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domingo, 27 de março de 2011

Comentário da Redação > São Paulo 2 x 1 Corinthians

Visão tricolor > O 100º gol de Rogério e o fim de um tabu incômodo
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br


O domingo foi muito especial para o torcedor são-paulino. Claro que o final do tabu foi importante demais, pois era algo incômodo e que vinha atrapalhando o Tricolor nos últimos clássicos contra o Corinthians. Mas inesquecível mesmo foi o centésimo gol de Rogério Ceni como profissional e todos pelo São Paulo Futebol Clube.

Não é esse número que fará Rogério mais ou menos ídolo do São Paulo. E não são apenas os títulos conquistados, nem as grandes defesas que fez em cada campanha. É muito simples definir a importância do jogador por conquistas e feitos. Rogério Ceni é o maior jogador da história do Tricolor (na minha opinião) por uma série de fatores e por todos esses motivos acima, mas principalmente por representar o clube e o torcedor dentro de campo.

Entretanto, o mais legal dessa marca alcançada por RC é que ele entra de vez na história do futebol mundial, e não só do São Paulo. Dificilmente outro arqueiro no mundo alcançará esse feito. Por essas e outras, Rogério está de parabéns.

E pensando apenas no clássico de Barueri, o camisa 1 do Tricolor foi importante e decisivo para a vitória e o fim do tabu - o que torna ainda mais marcante esse 100º gol. Ele marcou em um momento do jogo que era de afirmação para o São Paulo, que vencia por 1 a 0 e tentava dominar a partida. No primeiro tempo, o time do Morumbi não tinha ido bem e não é exagero dizer que o time achou o gol - mas levo em conta que o Dagoberto já havia tentado dois chutes parecidos com o do primeiro tento.

E a sequência dos fatos após o gol de Rogério confirmou a importância daquele chute perfeito, no ângulo do goleiro Julio César. A partida esquentou. Foram três expulsões, um gol de Dentinho, e mais algumas defesas brilhantes de Ceni, impedindo um empate (que quase aconteceu) que ofuscaria o brilho do goleiro são-paulino.

E até os corintianos devem reconhecer isso.

Conceitos

Rogério Ceni - EXCELENTE: Pelo 100º gol e mais as defesas importantes que fez, o conceito só pode ser esse. O craque do jogo e da história do São Paulo.
Rhodolfo - BOM: Não gosto do Rhodolfo na direita, mas hoje foi bem. E teve trabalho na marcação, porque o Corinthians jogou bastante pelo setor do zagueirão.
Alex Silva - ÓTIMO: Dessa vez não entrou na pilha dos adversários, como fez no clássico contra o Palmeiras. Aí ele sobra.
Miranda - REGULAR: Parece com a cabeça na Lua às vezes. Tá em uma velocidade diferente de seus companheiros.
Junior Cesar - REGULAR: O time sentiu falta de Juan, principalmente no ataque.
Rodrigo Souto - BOM: Foi uma volta discreta, mas importante. Firme na marcação.
(Casemiro) - BOM: Jogou poucos minutos, mas o bastante para participar de bons contra-ataques.
Jean - ÓTIMO Rende muito jogando de volante.
Carlinhos Paraíba - BOM: Querendo ou não, está jogando bem. Ajuda na marcação e dá velocidade à saída de bola.
Ilsinho - REGULAR: Um ou outro lampejo e só. É um jogador complicado, pois não conseguimos nem definir qual é sua posição de verdade, de que forma consegue render melhor.
(Marlos) - REGULAR: Aprontou uma correria muito grande na defesa corintiana, mas continua pecando na hora de definir as jogadas. É uma fome...
Fernandinho - REGULAR: Outro que corre bastante, mas se atrapalha com a bola.
(Rivaldo) - SEM CONCEITO: Achei que poderia ter entrado antes no jogo.
Dagoberto - BOM: Só não ganha conceito melhor porque vacilou no lance da expulsão. Participou dos principais lances de ataque do São Paulo.
Téc: Paulo César Carpegiani - BOM: Não o culpo por tentar Ilsinho como titular, e foi bem ao constatar que o camisa 77 não estava bem e buscar a solução em Marlos - que também não foi bem. Só acho que ele precisa ter em mente logo o seu time titular para a sequência de grandes jogos que vem por aí.

Visão corintiana > Pelas fracas atuações individuais, até que o Timão não foi mal 
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Se você olhar logo mais abaixo a minha análise individual da atuação de cada jogador do Corinthians na derrota de 2 a 1 para o São Paulo, você vai imaginar que o Alvinegro fez uma partida horrível e se livrou de tomar uma sacolada. Mas não foi essa a realidade.

Individualmente, o Timão foi péssimo. Pouquíssimos se salvaram, e alguns fizeram uma partida desastrosa ou cometeram erros imperdoáveis. De um modo geral, no entanto, o time do Parque São Jorge não fez uma partida ruim. Até o São Paulo abrir o placar, os visitantes estavam melhores. E mesmo com o gol de Dagoberto, por muito pouco o jogo não foi para o intervalo empatado - Dentinho perdeu um gol de cabeça.

No intervalo, Tite não corrigiu os erros (tirar o Jorge Henrique era uma coisa óbvia) mostrados na etapa inicial, mas ainda assim a equipe voltou bem. Vinha em busca do empate, até tomar o gol do Rogério - em uma falta que eu não teria dado, diga-se de passagem (Fernandinho esbarrou no pé do Ralf) - e o Alessandro ter atitude de juvenil e ser expulso (só para registrar minha opinião também sobre esse lance: pra mim o amarelo estava de bom tamanho, mas quando o jogador dá uma entrada daquelas, está sujeito a uma análise mais rigorosa do árbitro, por isso critico muito mais o lateral-direito).

O jogo, que parecia definido já com 20 minutos do segundo tempo, se tornou emocionante com o gol do Dentinho aos 21 e a expulsão de Dagoberto logo depois. O Corinthians estava novamente no jogo, e com muita moral para buscar a igualdade. Lamentavelmente, porém, mais um jogador alvinegro fez uma bobagem: Dentinho deu um chute em Rodrigo Souto e foi expulso.

Mesmo com um a menos, o Timão seguiu até o fim tentando o segundo gol, tornando o fim da partida emocionante. Mas não deu para conquistar o ponto que o manteria na liderança. E reitero: pelo fraquíssimo futebol individual dos corintianos na tarde deste domingo, ter feito o rival suar muito para ganhar foi até demais.

Conceitos

Julio César - REGULAR: Não tem passado confiança mais. No gol de falta, apesar de não ter sido uma falha, ficou claro, assim como em um outro chute, a falta de elasticidade e o braço pequeno que têm.
Alessandro - PÉSSIMO: Já vinha mal e teve a atitude infantil de dar um carrinho violento na lateral e ser expulso.
Chicão - PÉSSIMO: A zaga com o Wallace era mais segura. Não acerta uma cobrança de falta mais também.
Leandro Castan - REGULAR: Fez sua parte direitinho. Vem correspondendo desde a eliminação na Libertadores.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Inócuo e sem recursos para ir ao ataque, tomou um baile quando o São Paulo caiu pelo seu setor.
(Danilo) - SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo. Deveria ter entrado antes.
Ralf - PÉSSIMO: Irreconhecível hoje. Atuação desastrosa do camisa 5.
Paulinho - PÉSSIMO: Omisso e lento com a bola.
Morais - REGULAR: Errou mais que acertou, mas não foi o maior problema do time.
(Ramírez) - BOM: Na maioria das vezes que entra, melhora o time. Tem que tomar a vaga do Jorge.
Jorge Henrique - PÉSSIMO: Patético. Parecia que estava de sacanagem de tão absurda foi sua participação no jogo de hoje. Só faltou ser expulso, e certamente seria se tivesse ficado mais em campo. E não é de hoje que esse rapaz não joga nada.
(Willian) - BOM: Entrou bem, como de costume. Até o Adriano entrar no time, tinha que ser ele e Liédson no ataque.
Dentinho - REGULAR: Merecia um PÉSSIMO pela bobagem que fez, mas como teve boa atuação, vou pegar mais leve com o atacante. Mas é incrível como ele e o Jorge tem atitudes burras! Merece um banco (pela burrice e pelo futebol ineficiente de outros jogos também) quando cumprir a suspensão.
Liedson - PÉSSIMO: Não dá para absolver o camisa 9. Não conseguiu se desmarcar dos defensores rivais, foi presa fácil.
Téc: Tite - PÉSSIMO: Só por ter visto o primeiro tempo ridículo que o Jorge Henrique fez e não o ter tirado NO MÍNIMO no intervalo tendo Ramírez e Willian no banco, ele já ganha esse conceito.

