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sábado, 30 de abril de 2011

Comentário da Redação > São Paulo 0 x 2 Santos

Visão santista > Que vitória do Muricy!
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

O Santos conseguiu em tempo recorde virar o Santos de Muricy Ramalho. Em poucos jogos, o time melhorou demais na defesa, não cede mais espaços bobos, não corre que nem louco atrás de contra-ataque e, por outro lado, continua atacando bem com os jogadores geniais que tem.

Esse primeiro parágrafo resume bem a vitória santista no Morumbi, que valeu vaga na final do Paulistão. Mais o segundo que o primeiro tempo, porém, acredito que valha para os dois.

Isso porque no primeiro tempo o São Paulo, sim, foi melhor. Principalmente nos 15 minutos finais, porque até então o San-São estava bem morno - e o Santos havia criado as melhores chances de balançar a rede. Dos 30 em diante, só deu Tricolor. Não fosse Rafael e o time da casa poderia ter aberto o placar.  Mas também é exagero dizer que foi um massacre são-paulino, bem longe disso.

No intervalo, Muricy Ramalho fez uma alteração que eu não gostei naquele momento, mas que mudou a história da partida. Tirou o nulo Zé Love e colocou o zagueirão Bruno Aguiar. A justificativa era que o time precisava ganhar o meio-campo e trabalhar mais a bola no ataque.

Mas peraí! Como o time vai ganhar o meio com um zagueiro a mais? Porque os laterais adiantaram e passaram a compor a marcação nos flancos. Isso foi fundamental para corrigir a marcação santista, que no primeiro tempo deu muitos espaços principalmente no lado esquerdo da defesa.

E como segurar a bola no ataque com um homem a menos na frente? Com Ganso e Elano adiantado, jogadores de ótima qualidade. E foi desses dois que surgiu o primeiro gol do jogo. O gênio da camisa 10 encontrou o camisa 8 fazendo o papel de 9. Bola na rede.

O São Paulo não conseguiu entender o jogo e o treinador Carpegiani fez alterações que só colaboraram para que o Santos tivesse mais espaços no ataque - saída de Casemiro, principalmente. Aí ficou fácil para Ganso, que com muito liberdade iniciou a jogada que Neymar quase marcou, e que voltou aos pés do meia, na entrada da área. Com muito categoria, Paulo Henrique deu números finais ao jogo.

E o São Paulo praticamente não fez nada no segundo tempo. Deu até dó, tamanha a impotência dos tricolores em campo.

Uma vitória de um time que tem uma dupla fora de série - Neymar e Ganso. Vitória de um técnico que pode ser acusado de retranqueiro, mas eu prefiro outro adjetivo: vencedor. Com a defesa mais sólida e o ataque produzindo sempre, o Santos tem tudo, mas tudo mesmo, para que esse segundo rótulo prevaleça sobre o primeiro no ano de 2011.

Conceitos
 
Rafael - BOM: Fez pelo menos duas defesas fundamentais no primeiro tempo.
Jonathan - BOM: Participou pouco do primeiro tempo, e no segundo resolveu aparecer. O esquema de três zagueiros que Muricy apostou deu mais espaço para o lateral.
Edu Dracena - BOM: Com a marcação mais forte no meio-campo, Dracena vem jogando muito melhor.
Durval - BOM: Sempre atento na marcação.
Léo - BOM: Mais uma grande partida. Teve trabalho para marcar o ataque são-paulino no primeiro tempo, mas Muricy deu a força necessário na etapa final.
(Alex Sandro) - REGULAR: Entrou bem atrapalhado na partida.
Arouca - BOM: Como sempre, correndo em todos os lados do campo.
Danilo - REGULAR: Errou demais hoje. Tem que jogar simples como vinha fazendo.
Elano - BOM: Outro que melhorou muito depois do intervalo, jogando mais perto da área. Fez até um golzinho.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Paulo Henrique Ganso - ÓTIMO: O craque do jogo. Em poucos lances, decidiu um clássico. Camisa 10 genial.
Neymar - BOM: Muito bem marcado durante os 90 minutos, Neymar se dedicou muito e conseguiu ajudar a equipe.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Perdeu o encanto. Não está jogando absolutamente nada!
(Bruno Aguiar) - ÓTIMO: Sua entrada, simplesmente, mudou o jogo.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Há tempos eu não via uma alteração mudar tanto o jogo. Parabéns ao Muricy. A vitória é dele.


Visão tricolor >  Transtorno Bipolar
por Thiago Jacintho - thi.jacintho@gmail.com

Certa vez vi um documentário no Discovery Channel sobre doenças psicológicas. Nele, pessoas que tiveram e têm sintomas das doenças contavam suas experiências.

Dentre os relatos, me chamou atenção Paulo, um paulistano que morava na zona sul e sofria de transtorno bipolar. Muito sincero e eloquente, ele relatou ao programa que em um mesmo dia, em um período de 90 minutos em média, ele passava do estado de euforia extrema, ao estado de apatia extrema.

Ele relatou inclusive um fato acontecido no dia 30/04/2011, durante um jogo de futebol. Neste jogo, segundo as regras, Paulo possuía em mãos uma certa vantagem: a de enfrentar o adversário em seus domínios, tendo toda torcida a seu favor. Portanto, além da euforia de Paulo teoricamente ter mais habilidade no jogo, ele teria a maioria o apoiando. Psicologicamente, um trunfo e tanto.

Pois bem, no começo do jogo, Paulo estava empolgado. Tentava atacar de diversas formas seu adversário, investindo mais no lado direito. Novamente, segundo as regras, o jogo deveria ter dois tempos de 45 minutos cada.

Ao final da primeira etapa estipulada, Paulo dominava as ações e tentava de todos os jeitos obter vantagem no duelo. Perdeu inclusive diversas chances de ter a tal vantagem, fazendo com que a primeira parte de sua luta terminasse empatada.

No intervalo o treinador de seu adversário resolveu fazer uma mudança e adotou uma postura mais defensiva na volta pro segundo tempo.

Quando todos esperavam que Paulo, o iluminado da tarde, dominaria o jogo, este voltou apático dos vestiários. Nada do que mostrou no primeiro tempo apareceu no segundo. Pelo contrário, Paulo parecia que havia começado os 45 minutos finais perdendo de 5 gols.

Isso veio a se confirmar quando Paulo levou o primeiro tento de seu adversário, chamado Santos. Totalmente cambaleante Paulo seguiu na disputa. Quando olhou para a arquibancada, descobriu o pior: sua torcida sofria de depressão. Todo o apoio que esperou receber deles quando precisasse estava agora comprometido. Em silêncio absoluto, seu estádio lembrava um enorme velório, só faltava a vela e a vala.

E elas vieram um pouco depois.

Faltando 15 minutos pro fim do jogo, Santos fez o segundo gol e Paulo, fragilizado que estava, tratou de ele mesmo se embalsamar e fechar seu caixão, só pedindo para o piedoso Santos postar as velas sob o móvel de madeira.

Com cuidado, uma vala foi aberta e com esmero, o caixão de Paulo foi colocado nela. Enfim encontrou a paz Paulo, um bipolar sofredor.

Conceitos


Rogério Ceni – REGULAR: Apesar de ótima defesa no primeiro tempo em chute de Neymar, foi omisso no gol de Ganso. A bola passou ao seu lado, rasteira, e ele sequer esticou o braço ou a perna pra tentar evitá-lo.
Xandão – PÉSSIMO: Perdeu na corrida para Neymar no segundo gol e o primeiro começou nas suas costas. Fez as faltas bobas de sempre.
Miranda – PÉSSIMO: Vinha bem até ficar perdido no primeiro gol e não marcar Elano, que cabeceou sozinho. No segundo deixou de colocar o pé na frente da bola que passou ao seu lado e rasteira. Atuação decepcionante.
Alex Silva – REGULAR: Quase que o Santos abre o placar no primeiro tempo devido a uma falta de seriedade dele, quando resolveu driblar dois adversários no campo de defesa. No resto, fez o que lhe foi incumbido.
Jean – REGULAR: Perdeu várias chances de gol. Apesar desse não ser seu ofício, ele tem sido treinado para aparecer como elemento surpresa e, portanto, deveria estar afinado na finalização.
Casemiro – REGULAR: Fez com disciplina a marcação. Errou muitos chutes no ataque. É outro que precisa treinar finalização, já que tem aparecido no ataque como elemento surpresa com freqüência.
(Fernandão) – REGULAR: Na única bola que chegou, cabeceou rente à trave.
Carlinhos Paraíba – BOM: Correu, marcou, desarmou e até finalizou. É o melhor do time atualmente, tem jogado o fino da bola. Infelizmente o conjunto não tem correspondido à altura.
Ilsinho – BOM: Atacou bastante no primeiro tempo, e criou diversas chances, desperdiçadas pelo ataque. No segundo, bem marcado, não conseguiu o mesmo desempenho.
(Willian José) – SEM CONCEITO: Jogou dois minutos.
Juan – PÉSSIMO: Pouco auxiliou Marlos pela esquerda na criação de jogadas. Incrível, mas ele não cruza. Defende de forma frágil. Merece banco.
Marlos – REGULAR: Apareceu em poucas ocasiões, muito porque o apoio de Juan pelo lado esquerdo do ataque foi praticamente nulo.
(Rivaldo) – BOM: Melhorou o time, que ficou ligeiramente mais organizado em campo após sua entrada. Criou jogadas de ataque que quase resultaram em gol. Pena que entrou tarde.
Dagoberto – BOM: Tentou criar jogadas. Finalizou algumas vezes, todas sem perigo. Sua raça devia contaminar o time…
Paulo César Carpegiani – PÉSSIMO: Responsável pela derrota. Levou um baile do Santos no segundo tempo e demorou pra mexer e arrumar a equipe. Insiste em deixar Rivaldo, o melhor meio-campista do time, na reserva. Foi a atuação mais ridícula do treinador desde que voltou ao São Paulo.

