como Elano e Léo, que têm história no clube devem voltar nos próximos jogos. Mas resta pouco tempo para a estreia no Mundial, o Santos está jogando bem e não será surpresa se o 11 inicial no Japão for o mesmo que estará em campo amanhã, diante do Atlético-GO: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Arouca, Adriano, Henrique e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges.

O fico de Neymar

Não tive tempo ainda de comentar aqui a permanência de Neymar no Santos até 2014. Resumidamente: a diretoria santástica está de parabéns. Apenas com acordos comerciais, bom papo e ousadia, segurou um dos maiores craques da história do clube e foi notícia em toda a imprensa esportival mundial.

Podemos discutir se não é muito arriscado aumentar o salário dele dessa forma (mesmo que isso seja apenas em porcentagem do uso da imagem do Neymar), correndo o risco de perdê-lo sem que um outro clube pague a multa rescisória. Mas o que seria da vida sem riscos? E no futebol o lucro vem por meio de troféus. Com Neymar, Ganso e companhia, o Santos tem tudo para seguir no ótimo caminho de conquistas dos últimos dois anos.

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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Comentário da Redação > Líder dá mole, mas faz dever de casa

Parecia que seria uma goleada do líder Corinthians em cima do desesperado Atlético-PR, mas no final das contas a Fiel respirou aliviada após o apito final do árbitro com uma vitória tensa por 2 a 1, em um Pacaembu lotado.

Em menos de cinco minutos de jogo, nem o mais pessimista corintiano poderia imaginar que a vitória viria a ser apertada. Foi um início avassalador dos donos da casa. Com quatro minutos de jogo, Paulinho e Emerson já foram às redes, abrindo 2 a 0. A equipe paranaense, em outro ritmo, marcava muito mal e a construção de uma goleada parecia questão de tempo.

Talvez esse tenha sido um erro do Alvinegro: continuar em cima do adversário o tempo inteiro, sem cadenciar o jogo para recuperar o fôlego. A dedicação a cada jogada era como se fosse preciso fazer mais uns 2 ou 3 gols para conquistar o objetivo.

Já é sabido que alguns jogadores, como Liedson, Willian e Danilo, vêm atuando no sacríficio, e o resto do time, em final de temporada, também não deve ficar atrás. Por isso, até pensando nos próximos jogos, na minha opinião faltou inteligência para diminuir a intensidade do jogo, administrar a vantagem e chegar ao terceiro gol naturalmente. A própria postura do Furacão, entregue, sugeria isso.

Claro que a torcida no estádio adora quando o seu time não para um minuto de pressionar e encare cada dividida como a última da partida. Mas é preciso pensar no depois. E o segundo tempo deixou isso claro. faltou perna para definir a vitória. Já o Atlético cresceu no jogo, embalado por um gol (em posição de impedimento) logo aos três minutos.

Tenso e sem conseguir criar, o Timão viu Nieto mandar uma bola que explodiu no travessão e quase entrou. Os atacantes Liedson e Willian, exaustos, foram sacados (entrando Morais mais cedo e depois Adriano). O ataque corintiano foi completamente desmontado. Emerson voltava para buscar a bola e ajudar na marcação, e o Imperador, obviamente, não tinha pique nenhum para incomodar os adversários.

A vantagem, na medida do possível, foi administrada com muita concentração e raça. Mas, em um lance isolado, Paulo Baier mandou na trave direita do goleiro Julio César, aos 31 minutos. Seria o tipo de lance classificado como "sorte de campeão"?

Faltou inteligência de líder, mas, há quatro rodadas do fim do Campeonato, uma dose de sorte como neste jogo, não é nada mal...

Conceitos

Julio Cesar - PÉSSIMO: Não chegou a cometer grande falha, mas é só ir uma bola um pouco mais complicada que é um desespero só. Totalmente inconfiável. Não é goleiro para ser titular do Corinthians em 2011.
Welder - REGULAR: Fez o arroz com feijão direitinho.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Foi à campo quase nos acréscimos.
Paulo André - REGULAR: Esteve seguro pelo alto, mas teve trabalho com o fraco Nieto.
Leandro Castán - REGULAR: Quase marcou um gol de cabeça. Atrás, foi discreto.
Fábio Santos - REGULAR: Apareceu bem no apoio no primeiro tempo. Mostrou nervosismo e dificuldade na marcação na etapa final.
Ralf - BOM: Vibrante, marcou bem e foi importante com seu espírito guerreiro. E não deixou a desejar com a bola nos pés.
Paulinho - ÓTIMO: Voltou a jogar o seu melhor futebol. Ditou o ritmo do time, apareceu muito bem no ataque. O melhor em campo.
Danilo - REGULAR: Começou muito bem, trocando passes rápidos e inteligentes. Depois cansou e caiu de produção.
Emerson - ÓTIMO: Campeão brasileiro nos últimos dois anos, o Sheik é o principal jogador do Corinthians hoje, aquele que mais se espera, o que chama a responsabilidade. Ontem, além de bem tecnicamente, foi guerreiro e colaborou demais na marcação.
Willian - BOM: Começou jogando muito, fez um primeiro tempo muito bom. Caiu na etapa final e mereceu sair.
(Adriano) - REGULAR: Muito sem ritmo, fica difícil analisar. Mas está mostrando vontade de evoluir.
Liedson - BOM: Está claramente exausto, mas voltou a fazer uma partida decente após algumas muito ruins.
(Morais) - BOM: Gostei da entrada do meia. Jogou direitinho, ajudou a segurar o resultado.
Téc: Tite - REGULAR: Incrível como seus times tem dificuldade quando está à frente no placar e com a vitória perto. Isso pode prejudicar muito nessa reta final. Nas mexidas, discordo de uma ou outra coisa, mas não dá para reclamar muito.

Foto: Lancenet

Redator: Pedro Silas
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Do inferno ao céu em 90 minutos, Corinthians retorna à ponta

Tudo levava a crer que o Corinthians teria um domingo trágico e ficaria em situação complicada na briga pelo título brasileiro, porém, na base da superação no Pacaembu e contando com um bom empate em São Januário, o Alvinegro está de volta à primeira colocação faltando seis rodadas para o fim da competição.

A liderança foi retomada com uma vitória para lá de dramática por 2 a 1 em cima do Avaí. Em um primeiro tempo repleto de apatia, nervosismo e erros por parte dos donos da casa, o time catarinense conseguiu cumprir muito bem seu objetivo: aproveitou a chance que teve, abriu o placar, e conseguiu neutralizar bem o adversário, muito também pela falta de criatividade da equipe paulista. Danilo, lento e disperso, fazia uma partida desastrosa; Liedson era outro que vinha muito mal.

Com forte chuva, a torcida participava cada vez mais do jogo, mas parecia não ser um dia corintiano. E a situação se agravou quando o árbitro Leandro Vuaden deu vermelho direto para Leandro Castán, alegando ser o último homem em uma falta cometida em cima de Lincoln. Assim como a do Alessandro, na última rodada, também vejo esta expulsão como exagerada, pois não era uma situação evidente de gol e foi um lance de "agarra-agarra", não uma falta para parar o jogo.

