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terça-feira, 31 de maio de 2011

Tri do Morumbi > Cérebro & Neurônio

Apesar de a rede ter balançado apenas no último badalo do sino, o tricolor do Morumbi fez uma boa apresentação diante dos catarinenses do Figueirense, sábado, no estádio Cícero Pompeu de Toledo.
Desde o início a equipe tocou bem a bola e até o fim teve a mesma dificuldade: entrar na área adversária.

Tanto no primeiro quanto no segundo tempo, os 11 tricolores tocavam a bola com tranquilidade até chegarem próximos à grande área dos alvi-negros, que totalmente recuados, faziam com que o equívoco desse as caras.

Diversos ataques foram desperdiçados devido à falta de criatividade dos homens de frente do São Paulo no primeiro tempo.

Depois do intervalo, Rivaldo, aparentemente reconciliado com o professor Pardal, entrou em campo e nitidamente deu mais qualidade ao ataque. Ele é um jogador que carrega consigo algo raro: cérebro. Ele não apenas joga o jogo, ele pensa o jogo e ele faz o jogo ser o que ele pensa.

Mesmo beirando os 40, Rivaldo é o melhor jogador do time. Melhor mesmo que a revelação Lucas, que, evidentemente, é excelente também.

Aliás, não fossem pelos dois, os torcedores que enfrentaram o frio sábado no congelante Morumbi iriam embora mais frustrados do que o fato de ter que sentar em um banco sujo e maltratado, comprar uma esfiha por cinco reais e um refrigerante sem gás e sem graça, por quatro.

Há quem diga inclusive, que depois do sucesso da dupla Pinky e Cérebro, a sensação é Neurônio e Cérebro. Atendem também pelos nomes de Lucas e Rivaldo.

No desenho dos ratinhos, Cérebro tinha o desejo – nunca conquistado – de dominar o mundo, enquanto que Pinky, seu fiel escudeiro, menos maldoso, pouco ajudava, pois era acima de tudo, atrapalhado e inocente.
Já o Cérebro do São Paulo já dominou o mundo. Hoje ele ajuda o Neurônio, que de inocente e atrapalhado não tem nada – já destruiu um tal Uruguai em uma final de campeonato -, a chegar lá também.

Com persistência, o Neurônio tricolor deixou o dele no cantinho da rede de Wilson.

E com dois jogadores, conquistamos a segunda vitória e o segundo lugar na classificação.

Segundo as boas línguas: começamos bem!

Foto: Terra

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* A coluna Tri do Morumbi analisa os destaques do único clube brasileiro tricampeão do mundo.

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Comentário da Redação > Nas mãos de São Marcos, Palmeiras empata com o Cruzeiro

No duelo dos Palestras Itálias, o Cruzeiro era apontado como favorito. Além de no papel, ter uma equipe superior, a equipe palmeirense contava com importantes desfalques como Lincoln e Valdivia machucados, além de W. Paulista que não podia jogar por uma cláusula no contrato.

Mesmo com uma equipe inferior ao time do Cruzeiro, o Palmeiras conseguiu terminar com a partida empatada. Mas o primeiro tempo a equipe de Palestra Itália de São Paulo começou levando alguns sustos. Em um chute de longa distância, quase os cruzeirenses abrem o marcador.

Alguns minutos depois, foi a hora de mostrar o porque São Marcos não pode ficar na reserva. Em um chute a queima roupa de Gilberto, o goleiro pentacampeão foi buscar a bola no ângulo, evitando que o Palmeiras tomasse o primeiro gol.

Mesmo com mais volume de jogo, Kleber ficava isolado na frente, não conseguindo criar grandes oportunidades para o Verdão.

O segundo tempo seguiu a mesma tônica, e logo no começo, o atacante do Cruzeiro perde um gol sem goleiro. A equipe de Minas seguiu em cima, e após inúmeros milagres, Marcos conseguiu segurar o 0 a 0 no placar.

E em um rápido contra-ataque, Marcos Assunção lançou Luan, que de primeira abriu o marcador para o Palmeiras, um golaço.

O Verdão teve a chance de matar o jogo, mas após uma cobrança de escanteio, o Cruzeiro empatou.

Até o fim, o jogo ficou truncado, e sem grandes oportunidades para ambos os lados.

Ficou explícito nessa partida que o Cruzeiro não é a equipe candidata ao título que todos imaginavam, e após duas partidas, soma apenas um ponto. Já ao Palmeiras, resta a esperança de que a regularidade da equipe, somada às possíveis contratações e a volta dos jogadores machucados, possibilitem que o Verdão alcance voos maiores.

Conceitos
Marcos – ÓTIMO: Fez no mínimo três defesas difíceis, salvando a equipe de uma derrota
Cicinho – REGULAR: Estava voltando de contusão, ainda está sem ritmo
Thiago Heleno – ÓTIMO: Sempre consistente e jogando com firmeza.
Danilo - BOM: Manteve o nível.
Gabriel Silva – REGULAR: Errou muito na marcação.
Marcos Assunção – BOM: Deu bons passes e um deles resultou no gol do Palmeiras.
Marcio Araujo – REGULAR: Discreto, não mudou muito na partida
Tinga – PÉSSIMO: Para variar, errou tudo que tentou
(Chico) – SEM CONCEITO: Não teve tempo de apresentar seu futebol
Patrick – REGULAR: Deu alguns bons passes, mas não conseguiu segurar a bola no meio campo.
Luan – BOM: Errou passes e dribles, mas ganhou moral ao fazer o gol.
(Adriano) – SEM CONCEITO: Jogou pouco tempo.
Kleber – BOM: Jogou sozinho no ataque, não pode fazer muito mais.
(Dinei) – SEM CONCEITO: Entrou no final.
Tec. Felipão - REGULAR: Insiste em manter Tinga no time e demorou para alterar a equipe após o intervalo.

Foto:
Vipcomm


Redator: Rogério de Sá
alviroger@hotmail.com

domingo, 29 de maio de 2011

Comentário da Redação > Corinthians supera erros de Tite e vence os reservas do Coxa

Na estreia da desnecessária camisa grená, o Corinthians sofreu para vencer os reservas do Coritiba em Araraquara (2 a 1). Uma vitória que poderia ter sido muito mais tranquila mesmo sem uma grande atuação dos mandantes. Com uma escalação que eu enxergo como a mais correta no momento (um 4-4-2 tradicional com dois meias de ofício, Danilo e Morais, e Willian ao lado do Liedson no ataque), o Timão começou bem e não demorou para marcar. Logo aos 4 minutos, Paulinho fez boa jogada e abriu o placar.

Depois do gol, o Alvinegro seguiu dedicado e em cima do adversário. O volante, autor do gol, seguiu chegando muito bem à frente e sofreu um pênalti claríssimo não marcado pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Aliás, o jogador já havia sofrido outra falta explícita, praticamente em cima da linha - alguns acham que foi pênalti, mas vejo como fora da área - e o juiz nada marcou também.

Mesmo sem jogar um grande futebol, o Alvinegro poderia ter ido para o intervalo com um 2 a 0, que daria uma tranquilidade maior. Porém, acho que nem um placar maior deixaria o torcedor corintiano sossegado dadas as circunstâncias da etapa final. O técnico Tite conseguiu me fazer esquecer qualquer escalação bem feita com os erros cometidos depois.

Para começar, a equipe já voltou para a etapa complementar com a postura que simboliza a covardia do seu treinador. Estava claramente acomodada com a vitória magra, coisa que já começava a acontecer no fim do primeiro tempo. Mas Tite conseguiu deixar a coisa muito, muito pior. Primeiro, após Alessandro sentir uma contusão, adivinha quem o substituiu? O glorioso Moradei. Agora eu pergunto: para que contratar o tal do lateral-direito Weldinho e levar dois zagueiros (Wallace e Paulo André) mais o Moradei para o banco?

Depois a torcida corintiana do interior resolveu colaborar para deixar dramática uma partida que poderia ser simples. Pediu, gritou, implorou pela entrada de... Jorge Henrique. Eu fiquei muito assustado (e irritado) com essa manifestação. Será que a torcida parou no tempo? Esse rapaz tem sido uma lástima há meses. Só não me deixou mais pasmo que a própria mexida de Tite. Ele teve a proeza de tirar o jogador mais incisivo e perigoso do time, o Willian, que vinha tendo mais uma atuação muito boa, para colocar o jogador que os torcedores pediram.

Mas até os que fizeram o inexplicável pedido não pensaram duas vezes ao ver quem sairia e soltaram uma bela de uma vaia com gritos de "burro" ao comandante alvinegro. Coisa que ele merece desde que perdeu a Libertadores... não cansa de errar e quando acerta em uma coisa, compensa com novos erros, como foi hoje.