Fotos: Terra

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Direto da Redação

redacao_esporte@hotmail.com


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gringolaço > Real Madrid 0 x 2 Barcelona

Visão madrileña > Uma derrota quase irreversível
Por Rogério de Sá - alviroger@hotmail.com

Guerra. Essa é a palavra que definia bem o sentimento de Jose Mourinho, dos jogadores do real, e dos mais de 80 mil torcedores presentes no estádio, que levaram faixas de incentivo ao time escritas "Vivemos por Ti, Vença por nós", transformando o Santiago Bernabéu um verdadeiro caldeirão. Porém, parece que toda essa atmosfera não foi suficiente para empurrar o Real Madrid para o ataque.

José Mourinho não queria dar chance para o Barcelona, e entrou com a mesma formação dos últimos clássicos, com Cristiano Ronaldo no ataque, Dí Maria jogando nas costas do Daniel Alves e o luso-brasileiro Pepe de volante, com a clara intenção de congestionar a região do meio campo, que é o ponto forte do adversário.

E no primeiro tempo, o time do Real deixava o Barça ficar tocando a bola, e pressionava a partir do meio campo. Nesse espírito, Cristiano Ronaldo se mostrava dentro do jogo, pedindo para os companheiros subirem ao ataque junto com ele, para marcar a saída de bola do rival.

Com méritos, o time de Madri anulou os catalães na primeira etapa, forçando inúmeros erros de passe do adversário, mas, abdicou do jogo, apostando apenas nos lançamentos longos e bolas paradas.

Com a necessidade de fazer gols em casa, Jose Mourinho sacou Özil e colocou Adebayor, mas a tática de colocar o time para frente foi por água baixa quando Pepe foi expulso, com excesso de rigor, por uma solada em Daniel Alves.

Desde então, com um time nervoso, Cristiano Ronaldo omisso e Joée Mourinho sem mudar taticamente o time, o Real se tornou presa fácil de Messi, autor de dois gols que praticamente colocam o time azul-grená na final.

No fim das contas, o jogo foi uma lição para José Mourinho, que precisa entender que e um time recheado de estrelas e do porte do Real Madrid, não se pode dar o luxo de apenas ficar na defesa e catimbar o jogo inteiro. Agora é hora de colocar a cabeça no lugar e ir para Barcelona tentar o quase impossível.

Conceitos

Casillas - REGULAR: Não teve culpa nos gols
Arbeloa - REGULAR: Apenas defendeu, e quando o time precisou mudar o placar, não teve futebol para ajudar
Sérgio Ramos - BOM: Fez o que pode para segurar o ataque do Barça.
Albiol - BOM: Assim como Sérgio Ramos, segurou enquanto pode a equipe adversária
Marcelo - REGULAR: Estava bem defensivamente no jogo, até falhar na marcação do primeiro gol do Barcelona.
Pepe - PÉSSIMO: Improvisado como volante, tentava ajudar ofensivamente no primeiro tempo, mas acaba atrapalhando com seus lançamentos, e prejudicou a equipe ao ser expulso.
Diarra - PÉSSIMO: Não acrescentou nada ao meio campo do Real.
Xabi Alonso - REGULAR: Ficou escondido o jogo todo.
Özil - REGULAR: Dentro da proposta tática da equipe, fez o básico. Saiu no intervalo.
(Adebayor) - PÉSSIMO: Não acrescentou nada ao ataque do Real Madrid, e ainda merecia ser expulso por entrada em Busquets.
Cristiano Ronaldo - PÉSSIMO: Pela fama e habilidade que tem se espera muito mais do jogador. Ficou escondido entre os zagueiros do Barcelona, e em nenhum momento chamou a responsabilidade do jogo para si.
Di María - BOM: Jogou sozinho no ataque e impediu as jogadas do Daniel Alves.

Visão Catalã > Uma vitória do talento
Por Thiago Jacintho - thi.jacintho@gmail.com

Apesar do placar que pode até ser considerado elástico, dadas as circunstâncias do jogo, o Barça demorou pra conseguir furar o esquema defensivo do Real Madrid. Aliás, desde que Mourinho conseguiu um empate no jogo válido pelo Campeonato Espanhol jogando recuado, ele concluiu que essa é a única forma de parar o Barcelona.

Mas para isso dar certo, tem de estar com 11 contra 11 em campo. Alguns podem argumentar que no jogo do Espanhol, o Real chegou também a ter um jogador expulso, sair perdendo e empatar. Acontece que aquele gol saiu de um pênalti que não existiu nem lá, nem na China.

Malandragens à parte, o primeiro tempo do jogo de ontem em Madri foi recheado delas, ou pelo menos de tentativas. Muito truncado, o Barcelona foi quem ditou o ritmo do jogo fazendo seu tradicional e eficiente toque de bola.

Sem Iniesta machucado, Keita ficou incumbido da impossível missão de substituí-lo à altura. Mesmo tendo ido bem, o time catalão sentiu muito a falta de seu segundo homem de criação no meio de campo, função que ficou concentrada em Xavi.

Pedro saía mais da área para buscar o jogo e o Barcelona esperava mais um erro adversário pra poder marcar, do que tentando criar jogadas. O sempre ofensivo lateral-direito Daniel Alves ficou bastante preso atrás, muito em função da marcação de Marcelo, o lateral-esquerdo do Real.

Messi, marcado de perto por Pepe, nada conseguia fazer. Na verdade, nenhum dos times conseguia fazer nada. A maior prova disso foi que quem mais apareceu nos primeiros 45 minutos foram o volante-ator Busquets e o árbitro. Era um festival de simulação de agressão, e de exagero na sensação de dor quando a agressão existia.

Mesmo assim, um fato que acabou consolidado ao fim do jogo, já aparecia àquela altura: o domínio da posse de bola pelo time do Barcelona. Não lembro de ter visto a informação no primeiro tempo, mas logo no início do segundo, as estatísticas mostraram 71% de posse pro Barcelona e somente 29% pro Real Madrid. E o jogo era na casa dos merengues…

Falando em segundo tempo, foi nele que a situação se resolveu. E a solução veio depois de um ato de violência. O sempre maldoso e imprudente Pepe, que no momento da falta fatal estava atuando no meio ofensivo de seu time (ele é zagueiro de origem e ontem estava escalado como volante) deu uma entrada criminosa em Daniel Alves, que só não teve uma fratura séria porque, graças a Deus, seu pé não estava preso ao chão no momento do choque. Sem exagero algum, foi uma das faltas mais violentas que já vi no futebol. Sem exagero algum também, o árbitro acertadamente mandou o português pro chuveiro no ato.

Mal sabia o Real Madrid que ali começou seu sepultamento, que teve como coveiros, principalmente, dois jogadores: Afellay, que um pouco depois da expulsão de Pepe entrou no lugar de Pedro (que aliás, ao meu ver não jogaria nem no Guarani/SP) e Messi, o craque argentino. Psicologicamente, o jogo ficou totalmente à favor dos catalães. Só faltava o principal no futebol: o gol. E acabaram saindo dois.

O primeiro aos 22 minutos, após linda jogada de Afellay pela direita, Messi se antecipou o zagueiro e deu um toquinho na bola que passou debaixo das pernas de Casillas. Aos 31, o segundo. Messi recebeu na intermediária. Passou para Busquets e correu para receber. O volante-ator só ajeitou a bola para o argentino que correu com ela dominada em direção a área, livre de marcação. Com sua ágil perna esquerda cortou para a direita da área, se livrou de um, de dois, de três... na saída de Cassilas chutou de direita, no cantinho, e correu pro abraço.