Com um a menos e sem atuar bem, o Timão viu os catarinenses quase definirem o jogo em dois lances perigosos do centroavante William. Mas o que parecia improvável começou a acontecer. Emerson, que entrara no lugar de Jorge Henrique, contundido aos 30 minutos do primeiro tempo, recebeu passe de Willian e encheu o pé para fazer um belo gol

Empurrado pela torcida, a equipe alvinegra foi para cima e conseguiu a virada com muito sofrimento. Aos 32, o goleiro Felipe afastou mal e Liedson cabeceou para o gol, o próprio goleiro voltou para defender, mas a bola ultrapassou claramente a linha. Um gol chorado, ao melhor estilo corintiano!

Assim como o gol, não foi uma vitória tecnicamente bonita, mas fundamental. Perder três pontos em casa para um time quase rebaixado seria praticamente dar adeus ao título nesta altura do campeonato. Porém, o que parecia ser um dia trágico para os corintianos se transformou em mais um triunfo de campeão, como foi também no empate diante do Inter, na rodada anterior.

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Sem culpa no gol, fez uma defesa muito boa quando já estava 1 a 0.
Welder - BOM: Não teve problemas na marcação e tentou algumas coisas no apoio.
Paulo André - REGULAR: Cometeu uns erros, não estava nos seus melhores dias, mas também não foi nenhuma catástrofe.
Leandro Castán - REGULAR: Vinha atuando bem até ser expulso injustamente. Vai fazer muita falta contra o América-MG, assim como o Paulo André, que também está suspenso.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Inseguro demais, sente os momentos tenso do jogo e comete erros primários.
Ralf - BOM: Raçudo e concentrado, fez sua parte até mesmo como zagueiro após a expulsão do Castán.
Paulinho - PÉSSIMO: Ele jogou? Com o articulador mal, o volante também não correspondeu.
Danilo - PÉSSIMO: Teve apenas alguns lampejos com bons passes, porque de resto... estava em um péssimo dia!
Jorge Henrique - REGULAR: Mostrou dedicação nos primeiros 30 minutos, depois saiu contundido.
(Emerson Sheik) - ÓTIMO: Jogou demais no segundo tempo. Chamou a responsabilidade, fez o gol, foi pra cima, deu lindos passes... está jogando tudo que sabe, e não pode sair do time.
Willian - BOM: Raçudo, deu trabalho pelo lado direito como sempre e deixou o Sheik na cara do gol para empatar a partida.
(Edenilso) - SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Liedson - REGULAR: Teve uma péssima exibição, errou muito. Mas estava lá para fazer o mais importante para um camisa 9: o gol, e da vitória.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Idem ao Edenílson.
Téc: Tite - BOM: Me deixou revoltado quando sinalizou tirar o Willian para colocar o Edenílson quando o jogo estava 1 a 0, mas na prática acabou fazendo tudo direitinho.

Foto: Terra


Redator: Pedro Silas
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domingo, 30 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Os 6 gols de Neymar e o 4x1 do Santos

Tive o privilégio de estar presente no Pacaembu, na tarde/noite deste sábado, para acompanhar a mais um espetáculo de Neymar com a camisa do Santos. Ele anotou seis gols, mas apenas quatro valeram. Foi o suficiente para que o Peixe derrotasse o Atlético-PR por 4 a 1. O Furacão, aliás, está com cara de time rebaixado. Tudo dá errado! Dificilmente não veremos o clube paranaense na Série B em 2012.

Mas falemos de Neymar, que estava inspirado demais. O que espanta é a motivação do camisa 11 parar jogar, sendo que ele já entrou em campo mais de 60 vezes na temporada, o Santos não tem mais pretensões no campeonato, e mesmo assim ele não para de correr, brigar pela bola, driblar e marcar gols.

O menino da Vila começou a fazer a diferença logo no início do jogo, quando sofreu pênalti de Cleber Santana e ele mesmo cobrou para abrir o placar. Ele marcaria o segundo minutos mais tarde, mas no rebote da cabeçada de Renteria, o assistente já havia assinalado impedimento do colombiano. Mas ele insistiu e marcou. Cruzamento da direita, a bola passou por Alan Kardec, que mesmo impedido mostrou que não participaria da jogada, e a bola se apresentou limpa para Neymar marcar. Teve dança, agradecimento à torcida, festa no Pacaembu... mas aí surgiu a figura do árbitro Francisco Carlos Nascimento, que após apontar para o meio-campo, voltou atrás, por pressão dos jogadores do Atlético-PR, e anulou o gol. E de forma completamente equivocada.

Ok, mas não tem problema. Se ele fez três e só um valeu, por que não fazer mais três? E foi isso que Neymar fez. Antes, o Atlético-PR empatou com Guerron, em cobrança venenosa de escanteio de Paulo Baier. Porém, três minutos mais tarde, Edu Dracena sofreu pênalti e Neymar voltou a colocar o Santos em vantagem.

Pouco depois, o atacante se desvencilhou do zagueiro Manoel e fez 3 a 1. O camisa 11 fechou a conta com um gol bem ao seu estilo. Com velocidade, dribles rápidos e chute forte na entrada da área. O Peixe fazia 4 a 1, com quatro gols de Neymar, fora os dois anulados. Jogo resolvido.

Vale destacar que o Santos não foi só Neymar. Tivemos uma atuação individual muito boa de Durval, jogando como lateral-esquerdo, e que vem melhorando muito o time defensivamente. Até Edu Dracena e Bruno Rodrigo estão melhorando com esta formação. Outro encaixe que deu certo é a presença de Arouca, Adriano e Henrique no meio-campo. Os três jogaram muito bola.

Mas não há como não exaltar a joia santista após uma noite de melhor do mundo - tal qual gritavam os mais de 18 mil santistas presentes no Pacaembu. Fica até difícil falar isso no mesmo dia em que Messi também marcou 3 gols. Mas se não é o melhor, Neymar é um dos melhores, tem tudo para ser o melhor em breve, e talvez um dos maiores da história.

No Santos, ele está no caminho para ser o segundo maior, o que também representa muita coisa quando lembramos que um tal de Pelé é inatingível.

Conceitos

Rafael
- BOM: Levou um gol, mas evitou outros.
Danilo - BOM: Uma partida muita segura defensivamente. Finalmente jogou bem como lateral.
Edu Dracena - BOM: O time está muito mais forte defensivamente com Durval na esquerda e três volantes à frente da zaga. Melhor para Dracena.
(Bruno Aguiar) - BOM: Jogou 20 minutos, sem oferecer riscos.
Bruno Rodrigo - ÓTIMO: A melhor partida dele pelo Santos.
Durval - ÓTIMO: Parece que nasceu jogando na lateral-esquerda. Impressionante. Léo que se cuide.
Arouca - BOM: Incansável.
(Ibson) - SEM CONCEITO: Entrou nos acréscimos.
Adriano - ÓTIMO: O 12º homem do Santos em 2010 fez mais uma partida impecável.
Henrique - BOM: Vem melhorando a cada partida e no momento certo.
Neymar - EXCELENTE: Tudo que tinha pra falar dele, falei acima. É gênio.
Alan Kardec - REGULAR: Muita dedicação, pouca inspiração.
Renteria - PÉSSIMO: Esse ainda não mostrou a que veio.
(Diogo) - BOM: Jogou uns 10 minutos, o bastante para ter a melhor atuação com a camisa do Santos.
Tec: Tata - BOM: Acredito que Muricy está interferindo o mínimo possível no time, então fica aqui uma menção ao bom trabalho do auxiliar Tata nos últimos 3 jogos, desde que o treinador principal teve de se ausentar dos bancos por problemas nas costas.