Fotos: Terra

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Direto da Redação

redacao_esporte@hotmail.com


Comentário da Redação > Neymar comanda vitória brasileira diante da Escócia

O clima do jogo não era dos melhores para ele. Além de ser marcado de perto pelos defensores escoceses, Neymar sofreu uma pequena perseguição da torcida adversária, irritada com algumas quedas um pouco espalhafatosas do jogador santista. Pior que isso, o craque da Seleção foi alvo de racismo - jogaram uma casca de banana no gramado próximo a ele -, mas isso nem merece destaque.

No entanto, nada disso abalou Neymar na vitória do Brasil por 2 a 0 no Emirates Stadium, em Londres. Muito pelo contrário. Cada vaia que ouvia quando tocava na bola parecia motivar ainda mais o camisa 11 que comandou as ações do time de Mano Menezes e marcou os dois gols da partida, além de sofrer o pênalti que ele coverteu.

Da minha parte, eu não esperava outra postura que não fosse essa de Neymar. Postura de um líder, daquele que tem mais habilidade dentro de uma equipe. Notoriamente, o Brasil hoje tem melhores jogadores de marcação do que de ataque. E o santista é uma das boas opções para mudar essa panorama.

As outras não começaram jogando: Ganso não foi convocado; Pato foi cortado; Robinho foi poupado, disse Mano; e Lucas começou no banco. Este último, entrou no decorrer da partida e ficou claro que ele deveria ter sido titular. Jadson, o dono da camisa 10 diante da Escócia, foi bem discreto, para não dizer coisa pior

O centroavante Leandro Damião teve uma boa estreia, na minha opinião. Ele é o típico homem de área e fez esse papel. Faltou o gol. Mas sabemos que existem outros jogadores na frente dele ainda.

Mano volta a vencer e respira com mais tranquilidade. Daqui para frente a coisa fica mais complicada. Vem aí um amistoso contra o algoz brasileiro da Copa de 2010, a Holanda, em junho, e depois Copa América, primeiro bom teste para 2014. A expectativa é para vermos, enfim, um time-base, principalmente falando de ataque.

Conceitos

Julio César - SEM CONCEITO: Apenas assistiu o jogo. O ataque da Escócia é lamentável.
Daniel Alves - BOM: Feliz com a renovação no Barcelona, fez boa partida e parece ter ganhado a posição de Maicon, que nem entrou no jogo.
Thiago Silva - BOM: Outro que parece ter se dado bem e garantido vaga como titular. David Luiz ficou no banco e deu lugar a Lucio.
Lucio - BOM: O capitão também voltou firme. É um líder importante numa equipe cheia de garotos.
André Santos - REGULAR: Poderia ter aproveitado melhor a oportunidade. Certamente, Mano ainda espera testar Marcelo no lateral.
Lucas Leiva - BOM: Fez o seu papel na marcação e deu qualidade na saída de bola.
(Sandro) - REGULAR: Fez apenas o papel de marcação. Discreto.
Ramires - BOM: Impressionante como o jogador do Chelsea corre o tempo inteiro. Se atrapalha um pouco às vezes, mas é outro titular de Mano.
Elano - BOM: Foi melhor no primeiro tempo que no segundo. É outro que se encaixa no perfil de atleta experiente para equilibrar o time.
(Elias) - REGULAR: Ficou tempo o bastante em campo para mostrar um pouco mais do que fez.
Jadson - PÉSSIMO: Figura completamente nula. A camisa 10 da Seleção é um pouco demais para ele.
(Lucas) - ÓTIMO: Bastaram pouco mais de 20 minutos para o meia são-paulino mostrar que tem bola para ser titular ou brigar por posição com Ganso, Robinho e Elano.
Neymar - ÓTIMO: O craque da partida não se omitiu em momento algum. Demorou para se adaptar ao jogo duro escocês, mas logo mostrou que é diferenciado demais. Mesmo sem um grande camisa 10, Neymar consegue preencher o espaço pelo meio e armar jogadas, além de ele próprio criá-las na individualidade.
(Renato Augusto) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Leandro Damião - BOM: Como disse no meu comentário, ele é um centroavante tradicional, que precisa receber bolas dentro da área. Levou perigo em algumas jogadas e deu trabalho à defesa da Escócia. Faltou o gol.
(Jonas) - PÉSSIMO: Já o ex-gremista foi mal no pouco tempo em campo. Perdeu um gol incrível.
Tec: Mano Menezes - BOM: Fez um bom trabalho de escalação e substituições. Foi bem também na convocação, ao reintegrar jogadores mais experientes. Só deixo aqui uma observação: Lucas poderia ter começado entre os titulares.


Foto: Getty Images

Redator: Ricardo Pilat
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sábado, 26 de março de 2011

Esquadrão de Ouro > Brasil joga para recuperar confiança de Mano

Muito salutar a atitude da CBF e acredito, principalmente, de Mano Menezes de escolher adversários mais difíceis no caminho de amistosos da seleção brasileira. A imprensa por aqui sempre reclamou das seleções escolhidas para enfrentar o Brasil e eu sou um deles.

E é ainda mais importante enfrentar times fortes já que o Brasil não terá Eliminatórias e vai até a Copa do Mundo sem grandes testes. Terá Copa América este ano e Copa das Confederações em 2013. É pouco. Quanto mais jogos complicados, melhor.

Porém, acredito que houve um pequeno exagerado. No final de 2010, a Argentina apareceu pelo caminho e venceu, levando Mano Menezes à primeira derrota à frente da Seleção. E logo no primeiro jogo em 2011, mais uma derrota, agora para a França. Dois adversários fortes e acho que não haveria necessidade de marcar os jogos em sequência.

No domingo, o Brasil enfrenta a Escócia em Londres. Será a oportunidade de Mano voltar a vencer. Acho um bom teste e uma boa chance de vitória brasileira. E teremos em breve mais um jogaço, agora contra a Holanda. Então é melhor manerar.

Apesar de apoiar os grandes desafios, é importante colocar alguma equipes médias e pequenas no meio do caminho. Afinal, a Copa do Mundo não tem somente Argentina, França, Holanda, Itália...

O time

Diante da Escócia, teremos uma seleção ainda longe do que Mano espera montar. Sem Pato, titular de todos os amistosos pós-Copa, sem Robinho, que pode voltar ao time nas próximas convocações, e sem Ganso, que será titular absoluto da camisa 10 quando estiver 100% fisicamente.

Marcelo também foi cortado hoje, então devemos ter a seguinte equipe em Londres: Julio César, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas, Ramires, Elano e Jadson; Neymar e Leandro Damião. O atacante do Colorado será a grande atração da partida.


Foto: Mowa Press

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* A coluna Esquadrão de Ouro analisa as novidades da seleção mais vitoriosa da história do futebol.

Redator: Ricardo Pilat
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quinta-feira, 24 de março de 2011

Comentário da Redação > Flu vence e esperança renasce

Se você não viu o jogo de ontem entre Fluminense e América-MEX, perdeu umas das melhores partidas da Copa Libertadores 2011. O Tricolor venceu por 3 a 2, de virada, e fez renascer a esperança de conquistar uma vaga no mata-mata do torneio.

A situação do grupo 3 está totalmente indefinida. O Flu tem 5 pontos e está atrás de Argentino Juniors (7 pontos) e América (6), e à frente do Nacional (4). Com 2 rodadas por jogar, uma combinação de resultados pode levar o Fluminense às oitavas de final até com uma vitória diante do Nacional e um empate contra o Argentino Jrs na última rodada.

E não é apenas a matemática que favorece o time carioca neste momento. A forma como conquistou a vitória ontem dão ao Fluminense uma nova perspectiva. Foi sofrimento até o final do jogo e a vitória teve a cara da Libertadores.

Porém, o Flu precisa consertar problemas urgentes. Começando pela defesa, que ontem esteve em mais uma péssima jornada. Digão substituiu Leandro Euzébio (lesionado) e foi mal demais. Falhou feio nos dois gols do América. O goleiro Berna foi coadjuvante nos lances, mas também teve culpa - vale dizer que ele fez algumas boas defesas.

O ataque também não esteve bem. Fred passou o jogo reclamando e não jogou nada. O time buscou os gols no abafa mesmo! O América ficou duas vezes à frente do placar e foi com bola na área,
ao estilo Muricy Ramalho, e três gols em jogadas vindas pelo alto salvaram o Fluminense na competição.

E falando em Muricy, o Flu precisa se mexer logo para definir a situação do técnico. Manter um interno até o final da primeira fase e esperar Abel Braga não é a melhor das soluções.

Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 21 de março de 2011

Comentário da Redação > Palmeiras empata no ABC e velhos problemas voltam à tona

O que seria do Palmeiras sem o Kléber? É o que me pergunto toda vez que assisto a um jogo do Verdão. Neste domingo, no Anacleto Campanella, o São Caetano fez jogo duro e arrancou empate de 1 a 1 diante do time do Palestra Itália. E olha que o azulão fez por merecer até sorte melhor na partida.

Kléber foi o melhor palmeirense em campo novamente. Incrível a luta do camisa 30 em meio aos gigantes do São Caetano. Luta solitária, porque não é apenas tecnicamente que os companheiros de ataque de Kléber deixam a desejar. Nem na vontade eles se comparam.