Um golaço, histórico. Feliz de quem ama futebol e pode acompanhar um craque desse em ação. Feliz o Barcelona, que derrotou por dois gols de diferença o seu maior rival, em sua casa, na competição mais importante da Europa.

Do segundo gol em diante, restou ao mundo assistir nos últimos minutos, o que aconteceu nos primeiros: o toque de bola perfeito do Barcelona, o melhor time de futebol da atualidade, e certamente um dos melhores de todos os tempos.

Conceitos

Valdez – BOM: Não levou gol, mas praticamente não trabalhou. Leva esse conceito em homenagem à bela partida do seu time. 
Dani Alves – BOM: Mais preso na defesa, pouco ajudou no ataque, como é costumeiro. Sofreu a falta que mudou o jogo. 
Puyol – BOM: Seguro. É o líder do time. Segura as broncas na defesa e também quando precisa colocar uma pressão psicológica no juiz ou adversário. 
Piqué – BOM: Não teve muito trabalho. Também não se envolveu em muita polêmica. Aliás, o Cristiano Ronaldo, teoricamente o homem mais perigoso do Real, entrou em campo ontem? 
Mascherano – BOM: Marcou com a eficiência de sempre. Impõe respeito. Como bom argentino, catimba e provoca muito bem quando precisa. Isso ajuda em jogos desse porte… 
Busquets – REGULAR: Apesar de ter feito sem erro o que lhe foi mandado, não gosto das encenações constantes que ele faz. Ontem merecia o Oscar. 
Keita – BOM: Entrou pra impossível missão de substituir Iniesta à altura do talento deste e como se esperava, falhou nela. Porém, foi raçudo e brigador o tempo todo. E claro, como o restante do time, não errou um passe sequer, o que tem muita valia. 
Xavi – BOM: Incansável e insistente. Sentiu a falta de Iniesta, mas se virou como pôde. 
Pedro – PÉSSIMO: Como sempre, não fez nada. Perdeu um gol feito. Encenou demais no primeiro tempo. Quando foi substituído, o time melhorou muito. 
Messi – ÓTIMO: Vinha mal até Pepe, seu marcador ser expulso. Dali em diante conseguiu jogar. Até demais. Marcou os dois gols, sendo o segundo, um golaço 
Villa – REGULAR: Apareceu pouco no jogo. Finalizou algumas vezes com perigo e só. 
Afellay – ÓTIMO: Melhorou o time depois que entrou. Em poucos minutos, deu uma assistência pro primeiro gol de Messi e criou inúmeras jogadas. Merece a vaga de Pedro no time titular. 
Sergi – SEM CONCEITO: Jogou três minutos. Não conta.


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Direto da Redação

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Gringolaço > Ode à moda inglesa

Esta terça-feira foi mais do que o dia da partida de ida entre Schalke 04 e Manchester United pela semifinal da Uefa Champions League, vencida pelos ingleses por 2 a 0. Foi também o dia do goleiro.

Sim, dia 26/4 é o dia de comemorar a profissão de goleiro, uma das mais extremistas do futebol. No mesmo jogo o sujeito pode ir do céu ao inferno, ou vice-versa. Não há meio-termo para o arqueiro.

Apesar de ser uma função relevante, o goleiro não tem o seu dia como um feriado. O dia do goleiro é um dia útil e comum, onde todos trabalham, desde o porteiro do prédio até o presidente da República (no Brasil teoricamente, deveria ser assim).

Manuel Neuer, é o goleiro do Schalke 04. E no seu dia, ele foi homenageado da melhor forma possível: trabalhando muito.

Nem o fato de estar em sua própria casa evitou o cruel destino de Neuer de trabalhar mais que todo mundo no dia em que ele deveria receber um agrado. Na verdade, o único agrado que recebeu foi não ver sua equipe sair de campo goleada. E isso graças a ele, que fez no mínimo cinco defesas importantes.

O time azul da Alemanha, que nas quartas-de-final atropelou o azul e negro italiano, Internazionale, estava acuado. Errava passes curtos, não conseguia construir uma jogada sequer. A bola não ficava em seus pés. Em dado momento a proporção ficou de 65% de posse para o Manchester e 35% para o Schalke.

Farfan, Raúl e Edu, o trio de ataque ibérico-colonizado do time alemão, mal tocou na bola no primeiro tempo. Não quiseram homenagear Van de Sar, goleiro do Manchester. Eles, em parceria com o grego Papadopoulos, que errou diversos passes curtos no campo de defesa e auxiliou assim o ataque dos ingleses, fizeram questão que só o goleiro Neuer tocasse no elemento principal de um jogo de futebol: a bola.

No segundo tempo, a sensibilidade enfim chegou ao Veltins-Arena. O Schalke 04 melhorou e conseguiu equilibrar a partida, fazendo o outro goleiro em campo trabalhar um pouco também, sentir-se lembrado.
Mas, talvez de pirraça, os homens de ataque do Manchester resolveram acabar com as gentilezas.

Rooney deu um passe açucarado para o veterano Giggs chutar por debaixo das pernas do alemão e fazer o primeiro gol do jogo. Dois minutos depois, foi a vez de Rooney deixar seu presente na rede de Neuer.
Oficialmente a homenagem ao goleiro da noite tinha acabado. Junto a ela, certamente, a esperança da torcida de ver sua equipe chegar à final da principal competição do continente.

“Foi bom enquanto durou” – pensou a torcida do Schalke sobre o sonho de voos mais altos. “Foi boa enquanto durou” – pensou Neuer sobre a homenagem ao seu dia.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Comentário da Redação > Sem brilho, Palmeiras avança no Paulistão


Com as contusões de Cicinho e Thiago Heleno, a única surpresa no Palmeiras, foi a volta de São Marcos, mas dessa vez, o goleiro ficou apenas no banco no duelo contra o Mirassol, neste domingo, pelo Campeonato Paulista.

O jogo começou com muita disputa de bola, e algumas entradas ríspidas, principalmente do camisa 7 do Mirassol, que foi substituido ainda no primeiro tempo, e de Danilo que acertou o adversário ainda no chão, causando um início de tumulto. A primeira grande chance foi do Mirassol, em um cruzamento que passou por toda a defesa, mas Deola acabou fazendo uma bela defesa.

Mas logo em seguida, Palmeiras respondeu da melhor maneira possível, Valdivia driblou seu marcador, e acertou um chute de rara felicidade, no ângulo do goleiro Fernando Leal, abrindo o placar, para festa dos 17 mil palmeirenses presentes no Pacaembu.

O time de Palestra Italia seguiu sem dar chances ao adversário, dominando o primeiro tempo, tendo chances de fazer o segundo gol em uma cobrança de falta de Marcos Assunção e após um cruzamento de Luan, que por muito pouco, Tinga não chega na bola.

Mas a zaga do Palmeiras sentia falta a falta de seu zagueiro titular, e em um apagão geral, o Mirassol empatou o jogo, após cobrança de escanteio.

Na volta para o segundo tempo, a unica alteração foi tática, Márcio Araujo voltou para sua posição original, e João Vitor foi deslocado para lateral direita. E a alteração surtiu efeito. Com espaço e mais solto em campo, Marcio Araujo começou a abusar das jogadas individuais, e foi coroado com um belo gol de fora da área, 2 a 1 Verdão.

Pelo lado do Mirassol, Xuxa ainda foi expulso, devido as seguidas faltas que estava cometendo. Mesmo assim, o Palmeiras continuou nervoso em campo, querendo matar logo a partida, dando chances de contra-ataque para o adversário.

Chico entrou no lugar do Tinga, para dar mais proteção a zaga e Lincoln substituiu o cansado Valdivia. Mesmo com os espaços na zaga palmeirense, a equipe do interior não soube aproveitar e o Alviverde seguiu até o fim do jogo sem grandes sustos. Luan e Rivaldo ainda tiveram chances de aumentar o placar, mas o jogo terminou mesmo 2 a 1.

O Palmeiras visivelmente sentiu a falta de um centroavante nesse jogo, vaga que deve ser ocupada por W. Paulista, mas como ele não pode atuar no campeonato, Felipão terá a semana para trabalhar e achar alternativas para fazer com que a equipe passe pelo Corinthians, adversário na semifinal.