Fotos: Terra

Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Timão consegue ótimo empate no Beira-Rio

O Corinthians termina a 31ª rodada na segunda colocação, atrás do líder Vasco, mas ainda assim sai fortalecido após os jogos deste fim de semana. Jogando com um a menos desde o fim do primeiro tempo, o time paulista tinha tudo e mais um pouco para sair do Beira-Rio derrotado pelo Internacional, mas conseguiu arrancar um ótimo empate com gol de Alex.

Antes do ex-colorado tornar-se herói corintiano, o roteiro do filme (sem indireta para os colorados com a história do DVD, ok?) tinha tudo para ser a favor dos donos da casa. Com o apoio de sua empolgante torcida, partiram para cima dos até então líderes e criaram chances com chutes de fora da área. O Timão, por sua vez, teve um bom começo de jogo, mas não grande levou perigo e foi caindo muito.

Essa queda de rendimento culminou na expulsão do Alessandro aos 40 minutos de partida. Exagerada, na minha opinião. Um cartão amarelo estava de bom tamanho. Para reorganizar o time, Tite cometeu erros. Em vez de sacar o Liedson, que fatalmente teria que sair depois por não estar em plenas condições, o técnico tirou Willian para a entrada do Welder. Resultado: o time cada vez mais abdicava de atacar.

É a velha mania de achar que ter um a menos significa ter que abdicar totalmente do ataque. Aí, quando toma um gol, como aconteceu, resolve sair para o jogo porque não tem mais nada a perder. Claro que é preciso passar a marcar mais, ser mais cauteloso, mas não apenas isso. Até porque, quando o ia ao ataque, o time visitante levava perigo, como num cabeceio do Danilo.

Com o 1 a 0 para os gaúchos no placar e um ataque totalmente desfigurado (Jorge Henrique entrou na vaga do Liedson), a derrota da equipe alvinegra parecia consumada. Até que Alex partiu para cima, foi derrubado por D'Alessandro, que foi expulso. Na cobrança, aos 43, o meia chutou forte, com veneno, e Murial aceitou no seu canto. Aplaudido pela torcida colorada antes do jogo, Alex calou a parte vermelha e fez a Fiel explodir no Beira-Rio.

Além de conseguir esse ponto importante, o Alvinegro contou com resultados favoráveis em outros jogos. Dos seis primeiros colocados, apenas o Vasco venceu.  Outro fator que faz o corintiano ficar tranquilo com a perda parcial da liderança é a projeção para as próximas rodadas. Avaí (C), América-MG (F) e Atlético-PR (C) são os desafios do Corinthians, enquanto o Vasco pega São Paulo (C), Santos (F) e Botafogo (C).

Foto: Gazeta Press

Redator: Pedro Silas
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comentário da Redação > São Paulo medonho

Medonho. Esse é o adjetivo que posso dar à atuação do São Paulo neste domingo, diante do Atlético/GO, no Serra Dourada.

Apesar de ter iniciado bem a partida, agredindo a defesa adversária com investidas de Dagoberto, Luis Fabiano e Lucas, ter assustado com uma cobrança de falta de Rogério Ceni e ter mantido 65% da posse de bola, o time não marcou o gol e para piorar, na primeira jogada de ataque dos atleticanos, levou o primeiro. E mais uma vez um gol de jogada aérea.

O mais bizarro é que o cruzamento saiu dos pés de um zagueiro, para a cabeça de outro zagueiro. Píris, que era quem devia cobrir o setor onde a finalização aconteceu, chegou atrasado na marcação, permitindo o cabeceio de Gilson, sem chances para Rogério Ceni.

Depois do golpe, o time ainda proporcionou um lance curioso: Dagoberto lançou uma bola na área em uma cobrança de falta. Xandão desviou sutilmente para o gol e mais sutilmente ainda foi o desvio do goleiro Márcio. A bola resvalou no travessão, na trave direita e foi na direção de Rhodolfo que, no susto, empurrou pro gol como pôde. Novamente a redonda beijou a trave e voltou pra confusão. Luis Fabiano, então, chutou forte de direita e adivinhem? Na mesma trave direita.

Não era nosso dia (como não tem sido desde a vitória sobre o Ceará, há cinco rodadas).

No segundo tempo então, a coisa degringolou de vez.
Desatento e apático, o São Paulo foi envolvido pelo time goiano, e após bela jogada de Anselmo, Felipe completou pro gol a bola milagrosamente defendia por Rogério e que ainda explodiu no travessão.

Ainda faltava um bom tempo para acabar o jogo, mas este foi o gol da vitória. De pênalti, ainda houve o terceiro gol, que serviu mais para provar o quanto Xandão é despreparado: colocou a mão na bola dentro da área, como se estivesse jogando com amigos no condomínio onde mora. Grotesco, grotesco…

Dali pra frente levamos olé e vimos o até então técnico Adilson Batista promover as estapafúrdias substituições de sempre: tirou Dagoberto, que jogava bem, para colocar Marlos (precisando fazer gols, ele tira um atacante para colocar um meia) e já no fim trocou Jean por Píris (não sei para que, não mudaria absolutamente nada àquela altura da partida).

O apito final do juiz foi um alívio. Que acabe logo 2011.

Conceitos

Rogério Ceni – BOM: Levou três gols, é verdade. Nenhum foi por sua culpa, outra verdade. Se não fosse ele, era pra ter sido mais. Verdade também.
Píris – PÉSSIMO: Falhou na marcação no primeiro gol do Atlético. Não apoiou o ataque e errou passes de todos os jeitos possíveis.
(Jean) – SEM CONCEITO: Jogou 3 minutos.
Xandão – PÉSSIMO: Afobado como sempre, falhou na marcação em diversos momentos. Cometeu um pênalti imbecil, para não falar outra coisa…
Rhodolfo – PÉSSIMO: Disperso, também falhou muitas vezes durante o jogo. Conseguiu ser pior que o Xandão. No final quase levamos o quarto por uma falha sua.
Carlinhos Paraíba – REGULAR: O menos pior da defesa. Enquanto estava 0x0, apoiou bastante o ataque. Depois ficou mais preso atrás. Não comprometeu, mas não ajudou.
Denílson – PÉSSIMO: Distração: seu ponto forte. Levou bronca por estar com a chuteira desamarrada em determinado momento. Deve ter voltado pro país a passeio. Cometeu as faltas bobas de sempre.
Wellington – BOM: Um dos poucos que demonstrou garra o jogo todo. Correu bastante, foi um carrapato e ajudou a armar algumas jogadas de ataque.
Cícero – PÉSSIMO: Só lembrei que ele estava em campo quando foi substituído por Rivaldo.
(Rivaldo) – PÉSSIMO: Não por sua culpa, mas sim pelo contexto. Já entrou com o jogo perdido e se deixou contaminar pela apatia do time.
Lucas – PÉSSIMO: Só pensa na seleção, é nítido. Corre bastante, tudo bem, mas em vão. Não arma uma jogada, não tabela, não distribui. Tá difícil…
Dagoberto – BOM: Finalizou com perigo as poucas bolas que chegaram boas. Também tentou tabelas com Luis Fabiano, inclusive invertendo de posição com ele, que ainda está um pouco fora de ritmo. É voluntarioso, ele transpira São Paulo Futebol Clube.
(Marlos) – BOM: Tentou bastante, foi guerreiro. Mesmo com 3x0 contra, se esforçou como se estivesse 0x0. Uma pena que ele só se destaca quando os jogos já estão resolvidos.
Luis Fabiano – REGULAR: Ainda um pouco fora de ritmo, perdeu algumas chances boas. Precisamos ter paciência. Fez o goleiro adversário trabalhar um pouco mais e acertou a trave. O gol é questão de tempo.
Tec: Adilson Batista – REGULAR: Não acho que hoje ele tenha ido tão mal, nem tática, nem tecnicamente. Ele colocou o time que tinha que colocar mesmo. Rivaldo não agüenta jogar duas partidas por semana. Os maiores erros foram a substituição do Dagoberto e a demora em tirar o Píris. Entregou os pontos quando levou o segundo. Foi demitido ao fim da partida.