Luan, que vinha em trégua com a torcida, voltou a ser vaiado. Jogou mal demais! Adriano Michael Jackson já mostrou que não tem muita qualidade. É um jogador veloz e que sabe fazer um ou outro golzinho. E só. Ambos não são companheiros à altura para Kléber.

O Palmeiras ainda sentiu demais a falta de Valdívia. Sem centroavante de origem, Kléber consegue quebrar o galho, mas falta um jogador para levar a bola com qualidade ao ataque. Quando ele sai da área, o jogo flui. Mas aí falta o homem de área. O Verdão joga sempre como se dormisse com um cobertor curto.

No jogo no ABC, Kléber tratou de criar as melhores jogadas do Palmeiras. Cavou e converteu o pênalti que o benevolente árbitro Guilherme Ceretta de Lima assinalou. Arrumou outras faltas perigosas na entrada da área e que Marcos Assunção não conseguiu fazer. E é disso que vive o Alviverde. De Kléber e de Marcos Assunção, quando possível.

E o São Caetano só não venceu a partida porque pecou demais nas finalizações. Mas o goleiro Deola, outro que brilhou, tem boa parcela nisso. Fechou o gol novamente.

É importante que a torcida do Palmeiras não se iluda com o aparente bom momento da equipe, pois sabemos das limitações que Felipão tem no elenco. E sabemos que os adversários que enfrentou até agora não são parâmetro para nada. Nos dois jogos mais difíceis que encarou (Corinthians e São Paulo), o Verdão não venceu.

A diretoria precisa se mexer logo. Não pensando em Paulistão, mas em Copa do Brasil e, principalmente, Campeonato Brasileiro. Com esse elenco não dá.

Conceitos

Deola - ÓTIMO: Fechou o gol. Não dava pra pegar a cabeçada do Artur no gol do São Caetano.
Cicinho - REGULAR: Já não está rendendo tanto como nos primeiros jogos.
(Chico) - REGULAR: Entrou numa roubada e pelo menos não comprometeu.
Danilo - BOM: Fez bom papel na marcação. Sofre por jogar ao lado do Thiago.
Thiago Heleno - PÉSSIMO: Além de não jogar nada, ainda não se meteu numa confusão tola em montagem de barreira para cobrança de falta. Foi expulso (junto com o Anderson, do SCA) e prejudicou a equipe.
Gabriel Silva - BOM: Sempre que foi ao ataque, levou perigo.
Márcio Araújo - BOM: Aos poucos está se adaptando à função de primeiro volante. Ainda não é a dele, mas o time não sente falta de um jogador nessa posição.
Marcos Assunção - REGULAR: Precisa participar mais do jogo com bola rolando. Na ausência de Valdívia, o time sentiu falta de um toque mais refinado.
Patrik - REGULAR: Foi péssimo no primeiro tempo e melhorou no segundo.
Luan - PÉSSIMO: Voltou a irritar a torcida. Não é aquele estilo de jogador que briga o tempo todo e, além disso, peca tecnicamente.
(Max) - SEM CONCEITO: Pouco acrescentou.
Kleber - ÓTIMO: O melhor do Palmeiras em campo. Fez o que era possível, mas jogar sozinho é difícil.
Adriano - PÉSSIMO: Tem tudo para virar uma grande figura folclórica em vez de bom jogador.
(Tinga) - REGULAR: Entrou para dar mais equilíbrio ao time, mas pouco participou do jogo.
Tec: Luiz Felipe Scolari - REGULAR: O elenco do Palmeiras é bem fraquinho, então é difícil cobrar do treinador alguma coisa. Mas ele poderia ter sido mais ousado na volta do intervalo - manter os 3 atacantes e colocar Tinga no lugar do Patrik, adiantando o Marcos Assunção. Não custava tentar.


Foto: Agência Estado

Redator: Ricardo Pilat
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domingo, 20 de março de 2011

Comentário da Redação > Sem bom futebol, Timão bate o Americana por 1 a 0

Não foi uma atuação de encher os olhos, mas o Corinthians conquistou os três pontos diante do Americana, no Pacaembu, e conseguiu ficar à frente de Santos e Palmeiras (que tropeçaram) nos números de pontos. A rodada só não foi perfeita para o Alvinegro porque o São Paulo venceu o lanterna Grêmio Prudente e segue na liderança por ter uma vitória a mais.

O único gol da vitória corintiana não demorou a sair. Aos nove minutos, mesmo sem criar chances, o artilheiro Liedson marcou seu nono gol em oito partidas (!) nessa segunda passagem pelo clube, aproveitando rebote do goleiro após chute do Paulinho. Depois do gol, Dentinho teve ótima chance de ampliar e encaminhar a vitória, mas desperdiçou.

Foram poucas as chances criadas pelo Timão. No segundo tempo, Morais arriscou bom chute, Liedson quase fez o seu segundo após cruzamento de Alessandro, e parou por aí. Erros de passes e a pouca aproximação do segundo atacante (Dentinho) com o Levezinho atrapalharam muito.

Em termos técnicos, não foi mesmo uma atuação de encher os olhos, longe disso. Mas não dá para reclamar de falta de raça e dedicação. Desde o início do jogo, a marcação em cima do interior foi ótima. Tanto os defensores como os homens da frente morderam e não deixaram o adversário jogar. Não por acaso, Julio César mal trabalhou.

Valeu, portanto, pelos três pontos. Mas é preciso ter uma boa melhora para o clássico do próximo domingo, contra o São Paulo, que deverá valer a liderança. Antes disso, a equipe do técnico Tite tem o dever de emplacar a terceira vitória consecutiva em cima do Oeste, quarta-feira, novamente em casa.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Como eu disse acima, pouco trabalhou.
Alessandro - REGULAR: Atuação razoável e sem sustos.
Chicão - REGULAR: De volta após um mês fora por contusão, deu uma furada bisonha, mas não teve problemas no restante do jogo.
Leandro Castán - BOM: Concentrado, em cima das jogadas, foi muito bem nos desarmes e antecipações.
Fábio Santos - REGULAR: Novamente muito raçudo e limitado tecnicamente.
Ralf - REGULAR: Fez corretamente seu papel na marcação. Não foi tão bem com a bola nos pés.
Paulinho - BOM: Estava muito solto, marcando muito bem e chegando com desenvoltura na frente. Foi fundamental no gol da vitória.
Morais - BOM: Não parou um minuto! Ajudou bastante na marcação e procurou sair com rapidez, dando uma boa dinâmica ao time novamente.
(Danilo) - SEM CONCEITO: Jogou, no máximo, oito minutos. Fica sem conceito.
Bruno César - REGULAR: Bem apagado. É um jogador que eu apostaria ao lado do Morais, mas que não corresponde quando entra de titular.
(Ramírez) - REGULAR: Hoje o peruano não fez grande coisa com a bola nos pés. Ajudou na recomposição.
Dentinho - REGULAR: Pouco efetivo, faltou se aproximar mais do centroavante.
(Willian) - SEM CONCEITO: Jogou pouco mais de dez minutos, mas em um período que o time não atacou. Apesar de ter perdido uma oportunidade, não dá para analisar sua participação.
Liedson - BOM: Oportunista, marcou mais um. Ajudou na marcação também. Tecnicamente, não foi tão bem, e errou passe de gol para o Willian, no último lance do jogo.
Téc: Tite - BOM: Escalou corretamente a equipe. Nas mexidas, foi bem em trocar o Bruno César por Ramírez, mas poderia ter colocado o Willian mais cedo.

Foto: Agência Estado

Redator: Pedro Silas
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Comentário da Redação > E a defesa santista continua afundando o time

Já começo este comentártio dizendo que o ataque do Santos também não está jogando bem. Ontem, em Bragança, Ganso, Neymar e Zé Eduardo jogaram mal. Ainda assim, criaram chances, fizeram um segundo gol (mal anulado pelo árbitro adicional)... fizeram o bastante. Só que no time da Baixada, qualquer número de gols marcados nunca é o bastante com a defesa que o Peixe tem.

Ontem, mais uma vez, a retaguarda santista afundou a equipe - essa é a expressão. E aqui não culpo apenas a dupla de zagueiros, mas sim todo o sistema defensivo. E isso inclui também as jogadas de bola parada, em que o Santos é péssimo. Foram dois gols tomados de forma ridícula na derrota por 2 a 1 para o Bragantino.

Falando dos zagueiros, absolvo o Durval pois está tendo de jogar por dois. Edu Dracena não tem condição nenhuma de ser titular de uma equipe como o Santos. Está completamente fora de sintonia. Chega atrasado sempre. Dá até pena. Não é nem sombra do que já foi.

Outro grande problema é a dupla de laterais. Com Léo e Jonathan machucados, sobra para Danilo e Pará a missão de marcar e atacar. E os dois são ruins nas duas funções.