Conceitos

Deola - BOM: Quando a bola chegou na área verde, saiu bem da meta. Não teve culpa no gol do Mirassol.
Márcio Araujo - ÓTIMO: Fez um primeiro tempo discreto atuando como lateral direito, mas quando voltou para sua posição original, fez uma grande partida, e de quebra, o gol da vitória.
Danilo - BOM: Discreto no jogo, fez o básico.
Leandro Amaro - REGULAR: Não está entrosando ao time, abusou dos bicões.
Rivaldo - BOM: Fez uma partida segura, não comprometeu na zaga e arriscou algumas subidas ao ataque.
João Vitor - REGULAR: Começou o jogo como volante, e depois foi deslocado para lateral. Em ambos não mudou muita coisa no time.
Marcos Assunção - BOM: Parece ter recuperado sua forma física, não deu espaço para o adversário e distribuiu bem o jogo.
Tinga - REGULAR: Melhorou em relação ao ultimo jogo, apareceu mais no ataque, mas ainda erra muitos passes bobos.
(Chico) - SEM CONCEITO: Entrou no final para segurar o placar, não deu tempo de ser avaliado.
Valdivia - BOM: Fez um golaço, deixou Luan na cara do gol, mas se tratando de Valdivia, pode render mais.
(Lincoln) - SEM CONCEITO: Entrou para cadenciar o jogo, mas não deu tempo de mudar muita coisa.
Luan - REGULAR: Se entrega em campo, mas sua defiência na hora de finalizar quase custa caro ao Verdão.
Kleber - BOM: Brigou praticamente sozinho contra os atacantes, e na maioria das vezes, levou vantagem. Faltou o gol.
Felipão - BOM: Errou em começar o jogo com Márcio Araujo na lateral, mas corrigiu no intervalo. Insiste em deixar Lincoln no banco e Tinga como titular.


Foto: Terra

Redator: Rogério de Sá
alviroger@hotmail.com

domingo, 24 de abril de 2011

Comentário da Redação > Classificação tricolor em três atos

Eletrizante no início, dominado pelo São Paulo do meio do primeiro tempo em diante, fato que ficou evidente após o gol marcado por Ilsinho.

Morno na volta do intervalo, dominado pela Portuguesa, depois que Carpegiani resolveu tirar um atacante e colocar um zagueiro na equipe, trazendo o adversário que perdia e precisava empatar pra continuar a sonhar, pro campo de defesa tricolor.

Resolvido após um contra-ataque que aconteceu logo após o último ataque perigoso dos lusitanos ao gol de Rogério, que aliás, fez pelo menos três defesas difíceis e importantes.

Este é o resumo da vitória do São Paulo sobre a Portuguesa por 2 a 0, neste domingo, em jogo válido pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista.

Os dez primeiros minutos de jogo foram de correria e muita disposição de ambas as equipes, sendo o São Paulo superior, fazendo jogadas com Marlos, Dagoberto e Ilsinho. Numa dessas tramas, Jean acertou belo cruzamento da direita na cabeça de Ilsinho, que concluiu com precisão, inaugurando o placar, no finalzinho do primeiro tempo.

No segundo tempo, aos dez minutos, Carpegiani optou por trocar Marlos pelo jovem zagueiro Luis Eduardo, intencionando recuar a equipe e ficar no contra-ataque, já que o placar classificava o São Paulo.

Conseguiu o que queria, mas daí em diante o time passou a levar susto atrás de susto, fazendo Rogério Ceni, que até então assistia ao jogo, trabalhar. E o tal contra-ataque, não saía de jeito nenhum. Quando saía, era neutralizado pela defesa da Portuguesa, que se fechava com rapidez e qualidade.

Porém, na casa dos trinta minutos, quando a torcida da Lusa já se empolgava e vislumbrava o empate, e a Tricolor já sentia um certo temor, Jean puxou um contra-ataque pela direita e serviu Ilsinho, que invadiu a área e só rolou para trás. Dagoberto veio sozinho e fuzilou o goleiro. A bola ainda tocou na trave antes de morrer mansa na rede.

Foi o golpe final do tricolor, que nos últimos minutos se limitou a tocar a bola, pra ouvir da arquibancada o grito de ‘’olé”.

Era o último ato do espetáculo na Arena Barueri.

Conceitos

Rogério Ceni – ÓTIMO: Fez pelo menos três defesas difíceis no momento em que o São Paulo era pressionado, garantindo o placar em vantagem para o time. Melhor em campo.
Miranda – BOM: Marcou com lealdade e precisão. Ótimo mais uma vez na ligação da defesa com o meio de campo. Não erra passe.
Rhodolfo – ÓTIMO: Levou um amarelo cedo por uma entrada violenta e desnecessária, mas no restante do jogo foi perfeito. Salvou pelo menos duas bolas importantes.
Rodrigo Souto – REGULAR: Começou mal no jogo, errando passes e domínios de bola, mas depois melhorou. Levou perigo em um cabeceada enquanto o jogo estava 0x0.
(Henrique) – REGULAR: Apesar de ter auxiliado em algumas jogadas armadas por Marlos, Ilsinho e Dagoberto, não finalizou uma bola ao gol. Centroavante que não finaliza, não marca, e se não marca, perde espaço.
Jean – ÓTIMO: Cruzamento perfeito no primeiro gol e rápido ao puxar o contra-ataque que resultou no segundo.
Casemiro – BOM: Marcou bem e ajudou a criar jogadas de ataque. Incansável, correu até o último minuto.
Ilsinho – ÓTIMO: Um gol e uma assistência. Dribles desconcertantes. Só não foi o melhor em campo porque Rogério segurou as pontas no momento de tensão.
(Cléber Santana) – PÉSSIMO: Ficaria sem avaliação, pois entrou faltando dez minutos pro fim. Mas nesse tempo conseguiu errar um passe no campo de defesa, ajudando a armar um ataque pra Portuguesa e ganhou notoriedade deste que vos escreve.
Carlinhos Paraíba – BOM: Esteve um pouco abaixo do que nos últimos jogos quanto ao auxílio na criação de jogadas de ataque, mas no que é escalado para fazer, a marcação, foi perfeito.
Juan – REGULAR: Não fez nada de mais, nem de bom nem de ruim, tanto na defesa quanto no ataque.
Marlos – BOM: No primeiro tempo infernizou os zagueiros adversários. Deu dribles cinematográficos e arriscou alguns chutes pro gol, mesmo de perna direita, que não é a ‘’boa’’. Está ficando mais abusado.
(Luis Eduardo)
– BOM: Para um estreante, num jogo decisivo, o garoto mostrou bastante segurança.
Dagoberto – BOM: Ajudou o ataque vindo buscar bolas no meio campo, porém estava em débito na finalização até marcar o segundo gol e matar o adversário.
P. C. Carpegiani – REGULAR: Começou mal ao escalar Rodrigo Souto numa posição que até agora não entendi qual era. Melhorou quando o tirou e colocou Henrique, tornando o time até mais agressivo do que já estava. Piorou de novo quando inventou de colocar um zagueiro e recuar o São Paulo, ainda no início do segundo tempo. Deu sorte de ter bons jogadores, que resolveram a parada.

Foto: Terra



Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

Comentário da Redação > Superioridade do Corinthians sobre o Oeste não anima

Como esperado, o Corinthians dominou o jogo e mostrou muita superioridade diante do Oeste, no Pacaembu. A classificação veio com um 2 a 1, até com um certo tom de dramaticidade, mas poderia ter sido um placar elástico pelo que os donos da casa produziram. Bruno César, por exemplo, perdeu dois gols sem goleiro (por méritos dos defensores adversários também, que fecharam bem a trave) e o único gol do time de Itápolis foi numa nova falha do Julio César.

Mas foi até bom que a vitória tenha sido magra, para não passar uma imagem errada do atual futebol corintiano. O Timão fez uma boa partida, porém isso deve-se mais a raça e dedicação de todo o time e a fragilidade do adversário. Técnica e taticamente a equipe se mostrou muito fraca novamente. São raríssimas as ultrapassagens e tabelas interessantes, os jogadores se posicionam mal e batem cabeça, a defesa não é consistente e o ataque não consegue ter grande eficiência.

Isso é reflexo do atual futebol individual dos corintianos. Nada menos que seis jogadores vêm jogando muito mal, na minha opinião. Os três principais são, na ordem: Jorge Henrique, Dentinho e Chicão. Coloco esses antes porque os seus reservas são muito superiores atualmente e não sei porque ainda estão no banco - Morais, Willian, Paulo André (o Wallace também é melhor hoje que o atual capitão), respectivamente.

Os outros três que também não andam correspondendo são Julio César, Alessandro e Fábio Santos, só que estes os suplentes são bem contestáveis e não dá para bancar que eles seriam melhores - o goleiro (Rafael Santos), então, dá para garantir que ele conseguiria ser bem pior.

O fato é que, com esse tanto de gente jogando abaixo da crítica somado a falta de organização tática da equipe, não dá para acreditar em voos mais altos. O Alvinegro é bem inferior aos outros três grandes hoje. Se der a lógica neste domingo, o Palmeiras é o favorito no dérbi da semifinal.