Foto: Futura Press

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Borges complica ainda mais o clima no Palmeiras

Santos e Palmeiras se enfrentaram ontem na Vila Belmiro, mas nem parecia clássico. Estádio quase vazio, pouco interesse de mídia e duas equipes que pouco fizeram para tornar o jogo interessante. Aliás, foi uma partida bem ruim. Quem se deu melhor foi o Peixe, que venceu por 1 a 0 graças ao brilhante Borges, artilheiro do campeonato, e ao adversário, que parecia desmotivado, sem pretensões. E não deveria ser assim.

Que o Santos não tivesse naquela "pegada", a gente entende. Afinal, o clube da Baixada praticamente não tem mais chances de título e pensa somente no Mundial de Clubes, em dezembro. Mas o Palmeiras é inexplicável. Briga ainda por Libertadores (ou brigava), porém, jogou com se estivesse em pré-temporada. Pior que isso, teve medo de ir pra cima, tentar derrotar o rival em Santos, vitória que traria muita moral ao time de Felipão.

O treinador, aliás, por mais irritado que esteja com a equipe, precisa saber que também tem culpa no cartório. Neste domingo, o Verdão não teve Kléber, que faz falta - mais pelos que entram no seu lugar que por ele mesmo. Mas Felipão teve uma postura covarde na escalação ao encher o time de zagueiros e volantes. E foi ainda pior nas substituições, em que só trocou seis por meia-dúzia, mesmo quando o Santos já vencia o jogo. Melhor para o goleiro Rafael, que só teve trabalho em um chute de Fernandão, nos minutos finais.

E falando no Santos, que realmente jogou para o gasto, sem exagero, o resultado foi muito bom para dar um pouco de paz após 3 derrotas seguidas, e para acabar com o tabu de 5 anos sem vitórias diante do Palmeiras em Brasileiros. E Muricy precisa usar as próximas partidas para definir a base do time que vai ao Mundial. Neymar volta diante do Atlético-MG e será fundamental para manter o Peixe jogando em bom nível.

Conceitos - Santos

Rafael - BOM: Só foi exigido no final do jogo, e se saiu muito bem.
Crystian - BOM: Ótima atuação do garoto da base. Acredito que mereça ser testado mais vezes, até para manter o Danilo jogando no meio, onde é melhor que na lateral, na minha opinião.
Bruno Rodrigo - BOM: O ataque do Palmeiras ajudou bastante, mas o carequinha foi bem.
Durval - BOM: Voltou a jogar com segurança após jogos terríveis.
Léo - ÓTIMO: O melhor em campo. Não foi fundamental só no lance do gol, mas durante os 90 minutos. Diria que foi uma das grandes partidas do ídolo santista no ano.
Adriano - PÉSSIMO: Destoou completamente do time. Não achou ninguém na marcação. E olha que o ataque do Palmeiras se esforçou bastante para ajudar a defesa do Peixe.
Henrique - BOM: Adriano jogou praticamente como terceiro zagueiro, então Henrique conseguiu atuar mais na dele, como primeiro volante.
Ibson - REGULAR: Ainda deixa a desejar.
(Bruno Aguiar) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Danilo - REGULAR: O time flui mais com a presença dele no meio-campo. Mas não estava no melhor dia ontem.
Alan Kardec - REGULAR: Não vai ganhar um PÉSSIMO pelo esforço, que é impressionante. Só não é mais impressionante que a falta de qualidade dele com a bola nos pés. Mas exigiu boas defesas de Deola em lances de cabeça.
Borges - BOM: Sobrou, guardou. Mais uma vez, Borges não perdoou.
(Renteria) - SEM CONCEITO: Jogou pouco. Poderia ter entrado antes.
Tec: Muricy Ramalho - REGULAR: Muricy foi bem na escalação, mas acho que demorou demais para fazer as alterações. Renteria precisa jogar mais.


Conceitos - Palmeiras

Deola - BOM: Até acho que poderia ter defendido a cabeçada do Borges, mas ele já havia feito 2 ou 3 defesas incríveis em lances semelhantes na partida. Não tem culpa de nada.
Maurício Ramos - REGULAR: Teve muita dificuldade para marcar as investidas do Santos pelo seu setor.
Thiago Heleno - PÉSSIMO: Perdidaço.
Henrique - BOM: Um dos poucos do Palmeiras que se salvou.
Márcio Araújo - REGULAR: Não ajudou muito no ataque, tampouco na defesa. Figura apagada.
(Paulo Henrique) - PÉSSIMO: O menino entrou quando o Santos já vencia a partida e mostrou que não era a melhor pessoa para resolver a partida.
Marcos Assunção - REGULAR: Continua letal nas bolas paradas, porém, muito mal quando a redonda rola.
Chico - REGULAR: Não consigo entendê-lo como titular do Palmeiras. No final da partida, resolver ir ao ataque, chutar de qualquer lugar... coisas que acontecem em equipes desorganizadas.
Pedro Carmona - PÉSSIMO: Uma meia que não acerta um passe. Dá pra entender?
(Patrik) - PÉSSIMO: Nem tocou na bola. Se escondeu de novo.
Gabriel Silva - REGULAR: Se espera muito mais desse jogador.
Fernandão - REGULAR: Comparo a atuação dele a do Alan Kardec pelo Santos. Muito esforço e pouca qualidade. E também levou perigo ao Rafael em um lance nos minutos finais.
Maikon Leite - PÉSSIMO: O torcedor do Palmeiras começa a descobrir o que o santista já sabia...
(Ricardo Bueno) - SEM CONCEITO: Mal tocou na bola. Jogou no sacrifício.
Tec: Felipão - PÉSSIMO: Foi medroso na escalação e nas alterações.