Não por acaso, o Coritiba conseguiu chegar ao empate aos 28 minutos. E o Tite ainda teve tempo para cometer mais um erro. Precisando encurralar o adversário para buscar o segundo gol, trocou Morais por Edno em vez de tirar logo um lateral e chegar com mais gente à frente. Sorte que, em um lance isolado, após bola alçada na área, Danilo fez o gol da vitória corintiana

Mas óbvio que, assim como na primeira rodada, diante do Grêmio, foi que não anima pelo futebol jogado. A bola na trave do Anderson Aquino, quase nos acréscimos, deixa isso claro. Eu já disse isso e repito: com Tite no banco é difícil acreditar em grande coisa. O que dá esperança é que mesmo com a ruindade do técnico e fragilidade do time, o Corinthians está entre os quatro que venceram os dois primeiros jogos e há expectativa de melhora com as chegadas de Emerson e Alex, dois ótimos reforços, e outros que podem ser contratados.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Não teve grande trabalho.
Alessandro - REGULAR: Figura completamente apagada nos pouco mais de 45 minutos que jogou.
(Moradei) - REGULAR: Não comprometeu e pouco participou do jogo também
Chicão - REGULAR: Deu alguns chutões desnecessários, mas esteve atento. Quase voltou a marcar gol de falta.
Leandro Castán - BOM: Trabalhou mais e melhor que o companheiro de zaga.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Dá uns passes sem sentido e direção e é todo atabalhoado. O Corinthians precisa de um lateral-esquerdo urgente, apenas raça não basta.
Ralf - BOM: Apesar de também ter dado alguns chutões desnecessários, trabalhou muito para a equipe, como de costume.
Paulinho - ÓTIMO: Foi decisivo e bem participativo. Sua chegada ao ataque foi uma arma muito boa.
Danilo - BOM: Fez boa partida, colaborando muito para o time, e foi o herói da vitória. Mesmo com um ou outro erro de passe, não vi motivos para a torcida pegar em seu pé como fez em alguns momentos.
Morais - REGULAR: Alternou lances ridículos com boas arrancadas. Oscila muito.
(Edno) - PÉSSIMO: Entrou mal demais. Só soube se jogar o tempo inteiro.
Willian - BOM: Objetivo e guerreiro, é o tipo de jogador que preocupa muito o adversário, pois se movimenta muito e vai sempre em direção ao gol. Foi o mais perigoso do meio para frente e jamais deveria ter saído.
(Jorge Henrique) - REGULAR: Fez o cruzamento para o gol do Danilo, mas não mostrou melhora. Continua errando passes bobos.
Liedson - BOM: Guerreiro também, já que não recebia bola com qualidade, voltou para busca-la e ajudar na marcação algumas vezes e o fez muito bem.
Téc: Tite - PÉSSIMO: O texto acima já deixa bem claro a justificativa. Só acrescento uma coisa: o que você faz durante a semana, Tite? Esse time não ganha padrão nunca! Não tenho a menor dúvida que essa mesma equipe na mão do Mano Menezes, por exemplo, estaria em uma condição MUITO melhor.

Foto: Agência Estado

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

sábado, 28 de maio de 2011

Comentário da Redação > Barcelona 3 x 1 Manchester United - Barça tetracampeão europeu

Visão catalã > O segundo maior time da História do futebol
 por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Tetracampeonato histórico do Barcelona. Confesso que tenho pouco para falar do jogo de hoje em que o Barcelona apenas ratificou a condição de melhor time do planeta na atualidade. Derrotar o poderoso Manchester United como se vencesse o Almería, no templo sagrado de Wembley, valendo título da Uefa Champions League, não foi nenhum surpresa. A facilidade até foi meio chocante, mas longe de ser surpresa.

O Manchester contribuiu para isso, pois acredito que Ferguson escalou e mexeu mal na equipe. Mas fica difícil dizer que ele poderia ter feito algo para mudar a sorte da partida. Diante de um time que tem Messi, Xavi e Iniesta. Dani Alves, Villa, Pedro, Busquets... entre outros grandes jogadores.

Time que chega a trocar quase mil passes por partida. Que finaliza com perigo mais de 10 vezes por jogo.

Time que, repito, tem Messi. Sim, aquele que aos 23 anos já ganhou quase tudo, que já é o terceiro maior artilheiro da história do Barcelona e que faz gols sempre em jogos decisivos - e ainda há quem ache o argentino pipoqueiro. Dá pra entender??? O que eu entendo é quem já o compara a Maradona.

Resumindo o jogo de hoje: uma aula de futebol. De futebol arte, artigo raro, mas muito abundante pelos lados da Cataluña. O Manchester apenas pôde assistir e tem de sair de Londres orgulhoso por ainda ter feito um gol.

Barcelona 2009-2011: três ligas espanholas, duas Champions League, um Mundial de Clubes e uma Copa do Mundo (jogando com a camisa da Espanha). O segundo maior time da história do futebol quando o assunto é clubes. E o Santos de Pelé não está muito longe de ser superado, me desculpem os mais saudosistas.

Conceitos

Valdes - BOM: Não precisou trabalhar muito. O Barcelona não deixa o adversário jogar.
Dani Alves - ÓTIMO: Criou grandes problemas para o Manchester. Como parar um lateral que ataca com a mesma qualidade de um meia ou atacante?
(Puyol) - SEM CONCEITO: Entrou no fim, mas merece nota por ter passado a faixa de capitão ao Abidal, que levantou a taça meses depois de se recuperar de um câncer.
Mascherano - BOM: Calou o mundo inteiro e provou que é bom também jogando como zagueiro.
Pique - BOM: Se o problema de Mascherano é altura, Pique compensou isso fácil, e com muita qualidade.
Abidal - BOM: Noventa minutos em campeão após tantos problemas que passou. Um guerreiro!
Busquets - BOM: O único volante de verdade do Barcelona também sabe jogar muita bola.
Iniesta - BOM: Nem precisou brilhar tanto para mostrar sua importância tática e técnica na conquista.
Xavi - ÓTIMO: Um dos craques do jogo. Cada passe que dá faz o verdadeiro apaixonado pelo futebol se deliciar. E são muitos passes. Diria que ele é um dos grandes responsáveis por operacionalizar o trabalho de divisões de base do Barcelona no time principal.
Villa - BOM: Não fez ainda tudo o que pode fazer, mas mostrou que é goleador. E de decisão. Golaço em Wembley!
(Keita) - SEM CONEITO: Jogou pouco.
Pedro - BOM: Pode não ser um craque como Messi, Xavi ou Iniesta, mas tem estrela de sobra. Sempre faz gols em jogos importantes.
(Affelay) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Messi - ÓTIMO: Esse é gênio, fora de qualquer discussão. Se alguém ainda tinha dúvidas da capacidade do argentino decidir um jogo, taí! Craque da final, da Champions e do mundo.
Tec: Pep Guardiola - ÓTIMO: Escalação ousada de um treinador que sabe que não precisa se preocupar com o adversário. Pelo contrário. Dez títulos em 3 anos. Nada mal.

Visão red devil > Manchester perdeu o jogo no meio-campo
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Neste sábado, dia 28 de maio de 2011, o Barcelona e o genial Messi marcaram história novamente. Com atuação fantástica, a equipe de Pep Guardiola (re)confirmou o que todos os amantes do futebol dizem há algum tempo: o Barça é, disparado, o melhor time do planeta.

Mesmo com a reconhecida condição de melhor equipe do mundo, muita gente acreditava que o Manchester United poderia parar os espanhóis. E não por acaso. Além de também ter uma grande equipe, a tradição e a camisa da equipe inglesa, que chegou na terceira final das últimas quatro edições da Champions League, dispensam quaisquer comentários. Ainda tinha o fato de jogar no seu país...

No entanto, quando a bola rolou, ficou muito claro que o Barça era mesmo bem superior. Tanto coletiva como individualmente. Na verdade, o começo de jogo foi mais do United, mas depois, quando Xavi, Iniesta e cia. colocaram a bola no chão, não restou dúvida de quem mandaria no jogo. A posse de bola dos catalães, para variar, foi de quase 70%.

Dito isso, é hora de analisar o outro lado da coisa... Até porque, todo mundo sabe que é muito difícil marcar e conseguir parar esse histórico time espanhol. Mas não há dúvidas de que os Red Devils não dificultaram em nada a vida do adversário. O espaço dado pelos meio-campistas centrais ingleses a Xavi, Iniesta e Messi foi uma coisa inexplicável. A marcação foi uma peneira, e a excelente dupla de zaga Ferdinand e Vidic ficou em situação complicada.

Se formos olhar as atuações individuais, não tinha como ser diferente. O "primeiro volante" (não é exatamente esse o termo, já que o time joga numa linha de quatro) Carrick não conseguiu marcar ninguém; o veterano Ryan Giggs, sem pique, muito menos; Valência, pela direita, fez uma partida terrível; o sul-coreano Park não fica muito atrás... só correu.

Mesmo acontecendo isso desde o primeiro tempo, o Manchester conseguiu ir para o intervalo com um empate (1 a 1), após belo gol de Rooney - irregular, diga-se de passagem. Esperava-se, então, que o técnico Alex Ferguson tentaria acertar a marcação com a entrada de Fletcher ou até Anderson. Mas não aconteceu, e o sistema defensivo inglês voltou pior ainda. E nem mesmo durante a etapa final houve mudanças para corrigir a marcação. Assim, o duelo não poderia ter tido outro final.

Em suma, ainda que Ferguson tivesse enxergado bem o jogo e mexido corretamente no momento certo, o Barcelona tinha tudo para conquistar a taça do mesmo jeito por ser melhor. Mas não dá para ignorar a omissão do treinador escocês e os erros de sua equipe.

Conceitos

Van der Sar - REGULAR: Não acho que o camisa 1 falhou no gol do Messi. Mas, digamos que se ele estivesse em uma de suas melhores noites, poderia ter pegado o chute do argentino.
Fabio - REGULAR: Figura apagada. E não foi muito exigido na defesa, já que o Barça ataca mais pelo outro lado.
(Nani) - REGULAR: Não fez nada demais, mas o suficiente para mostrar que poderia ter feito muito mais que o Valência.
Vidic - BOM: Até dá para dizer que o camisa 15 poderia ter ido melhor no lance do gol do Pedro, porém, não vejo como falha. De resto, foi seguro e firme. É um dos melhores zagueiros do mundo.
Ferdinand - REGULAR: Não estava tão confiante quanto seu companheiro, mas não comprometeu.
Evra - PÉSSIMO: Não conseguiu encontrar o Daniel Alves e não deu trabalho ao lateral brasileiro.
Carrick - PÉSSIMO: Marcou mal e deixou a desejar na saída de bola também.
(Scholes) - SEM CONCEITO: Jogou pouco mais de dez minutos, quando o resultado já estava muito encaminhado. Não dá para analisar.
Giggs - PÉSSIMO: Nem a assistência salva a atuação de Giggs. Jogou na posição errada, e se arrastou em campo.
Park - PÉSSIMO: Só correu. Estava de mal com a bola.
Valencia - PÉSSIMO: Uma catástrofe. Só soube fazer faltas (infantis, por sinal).
Rooney - BOM: Muito guerreiro, teve que se redobrar para criar jogadas e aparecer para defini-las. Fez um belo gol.
Chicharito - REGULAR: Quando a bola chegou, fez o básico. Não recebeu nenhuma em condição de finalizar.
Téc: Alex Ferguson - PÉSSIMO: Escalou o time errado, na minha opinião. Faltou mais proteção à zaga; Nani e Anderson são mais jogadores que Valencia e Park, e mesmo que não fossem titulares, deveriam ter entrado no intervalo, pelo menos; e Giggs não deveria ter jogado na posição que jogou hoje... o adversário exigia um jogador com gás na função. Além disso, demorou demais para mexer no time e não foi feliz quando o fez.