Mas o pior mesmo é a dupla de volantes. Em comparação ao time de 2010, o que mais sente falta o Santos é de Arouca e Wesley. Tanto para marcar como para atacar.

Ontem até que Adriano foi razoável, mas é impressionante a falta que faz o Arouca. O limpa-trilhos do meio-campo santista deve voltar na próxima semana, para delírio dos torcedores alvinegros. O problema é grande também na posição de segundo volante, ontem ocupada por Rodrigo Possebon, que já deu mostras do quão pobre é o seu futebol

E sem um técnico de mais gabarito e experiência para mudar a equipe (por exemplo, tentar arriscar mais, recuar o Elano, colocar o time com três atacantes), o Santos só tem uma alternativa para ir longe no Paulistão e sair da lama na Libertadores: contar com a volta de todos os titulares.

Pode parecer o óbvio... e é mesmo! Nada mais óbvio do que constatar que o elenco do Santos não é bom, mas o 11 inicial, com todos à disposição, é ótimo.

Resta rezar para que o Departamento Médico ajude a conduzir o Santos de volta ao caminho das vitórias.


Foto: Agência Lance

Redator: Ricardo Pilat
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Gringolaço > Acaba um trauma duplo do Real Madrid

Com uma vitória acachapante, o Real Madrid acabou de uma vez com dois traumas na Uefa Champions League. Os merengues fizeram 3 a 0 no Lyon e avançaram às quartas de final do torneio. Foi a primeira vitória em oito jogos contra o rival francês. E não haveria melhor momento para esse triunfo vir.

Além disso, após seis anos, o Real consegue passar das oitavas. E com todo o merecimento. Em 2010/2011, o time espanhol é grande favorito ao título europeu.

Não dá para tirar muito parâmetro do jogo contra o Lyon, que apesar de ser a asa negra do Madrid, não tinha time para encarar José Mourinho e seus comandados. Mas a temporada do Real é muito boa. Tirando aquela goleada contra o Barcelona no Camp Nou, não dá para discutir a qualidade dos Merengues.

Ontem, com exceção de Kaká, o Real Madrid contou com sua força máxima: Casillas, Sérgio Ramos, Ricardo Carvalho, Pepe e Marcelo; Xabi Alonso, Khedira, Di Maria e Ozil; Cristiano Ronaldo e Benzema. Timaço. Time para brigar por título.

Sorteio 

Para ter certeza de quem são os maiores favoritos dessa Champions, temos que esperar o sorteio desta sexta-feira. Shakhtar, Schalke e Tottenham são os intrusos na lista dos grandes Chelsea, Barcelona, Manchester United, Inter de Milão e Real Madrid.

Foto: Reuters

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Ricardo Pilat
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Comentário da Redação > Pane santista custa três pontos no Chile

Depois de um começo animador, o Santos sofreu uma pane de 20 minutos e deixou escapar uma vitória que seria fundamental diante do Colo Colo, pela terceira rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores. Jogando em Santiago, até mesmo um empate seria ótimo. Mas a derrota complica bastante a vida santista.

Impressionante como o Santos começou bem o jogo. Logo com três minutosm fez 1 x 0 com uma bomba de Elano em cobrança de falta, explorando a fragilidade do goleiro adversário, Castillo, velho conhecido da torcida do Botafogo. Nos minutos seguintes, o Peixe jogava com extrema maturidade, trocando passes rápidos, jogando em velocidade, e enlouquecendo o Colo Colo.

Porém, a partir dos 15 minutos, a inteligência virou precaução. O time recuou muito e saía só em contra-ataques. A defesa ia bem e nenhum risco havia sofrido ainda. Mas essa não é a vocação desse elenco do Santos. O time joga bem quando ataca e não quando defende.

Aí aconteceu um lance decisivo. Léo se machucou e teve de ser atendido fora do gramado. O Colo Colo se aproveitou e, aos 26 minutos de partida, Paredes recebeu a bola em jogada tramada no lado esquerdo da defesa santista (onde deveria estar Léo), teve raça para brigar com Durval, cair, levantar de novo e bater no ângulo. Um golaço com cara de Libertadores.

O empate desnorteou o Santos, que esqueceu completamente de jogar bola. Na sequência, outra jogada pelo lado esquerdo da defesa - Léo já havia sido substituído e Pará foi para o setor. Paredes cruzou e Miralles passou pela defesa brasileira para marcar de carrinho. O lance se originou d eum contra-ataque proporcionado de forma infantil por Elano.

Aliás, a palavra infantil é a que mais cabe para o time da Baixada Santista nesta noite de quarta-feira. Foi nessa inocência que veio o terceiro gol, em cobrança de falta que Scotti desviou para o gol, com falhas clamorosas de Rodrigo Possebon e do goleiro Rafael.

Assim terminava o primeiro tempo com 3 a 1 para os chilenos - e poderia ser mais. Então o Santos voltou para a etapa final com a tal postura ofensiva que eu sempre cobro. A defesa é mesmo ruim, ainda mais com os volantes que estão jogando. Então a melhor maneira de jogar bem é mantendo a bola no ataque o maior tempo possível.

Logo a investida do Santos deu resultado. Ganso e Neymar apareceram no jogo! O camisa 10 achou o 11 em boas condições para driblar o goleiro e diminuir a desvantagem. O Peixe continuou em cima e assustou o Colo Colo, mas não sem dar sustos no torcedor santista ao oferecer contra-ataques perigosos aos chilenos.

O Santos teve a grande chance do empate com Neymar novamente, em chute de Pará rebatido pelo goleiro Castillo. O craque santista falhou ao tentar novamente a finta sobre o arqueiro uruguaio. E Castillo quase deu mais duas bolas nos pés dos brasileiros, mas a sorte estava ao lado do uruguaio.

Ganso cansou e teve de ser substituído após 75 minutos em campo. O time caiu muito com a saída dele e Zé Eduardo, pouco antes. Keirrison e Maikon Leite entraram e conseguiram somente irritar ainda mais os santistas que assistiam ao jogo.

O placar ficou mesmo 3 a 2 para o Colo Colo, líder do Grupo 5 com 6 pontos. O Santos tem apenas dois e ainda não venceu. Terá três jogos pela frente em que o único resultado que importa é a vitória.

Conceitos

Rafael - PÉSSIMO: Na minha opinião, falhou no primeiro e no terceiro gol e fez de tudo para proporcionar outros. Pior atuação do jovem goleiro pelo Peixe.
Pará - REGULAR: Até que fez sua parte de acordo com as limitações que tem. Deu azar de ser deslocado para a esquerda.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Até uma criança de sete anos consegue driblar o Dracena. Vergonha alheia pra ele.
Durval - PÉSSIMO: Ontem esteve bem mal, completamente atrapalhado. Parece que sentiu mesmo os efeitos do terremoto no Chile.
Léo - BOM: Vinha fazendo uma boa marcação até sofrer uma lesão e deixar o campo. O time desmoronou após a saída do camisa 3.
(Rodrigo Possebon) - PÉSSIMO: Além de não marcar ninguém, ainda foi uma lástima no ataque.
Adriano - REGULAR: É mais um daqueles da lista dos inocentes. O que compensou a atuação do volante foi a raça. E só.
Danilo - REGULAR: estava bem jogando de volante, mas na lateral direita a coisa não é fácil pra ele. Levou tantos dribles que ficou zonzo.
Elano - BOM: No geral, fez uma boa partida. Bem melhor do que vinha apresentando nos últimos jogos. Mas ainda está bem longe do que a torcida espera. E falhou no segundo gol do Colo Colo.
Paulo Henrique Ganso - REGULAR: Fez 15 minutos de segundo tempo brihantes. Faltou aparecer mais na etapa inicial. Mas sabemos que ele está fora de ritmo e não é fácil voltar ao normal.
(Keirrison) - SEM CONCEITO: Fez o bastante para irritar a torcida, mas não para merecer conceito.
Neymar - REGULAR: Outro que só jogou no inícil da etapa final. Sentiu bastante o ritmo do primeiro tempo.
Zé Eduardo - REGULAR: Também sumido na primeira etapa, apareceu mais no segundo tempo. Não deveria ter sido substituído.
(Maikon Leite) - PÉSSIMO: Só sabe fazer uma coisa: correr. E nem sempre com a bola, que às vezes parece um detalhe. Atrapalhou várias jogadas de ataque. Algo me diz que o Palmeiras está levando gato por lebre.
Tec: Marcelo Martelotte - REGULAR: Escalou bem e fez o certo na substituição de Léo por Possebon. O errado foi manter este último em campo no segundpo tempo terrível que ele fazia. E depois falhou ao tirar, especialmente, Zé Love e colocar Maikon Leite. Depois corrigiu e colocou outro centroavante, mas é o típico caso do cara que gasta duas substituições que valem por uma. No primeiro jogo em que foi exigido de verdade, Martelotte falhou.