Foto: Gazeta Press

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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Comentário da Redação > Com autoridade, Timão faz seu dever de casa e volta à liderança

Como se esperava, a 28ª rodada foi corintiana. Contando com empates de São Paulo e Botafogo e derrota do até então líder Vasco, o Corinthians entrou em campo às 18h sabendo que necessitava de apenas uma vitória simples para voltar ao topo da tabela. E não decepcionou a torcida que compareceu em ótimo número, também impulsionada pela estreia do Adriano.

Com ótima atuação, não deixou o Atlético-GO respirar e definiu o jogo já no primeiro tempo, com um 3 a 0 merecido. No segundo tempo, a equipe alvinegra seguiu firme na marcação, administrou o resultado com consciência, sem chamar o adversário para cima. E faltando pouco mais dez minutos para o apito final, Adriano foi à campo. Teve uma grande chance de marcar, mas mostrou a esperada falta de ritmo e não conseguiu alcançar a bola. Mas o Imperador, ainda bem, não teve a responsabilidade de estrear precisando marcar o gol da vitória.

Pelo contrário, viu seus companheiros voltarem a jogar como nas dez primeiras rodadas, um futebol consistente, rápido, aplicado... enfim, me agradou muito. E não dá para falar que a fraqueza do adversário foi um fator considerável, pois Figueirense e Ceará eram de um nível claramente inferior e o Alvinegro não conseguiu vence-los, e muito menos jogar bem.

Pode até ser leviano, mas volto a enxergar o time paulista como o grande candidato ao título. Não pela primeira colocação reconquistada, mas por tudo... O sistema defensivo voltou a passar segurança com a saída do Chicão, jogadores importantíssimos como Danilo e Willian, voltaram a jogar muito, Alex vem crescendo, e ainda tem Emerson (que estava suspenso) e Liedson (contundido) para voltarem à equipe. E tudo isso na hora certa, na reta final.

Quando todos estiveram disponíveis, é até complicado para escalar a equipe. Mas isso é muito bom, pois se um não estiver bem, o outro pode entrar e decidir a partida. O importante, como disse o Alex após o jogo, é cada um jogar na sua posição de ofício para render o melhor. E até o Tite, nesse aspecto, tem acertado.

A próxima rodada (enfrenta o ótimo time do Botafogo, no Pacaembu) é a ocasião ideal para o Corinthians não só provar que está realmente forte como também decolar de vez, rumo ao título, em caso de vitória

Conceitos


Julio Cesar - BOM: Esteve atento e fez uma boa defesa.
Alessandro - BOM: Cometeu alguns erros, mas hoje esteve mais solto, apoiou melhor.
Paulo André - BOM: Deu um vacilo, mas jogou muito bem. Deu outra cara para a zaga corintiana.
Leandro Castán - ÓTIMO: Com muita segurança e concentração na zaga, fez o gol que abriu caminho para a bela vitória.
Fábio Santos - BOM: Não foi brilhante no apoio, mas muito raçudo e ligado na partida.
Moradei - BOM: Marcou direitinho.
Paulinho - BOM: Não apareceu tanto hoje, porém esteve bem na marcação e passe.
Alex - BOM: Mais solto, deu bons passes e fez um belo gol.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Ainda fora de forma, ficou isolado no pouco tempo em que atuou.
Danilo - ÓTIMO: Muito a vontade, deu dribles, distribuiu ótimos passes (inclusive o do gol do Alex), apareceu muito bem na área, colaborou na marcação... está jogando muito!
Jorge Henrique - BOM: Aplicado, colaborou muito com a marcação e saiu bem para o jogo. Hoje, é um marcador que chega na frente (nem sempre da melhor forma), e não um atacante que marca.
(Luis Ramírez) - SEM CONCEITO: Entrou já no fim. Quase se consagrou com um passe para o Imperador.
Willian - ÓTIMO: Voltou a jogar o seu melhor futebol e o golaço foi reflexo disso. Brigador demais, não parou um minuto em campo.
(Edenílson) - BOM: Entrou no ritmo do time, concentrado.
Téc: Tite - BOM: Time bem armado, e com o espírito de campeão. Mas mesmo com o jogo já resolvido, eu mexeria diferente. Deixaria Alex e Willian em campo para auxiliar o Imperador.

Fotos: Terra

Redator: Pedro Silas
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domingo, 2 de outubro de 2011

Comentário da Redação > Timão empata em São Januário. Bom por um lado, nem tanto por outro...

Analisando a classificação, as próximas rodadas, o fator campo e os desfalques, o empate em 2 a 2 com o Vasco, neste domingo, em São Januário, foi um bom resultado obtido pelo Corinthians. Até por ter grandes possibilidades de retomar a primeira colocação nos próximos dois jogos, ambos em casa (Atlético-GO e Botafogo), enquanto os cariocas serão visitantes contra adversários que complicam em seus domínios: Internacional e Atlético-PR.

Mas pelo que foi o duelo deste domingo no Rio de Janeiro, é inevitável a Fiel Torcida não sentir um gostinho amargo. Ainda que tenha ficado duas vezes atrás no placar, o Timão teve a vitória, e consequentemente a liderança nas mãos.

Mesmo com a ausência de um camisa 9 (Liedson machucado e Adriano ainda sem condições de jogo) e sem um jogador incisivo como o Sheik, os visitantes conseguiram criar chances as mais claras. Mas tomaram gols em duas bobeiras. Primeiro, na velha dificuldade da bola aérea, Dedé, o melhor zagueiro do Brasil atuamente, abriu o placar de cabeça. Minutos antes, Elton quase marcou também em bola pelo alto.

O gol não abalou a equipe paulista, que foi buscar o empate. Sem um homem de área, os meias apareciam como homem surpresa para finalizar. Foi assim que saiu o gol, com passe de Danilo e conclusão de Alex. Os espaços surgiam com mais frequencia e a virada parecia questão de tempo. A chance de ouro esteve com Paulinho, que, livre, desviou para fora.

No último minuto do primeiro tempo, veio o castigo em um vacilo enorme: três defensores corintianos não se entenderam e o lateral Fagner saiu de frente para Julio César: 2 a 1. Um balde de água fria para o time de Tite, que merecia ter ido no mínimo com um empate para o vestiário. Os 15 minutos de intervalo não foram suficientes para digerir esse gol, pois o vice-líder voltou sonolento, apático...

Depois dos primeiros 15 minutos e algumas chances criadas pelos donos da casa, o Corinthians mudou da água para o vinho. Despertou para o jogo. Aos 23, Danilo, como um camisa 9 nato, mandou para as redes de cabeça após cruzamento de Willian. Sempre forte nas jogadas pelo alto, o meia quase virou o jogo em novo cabeceio.

Em casa, os líderes também buscavam criar chances. Mas foi o Alvinegro do Parque São Jorge que ficou mais perto da vitória. Willian deu muito trabalho à zaga vascaína - que mostrou sérios problemas pelo lado esquerdo, com Marcio Careca - e criou chances para matar a partida, mas errou na hora de finalizar.

Resultado à parte, o fato é que foi um jogaço! Com clima de final, chances para os dois lados, quatro gols e em aberto até o fim... Foi, sem dúvida, um duelo digno dos dois primeiros colocados do Campeonato. Cumpriu as expectativas de todos.