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Direto da Redação
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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Comentário da Redação > Mais uma vitória por 1 a 0, mais uma vitória com a cara de Muricy

Mais um mata-mata de Libertadores e mais uma vez o Santos abre a série vencendo por 1 a 0. Dessa vez, no Pacaembu, diante do Cerro Porteño. Lógico que o torcedor santista, mal acostumado com o time do ano passado que fazia 3 gols por jogo, não se sente totalmente confortável com esses resultados magros, porém,é preciso contextualizar o momento da equipe.

Muricy definitavmente deu cara à equipe. E não preciso recuar o time com mudançar táticas para isso. Corrigiu apenas posicionamento e assim vem conseguindo vitórias por levar poucos gols. Ontem, apesar do Cerro ter feito uma boa partida, inclusive tocando bem a bola no ataque, o Santos não foi incomodado em nenhum momento. Rafael fez apenas uma defesa difícil.

Enquanto isso, o Santos produzia pouco no ataque, mas o bastante para fazer 1 a 0 e quase 2,não fosse a falta de competência de Zé Eduardo, Maikon Leite e Alan Patrick - este último perdeu um gol incrível no último lance da partida.

Levando em consideração que o time vem se portando assim em todos os jogos, tudo leva a crer que o Santos deve conseguir a vaga no Paraguai. Afinal, basta não levar gols para chegar à final da Libertadores e isso o time do Muricy está fazendo bem.

Conceitos


Rafael - BOM: Foi pouco exigido, mas ganha o conceito só pela grande defesa que fez ao final do primeiro tempo.
Pará - REGULAR: Dedicação incrível, mas muitas falhas na marcação.
Edu Dracena - BOM: Melhorou 100% depois da chegada do Muricy. Não fica mais exposto durante 90 minutos. E continua fazendo gols decisivos.
Durval - BOM: Desarmava todas as investidas de perigosas do Cerro.
Léo - BOM: Está numa fase fantástica. Defensivamente é um dos melhores jogadores da Libertadores.
(Alex Sandro) - BOM: Finalmente entrou bem numa partida.
Adriano - REGULAR: Levou um baile do Fabbro. Precisa ir pra bola com mais decisão, pronto pra dar o bote.
Arouca - BOM: Quando o time joga com 3 volantes eu acho que ele fica meio perdido. Mesmo assim, marca bem demais e aparece com algum perigo no ataque.
Danilo - BOM: Participou bastante da marcação e isso me agrada. Um dos poucos que tentava chutar ao gol.
Elano - REGULAR: De tão apagado que foi, nem "péssimo" eu consigo oferecer a ele.
(Alan Patrick) - SEM CONCEITO: Merecia até um PÉSSIMO pelo gol que perdeu no último minuto, mas jogou muito pouco.
Neymar - BOM: Foi muito bem marcado pelo Cerro Porteño, mas mostrou genialidade e ainda conseguiu criar todos os lances de perigo do Santos, inclusive o do gol de Edu Dracena.
Zé Eduardo - Nunca achei o Zé um cara fora de série, mas ele mostrou valor durante esse período no Peixe. Por isso, é inacreditável o que eles está jogando. Ou melhor, o que ele não está jogando. Mais uma atuação medonha, horrível, grotesca!
(Maikon Leite) - REGULAR: Demorou pra entrar no jogo, mas continuou desperdiçando chances, tal qual o Zé Eduardo.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Apesar de ter demorado para fazer substituições, fez as corretas. E continua posicionando muito bem a equipe, o que me parece essencial para um time que quer ganhar a Libertadores. Basta manter esse estilo no jogo de volta e levar o Santos à quarta final no torneio continental.

Foto: Terra

Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Comentário da Redação > Mesmo filme. Outro roteiro.

Ontem, no Rio de Janeiro, começou a caminhada do Tricolor paulista no Campeonato Brasileiro de 2011.
O cenário, aliás, foi parecido com o que ocorreu nas últimas rodadas do ano passado.

Para refrescar a memória dos que por ventura se esqueceram – se é que quem gosta e acompanha futebol conseguiu esquecer isso -, o Fluminense visitou o São Paulo na Arena Barueri, pois o Morumbi estava alugado para os shows do Paul McCartney, e na época disputava o título com o Corinthians, o maior rival do Mais Querido.

Considerando-se 2009, quando o mesmo Corinthians tirou o pé em um jogo contra o Flamengo, para beneficiar os cariocas e atrapalhar São Paulo e Palmeiras que disputavam o caneco na época, Rogério Ceni e companhia não fizeram questão nenhuma de se esforçar, e acabaram perdendo por 3x1.

Eram praticamente os mesmos jogadores que estavam em campo naquele final de semana de 2010, os que ontem protagonizaram a estreia de ambos, no mais difícil campeonato nacional do mundo.

Igual também era o motivo do jogo não ser no Engenhão, estádio onde Flamengo e Fluminense estão mandando seus jogos em casa, enquanto o Maracanã passa por reformas para a Copa de 2014: um show de Paul McCartney.

Devidamente postados no gramado de São Januário, Fluminense e São Paulo fizeram um jogo morno até o final do primeiro tempo, quando Dagoberto, após receber belo passe de Casemiro, encheu o pé e abriu a contagem. Gol bastante significativo para o time, que passa por uma crise desde que foi eliminado da Copa do Brasil pateticamente pelo Avaí, na Ressacada, há pouco mais de duas semanas.

No início do segundo, Lucas, que já vinha brilhando no jogo, puxando diversos contra-ataques, fez bela jogada individual, invadiu a área pela esquerda e chutou no contrapé de Ricardo Berna.

Dali em diante, o time ainda treinado pelo ainda ameaçado Carpegiani, administrou o resultado. Teve chances de fazer mais gols, mas o preciosismo manteve os números como estavam.

Ótima estreia e destaque para Dagoberto, Casemiro e Lucas.

E o Fluminense que sonhou com gentilezas do passado, concedidas no presente, começa patinando na competição cujo é atual campeão.

O São Paulo carimbou a faixa que ajudamos a confeccionar.

Conceitos

Rogério Ceni - BOM: Seguro nas poucas vezes que foi exigido.
(Dênis) - BOM: Seguro. Sério.
Jean - BOM: Mais preso à defesa, fez o básico - e nos poupou de vê-lo passar vergonha no ataque.
Xandão - ÓTIMO: Mais confiante, marcou e desarmou com tranquilidade. Bom ele é, só falta acreditar mais em si.
Luiz Eduardo - BOM: Seguro e calmo.
(Bruno Uvini) -
BOM: Entrou concentrado e com vontade. Estamos bem servidos de zagueiros.
Juan - REGULAR: Na defesa não comprometeu. No ataque, não ajudou. Parabenizo-o pela raça que teve o jogo inteiro.
Rodrigo Souto - BOM: O esquema pode ter ajudado, mas individualmente fez bem sua parte.
Casemiro - ÓTIMO: Deu a assistência pro gol de Dagoberto e organizou diversos ataques. No que tinha que fazer, que era marcar, mostrou concentração. Este é o caminho.
Carlinhos Paraíba - BOM: Nunca joga mal. Ontem manteve a regularidade.
Wellington - BOM: Ajudou a dar consistência ao meio de campo do time, que apesar de ter, com ele, quatro volantes, foi bastante perigoso no ataque.
(Rivaldo): SEM NOTA – Pouco tempo em campo.
Lucas - ÓTIMO: Fez um belo gol e quase fez outro belo gol. Foi pra cima sem medo, como deve ser. Também deve levantar a cabeça e passar a bola em alguns momentos.
Dagoberto - ÓTIMO: Voluntarioso, ajudou Lucas e Casemiro na armação de jogadas. Abriu espaços para os volantes finalizarem. Fez o dele, como tem sido costumeiro em 2011.
Paulo César Carpegiani
- BOM: O esquema com quatro volantes deu muito certo, e não digo que foi sorte, pois o time jogou bem e martelou o Fluminense o tempo todo. Podia ter saído com uma goleada ontem, que não seria injusto.

Foto: Vipcomm

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

sábado, 21 de maio de 2011

Camarote Térreo > Vila ou Pacaembu? Dá na mesma.

Nesta sexta-feira, minha timeline do Twitter estava um caos, causado pelos santistas que sigo - alguns muito influentes, por sinal. A maioria deles criticava o fato de a diretoria do Santos Futebol Clube ter optado pelo Pacaembu na semifinal da Libertadores diante do Cerro Porteño.

Ao que tudo indica, a decisão leva em conta mais o aspecto financeiro do que o técnico, porém, não consegui entender ainda essa tempestade em copo d'água que está sendo criada. Parece que o Santos nunca decidiu um campeonato fora da Vila Belmiro.

Pelo contrário, quem conhece a história do Santos sabe que o time nunca foi apenas de Santos. Aliás, a torcida santista do Brasil é 10 vezes maior que a população da cidade localizada no litoral paulista. O clube é tão grande que ultrapassa os limites da Baixada. E muito!

O Santos já conquistou títulos mundiais jogando no Maracanã. Vários títulos estaduais e nacionais atuando em São Paulo, no Morumbi e no Pacaembu. Difícil mesmo é ver o Peixe campeão na Vila - no último domingo o clube alcançou o terceiro caneco comemorado em casa.

Enfim, como diz o hino: "Dentro ou fora do alçapão, jogue onde jogar és o Leão do Mar".

Não tenho opinião formada sobre em qual estádio é melhor jogar - e até acho que deveria sempre se priorizar a Vila Belmiro -, mas não vejo motivo para escândalo. Não é isso que fará o Santos ter mais ou menos força diante do Cerro Porteño. Serão 40 mil vozes gritando pelo tricampeonato. Nada mal.