Redator: Ricardo Pilat
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terça-feira, 15 de março de 2011

Gringolaço > Virada épica da Inter em Munique

Em um dos melhores jogos da história recente da Uefa Champions League, a Inter de Milão derrotou o Bayern de Munique por 3 a 2, na Alemanha, e garantiu vaga nas quartas de final do torneio. O resultado deve ser muito comemorado pelos interistas e motivos não faltam.

A começar pela dificuldade que seria alcançar a vaga após a derrota em San Siro por 1 a 0. Já na Allianz Arena, a Inter abriu 1 a 0, mas logo sofreu a virada. Qualquer time se abeteria, mas os comandados de Leonardo tiraram forças do coração e jogaram com uma dedicação memorável para virar novamente o placar e impedir que o Bayern tivesse sua revanche da última final da Champions.

Porém, apenas raça não explica a vitória interista. O jogo mudou quando Leonardo, enfim, adotou uma postura ofensiva e colocou jogadores de ataque na partida. Principalmente Philippe Coutinho, que começou se enrolando um pouco com a bola, mas logo virou coadjuvante dos lances que decretaram a reviravolta no placar.

Mas quem jogou muito memso foi Samuel Eto'o, que faz uma grande temporada. Sem Milito, machucado quase sempre, o camaronês assumiu a responsabilidade do ataque da Inter e está dando conta do recado. No jogo desta terça, ele marcou um gol e deu passes para os outros dois.

E fica aqui também minha homenagem ao Bayern, que participou bem demais da partida e engrandeceu ainda mais o resultado. Pena ter recuado nos momentos finais da partida. Ah, e parabéns ao Julio César, goleiro neriazzuri, que falhou feio no primeiro gol dos alemães, mas se recuperou e fez defesas incríveis.

Jogo épico e que dá força para a Inter seguir bem e tentar o bicampeonato.


Burocracia quase custa classificação ao Manchester

Em Manchester, o United bateu o Olympique Marseille por 2 a 1 e também segue adiante na UCL. Porém, o jogo poderia ser mais fácil para os Red Devils não fosse a extrema burocracia da equipe de Sir Alex Fergunson.

O Manchester fez 1 a 0 e logo já recuou, dando ao time francês diversas oportunidades de empatar (resultado que daria classificação ao Olympique). Faltou competência ao Marseille e sobrou qualidade a Chicharito Hernandéz, mexicano que marcou o segundo gol do jogo (e já havia marcado o primeiro).

Do outro lado, Wes Brown mostrou porque não pode ser titular do Manchester United ao marcar um gol contra bizarro. Com Brown e Smalling na zaga, os Diabos Vermelhos sentiam demais a falta da melhor dupla de defesa do mundo - Vidic e Ferdinand. E, recuado, o time inglês viu o Marselle crescer e não seria absurdo que o empate chegasse.

Ele não veio, e os ingleses podem comemorar. O estilo de jogo não vai mudar e é de forma burocrática que o Manchester vai buscar o quarto título europeu.


Fotos: AP

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Ricardo Pilat
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domingo, 13 de março de 2011

Comentário da Redação > Vitória com a cara do Corinthians

A vitória por 3 a 2 sobre o Mirassol, independente de qualquer defeito mostrado pelo Corinthians, foi uma vitória que simboliza o novo momento que vive o time do Parque São Jorge. Aquele futebol apático e sem alma nos jogos fora de casa em vários momentos de 2010 e do começo de 2011 até sair Ronaldo, Roberto Carlos e Jucilei, parece não existir mais. Hoje é uma equipe solidária, raçuda, com coração e fome de bola.

Os primeiros 25 minutos já mostraram muito bem a ótima mudança de postura do Alvinegro, que não quis saber se o time da casa estava na liderança até pouco tempo, e foi pra cima. Mais do que isso, jogou com a mesma raça do time interior, coisa que não acontecia em outros momentos, em que preferia tentar cadenciar o jogo e tentar ganhar na técnica. Mas para a maior qualidade do time grande prevalecer, a vontade precisa ser igual a do pequeno.

Foi o que aconteceu. Apertando a saída de bola e disputando qualquer dividida com muita vontade, o Timão criou duas ótimas oportunidades de gol. Willian, que substituiu Liédson (com dores musculares) e foi o grande destaque do jogo, participou muito bem de ambas. Seis minutos depois de quase abrir o placar, os visitantes foram castigados, tomando um gol na primeira finalização do Mirassol no jogo (Serginho marcou em belíssimo chute).

O gol deu uma cadenciada no jogo e diminuiu o ímpeto dos corintianos até o intervalo. No início da etapa final, porém, a equipe alvinegra acordou de vez, por dois motivos diferentes. Primeiro, Willian pegou de primeira na área e empatou; depois, Jorge Henrique, que já vinha mal e tinha cartão, deu uma entrada grotesca e foi expulso.

Eu já não esperava mais nada do time da capital nesse jogo. Conhecendo bem o Tite, ele iria recuar e encarar um empate como muito lucro. Porém, em contra-ataque, Willian foi lançado no meio de um buraco na defesa do Mirassol, saiu de frente para o goleiro e mostrou qualidade para finta-lo e virar o confronto. Apesar de se precipitar na saída de bola, dando alguns chutões, o Corinthians conseguiu administrar bem o 2 a 1 e a vitória estava nas suas mãos...

Até que, lamentavelmente, Dentinho começou a fazer gracinha em vez de tentar algo mais útil, a torcida entrou na onda e começou a gritar olé (qual o sentido de fazer isso vencendo o modesto Mirassol por apenas 2 a 1 e com perigo de tomar o empate, pois estava com um a menos e a bola nos pés dos donos da casa?!), e para completar, Julio César mostrou o quão pequenos são seus braços e tomou, aos 44 minutos, um gol defensável pela segunda partida seguida.

Quando parecia que o Timão deixaria de conquistar uma vitória heróica para sofrer derrota trágica pelas circunstâncias do jogo, Bruno César recebeu bom passe de Ramírez e estufou as redes. Apesar das limitações claras que preocupam (Moradei de um lado, Fábio Santos do outro, com Jorge Henrique e Dentinho mais irritando do que jogando...), ou melhor, ATÉ por essas limitações, foi um triunfo no melhor estilo Corinthians, como há algum tempo não se via em jogos fora do Pacaembu.

Conceitos

Júlio César - PÉSSIMO: Pouco trabalhou e tomou mais um gol bem defensável, em um chute que nem foi no cantinho.
Moradei - REGULAR: Reclamei dele, não é jogador para o Corinthians, mas até que não fez má partida. Começou jogando surpreendentemente bem, depois deu um ou outro susto.
Wallace - BOM: Ligado no jogo, esteve bem
Leandro Castán - BOM: Idem ao seu companheiro de zaga.
Fábio Santos - REGULAR: Muita raça, pouquíssima técnica. Sofre para acertar um passe vertical.
Ralf - BOM: Só pecou um pouco no primeiro gol do Mirassol, errando o desarme. De resto, teve mais uma boa exibição na temporada.
Paulinho - REGULAR: Vinha jogando bem até perder um gol e bater o maxilar no lance. Não aguentou ficar em campo e foi substituído.
(Luis Ramírez) - BOM: Entrou dominando o meio de campo e mostrando muita visão de jogo. Tem futebol para tomar tranquilamente a vaga do Paulinho.
Morais - BOM: Se movimentou, voltou para buscar bola e ajudou na marcação. Se não dá show, colabora bastante para o time.
(Danilo) - REGULAR: Foi boa sua entrada para cadenciar mais o jogo naquele momento, mas não fez muita diferença.
Jorge Henrique - PÉSSIMO: Participação absolutamente ridícula do Jorge no jogo de hoje. Vinha muito mal e prejudicou o time sendo expulso.
Dentinho - REGULAR: Pecou ao prender a bola em alguns momentos nas firulas, sobretudo no fim. Pelo menos deu um ótimo passe para o Willian marcar o segundo gol.
Willian - ÓTIMO: Dois gols (e outra boa finalização), muita movimentação, raça e vibração nos lances... correspondeu muito bem a boa expectativa que eu tinha em cima dele, que já havia entrado bem nos jogos. E digo mais: apesar de ter jogado uma única partida como titular, eu já o colocaria ao lado do Liédson quando este estiver a disposição. Bem mais efetivo que Dentinho e Jorge atualmente.
(Bruno César) - BOM: Depois de muito tempo, voltou a ser decisivo.
Téc: Tite - BOM: Continuo não o achando o técnico ideal, mas não dá para negar que está fazendo o correto no momento (apesar de ser meio óbvio). E claro, tem méritos neste espírito que a equipe tem mostrado. Hoje, só errou em deixar o Dentinho em campo até o fim, não deveria ter tirado o Willian.