Conceitos

Julio César - PÉSSIMO: Cometeu nova falha que resultou em gol e quase entregou outro no segundo tempo. Para completar, ainda foi bem mal na reposição de bola
Alessandro - REGULAR: Não passa confiança, me parece inseguro as vezes, e comete erros infantis. Tem ido melhor no apoio do que na defesa.
Chicão - PÉSSIMO: Falhou quando foi exigido. Está jogando nada, merece banco há algum tempo. Hoje é apenas o quarto melhor zagueiro do elenco.
Leandro Castán - BOM: Enquanto isso o Castán vai muito bem, obrigado.
Fábio Santos - REGULAR: Muito raçudo, mas fraco tecnicamente como de costume.
Ralf - BOM: O de sempre: correu e marcou demais o camisa 5.
Paulinho - BOM: Meio lento às vezes, mas fez boa partida.
Bruno César - BOM: Apesar de ter pecado um pouco nas finalizações e mostrado certo nervosismo em um período do jogo, voltou bem ao time titular, fez boa partida.
(Morais) - SEM CONCEITO: Entrou faltando dez minutos para terminar e naquele período em que o Timão se fechava para não dar espaço ao adversário. Mal pegou na bola.
Jorge Henrique - PÉSSIMO: Esse conceito ainda é um elogio. Parece jogador de várzea. Incrível o que comete de erros inexplicáveis... nem marcar ele está fazendo bem. Não pode ser titular na semifinal!
(Danilo) - SEM CONCEITO: Igualmente ao Morais.
Dentinho - REGULAR: Um bom começo (10, 15 minutos), depois caiu. Passou mal no começo do segundo tempo e foi substituído pelo herói da classificação.
(Willian) - ÓTIMO: Deu outra cara ao time (muito mais objetividade!) e fez o decisivo golaço. Pra mim, é claramente superior ao Dentinho para fazer dupla com o Liedson. Não pode ser reserva, e falo isso desde que ele fez a primeira partida como titular.
Liedson - BOM: Reencontrou o caminho do gol e mostrou muita dedicação.
Téc: Tite - PÉSSIMO: Não vejo mérito nenhum do Tite nessa vitória. Pelo contrário, na minha visão, falta padrão tático também (estou esperando o equilíbrio até hoje) e o time titular não é o ideal. Absurdo o Jorge Henrique ser titular e ainda ficar em campo até aos 37 minutos do segundo tempo! E o Willian provavelmente só entraria no fim se não fosse o problema do Dentinho.

Foto: Terra

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

sábado, 23 de abril de 2011

Comentário da Redação > Santos vai às semifinais do Paulistão com defesa em alta

Não foi o ataque santista que fez a diferença neste sábado, na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, na Vila Belmiro. Sem tomar gols e tampouco grandes sustos, o Peixe pode dizer que segue às semifinais do Campeonato Paulista graças ao bom trabalho defensivo que desempenha desde a chegada de Muricy Ramalho.

É nítida a evolução da equipe desde que o treinador tetracampeão brasileiro assumiu a equipe, há pouco mais de três semanas. Foram cinco jogos e apenas dois gols sofridos. O ataque continua marcando, mas em jogos como o deste sábado, em que era preciso jogar em ritmo mais lento devido aos compromissos que vêm por aí na Libertadores, o time soube se defender após abrir 1 a 0 e os homens de frente conseguiram tirar o pé do acelerador.

Depois desses cinco jogos, já está clara uma mudança tática no Santos de Muricy: o meio-campo atua com três volantes (qualificados demais), apesar de não ter havido mudança de peças em relação ao time que vinha jogando. Isso porque Elano recuou mais e agora é esse terceiro homem de marcação, pela direita, que sai em velocidade para o ataque quando necessário.

Mais que ele, sobe Danilo, que na teoria é o segundo volante, mas na prática aparece sempre no ataque como elemento surpresa. Aos 19 anos, o camisa 7 consegue também recompor mais rápido depois de ir ao ataque e, dessa forma, o Santos não vem deixando espaços. Arouca segue como o limpa-trilhos da equipe.

E esse é um ponto que Muricy vem batendo desde que chegou ao Santos, a questão dos contra-ataques que o time da Baixada oferecia aos adversários. Até aqui, com o novo técnico, o time parou de correr atrás dos atacantes adversários e está conseguindo compor bem cada espaço da defesa, mesmo quando perde a bola na frente.

Com marcação forte e constante, o ataque consegue resolver. Só não faz mais hoje porque os centroavantes Zé Eduardo e Keirrison estavam em péssima tarde. Mas Neymar e Ganso fizeram um pouco do que sabem e conseguiram contribuir ofensivamente.

Este é o resumo não só do Santos de Muricy num geral como também é o resumo do Santos de hoje, diante da Ponte Preta. A Macaca tem bom time, talvez tivesse sorte melhor se pegasse outro grande nesta fase, mas encarou, na minha opinião, o melhor dos 4 neste momento. Ainda mais agora que o Peixe parece ter aprendido a defender.

Isso que é "trabalho, meu filho". Em poucos jogos o resultado já surgiu.


Conceitos

Rafael - BOM: Com a defesa trabalhando melhor, está sendo também menos exigido.
Jonathan - BOM: Falhou nos lances de ataque, mas deu um show na defesa.
Edu Dracena - BOM: Está ficando menos no mano a mano e, assim, falha bem menos.
Durval - REGULAR: Ele que vinha jogando muito, curiosamente, falhou em alguns lances infantis de marcação.
Léo - BOM: Para alívio do torcedor santista, parece que a lesão que forçou a saída do hoje camisa 99 não foi grave. Ele será fundamental no jogo pela Libertadores porque está jogando bola demais!
(Alex Sandro) - REGULAR: Deu espaços demais pelo lado esquerdo de defesa.
Arouca - BOM: Está visivelmente cansado, mas corre tanto que consegue compensar.
Danilo - BOM: Errou muitos contra-ataques. No mais, um gigante na marcação.
Elano - BOM: Está cumprindo bem sua nova função, assumindo a posição real de coadjuvante. Até parou de tentar fazer lançamentos de 50 metros a cada 5 minutos.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Paulo Henrique Ganso - BOM: Participou bem do ataque em lances esporádicos, mas leva um conceito melhor pela forma como conduziu a equipe nos minutos finais, administrando o placar.
Neymar - BOM: Fez um belo primeiro tempo, com movimentação, dribles lindos e finalizações como só ele faz. Numa delas, pintou o gol. Na etapa final, teve apenas mais dois bons lances e nos dois quase o gol saiu.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Um destrate total. Está em uma fase terrível.
(Keirrison) - PÉSSIMO: Um desastre total [2]. O problema deste é que o problema não parece ser apenas a fase.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Não é qualquer técnico que merece tantos elogios em tão pouco tempo no comando de uma equipe. Muricy começa muito bem à frente do Santos.


Foto: Lancenet!

Redator: Ricardo Pilat
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Comentário da Redação > Ao melhor estilo Felipão, Palmeiras despacha Santo André

Jogadores brigando 90 minutos pela posse de bola, poucos lances bonitos, um técnico colocando pressão em cima da arbitragem e o jogo decidido em uma bola parada. Não tem como negar que um time em campo era comandado pelo multicampeão Luiz Felipe Scolari.

Para entender a escalação do Palmeiras nesse jogo, basta se basear nos times montados pelo técnico desde a época de Criciúma, Grêmio e o próprio Palmeiras, onde sempre houve um exímio batedor de faltas, zagueiros fortes fisicamente e bons no cabeceio, um time que se entrega em campo o tempo todo e um matador, que pode vir a ser W. Paulista no atual elenco, porém, quem sonhava que Felipão iria entrar com três atacantes, apenas se iludiu.

Mantendo a base do time que vem atuando e ganhando os jogos no Campeonato Paulista, a equipe enfrentou o rebaixado Santo André, que jogava seu jogo do ano no Pacaembu. 

E a partida se desenhou exatamente como todos imaginavam: Santo André fechado, muita briga no meio campo, rodízio de faltas em cima de Kleber e Valdivia, e um primeiro tempo sem grandes sustos para ambos os lados.

Luan, aos 21 e as 42 minutos, teve a chance de abrir o marcador, mas não acertou o alvo e parou nas mãos de Neneca. Já o Santo André, não teve nenhuma chance clara.

O segundo tempo começou mais agitado, com a substituição de Thiago Heleno contundido e a entrada de Leandro Amaro, a zaga alviverde demorou a se encontrar, e logo aos três minutos, Deola opera um milagre em uma cabeçada a queima roupa. O lance, porém, pareceu acordar os mais de 34 mil torcedores que estavam no estádio, e o Palmeiras criou mais chances de gol.