Rumo ao tri?

Isso posto, falo do time e do desempenho nos últimos jogos. Não há do que reclamar. No último jogo da maratona de decisões, quarta-feira, diante do Once Caldas, estava claro que faltavam pernas aos jogadores santistas, extenuados pela sequência desumana. Mesmo assim, o time conseguiu o resultado que precisava e agora terá folga.

Os titulares serão poupados na estreia do Brasileirão, hoje, diante do Inter. A esperança é que quarta-feira, com exceção de Ganso, todos os titulares estejam à disposição. E melhor que isso, estejam mais inteiros, prontos para correr 90 minutos e buscar uma vitória que dê tranquilidade para o jogo de volta.

Rumo ao tri? Sim. A possibilidade é real e o Santos é favorito entre os 4 semifinalistas (mas o Vélez Sarsfield também é bom demais, hein?!).

Foto: Terra

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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Comentário da Redação > Mais uma vez no limite do resultado, Santos vai às semi da Libertadores

Na 546ª decisão consecutiva nos últimes meses (me desculpem pela hipérbole, mas a sequência realmente é gigante), o Santos se saiu bem novamente. Foi no limite do resultado mais uma vez, porém, o torcedor santista saiu feliz do Pacaembu após o empate em 1 a 1 diante do Once Caldas, nesta quarta-feira. Um gol a mais dos colombianos teria colocado tudo a perder, mas isso não aconteceu (e passou longe de acontecer, diga-se de passagem).

Sendo assim, o Santos está garantido nas semifinais da Copa Libertadores 2011 e segue representando o Brasil no torneio. Melhor que isso: agora o Peixe não tem mais a disputa do Paulistão para atrapalhar e poderá se poupar no Campeonato Brasileiro, que começa no sábado, para que o foco nas próximas semanas seja apenas o tricampeonato continental.

Para comentar o jogo de ontem volto a falar sobre esses resultados apertados. É óbvio que Muricy Ramalho tem influência nisso, porque com a mudança da postura tática da equipe implantada pelo treinador visa justamente a esse tipo de situação: tomar o menor número de gols possíveis (ou nenhum) e ser letal nas chances que tiver.

Porém, o Santos poderia ter se livrado do Once Caldas com muito mais facilidade se não estivesse com a pontaria pra lá de desajeitada. Elano e Neymar tiveram boas chances e disperdiçaram. O camisa 11 fez o belo gol que garantiu a vaga, mas ainda perdeu um pênalti - será que ainda não descobriram que ele não é um bom batedor de penalidades?

Para piorar, o centroavante da equipe estava em mais uma noite trágica. Zé Love perdeu gols inacreditáveis. Keirrison entrou no lugar dele, jogou melhor, mas não teve chances de gol. Fato é que seria muito bom se o Santos encontrasse até a próxima quarta-feira outro camisa 9 para a fase decisiva. Mas isso é bem difícil.

Com esse tempo de descanso que o time vai ganhar finalmente, acredito que haverá tempo para Muricy trabalhar a pontaria do time e aperfeiçoar a marcação, que já está muoto boa, além de recuperar os jogadores lesionados (menos Ganso).

Mantendo o estilo de jogo de ontem e marcando os gols que perdeu, o Santos é grande favorito para conquistar o caneco mais sonhado da América do Sul - mas é bom ficar de olho no Velez!

Conceitos

Rafael - BOM: Não foi muito exigido, mas esteve seguro.
Danilo - BOM: Demorou a se encontrar na partida, já que começou o jogo como lateral e logo foi ao meio-campo após a saída do Alan Patrick, lesionado. Valeu pela dedicação e correria pelo campo todo.
Edu Dracena - REGULAR: Aniversariante da noite, Edu deu alguns sustos na torcida.
Durval - ÓTIMO: Cobriu todos os sustos do companheiro. E ainda estava com o pé calibrado para lançamentos, vejam vocês...
Léo - ÓTIMO: Perfeito defensivamente, contribuiu bastante também no ataque. Um dos melhores em campo. Pena não estar aguentando os 90 minutos nos últimos jogos.
(Alex Sandro) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Adriano - ÓTIMO: Discreto, mas vem jogando muito bola.
Arouca - BOM: Não gosto tanto do Arouca nesse papel de segundo volante, mas deu conta do recado. Chegou ao ataque várias vezes.
Elano - REGULAR: Teve bons momentos no primeiro tempo e um bom início de etapa complementar. De resto, foi péssimo. Por isso, equilibro a nota.
Alan Patrick - SEM CONCEITO: Parecia estar confiante, mas saiu logo no começo do jogo por lesão.
(Pará) - REGULAR: Não passa confiança para seus companheiros defesa. Compensa pela raça.
Neymar - BOM: Não fez uma partida brilhante. Pelo número de bolas que recebeu, poderia ter desequilibrado a partida. Mas fez um gol, cavou o pênalti (que ele mesmo perdeu)... e causou um caos na defesa do Once Caldas.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Mais uma atuação tenebrosa.O que foi aquele gol perdido no segundo tempo?
(Keirrison) - BOM: Ajudando bastante no papel de pivô já fez mais que o Zé Love. Se tiver um pouquinho de inteligência e dedicação, vira titular fácil.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Aos que o chamam de retranqueiro, Muricy não fez nenhuma alteração defensiva apesar de ter o resultado a seu favor. Fez bem e o time foi ao ataque no segundo tempo, oferecendo mais perigo ao adversário do que sofrendo algum risco.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Tri do Morumbi > Quadro Crônico

Há pouco mais de duas semanas o São Paulo era eliminado do Campeonato Paulista pelo, hoje campeão, Santos. Na última quinta-feira, dia 12/5, saiu também da Copa do Brasil, após levar uma virada do Avaí, em Florianópolis.

Não fossem a falta de competência de Portuguesa, no Paulista, e de Santa Cruz e Goiás, na Copa do Brasil, o torcedor são-paulino poderia estar com a cabeça inchada a mais tempo.

A grande realidade é que temos uma equipe mal treinada e cansada.

Riva Carli, que veio do Atlético/PR com status de revolucionário da preparação física, força tanto os atletas que estes, no segundo tempo das partidas, costumam estar mortos em campo. Isso fica mais evidente se analisarmos em quantos jogos o São Paulo conseguiu reagir e reverter um placar desfavorável na etapa final de qualquer jogo desse ano: nenhum.

O máximo que conseguiu foram gols de contra-ataque, quando o adversário vinha com tudo pra cima e deixava um clarão atrás. Mesmo assim, só me lembro de uma ocorrência desse fato: o segundo gol contra a Lusa, nas quartas-de-final do campeonato regional.

Porém, a pior situação é a tática. Paulo César Carpegiani tem um dos melhores elencos do país nas mãos e não sabe o que fazer com ele. Na verdade, ele tem sabido fazer besteira, e com maestria.

Rolei de rir no sofá com as substituições executadas pelo Carpa durante o jogo contra o Avaí. Era uma mais tosca que a outra. Deu chances a jogadores que até agora não mostraram qualidade, e preteriu outro que já consagrado, e apesar de velho, pode dar muito mais pro time eu um momento de tensão do que um garoto de 19 anos, quarta opção pro ataque.

Me pergunto o que tem sido feito no CT da Barra Funda durante a semana. Me pergunto se Jean, o anti-artilheiro mais famoso do momento, treina finalização, já que o cidadão aparece na cara do gol todo jogo, e todo jogo perde a chance de nos colocar a frente dos placares.

E pergunto se o Lucas tem medo de cara feia, se o Xandão acha que vai poder cometer falhas bizonhas a vida inteira, se o Casemiro quer ser vendido…

Quando perdemos para o Santos, escrevi um texto chamando a equipe de bipolar. Até ali de fato, ela havia sido bipolar: fazia ótimos primeiros tempos e péssimos segundos.

Porém o quadro evoluiu. Pra pior.

Estamos em depressão. Ainda dá tempo para um tarja preta.
Melhor do que vela preta…

Foto: Globoesporte.com

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* A coluna Tri do Morumbi analisa os destaques do único clube brasileiro tricampeão do mundo.

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

domingo, 15 de maio de 2011

Comentário da Redação > Santos 2 x 1 Corinthians - Santos campeão paulista 2011

Visão santista > Título do "trabalho, meu filho"
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Sem deixar dúvida de sua superioridade diante do rival, o Santos derrotou o Corinthians por 2 a 1 (placar até menor do que poderia ter sido) e conquistou o 19º título paulista da gloriosa história do clube da Baixada. Um título que coroa um grande trabalho. Não só de jogadores e diretoria, mas especialmente do técnico Muricy Ramalho.


Também sou daqueles que não deposita toda a responsabilidade de vitórias sobre treinadores e até acho que eles ajudam mais a perder do que o contrário. Porém, é tão evidente, mas TÃO evidente a mudança do Santos desde que Muricy chegou que não há como não dar muito dos méritos do título a ele.

O motivo é simples: o Santos passou a ser um time seguro na defesa. O ataque já era ótimo, isso todos sabiam, então bastava que alguém arrumasse a casa na defesa. Muitos dos críticos de Muricy já estão enchendo o saco com o discurso de que ele transformou um time que joga bonito em uma equipe retranqueira.

Não é verdade. Quem diz isso não acompanha futebol e jogos do Santos.

O que aconteceu é que o Peixe passou a jogar com inteligência, com equilíbrio (viu, Tite?). Com a bola nos pés, é quase sempre letal. Hoje fez um gol no primeiro tempo, mas perdeu outros 3 feitos. Sempre envolvendo o adversário - que, aliás, não via a cor da bola. Fez outro na etapa final com a ajuda do goleiro corintiano, presentão para o papai Neymar. Ou seja, não faltam chances de gol.