Redator: Pedro Silas
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Comentário da Redação > Ganso volta, decide jogo em 10 minutos e Santos engata trinca

Se a principal atração do jogo deste sábado entre Santos e Botafogo-SP, na Vila Belmiro, era o retorno de Paulo Henrique Ganso aos gramados, o craque santista foi também o principal responsável pela vitória do Peixe por 2 a 1, terceira seguida da equipe no Paulistão.

Um jogo muito complicado se resolveu facilmente nos 10 primeiros minutos da etapa final, quando Ganso entrou em campo e desequilibrou.

Antes de falar do maestro da Vila, preciso destacar o primeiro tempo ruim que o Santos fez. Neymar, que deu show diante da Lusa na quarta-feira, esteve apagado, assim como Zé Eduardo, perdido no meio de três zagueiros do Botinha. Diogo foi o jogador de ataque mais acionado e também o mais criticado pela torcida. O rapaz está jogando mal demais.

De bom mesmo só a dupla de volantes, Adriano e Danilo, muito firmes na marcação e quebrando um galhão na ausências daqueles que deveriam ser titulares - Arouca e Charles, lesionados. E falando nesse assunto médico, Jonathan deixou o gramado antes do minuto 20, com um estiramento muscular. Desfalque certo na quarta-feira, contra o Colo Colo, pela Libertadores.

Então chegou o intervalo e Marcelo Martelotte fez o óbvio: trocou o desastrado Diogo pelo genial Paulo Henrique. E o Ganso não precisou de 45 minutos para mostrar o quanto é bom. Bastaram 22 segundos para ele receber a bola pela segunda vez na partida e efetuar lançamento magistral para Zé Eduardo, que se deslocava na saída da defesa adversária. Aí o camisa 9 dominou e rolou para Elano, que vinha de trás, fuzilando para o gol. Antes do primeiro minuto da etapa final, Ganso já dava uma pitada da sua qualidade e o Santos abria vantagem.

Na sequência ele participou de mais dois grandes lances, desperdiçados por Zé Love e Neymar. E antes que completasse dez minutos em campo, Paulo Henrique Ganso deixou sua marca. Sem a sua camisa 10, mas com a 16, fez um gol de camisa 9, ao antecipar o zagueiro em passe de Zé Eduardo e marcou 2 a 0. Foi um momento emocionante para todos que assistiam à partida. De volta após longa recuperação, o maestro alvinegro também voltava a marca um gol após quase dez meses.

Na sequência do jogo, o Santos controlou a bola, criou novas oportunidades e com extrema qualidade fez o torcedor sorrir novamente com um futebol tipicamente santista. Futebol, especialmente, de Ganso e Neymar.

E o Botafogo ainda conseguiu descontar para colocar um pouco de justiça na boa atuação da Pantera de Ribeirão Preto. Mas quem se importa? Até os holofotes do Estádio Urbano Caldeira estavam ofuscados diante do brilho de Paulo Henrique Ganso. Aposto que tão cedo ele não veste a camisa 16 novamente. Pode preparar a 10 pra ele, Martelotte.

Conceitos

Rafael - BOM: Acho que falhou no gol do Botafogo, mas fez outras grandes defesas, especialmente no primeiro tempo.
Jonathan - SEM CONCEITO: Ameaçou fazer um bom jogo pelos primeiros lances, mas sentiu novamente uma lesão muscular e deve ser desfalque por mais algumas semanas. Uma pena.
(Pará) - BOM: Entrou bem, marcando direitinho. No ataque fez alguns lances grotescos, mas também participou da jogada do segundo gol.
Edu Dracena - BOM: Neste sábado foi discreto, não muito exigido. Ou seja, aliviou nas pancadas.
Durval - BOM: Sempre eficiente demais nas antecipações.
Léo - BOM: Ao contrário do último jogo, quando se lançou ao ataque o tempo inteiro, diante do Bota ele ficou mais na defesa, até me pareceu se poupar mesmo. Está jogando duas vezes por semana, sempre 90 minutos. E não é mais nenhuma criança.
Adriano - ÓTIMO: Teve alguns jogos ruins depois da derrota para o Corinthians, mas voltou a atuar bem. Não perdeu uma dividida.
Danilo - BOM: Descobriu uma nova vocação! O negócio é jogar de segundo volante, mas sair ao ataque apenas quando for muito necessário. Está indo bem nessa - mas merecia ter sido expulso.
(Rodrigo Possebon) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Elano - BOM: No geral, foi bem. Deixou sua marca mais uma vez... Mas anda devendo futebol nos últimos jogos.
Diogo - PÉSSIMO: Errou tudo o que tentou no jogo e era hostilizado sempre que tocava na bola (a corneta na Vila não é fácil). Ainda bem que foi substituído no intervalo, senão sairia de campo com vaias homéricas.
(Paulo Henrique Ganso) - ÓTIMO: Depois do texto acima eu não preciso explicar mais nada. Ele é gênio. Sem mais.
Neymar - REGULAR: Hoje esteve bem apagado. Mesmo assim teve umas três chances claras de deixar sua marca e desperdiçou.
Zé Eduardo - BOM: Melhorou muito no segundo tempo, quando ficou menos preso entre os beques do Bota.
Tec: Marcelo Martelotte - BOM: Escalou bem o time e mexeu na hora certa. Está muito bem, obrigado. Agora vem seu grande desafio, no Chile, pela Libertadores. Basta manter o que vem fazendo para buscar uma vitória diante do Colo Colo.


Foto: Agência Lance

Redator: Ricardo Pilat
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sábado, 12 de março de 2011

Camarote Térreo > Ganso voltou

Neste sábado, o torcedor santista poderá reviver a alegria de ver lado a lado seus principais ídolos da atualidade. Neymar, que vinha segurando a bronca sozinho há mais de seis meses, terá a companhia do seu parceiro Paulo Henrique Ganso, voltando após grave lesão no joelho esquerdo. E que time no Brasil tem o privilégio de contar com uma dupla dessas?

No jogo diante do Botafogo-SP, na Vila Belmiro, Ganso deve começar no banco de reservas, mas a expectativa é que ele já entre na partida no intervalo e pelo que vimos no jogo treino do meio de semana (em que o camisa 10 fez 2 gols e deu 3 assistências) ele tem condições plenas de atuar 45 minutos.

Marcelo Martlotte, acertadamente, irá repetir a equipe que derrotou a Portugues apor 3 a 0 no meio de semana, com Diogo, Zé Love e Neymar na frente. Com a entrada de Paulo Henrique, é bem provável que sobre para Diogo, que ainda não agradou. E assim o esquema não muda muito, pois o ex-lusitano vinha compondo o meio-campo, chegando de trás.

Dependendo da situação do jogo, Martelotte pode ser mais ousado e tirar um dos volantes (Diogo ou Adriano), recuando Elano e mantendo um trio ofensivo. Opções não faltam para Paulo Henrique Ganso voltar e brilhar.

Seja bem-vindo, novamente, Ganso. O futebol estava com saudades.

Martelotte deve ficar

Uma situação que ainda incomoda é a questão do treinador. Adilson batista foi demitido e Marcelo Martelotte ficou interinamente no comando técnico. Porém, é nítida a evolução do time nos últimos 3 jogos. Martelotte fez apenas o simples, não inventou, não atrapalhou. E ele conhece o grupo melhor do que ninguém. O resultado está surgindo.

Ao que tudo indica, o interino pode ser alçado a técnico principal a qualquer momento. Vai depender, é claro, dos resultados da equipe na Libertadores. Mas como não existem opções no mercado, as chances de Martelotte são enormes.

Foto: GE.com

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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
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quinta-feira, 10 de março de 2011

Comentário da Redação > Timão joga mal e perde a invencibilidade

Sem impor a velocidade e a pressão que vinha fazendo nos últimos jogos em casa, o Corinthians não conseguiu superar a boa marcação do adversário e, em um lance isolado, o ex-corintiano Everton Santos quebrou a invencibilidade do ainda líder do Campeonato Paulista. Um grande feito da Ponte Preta, se lembrarmos que a equipe do Parque São Jorge perdeu apenas dois jogos no Pacaembu em 2010.

Além dos méritos da Macaca, os donos da casa não estiveram em uma grande noite. Individualmente, poucos se salvaram. Morais foi um deles. O meia pode até ter errado alguns passes, mas não foi acomodado em nenhum momento, buscou a bola, foi para cima, arriscou boas jogadas... enfim, foi o mais perigoso no primeiro tempo. Não entendi porque o Tite o tirou no segundo tempo.

Quem deixou a desejar e poderia ter saído é o Bruno César. Eu estava na expectativa de que ele voltasse a render ao lado de outro meia e desse mais qualidade técnica ao time que o Jorge Henrique. Não foi o que aconteceu. No máximo uma virada de bola e um passe mais refinado que o companheiro, o que é muito pouco. Me irrito com o Jorge as vezes, mas a sua aplicação tática, as puxadas rápidas de contra-ataque e o ritmo intenso que ele impoe vinham sendo importantes, e obviamente, são muito mais úteis que o futebol apagado que o Bruno mostra neste ano.