A blitz alvivede começou novamente com Luan, que driblou dois adversários, mas chutou para fora. Kleber, Valdivia e Marcos Assunção ainda tiveram oportunidades de abrir o placar.

A partida continuava no mesmo ritmo do primeiro tempo, e mais um jogador palmeirense sente lesão. Desta vez Cicinho sai para a entrada de João Vitor, mas como em jogos anteriores, o time mostra um grande preparo físico, e mantém a mesma pegada.

E ao melhor estilo Felipão, em um escanteio para o Palmeiras, Marcos Assunção cobra com perfeição no primeiro pau, para Danilo, que sobe mais que toda a zaga do Santo André e abre o marcador, festa verde no Pacaembu.

Após o gol, ressentidos pelo rebaixamento e a já provável eliminação na copa do Brasil, a equipe do ABC entende que os tradicionais "chute no vácuo" de Valdivia eram um desrespeito ao adversário, e após entrada violenta em cima do chileno, Anderson é expulso, minando qualquer possibilidade remota do Santo André reagir.

A equipe alviverde ainda teve a entrada de W. Paulista, no lugar do contestado Tinga, e um pênalti em cima de Kleber. Ele mesmo bateu , mas falhou mais uma vez, sua terceira penalidade perdida em sequência. Mas naquela altura do campeonato, a classificação já era do Palmeiras, coroando mais uma vez o esquema tático montado por Felipão, que pode não ser um primor no quesito técnico, mas sempre se mostrou muito eficiente.

Conceitos

Deola – BOM: não teve grande trabalho no jogo, mas quando exigido, salvou o time.
Cicinho – BOM: Mostrando a regularidade de sempre, saiu machucado no segundo tempo.
(João Vitor) – REGULAR: Entrou improvisado e não teve muito tempo para mostrar alguma mudança.
Thiago Heleno – BOM: Rejeitado pelo Corinthians, caiu como uma luva no esquema tático de Felipão, o time sentiu sua falta quando saiu machucado no intervalo
(Leandro Amaro)- REGULAR: Demorou a entrosar com Danilo.
Danilo – ÓTIMO: Mostrou a tradicional segurança defensiva, e ainda fez o gol da vitória.
Rivaldo – REGULAR: Dentro de suas limitações e improvisado como lateral, não comprometeu.
Marcio Araujo – BOM: Homem de confiança de Felipão, jogou seu tradicional arroz com feijão, que sabe fazer muito bem.
Marcos Assunção – BOM: Cada jogo que passa vai melhorando sua parte física. Aguentou correr o jogo todo, mas ainda está faltando calibrar seu pé nas cobranças de falta.
Tinga – PÉSSIMO: Não consegue se encaixar no time, erra passes de um metro. Não é o mesmo jogador que brilhou na Ponte Preta.
(W. Paulista) - SEM CONCEITO: Entrou, correu, brigou, porém, não teve tempo para mostrar seu futebol.
Valdivia – BOM: Foi o jogador de sempre, driblou, provocou, deu passes nas costas da defesa, e quase deixa o seu no final.
Luan – BOM: Pouco acrescentou na parte ofensiva, mas reafirmou sua importância tática, correndo o tempo todo, ajudando a defesa e subindo ao ataque.
Kleber – BOM: Brigou o tempo todo como sempre, mas precisa melhorar suas cobranças de pênalti.
Tec: Felipão – ÓTIMO: No seu modo de ver o jogo, conseguiu o que queria: a classificação.

Foto: Terra


Redator: Rogério de Sá
alviroger@hotmail.com

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Comentário da Redação > São Paulo vence em "ataque x defesa"

Ontem o Serra Dourada presenciou o famoso jogo de ataque contra defesa. Com um jogador a menos desde os 23 minutos do primeiro tempo, expulso de forma justa, aliás, o Goiás resolveu recuar o time todo e jogar no contra-ataque. Decisão plausível, uma vez que mesmo com o time completo, os esmeraldinos são tecnicamente inferiores ao São Paulo.

Indo para cima com facilidade, o tricolor teve boas chances no primeiro tempo com Jean, que chutou cruzado ao gol de Harley, tirando tinta da trave do arqueiro, e Rodolfo, arriscando um chute forte de fora da área, espalmado pra longe.

Rodolfo, aliás, se destacou bastante no campo de ataque, tendo ajudado na criação de jogadas pelo lado direito, como um lateral, e chutando ao gol quando abria espaço.

Outro que mais uma vez jogou muito bem, principalmente na distribuição das jogadas, foi Carlinhos Paraíba. Deu ótimos lançamentos pro ataque, fez belas inversões de jogo, e marcou com maestria. Além de não errar um passe sequer. Tem se tornado o novo Mineiro do meio-campo são paulino.

Mesmo com toda pressão, o primeiro tempo terminou zerado, o que se modificou logo no início do segundo.
Após bela jogada individual, Dagoberto buscou a bola na intermediária, avançou, e no meio de 3 adversários chutou de chapa no cantinho, sem chance de defesa.

Daí em diante, o São Paulo passou a administrar o resultado, cadenciando o jogo. Criou boas chances, desperdiçadas por Henrique e Ilsinho, que perdeu dois gols feitos, que por sorte, ontem pelo menos, não fizeram falta.

No finalzinho, sentindo que o time paulista havia tirado um pouco o pé, o Goiás chegou a dar dois ataques que acabaram nas mãos de Rogério Ceni.

O São Paulo conseguiu uma boa vantagem pro returno na Arena Barueri. E se o Goiás escapou de uma goleada, semana que vem pode ser diferente, pois o matador Luis Fabiano estará em campo, e ele não costuma desperdiçar chances!

Conceitos

Rogério Ceni – BOM: Seguro quando requisitado. Cobrou uma bela falta no primeiro tempo.
Rodolfo – EXCELENTE: Além de defender com lealdade e segurança, foi ao ataque e levou perigo. Revela-se um bom lateral-direito. Melhor em campo.
Alex Silva – BOM: Zagueiro, quando não compromete, recebe esta avaliação. Foi tudo o que o Alex fez ontem.
Miranda – BOM: Soberano na sobra, organizou por diversas vezes a ligação da defesa com o meio de campo.
Jean – BOM: Fez o básico. Errou ao tentar fazer o gol no primeiro tempo, quando Dagoberto aparecia livre na pequena área. Devia ter tocado.
Casemiro – BOM: Marcou e ajudou na distribuição. Créditos por ter aparentado menos afobação que nos últimos jogos.
(Henrique) – REGULAR: Apareceu pouco. Deu bons passes, mas finalizou mal quando teve suas chances.
Carlinhos Paraíba – EXCELENTE: Marcou, desarmou, lançou, inverteu, passou, e não errou absolutamente nada em tudo isso. Motor do time.
Ilsinho – BOM: Criou bastante opções no ataque, ajudando Marlos e Dagoberto, e posteriormente Henrique. Errou ao querer enfeitar demais em dois lances que poderiam dar ao time um placar mais elástico.
Juan – REGULAR: Apareceu pouco no apoio, cruzou mal diversas bolas, e deu um chute bizonho no segundo tempo. Na defesa, no pouco que foi exigido, não comprometeu.
Marlos – REGULAR: Alternou momentos de ousadia, com momentos de timidez. Abriu bons espaços para Dagoberto e Ilsinho finalizarem, mas na sua vez de o fazer, chutou fraco ou no meio do gol. Parece medroso as vezes. 
(Rivaldo) – BOM: Outro que não se destacou tanto, mas quem é craque, é craque. Ótimos lançamentos, passes e cruzamentos. Meia clássico. Se estivesse mais jovem, seria titular com certeza.
Dagoberto – EXCELENTE: Fez o gol em bela jogada individual e levou perigo outras diversas vezes. Está em sua melhor fase desde que chegou ao São Paulo.
PC Carpegiani – BOM: Ousou ao tirar um volante para colocar um atacante na volta do intervalo, quando o time já estava com um a mais em campo, e dominando as ações.

Foto: Gazeta Press


Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

Comentário da Redação > Jogando pro gasto, Santos avança na Copa Libertadores

O mais difícil o Santos já havia conseguido nas duas rodadas anteriores do Grupo 5 da Copa Libertadores, ao bater Colo Colo e Cerro Porteño. Nesta quarta-feira, no Pacaembu, o Peixe apenas tratou de confirmar a classificação para as oitavas de final com uma vitória por 3 a 1 sobre o Deportivo Táchira, um dos times mais fracos que eu já vi disputar o continental.