Enquanto isso, na defesa... quanta diferença em relação a alguns meses atrás. Edu Dracena e Durval foram perfeitos. Isso porque eles não precisam mais ficar dando combate em meias, ou fazer cobertura de laterais. Estão jogando com confiança, já que seus companheiros de meio-campo e laterais também ajudam o tempo todo na marcação. E tendo Arouca à frente, tudo fica mais tranquilo.

Enfim, os cabeças-duras vão apenas bater na tecla da retranca, não adianta argumentar que, por exemplo, o Santos de Muricy só jogou decisões até aqui (e venceu todas), e é normal que as equipes atuem de forma mais precavida nesse tipo de partida. Isso sem contar as viagens, a pressão, o desgaste físico e mental...

Mas talvez valha dizer que o cara é campeão em todo time que passa, queiram vocês chamar ele de retranqueiro ou não. Alguma qualidade ele deve ter. E se ele ganhar a Libertadores (mais um mata-mata), aí que essa turminha de malas vai ter de se esconder de vez.

Ah, e o Santos também não deixa por menos sua condição de "campeão dos campeões". Dos últimos 6 campeonatos paulistas faturou 4. Nada mal.

Parabéns, Peixe.

Conceitos


Rafael - REGULAR: Não esteve tão seguro com em jogos anteriores. E acho que falhou feio no gol do Corinthians.
Jonathan - SEM CONCEITO: Jogou pouco e saiu machucado.
(Pará) - REGULAR: Teve tremenda dificuldade na marcação. Vinha até bem, mas deu espaços - como no gol do Corinthians, por exemplo.
Edu Dracena - ÓTIMO: Melhor partida do capitão santista com a camisa alvinegra. Não perdeu uma dividida, uma bola pelo alto, uma antecipação. Efeito Muricy.
Durval - ÓTIMO: Outro que jogou bola demais, mas esse vem há tempos brilhando.
Léo - ÓTIMO: Perfeito defensivamente. Sempre que sai, o time dá espaços pelo setor esquerdo. Mais um título para a conta do lateral.
(Alex Sandro) - REGULAR: Não passa segurança na defesa. Nenhuma!
Arouca - EXCELENTE: Que ele é um MONSTRO marcando, isso todos sabem. Hoje não foi diferente, mesmo voltando de lesão. Mas neste domingo ele ainda foi artilheiro. Fez seu primeiro gol pelo Santos e ainda mandou outra bola na trave. Craque do jogo.
Adriano - ÓTIMO: Tão espetacular quanto o Arouca no jogo de hoje. Só faltou fazer gol.
Elano - BOM: Finalmente uma boa apresentação. Mesmo sem brilhar, teve papel defensivo fundamental. Jogador de decisão.
Alan Patrick - REGULAR: Se omitiu bastante durante o jogo. Foram apenas alguns lampejos. E estarei sempre aqui cobrando esse garoto porque sei da qualidade que ele tem.
(Rodrigo Possebon) - BOM: Entrou bem uma partida. Aleluia!
Neymar - BOM: Não fez um jogo brilhante e visivelmente está cansando. Mesmo assim, fez o gol do título e já começa a vida de papai com mais uma taça.
Zé Eduardo - BOM: Aleluia [2], o Zé Eduardo jogou bem. Faltou um gol, mas sobraram dedicação e técnica (sim, senhor). A torcida do Santos saiu da Vila bem satisfeita com ele.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Transformou um time que atacava bem e se defendia pessimamente em uma time que ataca bem e se defende muito bem. Assim, em poucos jogos, já levou o Paulista. Será que vem mais por aí? Tenho certeza disso.

Visão corintiana > Nada de surpreendente
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

No intervalo da partida, quando o placar já apontava 1 a 0 para o Santos, o inoperante Dentinho disse que nos 45 minutos finais ele e seus companheiros tinham que jogar o que sabe na etapa final, "o nosso futebol" nas palavras do atacante. Quem não acompanha o Corinthians a fundo deve ter pensado que era apenas um primeiro tempo infeliz do time e que tudo voltaria ao normal nos 45 minutos finais. Caríssimo prata da casa - que para alegria dos torcedores lúcidos está indo embora -, o atual futebol do Timão, com a sua "bela" participação, é daquilo para baixo.

Foi justamente com a sua saída, Dentinho, que os visitantes conseguiram ter um pouco mais de qualidade (individual apenas) na frente, já que o Willian é muito melhor que você hoje. O problema é que ainda tem aquela listinha que eu venho falando, dos jogadores que andam afundando o time: Julio César, Jorge Henrique, Fábio Santos, Chicão e Alessandro. Os três primeiros são os principais e foram terríveis novamente, o zagueiro-capitão também foi mal e o lateral-direito foi apenas nota 5.

Quem consegue ser pior que todos esses é o técnico. Incrível como o Tite segue não enxergando o óbvio e treina muito mal esse time. E na hora de comentar sobre a equipe, tem a coragem de dizer que ela ainda está em formação. Como assim? Só na primeira fase foram 19 rodadas para dar o tal do equilíbrio que ele tanto gosta de dizer. Lamentável.

A pressão que o Alvinegro do Parque São Jorge fez no segundo tempo antes de o Julio cometer aquela falha patética, foi totalmente enganosa. Era tudo apenas na base da vontade, nada de qualidade técnica. E essa pressão só aconteceu pelo desgaste físico do rival. Em plenas condições, o Santos teria tudo para ser campeão com uma goleada. Aliás, até mesmo na condição em que jogou, o 1 a 0 foi pouco tamanha a facilidade que os donos da casa penetravam na defesa corintiana. Enquanto isso, o Rafael fez apenas uma defesa nos 90 minutos.

Enfim, não há dúvidas de que o título foi para as mãos de quem merecia. Para o Corinthians, que sirva como um claro sinal de alerta. É preciso mudar o elenco e, sobretudo, o comando técnico. Com o Tite no comando não dá para pensar sonhar em nada mais que uma vaga na Copa Sul-Americana no Brasileirão.

Conceitos

Julio Cesar - PÉSSIMO: Precisa dizer alguma coisa? Não é goleiro para ser titular do Corinthians.
Alessandro - REGULAR: Fez o arroz com feijão bem razoável.
Chicão - PÉSSIMO: Foi presa fácil para Neymar e Zé Eduardo e pecou demais no posicionamento.
Leandro Castán - PÉSSIMO: Se jogou muito na primeira partida, hoje foi bem mal. No primeiro gol, deixou o Arouca livre para marcar.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Sem recurso nenhum, erra até cobrança de lateral.
Ralf - REGULAR: Não pode reclamar de falta de coração e raça do camisa 5. Mas não compensou na marcação a falta de qualidade no passe.
Paulinho - REGULAR: Simplesmente some do jogo. E segundo volante hoje em dia é fundamental que participe bem do jogo.
(Ramírez) - REGULAR: Alternou erros e acertos
Bruno César - PÉSSIMO: Sonolento, errou muito. Bem longe da boa atuação da última semana.
(Morais) - BOM: Entrou errando, não é um jogador seguro. Mas mostrou raça, deu mais movimentação ao time e fez o gol (apesar de ter cruzado e não chutado, na minha visão).
Jorge Henrique - PÉSSIMO: Jogador irritante demais. Não consegue dar sequencia a uma jogada com aquela mania de adiantar demais a bola e perde-la. E repito, fisicamente também já está acabado. Seria o primeiro da minha lista de dispensa/negociação.
Dentinho - PÉSSIMO: É o retrato da inoperância do time. Só sabe receber a bola, fazer gracinha e rolar para trás. Com todo o respeito aos bons momentos que ele teve no Parque São Jorge, já vai tarde!
(Willian) - BOM: Totalmente o contrário do Dentinho, é um jogador muito objetivo. Foi o único que exigiu uma defesa do goleiro Rafael.
Liedson - PÉSSIMO: Tudo bem que a bola não chega, mas o camisa 9 também está numa péssima forma técnica.
Téc: Tite - PÉSSIMO: Depois da diretoria, é o principal culpado pela temporada decepcionante que o Corinthians está vivendo. Depois de tantos jogos, não conseguiu enxergar o que todos veem e seguiu cometendo os mesmos erros. Parece que faz de palhaçada. É difícil colocar o Willian no lugar do Dentinho desde o começo???

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Comentário da Redação > Santos supera cansaço e altitude para derrotar o Once Caldas

Confesso que já perdi a conta de quantas decisões o Santos jogou nas últimas semanas. E todas em sequência. Ontem o time encarou mais uma dessas finais, diante do Once Caldas, em Manizales. Não bastasse desgaste físico e mental dos atletas diante dessa maratona de partidas, a equipe ainda teve de encarar uma altitude de mais de 2 mil metros.

E quem disse que os comandados de Muricy Ramalho sentirão a pressão? Que nada! Mesmo sem Paulo Henrique Ganso, o time jogou com muito maturidade e derrotou de forma tranquila o rival colombiano por 1 a 0. O resultado dá muita tranquilidade para o Peixe, que agora decide a vaga no Pacaembu e joga até por empate.

Mais uma vez o time teve ótimo desempenho defensivo. Não que o Once Caldas incomodasse tanto assim, mas o Santos também não deu espaços para testas os avantes colombianos. Enquanto isso, o ataque não teve uma grande performance. Neymar foi muito bem marcado, especialmente no primeiro tempo, e teve poucas chances para decidir. E assim o fez, pouco antes do intervalo, ao achar Alan Patrick livre para estufar a rede.

Alan, aliás, não vinha brilhando novamente, mas após o gol teve outra atitude. Mostrou a qualidade e técnica que tem e também jogou com mínimo de vontade, que é o que se espera de um atleta que defende o Santos Futebol Clube. O time nem sentiu a falta de Ganso no final das contas.

Neymar apareceu melhor também no segundo tempo e conseguiu mandar um adversário para o chuveiro, após jogada de efeito que terminou em falta. E isso se repetiu outras vezes durante o jogo, o que não se repetiu foi o rigor do árbitro venezuelano, que permitiu que a porrada rolasse à vontade em cima do camisa 11.

No final das contas, com um a mais, o Santos poderia ter aumentado o placar, mas não fez muito esforço para isso.O 1 a 0 ficou de bom tamanho.