Quem também não teve uma noite feliz foi o goleiro Júlio César, que tomou um gol totalmente defensável em um dos pouquíssimos chutes que a Ponte deu. Aliás, hoje era mesmo o dia de o Timão perder a invencibilidade, pois no último lance uma cabeçada de Dentinho explodiu no travessão. O Corinthians não fez boa partida, criou poucas oportunidades, mas hoje parecia ser um daqueles jogos em que nada conspira a favor da equipe...

Conceitos

Julio Cesar - PÉSSIMO: Não tinha feito nenhuma defesa, até falhar no gol...
Alessandro - PÉSSIMO: Estava em uma péssima noite. Além de também ter sua parcela de culpa no gol, falhando na marcação em Everton Santos, quase marcou um gol contra - mandou no travessão de forma bizarra.
(Willian) - BOM: Brigou na frente, buscou tabelas, sofreu faltas... correspondeu sempre que entrou durante os jogos.
Wallace - REGULAR: Não comprometeu.
Leandro Castán - BOM: Disparado o melhor da linha de quatro defensores. Seguro e firme nos desarmes, foi bem com a bola nos pés também.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Muito fraco, burocrático e omisso, além de se posicionar mal. Não fez uma boa ultrapassagem, tabela...
(Luís Ramírez) - REGULAR: Cometeu dois notáveis erros (tomou um cartão após cometer falta boba e errou passe ridículo), mas entrou bem, com personalidade.
Ralf - REGULAR: Não foi muito exigido na marcação.
Paulinho - REGULAR: Atuação discreta, fez o arroz com feijão só.
Morais - BOM: Foi o principal jogador do Corinthians no primeiro tempo, e não é coincidência que o time tenha ido melhor com ele em campo. Não deveria ter saído.
(Edno) - PÉSSIMO: Cometeu erros bizarros e tomou vaias da torcida. Coisa que eu não concordo. Pegar no pé do jogador durante a partida só atrapalha, é jogar contra o próprio time. Surpreendente essa atitude, aliás, a torcida corintiana não costuma fazer isso.
Bruno César - PÉSSIMO: Totalmente inócuo. Eu não o achava um armador nato mesmo na grande fase no ano passado, mas é incrível como seu futebol caiu nesta temporada.
Dentinho - PÉSSIMO: Outro inócuo. Perdeu dois gols fáceis.
Liedson - REGULAR: Se movimentou, buscou bola, foi raçudo. Cometeu alguns erros de passe.
Téc: Tite - REGULAR: Não deu para entender porque tirou o Morais. De resto, mexeu corretamente.


Redator: Pedro Silas
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quarta-feira, 9 de março de 2011

Gringolaço > Milan fora da Champions e surpreendente Tottenham avança

Um empate em 0 a 0 diante do Milan garantiu ao Tottenham uma vaga nas quartas de final da Uefa Champions League. Na ida, em Milão, os ingleses venceram por 1 a 0. Hoje, em Londres, apenas trataram de se defender. E o time italiano pouco fez para representar um real incômodo ao time da casa.

O Milan até arriscou uma formação mais ousada, com Pato, Ibra e Robinho no ataque. Seedorf também apareceu no time, dando qualidade ao meio-campo. Porém, o holandês jogou muito recuado e não foi o meia de ligação que a equipe precisava.

Coube a Robinho fazer essa função. O camisa 70 correu bastante, mas acho que faltou qualidade a ele para definir a partida, já que a bola passou muito pelos pés do ex-santista - ele teve pelo menos duas chances claras de gol para vencer o goleiro Gomes e não o fez.

Alexandre Pato e Ibrahimovic não estavam em grande jornada. O brasileiro participou bastante do jogo, mas errou quase tudo que tentou. E o sueco passou mais tempo reclamando dos companheiros e da arbitragem do que jogando. No fim das contas, o Milan não criou oportunidades o bastante para reinvindicar nem uma vitória simples que levaria o jogo para os pênaltis.

Muita gente já associa esse resultado e a eliminação da Roma a uma decência do futebol italiano. Não sei dizer isso com certeza, mas que o Milan vem decepcionando há algumas temporadas é fato. Tá na hora do clube rossonero se renovar.

E o Tottenham, surpreendente, também merece todos os louros. Mesmo sem Bale quase o jogo inteiro (entrou no segundo tempo, ainda se recuperando de lesão), os Spurs cumpriram bem a proposta e conseguiram segurar o resultado conquistado em Milão. Campanha brilhante da equipe do técnico Harry Redknapp. E dependendo do cruzamento das quartas, acredito que o time de Londres belisque até uma SF.

Já são 3 zebras

Tottenham, Shakhtar Donnetsk e hoje o Schalke 04 (que eliminou o Valencia com um 3 a 1). Já são 3 zebras nas quartas de final da UCL 2010/2011. Ninguém apostaria em qualquer uma dessas equipes entre as oito melhores do torneio europeu antes da fase de grupos. E como o cruzamento dá privilégios a ninguém, é possível que esses times menores se enfrentem e tenhamos pelo menos mais uma surpresa na semifinal.



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terça-feira, 8 de março de 2011

Gringolaço > Barça massacrou o Arsenal; 3 a 1 foi pouco

Se alguém tinha dúvida de que o Barcelona é realmente o melhor time de futebol do planeta, acho impossível que ela não tenha sido sanada após a vitória da equipe espanhola sobre o Arsenal por 3 a 1, nesta terça-feira, no Camp Nou. Foi mais um daqueles massacres de Xavi, Iniesta, Messi e cia.

O placar de 3 a 1 foi pequeno diante das chances que os donos da casa criaram. Incrível a facilidade que eles têm de rodar a bola com perfeição e, com paciência e muita técnica, chegar na cara do gol inúmeras vezes. A expressão "futebol arte" é perfeita para definir o que joga esse baita time.

A paciência, aliás, que já é de prache no time de Pep Guardiola, foi muito importante. Antes de Messi marcar mais um belíssimo gol e abrir o placar, no fim do primeiro tempo, o jogo estava um pouco truncado, os visitantes estavam bem posicionados, ligados, sem dar espaço. Mas é quase impossível resistir à movimentação, calma, técnica e visão de jogo dos espanhois o tempo inteiro recuado, como fizeram os Gunners.

O volume de jogo do Barça é tão grande, que fica a impressão que faltou a equipe mais qualidade na hora de definir as jogadas. E realmente, pra mim os espanhois pecaram um pouco na finalização, ou até mesmo no último passe. Daniel Alves, por exemplo, chegou pelo menos duas vezes na área e deixou a desejar na hora de definir a jogada. Na última, errou o passe que iria para Messi - livre, na entrada pequena área, e com o gol aberto - definir de vez a vitória.

Depois desse lance, por muito pouco os Gunners, que estavam com um a menos, não surpreenderam e marcaram o gol, que seria o da classificação - após falha de Adriano, Bendtner recebeu de frente para Valdés, mas falhou na conclusão. Seria uma injustiça imensa. O Arsenal simplesmente achou o seu gol no início do segundo tempo.

Mais sobre o grande jogo no Camp Nou...

§ Árbitro exagerou na expulsão, e eu não daria pênalti
Na minha visão, foi desnecessário o segundo cartão para o Van Persie. Faltou sensibilidade ao árbitro para entender que jogador holandês já vinha com o objetivo de chutar, e na tensão do jogo, é uma atitude compreensível. Não precisava do amarelo. Assim como eu também não teria dado pênalti em cima do Pedro. Achei mais pênalti no lance do primeiro tempo em que o Messi foi derrubado na entrada da área. Mas, como já deve ter ficado claro, independente dos supostos erros, a classificação da equipe espanhola foi merecidíssima.

§ Pra que zaga titular?
Demonstrando não ter um elenco à altura do time titular, o Barcelona teve que improvisar o volante Busquets e o lateral-esquerdo Abidal para formar o miolo zaga, já que os titulares Puyol (contundido) e Piqué (suspenso) não puderam atuar. A ótima dupla titular não fez a menor falta hoje na marcação. Os improvisados foram muito pouco exigidos.

§ Wenger tentou armar um esquema a lá Mourinho?
Se a zaga catalã pouco foi exigida, além dos méritos do próprio time espanhol, que se beneficiou de sua habitual posse de bola, ela deve também a postura do Arsenal. Jogou como time pequeno, muito retrancado, talvez inseguro devido fama de "amarelão". Se Arsène Wenger tentou repetir o que Mourinho fez pela Inter na final da última edição do torneio, ele errou muito. Além das características das equipes sugerirem algo totalmente diferente, a vantagem dos italianos era maior e, portanto, mais apta a ser administrada.

§ Que personalidade do Wilshere!
Com apenas 19 anos, o volante (na foto, marcando o Iniesta), que já havia jogado muita bola no primeiro duelo, no Emirates Stadium, foi o melhor do Arsenal na linha (Almunia, que entrou durante o jogo após contusão de Sczeszny, foi superior). Mostrou uma personalidade enorme o garoto, que é tido como um grande futuro nome para a Seleção Inglesa e o próprio clube de Londres. Tem justificado muito a fama.