Conceitos

CORINTHIANS
Julio Cesar - REGULAR: Fez uma grande defesa, mas não passou muita confiança, não.
Alessandro - PÉSSIMO: Inseguro na marcação e aparece pouco no apoio. Por falha do camisa 2, Diego Souza quase definiu o jogo.
Paulo André - REGULAR: Costuma ser melhor nas bolas pelo alto, mas esteve firme na marcação.
Leandro Castán - BOM: Um pouco mais exigido que seu companheiro, seguiu a média de boas atuações. Essa é a melhor dupla de zaga que o Tite pode escalar.
Fábio Santos - REGULAR: Deveria ter acompanhado mais de perto o Fágner no lance do gol. De resto, fez o básico...
Ralf - BOM: Marcou bem e começou a jogada do primeiro gol com um ótimo lançamento para o Danilo.
Paulinho - REGULAR: Com seis gols no campeonato, hoje perdeu duas chances claríssimas de gol. Não estava em um grande dia.
Danilo - ÓTIMO: O melhor em campo. Deu assistência, fez o seu gol e jogou muito como "falso 9". E eu cantei a bola aqui no ano passado, quando sugeri que ele fosse o centroavante na ausência do Ronaldo. Tem características para fazer essa função... Trabalha bem como pivô, dificilmente perde bola pelo alto, e tem boa finalização.
Alex - REGULAR: Não teve uma atuação brilhante mais uma vez. Pelo menos fez o gol, o quinto dele pelo Corinthians.
(Welder) - SEM CONCEITO: Foi à campo já nos acréscimos.
Jorge Henrique - REGULAR: Marcou, colaborou com o time, sofreu algumas faltas, e só. No campo de ataque, como de costume, pouco acrescentou.
(Edenilson) - REGULAR: Esteve pouco mais de 10 minutos em campo e mal apareceu.
Willian - BOM: Mesmo com as chances desperdiçadas, não dá para deixar de conceituar como boa a atuação do camisa 7. Deu trabalho para a zaga vascaína e, como um autêntico ponta direita, fez ótimos cruzamentos para o Danilo.
 Téc: Tite - BOM: Armou bem o time sem um artilheiro. Foi muito boa a movimentação de Alex e Danilo, e o posicionamento do camisa 20 como centroavante, deu certo. E como o próprio treinador disse após o jogo, pelo que jogou, o Timão perdeu dois pontos.

VASCO
Por Gislan Costa - gislan-13@hotmail.com

Fernando Prass - BOM: Não teve culpa nos gols e fez uma boa defesa em cabeceio do Danilo.
Fagner- BOM: Muito bem no apoio, foi premiado com o gol. No segundo tempo caiu de rendimento, assim como o resto do time.
Dedé - ÓTIMO: Abriu o placar, e foi soberano na defesa.
Renato Silva - REGULAR: Fez o famoso feijão com arroz e não comprometeu.
Márcio Careca - PÉSSIMO: Os gols do corinthians foram em seu setor, errou tudo! É um caso perdido.
Eduardo Costa - REGULAR: Não comprometeu.
Rômulo - REGULAR: Se limitou a marcação e não ajudou muito os apoiadores.
Juninho - BOM: Mesmo sem ser brilhante, organizou o meio com toda calma e categoria. Após sua saida a equipe se perdeu.
(Allan) - REGULAR: Não conseguiu manter o nível do juninho, mas não prejudicou.
Diego Souza - REGULAR: Foi muito bem marcado, não conseguiu repetir as boas atuações.
Eder Luís - BOM: Sempre veloz, participou das principais jogadas ofensivas do Vasco.
(Bernardo) - REGULAR: Irregular é a palavra que melhor descreve esse jogador. Numa partida acaba com o jogo, em outras como foi o caso de hoje, some.
Elton - RGULAR: Lutou, incomodou, mas falta qualidade. Levou um amarelo bobo e saiu no intervalo.
(Alecsandro) - PÉSSIMO: Só foi notado ao dar um passe de calcanhar que resultou no gol de empate do Corinthians.
Téc: Cristovão Borges - BOM: Fez o que estava ao seu alcance.

Foto: Globoesporte.com

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Comentário da Redação > Corinthians 1x3 Santos

Visão corintiana > O bipolar Corinthians chega ao seu pior momento no Campeonato
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Um time capaz de encurralar o adversário no campo de defesa e fazer uma marcação implacável em um jogo e ser totalmente inofensivo e uma piada defensivamente em outro. Assim tem sido o Corinthians, que não precisou nem de duas partidas para mostrar sua bipolaridade. No clássico deste domingo, contra o Santos, bastaram 45 minutos para essa mudança drástica acontecer.

Mesmo sem jogar um futebol de encher os olhos, os donos da casa fizeram um bom primeiro tempo. E chegaram ao gol em um momento que o Santos era até melhor, e depois, bem posicionados em campo, passaram a dominar o jogo e chegar ao ataque cada vez com mais desenvoltura. Liedson quase marcou seu segundo no jogo ao carimbar o travessão e Willian obrigou Rafael a fazer grande defesa. Aí foi a vez do Peixe marcar quando o adversário dominava. Após escanteio, o sistema defensivo corintiano cometeu mais um erro primário e Henrique mandou para as redes.

Apesar dos visitantes terem levado perigo ao gol de Julio César, o Timão mereceu ter ido para o vestiário com um placar favorável. Mas simplesmente não voltou de lá para a segunda parte. Só o time de Muricy Ramalho jogou bola nos 45 minutos finais. A zaga corintiana foi uma peneira. Neymar nem precisou estar em um dia genial para ser destaque com passes precisos...

O Santos virou, fez 3 a 1, e só não goleou porque não caprichou nas conclusões das jogadas. A coisa estava tão feia, que os santistas saíam na cara do gol com facilidade mesmo estando com um a menos (Henrique foi expulso). Enquanto isso, Emerson, Alex e cia. abusavam das jogadas individuais e nada saiu do ataque dos ex-líderes.

Liderança essa que foi perdida após 17 rodadas, assim como foi quebrada uma invencibilidade de 17 clássicos no Pacaembu. Em termos de resultados (quatro derrotas nos últimos seis jogos), colocação, futebol, clima... enfim, em todos os quesitos, o Corinthians chega ao seu pior momento no Campeonato.

Para mim, é muito claro que, se ainda quiser ter chances de conquistar o título, a era Tite deveria chegar ao fim neste momento. Não acho que ele seja o único culpado pela atual situação, mas tem, sim, uma grande parcela de culpa e, mesmo que não haja um treinador de ponta no mercado, vejo como necessário a troca de treinador.

Ou vai esperar mais uma derrota humilhante no clássico de quarta-feira, contra o São Paulo? Está aí, aliás, mais um motivo para demitir o Tite já nesta segunda-feira... o presidente Andrés Sanchez, pelo que conheço, dificilmente vai querer dar o gostinho ao rival de derrubar mais um treinador corintiano, como aconteceu muito antes da "era Mano Menezes".