E o Cruzeiro já deu ao Peixe o exemplo de que não dá para descuidar jogando em casa. Dificilmente Muricy Ramalho vai permitir que uma catástrofe aconteça. A semifinal está na mão.

Conceitos

Rafael - BOM: Fez apenas uma grande defesa, mas esteve seguro durante todo o jogo.
Jonathan - BOM: Mais uma grande partida defensiva do lateral.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Toda vez que ia para o combate contra o Renteria, levava o baile. Sorte que o atacante colombiano estava com uma pontaria pífia.
Durval - BOM: Salvou um gol certo do Once Caldas no segundo tempo. Tem que jogar por dois na defesa.
Léo - BOM: Dá uma tranquilidade muito grande ao time.
(Alex Sandro) - REGULAR: Tem uma dificuldade incrível para marcar e compor espaços.
Adriano - BOM: Substituiu o Arouca bem novamente.
Danilo - REGULAR: Voltou a cair de produção nos últimos jogos. Muito lento na saída de bola.
Elano - REGULAR: Esse caiu de produção faz tempo. Só leva perigo nas bolas paradas.
(Bruno Aguiar) - BOM: Jogou pouco tempo, mas o bastante para tirar uma bola dos pés do Renteria dentro da pequena área.
Alan Patrick - BOM: Apagado no primeiro tempo e muito bom no segundo. Além disso, marcou o gol da vitória.
(Felipe Anderson) - PÉSSIMO: Entrou completamente fora do jogo.
Neymar - BOM: Muita dificuldade para jogar devido à forte marcação dos colombianos. Mesmo assim, achou espaço para dar um gol a Alan Patrick e mandar um adversário mais cedo para o chuveiro. E parece que vai ser pai...
Zé Eduardo - REGULAR: Não ganha um PÉSSIMO pela movimentação e dedicação. E só.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Não recuou o time mesmo com a ausência do Ganso e conseguiu preencher os espaços no meio-campo. Está fazendo um excelente início de trabalho e tem tudo para conseguir resultados a curto prazo.

Foto: AP


Redator: Ricardo Pilat
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domingo, 8 de maio de 2011

Comentário da Redação > Corinthians 0 x 0 Santos

Visão corintiana > Melhorou um pouco o futebol, mas a situação se complicou
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com
Com mais raça e coração, o Corinthians jogou um futebol acima do que vinha apresentando nas últimas partidas - o que não quer dizer que tenha sido grande coisa, diga-se de passagem. Conseguiu, mesmo sem grande qualidade técnica, criar algumas boas jogadas, mas falhou na hora de definir, seja no último passe ou finalização.

Apesar de o Neymar ter mandado uma bola na trave, o primeiro tempo foi do Timão. Empurrado pela torcida, a equipe esteve bem na marcação e não deu espaços ao Santos. Na parte ofensiva, é inacreditável ter que continuar vendo o Dentinho como titular. O que o Willian precisa fazer para tomar a vaga do improdutivo prata da casa? A mesma coisa vale para o Morais, que quando entra, ainda que não seja brilhante, já se mostra mais incisivo e eficiente que o Jorge Henrique.

Esses dois só foram entrar na etapa final, e mesmo assim, Tite errou feio ao sacar o Bruno César e não o Jorge. Era hora (ou melhor, sempre foi a hora!) de colocar um outro meia ao lado do camisa 10, que não vinha mal na partida e tinha tudo para crescer dividindo com o Morais a responsabilidade de armar.

Os 45 minutos finais, aliás, foram bem mais equilibrados. Na verdade, os donos da casa foram inferiores e ficaram perto de tomar gol. Neymar deixou os defensores corintianos perdidos em alguns momentos. Mas, assim como o Peixe quase abriu o placar na primeira etapa quando o adversário vinha melhor, foi a vez de Liédson mandar na trave, aos 40 minutos. Seria um gol de extrema importância, que daria a vantagem do empate no jogo da volta.

Agora, precisando vencer na Vila Belmiro ou empatar e se dar melhor nos pênaltis novamente para ser campeão, a situação do time do Parque São Jorge ficou complicadísisma. O Santos é mais time, joga em casa, onde é sempre muito forte, e o Tite colabora para o rival cometendo os mesmos erros. Se Neymar no Pacaembu já deixou a zaga corintiana perdidinha em poucos lances, o que esperar do jogo na Vila?

Enfim, está tudo a favor dos santistas. Só dá para acreditar porque é Corinthians.

Conceitos

Julio Cesar - PÉSSIMO: Se mostrou muito inseguro nas vezes em que foi minimamente exigido.
Wallace - REGULAR: Levou um cartão no primeiro tempo ao derrubar Neymar, mas depois não criou problemas. Não comprometeu.
(Luis Ramírez) - REGULAR: Não fez diferença no jogo. Precisa treinar chutes de média distância, não acerta um.
Chicão - BOM: Esteve atento no jogo. Evitou um gol do Santos após o Danilo encobrir Julio César.
Leandro Castán - ÓTIMO: Grandíssima partida do camisa 4! Com muita raça, defendeu muito bem e ainda apareceu no campo de ataque. E não é de hoje que ele tem jogado muito.
Fábio Santos - PÉSSIMO: É muito ruim!!! Sorte que o Neymar joga do outro lado...
Ralf - ÓTIMO: A alma do time. Até deu um ou outro vacilo em termos técnicos, mas marca demais, corre demais, contagia a equipe e a torcida. Não deixou o Ganso jogar.
Paulinho - REGULAR: Fez o arroz com feijão e levou perigo quando chutou em gol. No entanto, perdia a bola facilmente.
Bruno César - BOM: Perdeu dois gols, mas fez o que se espera dele. Chamou o jogo, participou bem. Não deveria ter saído.
(Morais) - BOM: Pecou nos passes, mas foi bem. Fez uma bela jogada pela direita e deu ótimo passe para o Paulinho, que chutou por cima do gol.
Jorge Henrique - REGULAR: De tão ruim que estava, melhorou mais um pouco neste jogo, mas segue longe da forma (inclusive física) de outrora e errando lances simples.
Dentinho - PÉSSIMO: Não ganha uma jogada na corrida, atrasa os ataques corintianos, perde bola e arma contra-ataque para o adversário... enfim, só me resta repetir: não pode ser titular atualmente!
(Willian) - BOM: Não apareceu tanto, mas a sua presença já fez o time apertar mais a marcação.
Liedson - REGULAR: Não está bem tecnicamente. Mas também não fez uma péssima partida.
Téc: Tite - PÉSSIMO: Acertou na entrada do Wallace no time e também na saída do mesmo, que estava com cartão, para a entrada do Ramírez. Mas segue cometendo os mesmos erros e isso é crucial no rendimento do time.

Visão santista > Para ser campeão, Neymar terá de jogar por três
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

No primeiro jogo da final do Paulistão, no Pacaembu, deu empate sem gols. Resultado justo no final das contas, pois o Santos, visivelmente desgastado, jogou para não perder, e o Corinthians, inferior tecnicamente, também preferiu concentrar esforços no setor defensivo.

O Santos já começou a partida sem Arouca e Léo que fizeram muita falta. Estamos falando aqui de dois jogadores experientes, de forte marcação e de muita qualidade. Os substitutos, Adriano e Alex Sandro, pecam principalmente pela questão da inexperiência e dão um show de ingenuidade.

Para complicar ainda mais a situação do Peixe, Muricy Ramalho perdeu Ganso no intervalo, com uma lesão muscular - o camisa 10 está fora pelo menos por um mês. Aí precisou surgir a estrela de Neymar, que já vinha sendo o melhor santista em campo até aquele momento.

A joia da Baixada pegou a bola embaixo do braço e foi para cima dos corintianos, talvez numa das melhores atuações do camisa 11 diante do rival da capital. Pior para Wallace e companhia, que não acharam Neymar.

E além de jogar por ele e por Ganso - já que Alan Patrick, substituto no meio-campo, fez péssima apresentação -, Neymar teve que jogar também por Zé Love, centroavante que vive fase terrível. Não foi fácil, mas o craque deu conta do recado. Só faltou o gol, que daria mais tranquilidade para o jogo decisivo.

Enquanto isso, na defesa, o time não correu riscos. Foi o quinto jogo consecutivo em que o Santos não sofre gols.

Já que a situação é essa, o Santos vai precisar muito de Neymar, que terá a missão de decidir sozinho no ataque e levar o time ao 19º título paulista. Mesmo com os desfalques e o desgaste de disputar a Libertadores simultaneamente, o Peixe é favorito.

Conceitos

Rafael - BOM: Não foi tão exigido como na partida diante do América-MEX, mas esteve mais uma vez seguro.
Jonathan - BOM: Defende muito bem. Falta mais coragem para atacar.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Segue cometendo erros infantis e irritando o torcedor santista a todo jogo.
Durval - BOM: Do seu lado da defesa o Corinthians não encontrou moleza.
Alex Sandro - REGULAR: Está longe de ser o que o Léo é.
Adriano - REGULAR: É esforçado demais, corre o campo todo... mas ainda joga como um juvenil. Arouca faz falta demais.
Danilo - REGULAR: Deixou a desejar. Teve a bola do jogo, mas bateu mal e Chicão cortou. É desfalque na decisão.
Elano - REGULAR: Discreto demais para o meu gosto.
(Pará) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Paulo Henrique Ganso - PÉSSIMO: Infelizmente se machucou e será desfalque sério para os jogos decisivos que vêm por aí. Mas não estava jogando nada até aquele momento do clássico.
(Alan Patrick) - PÉSSIMO: É impressionante e falta de vontade desse garoto. Nem uma final consegue motivá-lo?
Neymar - ÓTIMO: O melhor em campo, na minha opinião. Poderia ter decidido o jogo sozinho, mas não foi dessa vez. Quem sabe seja na Vila.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Segue sua rotina de más apresentações. Hoje apareceu mais e errou mais também.
(Kerrison) - SEM CONCEITO: Também jogou pouco - mas o bastante para irritar a torcida.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Dadas as circunstâncias da partida, fez o que era possível. E não recuou a equipe com saída do Ganso. Terá muito trabalho para montar a equipe para os próximos duelos.