Mesmo diante dessa fragilidade, o Santos tirou o pé do freio em certo momento do jogo e poderia até ter se complicado - fica o alerta. Porém, em momento algum o Alvinegro Praiano temeu por um revés - e se temesse, seria ainda mais preocupante.

O fato mais legal do jogo do Pacaembu, além dos mais de 37 mil espectadores que abarrotaram o estádio, foi a possibilidade de Muricy escalar o time ideal do Peixe pela primeira vez em 2011. Charles é o único que faltou entrar na equipe, mas pelo que vem jogando o Danilo acho que a posição já é do ex-América-MG.

No mais, destacar as brilhantes atuações de Léo, Durval e Arouca também é chover no molhado. Jonathan também está justificando sua contratação. E, claro, Neymar, que destroi qualquer defesa adversário em um lance. Joga bola demais!

Já pensando no mata-mata diante do América-MEX, Muricy precisa corrigir algumas coisas, mas está no caminho certo. Em poucos jogos, o Santos já está marcando muito melhor do que fazia no último ano e meio. E a defesa será muito importante no primeiro duelo contra os mexicanos, pois é fundamental que o time da Baixada faça gols e não sofra nenhum já que joga a primeira na Vila Belmiro.

Conceitos

Rafael - BOM: Não teve culpa no gol do Táchira e ainda fez outras boas defesas.
Jonathan - BOM: Dá muita qualidade ao time nas jogadas de ataque, além de marcar bem também.
Edu Dracena - REGULAR: Até diante de um adversário desses, Dracena abusa das chegadas atrasadas.
Durval - ÓTIMO: Durval, ao contrário do companheiro, não perdeu uma!
Léo - ÓTIMO: Vem sendo um dos principais jogadores do Santos na temporada. Ontem não foi diferente. Brigou durante os 90 minutos.
Arouca - ÓTIMO: Voltou ao time outro dia, mas parece que vinha jogando desde o começo do ano de tanto que corre. Está em todas as partes do campo. É um jogador fora de série na posição em que atua.
Danilo - ÓTIMO: Outro que gastou a bola e vem gastando. Fez gol nas últimas três partidas das Libertadores e é um dos grandes responsáveis por essa classificação.
Elano - BOM: Não brilhou como poderia, mas ajudou bastante na marcação e deu a qualidade de sempre no ataque.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Paulo Henrique Ganso - BOM: Idem a Elano sobre "não brilhar". Alguns ótimos lampejos.
(Pará) - SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Neymar - ÓTIMO: Passou um pequeno momento do jogo sem tocar na bola e foi aí que o Santos caiu de rendimento. Quando resolve jogar, não há quem o segure. Jogador decisivo e que faz a diferença. Deixou sua marca mais uma vez.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Destoou completamente do time. Perdeu dois gols lamentáveis. Aliás, não está jogando nada há tempo.
(Maikon Leite) - BOM: Também não jogou muito tempo, mas fez mais que Zé Love.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Armou o time ideal do Santos e acho que nenhum torcedor questiona isso. E em pouco tempo já corrigiu algumas das deficiências defensivas da equipe, o que será fundamental na fase de mata-mata da Liberta.

Foto: Gazeta Press

Redator: Ricardo Pilat
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domingo, 17 de abril de 2011

Gringolaço > Real jogou como pequeno, mas arrancou empate contra o Barça

Real Madrid e Barcelona começaram com um empate, 1 a 1, a série de quatro partidas em 20 dias entre os dois maiores rivais da Espanha. O jogo era pelo Campeonato Espanhol e, por isso, o resultado foi bom para o Barça, que lidera a liga por 8 pontos de vantagem a 6 rodadas do fim. Vantagem segura e que não será derrubada.

Porém, pela forma como o jogo correu e pelas circunstâncias atuais do superclássico, o resultado também foi bom para o Real. Os Merengues assumiram desde o primeiro minuto um postura de inferioridade diante do rival que o venceu no primeiro turno por 5 a 0. O time de Mourinho se posicionou atrás da linha da bola, fechando espaços e buscando o contra-ataque.

Isso fez com que o Barcelona pudesse utilizar todo o seu repertório de troca de passes. O estilo envolvente dava resultado em alguns momentos e nem toda a retranca do Madrid era capaz de evitar lances de perigo. Destaque para Xavi, grande condutor do meio-campo catalão, e Messi, que tinha a missão de partir pra cima.

O primeiro tempo terminou sem gols e o Real ainda saiu de campo feliz por ter criado algumas chances de perigo, principalmente em bola parada. Na etapa final, em lance de falta, Cristiano Ronaldo ainda acertou a trave de Victor Valdés.

E foi também em bola parada que o Barcelona enfim furou o bloqueio "blanco". Villa (que não jogou nada) entrou na área e recebeu uma gravata de Raul Albiol. Pênalti marcado e cartão vermelho para o defensor do Real Madrid. Messi bateu e fez 1 a 0.

O resultado foi péssimo para a partida naquele momento. O Barça tirou o pé do acelerador e passou a tocar ainda mais a bola. Se quisesse, ficaria até o final do jogo fazendo isso, pois o Real não oferecia resistência. Mas quando tentava algo mais ousado e perdia a redonda, os Culés cediam o contra-ataque ao Real e sofriam algum perigo.

Eis que surgiu um dos lances polêmicos da partida. O Barcelona saiu jogando errado na entrada da área e na recuperação, Marcelo recebeu na área e caiu numa dividida com Dani Alves. O árbitro marcou pênalti - que eu não marcaria. E deveria ter dado o segundo amarelo ao LD brasileiro, já que assinalou a penalidade. Cristiano Ronaldo marcou e confirmou o empate.

Mesmo tendo total domínio do jogo, o Real fez valer bem a sua proposta de jogo e o empate acabou sendo o resultado mais justo. Mas é bem estranho ver o time blanco atuando assim, ainda mais jogando no Bernabeu.

Mais 3 jogos

Não consigo imaginar o Real Madrid jogando as próximas três partidas da mesma maneira que fez ontem. Mas também não duvido que isso aconteça. José Mourinho parece ter convicção de que essa é a única forma de vencer o Barcelona. Em 2010, pela Inter de Milão, usou essa estratégia para eliminar os catalães da Champions League.

Quarta-feira, em Valência, tem a final da Copa do Rei e será um bom termômetro para ver qual será a atitude do Real nos confrontos de mata-mata na Champions League.Aposto em um time mais leve, com Ozil entre os titulares. O Barça será o mesmo que todos já conhecem.

Foto: EFE

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Ricardo Pilat
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sábado, 16 de abril de 2011

Terra do Tio Sam > O que há de bom nos playoffs da NBA

Começam hoje os tão aguardados playoffs da NBA. E o mais legal é que não tem um grande favorito no Leste e outro no Oeste. Pelo menos três equipes de cada conferência têm chances reais de chegarem à final e brigarem pelo título.

Antes de falar de confronto por confronto (e fazer meus prognósticos), já digo aqui quem são os tais favoritos. No Leste, o Chicago Bulls - de Derrick Rose -, time de melhor campanha da NBA 2010/2011, é a grande surpresa e também o melhor time, na minha opinião. Mas Boston Celtics e Chicago Bulls têm jogadores mais experientes e vencedores.

No Oeste, o San Antonio Spurs foi o time mais consistente até aqui, mas terá problemas contra Los Angeles Lakers e Dallas Mavericks.

Jogo a jogo - Leste 

(1) Chicago Bulls x Indiana Pacers (8)
Não existe nenhum dúvida que o Chicago vencerá essa série. São 25 vitórias a mais para os Bulls na temporada regular. E o MVP da temporada (pelo menos eleito por mim), Derrick Rose, deve comandar a equipe numa provável varrida, 4 a 0.

(2) Miami Heat x Philadelphia 76ers (7)
Philadelphia tem cinco jogadores com média de mais de 10 pontos por jogo na equipe. O Miami, porém, tem dois dentro do top 5 da liga em média de pontos: LeBron James (26.7) e Dwyane Wade (25.5). Mais uma varrida à vista. LeBron começa a buscar seu primeiro título da NBA.

(3) Boston Celtics x New York Knicks (6)
O jogo mais legal dessa primeira rodada dos playoffs. Boston tem mais time, joga junto a mais tempo e é favorito. Porém, o New York cresceu demais na reta final da temporada e tem um time muito mais forte depois que Carmelo Anthony e Chauncey Billups chegaram - mesmo sem se acertar na defesa. Vale lembrar que Boston venceu os quatro jogos contra os Knicks na temporada regular, mas não acredito em um 4-0 agora no mata-mata - talvez um 4 a 2 para os C's. 

(4) Orlando Magic x Atlanta Hawks (5)
Aqui não há zebra. O Orlando tem mais time, tem Dwight Howard e tem a vantagem de jogar mais vezes em casa. Entretanto, a diferença técnica para Atlanta não é gigante. Aposto no Magic, mas por 4 a 3.