§ Villa deixou a desejar. Xavi, Iniesta e Messi, em compensação...
A atuação de David Villa explica um pouco a análise que eu fiz de que faltou mais eficiência ao Barça nas finalizações. O atacante espanhol foi bem na movimentação, colaborou para o time, mas não fez uma boa partida tecnicamente e deixou a desejar nas conclusões das jogadas. O trio Xavi, Iniesta e Messi, em contrapartida, foi bem demais. Os dois espanhois, cérebros da equipe, esbanjaram técnica, e o argentino mostrou sua genialidade mais uma vez, marcando um golaço e sendo decisivo. Jogam muito!

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Esquadrão de Ouro > Mano foi ótimo na convocação para amistoso com a Escócia

Vindo de derrotas para dois rivais (Argentina e França, respectivamente), a Seleção Brasileira carrega agora a obrigação de ter uma vitória com atuação convincente no seu próximo desafio. E ele já tem adversário, data e local definidos: contra a Escócia, no dia 27 de março, no Emirates Stadium, em Londres. Nesta quarta-feira, Mano Menezes divulgou a lista de convocados para o confronto, e eu achei ótima.

O lateral-direito Maicon, o zagueiro Lúcio, e o meia Elano são as principais novidades. Absolutamente justo a volta dos três. O primeiro, aliás, seria meu titular da lateral, acho superior ao Daniel Alves para a posição (o jogador do Barça é, como jogador, mais completo, mas o Maicon me agrada mais como lateral).

A volta do capitão brasileiro na última Copa também é interessante, acho que ele merece, ainda tem vigor físico para seguir servindo à Seleção e sua experiência deve ser importantíssima para garotada. No entanto, cria-se um dilema. A dupla Thiago Silva e David Luiz tem ido muito bem, será que o Lúcio aceitaria ser reserva sem problemas? E Mano, o deixaria de fora sem constrangimento? Porque, na minha opinião, seria injusto colocar tanto o Thiago quanto o David no banco hoje.

Lucas, do São Paulo, Henrique, do Cruzeiro, e Jonas, ex-Grêmio, são outras novidades não só sob o comando do treinador gaúcho quanto da Seleção de um modo geral - o atacante do Valência já foi convocado, mas pouco atuou com a camisa canarinho. São três novidades que me agradaram muito.

O ex-gremista, inclusive, vai ocupar um lugar que eu queria que fosse mexido há tempos: o de Robinho. Não tenho dúvidas que temos opções que podem ser muito mais produtivas que o atacante (meia-atacante, ultimamente) do Milan vinha sendo. Já faz algum tempo que ele é, no máximo, razoável tanto no seu clube quanto ao serviços do Brasil. Tem jogado mais na Itália, mas não me agrada mesmo, é fraco.

Pena que Mano só pensa em dar um descanso para o ex-santista, como deixou claro na coletiva. Espero que mude de ideia. Olhem esse quarteto de atacantes: Neymar, Nilmar, Pato e Jonas. Pensando no futebol desses jogadores nos últimos anos, o Robinho consegue, atualmente, ser melhor que algum deles? Pra mim, não há dúvida: ele não consegue.

Até acho que o "Rei das Pedaladas" tem condições de estar na lista dos 23 em convocações futuras, até como meia (tanto pelos lados como pelo meio, como tem jogado no Milan), pois como eu disse, ele tem evoluído, jogado melhor no seu clube. Mas não tem tido mesmo futebol para ser titular incontestável e ainda ostentar a faixa de capitão.


Abaixo, como de costume, o time que eu considero ideal para o amistoso:

Júlio César; Maicon*,  Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Lucas, Ramires, Lucas, Elano e Neymar; Pato.

* Apesar da minha preferência pelo Maicon, o mais coerente - pensando com a cabeça do Mano - seria manter o Daniel Alves, já que ele não vinha mal.

- Eu pensei em um trio com Neymar, Pato e Nilmar de titulares, que seria interessante, mas optei pelo Lucas para dar um equilíbrio ali do meio para frente. Nilmar seria, obviamente, presença certa durante o jogo.

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quinta-feira, 3 de março de 2011

Comentário da Redação > Santos aplicado e nervoso cede empate ao Cerro

Sem Adilson Batista e com Marcelo Martelotte no comando técnico, o Santos foi bem diferente dos últimos jogos apesar de ter conquistado um resultado que esta virando rotina: empate. Empate com sabor de derrota, diga-se de passagem, já que o Cerro Porteño chegou à igualdade no despertar da coruja, como diziam os antigos.

O resultado foi uma pena, porque o Peixe foi muito aplicado no jogo de ontem. Mesmo que não jogou bem mostrou raça e vontade e o time de Martelotte mostrou ter muita mais qualidade que o rival (o que é óbvio). Porém, o Santos perdeu (ou empatou) para o nervosismo no duelo pelo Grupo 5 da Libertadores nesta quarta-feira.

No primeiro tempo a coisa estava ainda pior, pois em dados momentos o Cerro chegou a ser melhor e criou chances de real perigo ao gol de Rafael. O Santos chegou algumas vezes também assustando os paraguaios. Mas o nervosismo era evidente. Zé Eduardo teve uma bola rolada com açúcar na pequena área e furou feio. Neymar era marcado de perto por 2 ou 3 adversários.

A pressão era mesmo grande no Caldeirão apesar de apenas pouco mais de 6 mil santistas estarem presentes na Vila - e espero que a diretoria tenha aprendido que jogo nenhum de primeira fase de Libertadores vale R$ 100.

Na etapa final, logo aos 10 minutos veio o alívio para a torcida e principalmente para os jogadores. Zé Eduardo foi derrubado pelo goleiro Barreto na área e o pênalti foi marcado. Elano cobrou bem e abriu o placar.

A partir daí o jogo santista fluiu mais, só que a equipe ainda falhava nas conclusões. Neymar, Léo e Jonathan (que fez o impossível) perderam gols feitos e o Santos não conseguiu definir a vitória. O Cerro quase não assustava, parecia até saber que o empate viria.

E veio, no último minuto de jogo. No abafa, Bareiro recebeu a bola dentro da área e foi infantilmente derrubado por Edu Dracena. Pênalti bem marcado e bola na rede.

A situação do grupo já é crítica para o Santos, pois a equipe perdeu pontos para o adversário mais fraco do grupo fora de casa e no primeiro jogo na Vila. Na teoria, o Peixe precisa de mais 9 dos 12 pontos em disputa no Grupo 5 para chegar à segunda fase. Mas antes de qualquer coisa, o time precisa voltar a jogar aquele futebol alegre que a torcida se acostumou a ver.

Conceitos

Rafael - BOM: Fez boas defesas em chutes de longa distância. Lembrando que choveu durante os 90 minutos de partida.
Jonathan - REGULAR: Está bem fora de forma. Teve a chance de matar o jogo nos pés, mas furou de forma bisonha.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Fazia uma partida razoável, mas o pênalti bobo que fez no último lance do jogo complicou a atuação do capitão. E o problema é que não é a primeira vez que ele faz isso.
Durval - BOM: Muito bem no combate e nos desarmes.
Léo - ÓTIMO: Um dos melhores em campo. Impressionante o vigor físico do camisa 3 em 2011.
Danilo - ÓTIMO: Incrivelmente, foi o melhor em campo. Parece que nasceu para ser volante de marcação. Não deu boi para os meias paraguaios.
Rodrigo Possebon - BOM: Apesar de errar muitos passes, foi bem na marcação. A dupla de volantes santistas não deu moleza para o Iturbe (o tal do novo Messi).
(Adriano) - BOM: Entrou firme na marcação. Dessa vez não fez nenhuma bobagem.
Elano - REGULAR: Teve claramente mais vontade do que nas partidas anteriores, mas também não jogou bem. Pelo menos está mandando bem nas penalidades.
Diogo - REGULAR: Errou quase tudo que tentou e deixou a torcida do Santos irritada. Valeu pela raça e pelo passe no pênalti sofrido por Zé Love.
(Alex Sandro) - REGULAR: Entrou muito afoito. É bom de bola, mas estabanado.
Zé Eduardo - REGULAR: Outro que esteve mal. Tentou cavar uns 12 pênaltis. Pelo menos o juiz marcou o único que foi.
(Keirrison) - SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Neymar - BOM: Chamou o jogo e deu uma pequena mostra do que sabe fazer em lances individuais. Foi marcado de perto o jogo inteiro pelos beques paraguaios, mas ele terá de conviver com isso cada dia mais.
Tec: Marcelo Martelotte - BOM: Acho que fez as substituições acertadas de acordo com as opções do banco. Infelizmente ele não tinha o Maikon Leite (machucado), que seria uma boa opção.

Foto: Reuters

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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