Fotos: Terra

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Comentário da Redação > Jogo de volta apenas para cumprir tabela

Um jogo onde a única coisa que o torcedor palmeirense comemorou foi a volta do goleiro São Marcos. Festa apenas antes de começar a partida, pois após a bola rolar só deu Coritiba.

O Palmeiras demonstrou que ainda tinha resquícios da eliminação no domingo. Com um time nervoso, inoperante no ataque e frágil na defesa, a equipe se mostrou fraca no jogo aéreo, e na terceira partida consecutiva, toma um gol de escanteio.

Sem conseguir ter uma sequência de passes no ataque, após um remate mal feito de Marcos Assunção, em um contra ataque, a equipe do sul faz 2 a 0 no placar.

Antes do Coritiba ainda fazer o terceiro em um chute desviado, São Marcos mostra que a idade não o afeta em nada, e salva a equipe em uma cabeçada a queima roupa.

No segundo tempo, mesmo com a entrada de W. Paulista, Chico e Adriano, a equipe continuou a mostrar um dos piores rendimentos nos últimos tempos e foi humilhada com mais três gols.

Um resultado final de 6 a 0, para acabar qualquer chance do Palmeiras na partida de volta, um jogo onde nada deu certo, nenhum jogador atuou bem. Uma derrota humilhante, no qual, parece que toda raça demonstrada no jogo contra o Corinthians, ficou apenas naquela partida.

Nas palavras do Kleber, o resumo do jogo “Faltou vontade, tesão, raça”.


Conceitos

Marcos – REGULAR: Ficou sem ter o que fazer com a proteção nula da zaga.
João Vitor – REGULAR: Nervoso, provavelmente pelo pênalti perdido no domingo, pouco fez.
(Chico) – REGULAR: Entrou em um jogo perdido.
Leandro Amaro – PÉSSIMO: Errou tudo que tentou fazer
Danilo – PÉSSIMO: Não conseguiu parar o ataque do Coritiba
Rivaldo – PÉSSIMO: Ao lado de Leandro Amaro, o pior em campo.
Marcos Assunção – REGULAR: Pouco acrescentou ao meio campo.
Márcio Araujo – REGULAR: Fez apenas o básico no jogo.
Lincoln – PÉSSIMO: Se escondeu a partida toda.
(Adriano) – SEM CONCEITO: Entrou em um time sem meio campo, e no final do jogo, pouco pode fazer.
Patrick – PÉSSIMO: Voltando de contusão, não apresentou um bom futebol.
(W. Paulista) – REGULAR: Muita vontade, pouco futebol
Kleber – REGULAR: Brigou, mas jogou quase a partida toda sozinho.
Luan – PÉSSIMO: Se sacrificou como sempre, mas é pouco para uma partida desse porte.
Tec. Felipão – PÉSSIMO: O placar reflete sua participação na partida.

Foto:
Gazeta Press


Redator: Rogério de Sá
alviroger@hotmail.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

En La Cancha > Quarta-feira trágica para o Brasil na Libertadores

Ontem o futebol brasileiro viveu uma noite terrível. Os quatro times do país pentacampeão do Mundo que entraram em campo pela Copa Libertadores foram eliminados. Dos seis que entraram na competição mais importante da América, sobrou apenas um: o Santos, que tomou uma pressão enorme do América do México, na terça-feira, mas conseguiu avançar e pegará o Once Caldas.

O time colombiano, aliás, foi o que aprontou a maior zebra do certame. Depois de perder em casa para o Cruzeiro - equipe com o melhor futebol e aproveitamento até então - por 2 a 1, conseguiu o que todos achavam impossível: fez 2 a 0 na Arena do Jacaré e eliminou os mineiros. Foi de longe o resultado mais surpreendente do ano... A Raposa vinha jogando muita bola e era, na minha opinião, o principal candidato ao título da Libertadores.

Essa eliminação mostra mais uma vez que não basta apenas um belo futebol para faturar a taça mais cobiçada do Continente. É preciso ser bem preparado também psicologicamente. Nesse ponto, as equipes do Cuca sempre foram muito criticadas, e ontem vimos que não é por acaso. Quando os donos da casa sofreram o primeiro gol, que ainda não os eliminavam, faltou a eles controle emocional para colocar a bola no chão e jogar o que sabem. E a cotovelada do técnico cruzeirense em Rentería, quando o jogo já estava 2 a 0, foi o retrato perfeito do desespero de seus atletas, que por pouco não tomaram o terceiro e até o quarto gol em contra-ataques.

Na verdade, de um modo geral, a mesma coisa acontece com a maioria dos brasileiros em jogos contra sul-americanos. A malícia, esperteza e tranquilidade que faltam nos nossos times sobram nos argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos... e mesmo que, em alguns casos, não haja tanta técnica do outro lado, eles igualam-se ao time brasileiro por possuir esses fatores, importantíssimos neste certame.

Se formos olhar os outros três eliminados, vamos encontrar a mesma característica da derrota do Cruzeiro. O Inter é o mais semelhante, já que havia conseguido um bom resultado fora de casa e decidia no seu campo diante de um adversário claramente inferior. Mas bastou sofrer um gol para o desespero tomar conta... logo em seguida veio o segundo e não houve mais reação.

Com o Grêmio aconteceu coisa parecida só que foi na partida de ida. Quando a Universidad Católica abriu o placar, o sistema defensivo do Tricolor ficou uma bagunça incrível, e os chilenos chegavam como queriam. Parecia que o gol sofrido havia sido nos últimos minutos do jogo de volta tamanha a desorganização e descontrole emocional que a equipe de Renato Gaúcho mostrou. Acabou que o Borges foi expulso, La U chegou ao segundo gol (antes Douglas havia empatado) e ficou perto da vaga, confirmada com vitória por 1 a 0 ontem, sobre um Grêmio bem desfalcado.

Já o Fluminense, conseguiu superar um momento delicado no primeiro jogo - quando sofreu o empate a torcida começou a pegar no pé dos jogadores - fez 3 a 1 e deixou a classificação encaminhada. Mas foi para o Paraguai achando que não precisava jogar bola... tomou 3 a 0 do bom time do Libertad de forma justa. Uma pena pelo jogo épico que fez diante dos Argentinos Jrs, mas convenhamos, ali foi único bom momento do Flu no ano, muito pouco para um time que quer ser campeão.

Perdemos dois duelos fantásticos

O Brasil não só perdeu quatro representantes em uma só noite como também dois duelos nacionais extraordinários que parariam o país. De um lado da chave, simplesmente um Gre-Nal, que dispensa comentários. Do outro, nada menos que um confronto entre os dois times brasileiros com o futebol mais bonito, Santos e Cruzeiro. Uma pena!

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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comentário da Redação > Santos vai às quartas da Libertadores com as mãos de Rafael

Não é exagero nenhum dizer que o goleiro Rafael é o grande responsável pela classificação santista para as quartas de final da Copa Libertadores. Ele fez pelo menos três defesas espetaculares no momento de maior sufoco do Santos no jogo diante do América, no México. Atuação de gala, que ficará para sempre marcada na história do time alvinegro na competição continental.

Rafael teve que intervir muito mais que em qualquer jogo do Santos com Muricy à frente da equipe. Para mim, isso tem uma explicação simples: essa foi a maior retranca do Peixe desde que o novo treinador chegou ao clube. O time jogou claramente para segurar o placar e não conseguiu - e nem tentou muito - atacar. Assim, a defesa foi mais exigida, ficou muito mais exposta e foi bem normal a pressão de las Àguilas, por todas as circunstâncias.

Confesso que não é o estilo que me agrada. Ainda mais quando falamos de Santos, um time acostumado a fazer o torcedor suspirar com futebol bonito. Mas quando se fala de Libertadores, o importante é avançar. E ontem era claro que jogo seria dessa maneira e que passar era mais importante que dar show.

Resumindo a história: o Santos jogou na retranca, pelo 0 a 0, e não havia como fazer muito diferente disso. Sorte que Rafael estava mesmo iluminado, pois ficou evidente o cansaço em todos os jogadores. Chegou uma hora do jogo que ninguém conseguia mais correr, marcar...

Por isso, não vou fazer nenhuma crítica muito grande aos jogadores aqui embaixo, na avaliação dos conceitos. Valeu pela dedicação, porque não é fácil segurar uma pressão daquelas, ainda mais jogando uma decisão a cada três dias.

Que venha agora o grande jogo da Libertadores 2011, entre Santos e Cruzeiro.


Conceitos

Rafael - ÓTIMO: É jovem, mas já posso garantir que será um dos grandes goleiros do futebol brasileiro. Fechou o gol em Querétaro.
Jonathan - BOM: Foi muito bem na marcação. Faltou um pouco mais de capricho no ataque.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Ontem, mais exposto que nos últimos jogos,voltou a dar vários sustos na torcida;
(Alex Sandro) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Durval - REGULAR: Teve diculdades a bola aérea, principal arma do América.
Léo - BOM: Vem sendo um Leão a cada jogo. Jogou no sacríficio e deu conta da marcação.
Arouca - REGULAR: Jogando mais adiantado ele não foi bem. Rende muito mais como primeiro volante.
(Rodrigo Possebon) - PÉSSIMO: Entrou completamente atrapalhado, correndo atrás de todo mundo e não achando ninguém.
Danilo - REGULAR: Uma das piores atuações recentes do Danilo. Prendia demais a bola e, assim, atrapalhou várias chances de contra-ataque.
Adriano - REGULAR: Não dou um "péssimo" por conta da incrível força de vontade do garoto. Mas foi só. Ele é muito estabanado! Quase deu o gol ao América no último lance do jogo.
Paulo Henrique Ganso - REGULAR: Poderia ser o cara para segurar mais o jogo e não foi. Lances esporádicos apenas.
Neymar - PÉSSIMO: Não jogu absolutamente nada. Foi marcado de perto pelos defensores mexicanos.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Já virou rotina. Não pega na bola. E quando pega, faz bobagem.
(Bruno Aguiar) - BOM: Entrou mais uma vez na fogueira e fez seu papel. Ajudou a organizar um pouco a defesa.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Não é o que mais me agrada ver o Santos jogando como ontem, mas ele foi bem pelas circunstâncias da partida. Acredito que vai escalar o time da maneira tradicional nos próximos jogos que serão os maiores desafios da temporada: Corinthians pela final do Paulista e Cruzeiro pelas quartas de final da Libertadores.