Se bem que, com essa bipolaridade do time do Parque São Jorge, não dá para duvidar que consiga uma bela vitória no Morumbi e volte a animar seus torcedores...

Conceitos

Júlio César - BOM: Evitou uma goleada.
Alessandro - PÉSSIMO: Sua única boa jogada foi a assistência para o gol. Deixou uma avenida nas suas costas.
Chicão - PÉSSIMO: Não merece a titularidade há tempos. Gol contra ridículo! E se acha o Beckenbauer, só que dá lançamentos de jogador de várzea.
Leandro Castán - PÉSSIMO: Falhou no gol do Borges, ficou esperando a bola no pé.
Ramón - PÉSSIMO: Só soube pegar a bola e sair correndo com a cabeça baixa. Péssimo na marcação também.
(Welder) - PÉSSIMO: Só pelo vacilo (virada de jogo ridícula no campo de defesa) que poderia ter custado caro se Neymar tivesse aproveitado, já merece o conceito.
Ralf - REGULAR: Não é mais o mesmo depois que voltou da seleção. Tem chegado atrasado nos lances.
(Danilo) - REGULAR: Não acrescentou nada ao time.
Paulinho - PÉSSIMO: Fez até um bom primeiro tempo, mas uma etapa final péssima. Perdeu a bola para o Neymar no lance do terceiro gol.
Alex - PÉSSIMO: Abusou dos lances patéticos. Mal demais. No fim, assustou a todos ao chocar a cabeça no joelho do Danilo, mas já está tudo ok com o meia.
Willian - BOM: Sem a aproximação de um lateral para tabelar e sem um meia inspirado, fez o que deu.
(Jorge Henrique) - REGULAR: Um ou outro bom cruzamento, e algumas pixotadas para variar.
Emerson - BOM: É outro que se virou como pôde e fez sua parte, sendo um dos mais lúcidos em campo. Só faço ressalvas para o excesso de jogadas individuais em alguns lances.
Liedson - BOM: Um gol de oportunista nato e um belo chute na trave. Não há o que reclamar do camisa 9.
Téc: Tite - PÉSSIMO: No jogo de hoje, foi bem na escalação inicial, mas errou em tirar o Willian. Mas o problema, como já ficou claro, é o seu trabalho de um modo geral.

Visão santista > Vitória com autoridade de quem quer brigar por título
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br


Não havia maneira melhor de o Santos anunciar que briga sim pelo título brasileiro, ainda que com chances pequenas. Derrotar o Corinthians, no Pacaembu, e jogando como jogou credencia o Peixe a sonhar alto.

Sim, o Timão começou melhor o jogo, fez 1 a 0 logo e dominou o primeiro tempo. O Santos foi menos vibrante do que deveria e por isso foi tão importante o gol de Henrique pouco antes do intervalo, pois acendeu no time a chama de competição.

Na etapa final, diante do maior rival, o Santos entrou em campo como se jogasse uma final. Não fosse a falta de pontaria de Alan Kardec e logo de cara o Peixe poderia ter aberto 3 a 1. Demorou, mas esse placar foi alcançado. Primeiro com grande jogada do próprio Alan, que Borges concluiu. Só 17 gols no campeonato para o camisa 9...

Henrique foi expulso - de forma completamente exagerada, na minha visão - e poderia ter complicado o jogo. Mas Alan Kardec (o melhor em campo) contou com a ajuda de Chicão para marcar o terceiro gol e definir a partida diante de um apático Corinthians, que nem parecia lutar para se manter na liderança.

E notem que nem falei o nome de Neymar. Apesar de não ter participado diretamente de todos os gols, o camisa 11 fez boa partida. Pena, porém, que o árbitro da partida, o péssimo Wilson Seneme, estava perseguindo o garoto e marcou poucas faltas nele.

O título pode aparecer algo utópico, mas mesmo que seja apenas utopia ainda assim é bom demais para o Santos ter um objetivo como esse. Se não for campeão, ao menos servirá para manter o time jogando em alto nível até o Mundial.

Conceitos

Rafael - BOM: Fez grandes defesas quando exigido.
Danilo - BOM: Bastante deficiente na etapa inicial, melhorou demais no segundo tempo.
Edu Dracena - BOM: Teve muita ajuda do Durval, mas não deu sustos.
Durval - ÓTIMO: Um dos melhores em campo. Ajudou várias vezes a salvar a vida do Léo.
Léo - REGULAR: Só melhorou um pouco no segundo tempo porque o técnico adversário fez o favor de tirar o Willian, que estava azucrinando a vida do experiente lateral-esquerdo.
Adriano - REGULAR: Afobado em demasia.
Henrique - BOM: Acho que fez uma boa partida e não merecia ter sido expulso. Nenhuma das faltas que fez era pra cartão. E fez um gol muito importante.
Ibson - BOM: Não jogou nada no primeiro tempo e jogou tudo no segundo. Leva um bom conceito pra casa.
(Pará) - BOM: Até que que jogou direitinho...
Neymar - BOM: Fez a diferença, especialmente no segundo tempo (assim como quase todo o time).
(Bruno Rodrigo) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Borges - BOM: Fez o gol e só. Mas não tá bom?
(Felipe Anderson) -  PÉSSIMO: Esse não sabe aproveitar a oportunidade que a vida dá. Perdeu um gol inacreditável no final do jogo.
Alan Kardec - ÓTIMO: Perdeu dois gols incríveis, teve outras duas ótimas chances de cabeça que pararam nas mãos de Julio César... mas compensou com um passe lindo para Borges marcar e ainda ganhou de presente um gol contra de Chicão creditado em sua conta. Tá conquistando a torcida santista especialmente pelo empenho.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Teve grande mérito na substituição após a expulsão do Henrique, pois não recuou a equipe logo de cara. E assim o Santos ampliou o resultado.

Fotos: Terra

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Comentário da Redação > Isso é Corinthians!

É clichê, mas é não há forma melhor para descrever a emocionante vitória corintiana no Pacaembu: foi do jeito que a Fiel gosta. Com muita raça e de virada, com gol nos minutos finais, o Corinthians deu um passo importante na busca pelo 5º título brasileiro ao bater o Flamengo por 2 a 1, ambos de Liedson. Realmente, não poderia ser melhor. O time demonstrou tudo que a torcida corintiana cobrou: bom futebol, muita raça e aplicação o tempo inteiro e concentração... se manteve firme no jogo do início ao fim, mesmo quando esteve atrás no placar.

E em momento algum os donos da casa mereceram tomar esse gol. Desde o primeiro minuto, foram melhores e encurralaram os rubro-negros, que só tiveram uma chance com Thiago Neves. Foi na sequencia desse lance, aliás, em um escanteio, que o Deivid, sozinho na área, abriu o placar. Outra cobrança de Ronaldinho, na etapa final, deu trabalho à zaga corintiana.

No restante da partida, entretanto, só deu Timão. Pelo ritmo para lá de intenso imposto no primeiro tempo, achei que poderia pesar o lado psicológico e faltar perna para os paulistas nos 45 minutos finais. Mas bastava continuar com a mesma pegada para buscar a reação. E foi o que aconteceu.

Por incrível que pareça, diminuiu a afobação de fazer o resultado rapidamente e apareceu a concentração e consciência da equipe, que foi criando as chances e crescendo no jogo. Quando empatou, pra mim era questão de tempo a virada. Ela só veio aos 43 minutos, mas foi absolutamente merecida.

Vitória fundamental para encarar a sequencia dificilima que vem por aí: Fluminense, Santos e São Paulo. E diferentemente do primeiro turno, quando venceu todos esses desafios complicados, agora o Corinthians enfrenta a maioria fora de casa. Um teste e tanto... resta saber se o líder volta a ter uma sequencia de bom futebol.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Não passou confiança. Quase falhou. Contudo, no lance do gol, a meu ver, não foi o maior culpado.
Alessandro - REGULAR: Mais seguro que nos outros jogos. Faltou mais qualidade na hora de apoiar o ataque.
(Welder) - SEM CONCEITO: Dez minutos em campo, pouco apareceu.
Chicão - REGULAR: Outro que dá uns lançamentos inexplicáveis. Mas não comprometeu. Quase voltou a fazer gol de falta, mandou no travessão.
Leandro Castán - REGULAR: Pouco exigido, deu chutões desnecessários.
Ramon - BOM: Deu umas pixotadas, mas teve personalidade e raça. Apoiou bem.
Ralf - BOM: Foi o típico camisa 5: Não apareceu muito para a torcida, mas fez bem o trabalho sujo.
Paulinho - BOM: Marcou, deu boa saída de bola e chegou à frente com perigo. O camisa 8 quase fez mais um no campeonato.
Alex - BOM: Não jogou tudo que pode, mas, além de lances de muita técnica, teve bastante aplicação. Boa partida do camisa 12.
(Danilo) - SEM CONCEITO: Se às vezes não consegue aparecer em 90 minutos, imagine em 10...
Jorge Henrique - BOM: Se não foi nenhum craque com a bola nos pés, travou muito bem o lado esquerdo do Fla, sempre perigoso com Ronaldinho, e Junior César vindo de trás.
(Willian) - BOM: Quase fez um golaço e deu o cruzamento para o Liedson virar o jogo. Ofensivamente, não há dúvidas que o Willian é infinitamente mais efeito que o Jorge. E gosto dele marcando também.
Emerson - BOM: A cara do Corinthians. Muito guerreiro, deu trabalho à zaga flamenguista. Segue pecando nas finalizações.
Liedson - ÓTIMO: O homem do jogo. Além de ajudar muito marcando e buscando a bola fora da área, fez os gols da vitória. Respondeu o zagueiro Gustavo, que lhe deu um soco, com duas bolas na rede.
Téc: Tite - BOM: Hoje, foi bem. Soube neutralizar bem os pontos forte do Flamengo (exceto a bola aérea, mas aí é outra história...) e mexeu bem.

Foto: Globoesporte.com

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comentário da Redação > A vitoria são-paulina no dia da festa de Rogério Ceni

Em plena quarta-feira, 16 horas, Morumbi completamente lotado. Isto só não é tão surpreendente por causa do contexto: feriado ensolarado e milésimo jogo de um dos maiores ídolos do clube, Rogério Ceni, pelo Tricolor.

Como se não bastassem os dois curiosos fatos citados acima, o clube paulista abriu o placar no primeiro lance da partida. Após uma jogada individual, Lucas tocou para Cícero na fogueira. Na dividida com o zagueiro a bola voltou limpa para o camisa sete que tocou rasteiro, na saída do goleiro. O cronômetro marcava 25 segundos de jogo, um dos gols mais rápido do campeonato até agora.

Porém, quem imaginou que veria uma goleada, levou um balde de água fria dez minutos depois. Em um escanteio, Réver subiu mais alto que Rhodolfo – o que aliás tem sido praxe – e empatou o jogo.

Dali em diante foi um jogo truncado. O Galo se fechou atrás e passou o restante do primeiro tempo neutralizando as jogadas ofensivas do São Paulo, que por sua vez, arriscava chutes de longa distância para tentar furar o bloqueio. Juan e Lucas foram os que mais assustaram.

Na segunda etapa, os times voltaram com as mesmas propostas e foi em um chute de longe que o São Paulo fez o gol da vitória. Aos 6 minutos, Dagoberto recebeu a bola, girou com ela dominada e partiu em direção à área. Com o caminho livre arriscou de direita uma bomba que entrou no cantinho do goleiro atleticano.

Aos 35, Leonardo Silva deu um carrinho violento em Carlinhos Paraíba e foi expulso. Depois disto, os comandados de Adílson Baptista, que com o trunfo de ontem conquistou sua segunda vitória em casa desde que chegou à equipe, tocaram a bola e contra-atacaram as poucas e ineficientes investidas do time mineiro.

Com o resultado, o São Paulo voltou à liderança, pelo menos até a noite desta quinta-feira. Porém, o mais importante é a marca histórica de um jogador, que em tempos de altas cifras e jogadores europeus-brasileiros, fugiu ao lugar-comum.

Todos têm goleiro. Só nós temos Rogério Ceni.

Conceitos

Rogério Ceni – BOM: Foi pouquíssimo exigido. Brilhou nas saídas da meta, tanto para interceptar ataques, quanto para iniciar uma nova jogada.
Wellington – REGULAR: Bateu menos que o de costume.
João Filipe – BOM: Não deu espaços. Subiu muito bem ao ataque pela direita.
Rhodolfo – REGULAR: Jogo aéreo é seu ponto fraco. Levamos outro gol de cabeça nas suas costas.
Juan – BOM: Foi mais efetivo no ataque, chegando a arriscar um chute de perna direita, que tirou tinta da trave de Renan.
Casemiro – REGULAR: Apareceu pouco no jogo. Errou alguns passes bobos e mostrou desatenção em alguns momentos.
Carlinhos Paraíba – BOM: Foi mais calmo, não levou cartão. Pelo contrário, sofreu a falta que gerou a expulsão de Leonardo Silva. Voltou a não errar passes.
Rodrigo Caio – BOM: Bastante seguro, não deixou Daniel Carvalho jogar. Chegou aos profissionais para ficar!
Cícero – PÉSSIMO: Não entrou em campo. O único mérito foi ter dado a sorte te der dividido a bola que gerou o gol de Lucas.
Lucas – BOM: Um belo gol, muita raça e dedicação.
Dagoberto – BOM: Fez também um belo gol. Infernizou a defesa atleticana nos contra-ataques. Não entendo o Mano Menezes ter chamado o Cícero e não o Dagol pra Copa Roca...
(Rivaldo) – REGULAR: Não apareceu muito na partida. O diferencial foi ter cadenciado a bola depois do segundo gol. Sem dúvida, dá mais calma à equipe.
(Henrique) – REGULAR: Por mais que seja veloz, ele é centroavante, e não ponta. Produziu pouco por estar em posição errada.
Adilson Baptista – REGULAR: O time venceu por méritos de dois atletas talentosos, que com seus gols decidiram a partida. Preterir Rivaldo e deixar Cícero é de doer, mesmo que o segundo sempre jogue bem. Colocar o Henrique de ponta é mais ainda. O cara realmente gosta de inventar...

Foto: Terra

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com