Foto: Getty Images

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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Comentário da Redação > Barcelona 1 x 1 Real Madrid

Visão Catalã > Sorte, cera, pancada e vaga
Por Thiago Jacintho - thi.jacintho@gmail.com

Quem acompanhou o jogo de volta pelas semifinais da Uefa Champions League, entre as maiores forças da Espanha e da Europa, pôde ver que de fato a sorte acompanha os grandes e competentes. Não que o Barça tenha conseguido a classificação pela sorte, mas certamente ela entrou em campo no primeiro minuto do segundo tempo.

Cristiano Ronaldo arrancou do meio de campo com a bola e passou para Higuaín. Um pouco antes do passe porém, o português levou uma trombada e se desequilibrou, fazendo com que caísse na direção em que corria. Mesmo assim, o passe saiu perfeito e o centro-avante argentino ficou na cara do gol. Mascherano, seu conterrâneo e que devia te marcar, vendo que não o alcançaria na corrida, se jogou no chão, simulando uma contusão.

De fato ele fora atingido por Cristiano, quando este caía, mas foi um choque sem nenhuma intenção. O juiz já havia apitado falta quando a bola morria no fundo da rede do Barcelona. Seria o gol que abriria o placar, no primeiro minuto da segunda etapa. O gol do time que precisava fazer os gols. A história do jogo poderia ser outra.

Poderia, mas não foi. A história do jogo foi parecida com a da semana passada, só alternando um pouco a ordem e modo dos acontecimentos.

O primeiro tempo começou com o time azul-grená levando pressão dos merengues. Os defensores do Barça tinham de lidar com o veneno que seus homens de frente usam: a marcação na saída de bola, o que fez com que até os 20 minutos, o jogo fosse baseado em tentativas de penetração do Real, e chutões pra todo lado, do Barcelona.

Dos 20 em diante, ligeiramente cansado, os madrilenhos mudaram de estratégia, e acabaram caindo nas garras do Barça. O tradicional toque de bola começou a ser feito, fazendo com a estatística de posse de bola tivesse aquela porcentagem massacrante a favor dos catalães, como já é costumeiro.

Dos 30 em diante, foi um borbardeio ao gol de Casillas. Messi e companhia achavam os espaços que fatalmente se abrem quando um time joga pra frente e trataram de armar e finalizar diversas jogadas. Para azar do Barcelona, Casillas está numa ótima fase e defendeu tudo, desde chutes colocados até bombas praticamente à queima-roupa. Isso garantiu que os visitantes desesperados fossem pro intervalo sonhando ainda com a classificação.

Foi no segundo tempo, assim como na última quarta-feira, que o negócio se resolveu. Após o susto no primeiro minuto de jogo relatado no começo deste texto, e que tem total influência no que aconteceu depois, o Barcelona voltou ao toque de bola incessante, procurando os espaços, como sempre faz.

Aos nove minutos, finalmente achou. Iniesta recebeu na intermediária, avançou alguns metros e deu um passe milimétrico para Pedro, que invadiu a área do Real, e de pé esquerdo mandou a bola no cantinho do gol. Na euforia da comemoração, podíamos ver e pensar: acabou, a vaga é do Barcelona!

Mas em futebol nunca se pode cravar nada antes do apito final.

Depois de aberto o placar, a torcida inflamada pela eminência da classificação, passou a gritar “olé”, cada vez que seu time tocava a bola. O Barcelona já toca bem a bola naturalmente, o jogo deles é esse, incentivados dessa forma então, o jogo ficou parecendo brincadeira de bobinho: o Real na roda, e o Barça fazendo a bola ir de lá pra cá, daqui pra lá, da defesa pra lateral, da lateral pro meio, do meio pro ataque, do ataque pro meio e voltando pra defesa.

Foi, portanto, num desses toques na defesa que o time de Guardiola levou o empate. Di Maria interceptou um passe de Xavi e avançou em direção a área. Deu um lindo corte no zagueiro que tentou tirar a bola de seu domínio com um carrinho e chutou forte de esquerda. A bola explodiu na trave e voltou limpa para seus pés. Foi então que o argentino rolou a bola pro meio da área e esta encontrou o lateral brasileiro Marcelo livre, que finalizou, fez o gol e deu esperança ao Real Madrid.

Porém, a esperança durou só até o jogo recomeçar. Voltando à seriedade, o Barcelona passou a tocar a bola objetivamente, buscando novamente o gol. Dentre entradas violentas que deu e principalmente sofreu, foi levando o jogo assim até o apito final.

Classificação para a final e celebração no Camp Nou. Nos vemos em Wembley!

Conceitos

Valdés – REGULAR: Nas duas vezes que ficou frente a frente com o finalizador, levou gols. Um, por sorte, não valeu.
Dani Alves – BOM: Bastante ativo no ataque, diferente da última semana.
Puyol – BOM: Seguro e sério.
(Abidal) – SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Piqué – BOM: Destruiu diversos ataques do Real com lealdade.
Mascherano – REGULAR: Usou muita violência na marcação. Simulou uma falta no gol anulado do Real Madrid. Bom pra sua equipe. Péssimo pro futebol.
Busquets – BOM: Foi mais jogador e menos ator. Marcou muito bem.
Xavi – BOM: Um dos regentes do time. Errou o passe no gol de empate do Real, mas de resto foi bem.
Iniesta – ÓTIMO: Deu uma linda assistência pro gol de Pedro.
Pedro – ÓTIMO: Jogou simples, sem gracinhas e simulações. Fez um bonito gol.
(Afellay) – SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Messi – ÓTIMO: Como sempre infernizou os defensores adversários. Apanhou muito também. Nunca desiste das jogadas. Incansável. Um exemplo de atleta.
Villa – BOM: Finalizou melhor que o último jogo. Apesar de não ter feito o seu, ajudou na criação de situações de gol.
(Keita) – BOM: Entrou pra ajudar no toque de bola, pra fazer o tempo passar. Foi o que ele fez.
Tec. Guardiola – ÓTIMO: Manteve a postura ofensiva e criativa do time, mesmo depois de praticamente ter selado a passagem de fase. Em bonito gesto, promoveu a reestreia de Abidal, que voltou aos campos após ter passado por uma delicada cirurgia.

Visão madrilenha > Poderia ter sido diferente
Por Rogério de Sá - alviroger@hotmail.com

Mesmo jogando nos domínios do Barcelona, o Real Madrid precisava a qualquer custo conseguir o resultado. Mas diferente do que se esperava, mesmo com um time mais ofensivo, a equipe de Madri fez um primeiro tempo pífio, e não conseguiu dar um chute na meta defendida por Victor Valdés. Os principais jogadores pouco fizeram. Cristiano Ronaldo mal conseguia encostar na bola, e Kaká pouco se apresentou.

Sabendo que era tudo ou nada, os comandados de José Mourinho, que estava suspenso nessa partida , foram com tudo para cima, e marcaram logo no começo. O Cristiano Ronaldo em raro momento de aparição na partida, driblou o marcador e foi derrubado, mesmo assim a bola sobrou para o Higuain que abriu o marcador.

Seria festa em Madri, se o juiz não enxergasse uma falta que não existiu, pois, após a queda do português devido à falta, ele se chocou com Mascherano. O gol não marcado destabilizou a equipe, que acabou levando gol do Barcelona, o Real ainda conseguiu o empate com o brasileiro Marcelo, mas devido ao bom toque de bola da equipe adversária, não conseguiu sair do empate.

Agora resta terminar a temporada de maneira honrosa, pois já não tem chances no campeonato espanhol.

Para entender a desclassificação do Real Madrid na Uefa Champions League, basta enumerar alguns fatos:
1- A genialidade de Messi, que destruiu o Real no jogo de ida
2- A covardia de José Mourinho, ao jogar como time pequeno em sua própria casa.
3- A omissão de Cristiano Ronaldo, nas duas partidas.
4- A expulsão duvidosa de Pepe no primeiro jogo.
5- O erro de arbitragem, ao anular um gol legítimo da equipe madrilena quando o segundo jogo ainda estava 0 x 0

Conceitos

Casillas – BOM: Não teve culpa no gol do Barcelona, e fez boas intervenções.
Arbeloa – REGULAR: Bom defensivamente, inoperante ofensivamente.
Ricardo Carvalho – REGULAR: Já não apresenta mais um vigor físico de antigamente, chegou atrasado na maioria dos lances.
Albiol – BOM: Vem se firmando na equipe, não comprometeu.
Marcelo - BOM: Demonstrou a garra de sempre, e foi coroado com um gol.
Xabi Alonso – REGULAR: Nervoso em campo, não mudou muita coisa no meio campo.
Lass Diarra – BOM: Apesar do excesso de faltas cometidas, deu uma maior estabilidade defensiva.
Kaká – REGULAR: Não chamou a responsabilidade para si.
(Özil) – REGULAR: Entrou no lugar do Kaká, mas não fez nada diferente.
Dí Maria – BOM: Melhorou no segundo tempo, fez a jogada do gol madrileno.
Cristiano Ronaldo – PÉSSIMO: Mais um jogo que o português se mostra omisso.
Higuaín – BOM: Fez um gol mal anulado e não pode fazer muito mais que isso, a bola chegou pouco aos seus pés.
(Adebayor) – PÉSSIMO: Entrou pilhado demais na partida, merecia ter sido expulso.
José Mourinho – PÉSSIMO: Não estava em campo devido à suspensão, mas tem uma grande parcela de culpa pela eliminação ao escalar mal a equipe no primeiro jogo.

Fotos: EFE e Reuters

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