Jogo a jogo - Oeste

(1) San Antonio Spurs x Memphis Grizzlies (8)
Mesmo sem Manu Ginobili (foto) nos primeiros jogos, com lesão no cotovelo, os Spurs não devem ter trabalho para fazer 4 a 0 nos Grizzilies.

(2) Los Angeles Lakers x New Orleans Hornets (7)
New Orleans, de Chris Paul, não será um adversário fácil para os Lakers. Longe disso. Mas Los Angeles leva (4 a 2?).

(3) Dallas Mavericks x Portland Trail Blazers (6)
Dallas é um dos times que mais me agrada no Oeste pela forma de jogar. E terá Dirk Nowitizki motivado para buscar o seu primeiro título da NBA. Bate os Blazers por 4 a 1.


(4) Oklahoma City Thunder x Denver Nuggets (5)
 Ao lado de Boston x NY, o jogo mais interessante dessa rodada. O Thunder tem o cestinha da temporada, Kevin Durant (27.7) e o quinto melhor ataque da NBA. O Denver Nuggets tem o melhor ataque da liga (107.45 pontos por jogo) e cresceu demais depois das trocas que fez com o New York Knicks. Não vou nem arriscar um placar nessa série, mas acho que dá Denver.


Fotos: NBA.com e AP

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* A coluna Terra do Tio Sam fala dos esportes que são mania nos Estados Unidos: basquete, beisebol, futebol americano e hóquei.


Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Comentário da Redação > Aos 99 anos de vida, Santos volta a ser favorito na Libertadores

Se por algum momento o Santos deixou estar entre os principais favoritos ao título da edição 2011 da Libertadores, hoje não existe mais dúvida. O Peixe alcançou triunfo incontestável no Paraguai - 2 a 1 foi pouco pelo que foi o jogo -, complicou a vida do Cerro Porteño no Grupo 5 e, mesmo ainda na terceira colocação, está com um pé no mata-mata da competição continental. Presentão de aniversário de 99 anos para o torcedor do Santástico.

E chegando lá, o Santos é um dos grandes favoritos, porque tem um baita time!

No duelo desta quinta-feira, o Peixe não estava com o seu baita time, mas Muricy armou bem demais a equipe. Porém, desfalcado de Neymar, Elano e Zé Love, estava com o maestro Paulo Henrique Ganso, que comandou o Santos dentro de campo. Impressionante a tranquilidade e a qualidade do camisa 10. A equipe girou em volta dele, do futebol dele. E pela dedicação que teve, acho que ninguém mais vai colocar em dúvida profissionalismo.

Com Ganso chamando a responsa, o resto do time também fez sua parte com muita dedicação. O gol de Danilo, aos 11 minutos de jogo, garantiu calmaria do lado alvinegro e jogou a pressão para o Cerro. Lá na defesa, Adriano e Arouca seguraram muito bem as pontas. E Jonathan, que voltava de lesão, parecia que vinha em ritmo de jogo. Atuou 90 minutos de forma quase perfeita na marcação.

 O Santos jogava com inteligência, tocando a bola e saindo em velocidade. Por isso, quando Diogo (que vinha bem) deixou o campo machucado, no primeiro tempo, a entrada de Maikon Leite foi até boa. Era jogo pra ele. E foi! Só que o futuro palmeirense desperdiçou oportunidades inacreditáveis.

Quase desperdiçou outra na etapa final, mas conseguiu marcar e garantir a vitória santista. Depois, foi só administrar - e perder mais gols. O gol do Cerro aconteceu ao acaso, nos acréscimos e não fez justiça ao jogo. O Santos não temeu revés.

Na próxima quarta-feira, no Pacaembu, o Deportivo Táchira pode ser o primeiro time a enfrentar um Santos leve, rápido e mortal, um Santos sem a pressão enorme que estava nas costas de um "senhor" quase centenário.

Conceitos

Rafael - BOM: Foi pouco exigido, até me surpreendeu isso. Teve alguns problemas em saídas de bola, mas no geral fez bom trabalho quando necessário.
Jonathan - ÓTIMO: Um dos melhores em campo. Para quem se machuca tanto, parece que se recuperou bem. Um leão na marcação.
Edu Dracena - REGULAR: Cometeu os mesmos erros de sempre de posicionamento e antecipação.
Durval - BOM: Compensou os problemas do colega.
Léo - BOM: O Cerro quase não atacou ali pelo setor esquerdo da defesa santista.
Adriano - BOM: Partida discreta, como deve ser a de um primeiro volante.
Arouca - BOM: Outro que praticamente não sentiu o longo tempo parado por lesão. Joga bola demais.
(Pará) - SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Danilo - BOM: Sou um dos maiores críticos do Danilo, mas tenho que admitir: tá jogando MUITA bola. E que gol foi aquele???
Paulo Henrique Ganso - ÓTIMO: Pra mim, o melhor em campo ao lado do Jonathan. São poucos os que conseguem chamar e assumir a responsabilidade num jogo desses e com todas as circunstâncias adversas - time desfalcado, situação ruim no grupo, jogo fora de casa e notícias mentirosas a seu respeito.
Diogo - BOM: Vinha fazendo a melhor partida até agora com a camisa do Santos, mas saiu machucado.
(Maikon Leite) - REGULAR: Entrou no momento certo do jogo, para aproveitar contra-ataques. Mas é atrapalhado demais, se enrola com a bola o tempo todo. Fez um gol, mas perdeu outros tantos.
Keirrison - PÉSSIMO: Figura nula, apática e fora de sintonia com os demais. Deu desgosto.
(Alex Sandro) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Começo maravilhoso pelo Santos. Corrigiu rapidamente grandes falhas defensivas do time apenas orientando os jogadores a tocarem mais a bola e se lançarem menos ao ataque de forma desorganizada. Escalou bem, mexeu bem e ganhou um jogo crucial. Vai longe com esse time.

Foto: AFP

Redator: Ricardo Pilat
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Camarote Térreo > Blogagem coletiva: repúdio

Nós, blogueiros e torcedores santistas, estamos coletivamente através deste texto postado de forma conjunta em nossos espaços virtuais de discussão, deixando claro o nosso repúdio e nojo com a maneira que está sendo tratada a possível saída do jogador Paulo Henrique.

Estamos enojados com a enxurrada de notícias que não se concretizam da saída do jogador para o Sport Clube Corinthians Paulista. Não pela possibilidade da transferência acontecer, e sim pelo grande número de “furos” noticiados de forma irresponsável.

Não temos a pretensão de ensinar alguém a fazer jornalismo. Temos a intenção sim, de pedir aos jornalistas ou não que trabalham no meio que sejam, minimamente, éticos e profissionais.

Quantas vezes as notícias de saída do jogador já foram desmentidas por procuradores do jogador, pelo assessor do jogador? Quantas vezes o jogador “esteve negociado com o Corinthians” e veio publicamente desmentir tal notícia? Quantas vezes, na saída de campo, os repórteres e outros profissionais deixam de abordar detalhes do jogo, para falar em transferência do atleta?

Não somos bobos. Todos sabemos que, assim como nós, jornalista veste camisa e torce para time A, B ou C. O que, na função de telespectadores e ouvintes, não nos interessa. O que nos interessa é a veracidade do que é noticiado e a forma que isso é tratada.

Estamos cansado de “tivemos a informação”, “uma fonte contou”, “um ex-diretor do clube disse”. Que informação? Que fonte? O jornalismo preza pela proteção da fonte, porém, preza também pela apuração dos fatos de forma correta. E seja na faculdade de jornalismo, seja na vida, vamos aprendendo que sempre é necessário ouvir os dois lados da situação.

Porque o “sim de Ganso” é destaque nos sites, capa de jornal, tema central de discussões de programas de rádio e TV e a resposta do presidente do clube vira canto de página e rodapé de programa? Resposta esta que é a mais importante, pois devemos lembrar aos nossos nobres jornalistas que, o jogador Paulo Henrique Ganso tem contrato vigente com o Santos até o ano de 2015 e que nessa relação profissional, o jogador só sai mediante pagamento da multa, conforme valores estipulados em contrato.

Trocando em miúdos. De nada adianta o jogador se acertar com presidente de clube A ou B, se o clube não pagar a multa. Creio que não precisamos lembrar disso a alguns dos nobres jornalistas, pois eles detêm essa informação até com mais detalhes que nós.

O que nós, blogueiros torcedores do Santos EXIGIMOS é ética.
Exigimos que o jornalista, antes de escrever uma matéria, esqueça que ele tem no coração um time e lembre que ele tem nas mãos o poder de formar opiniões. Esqueçam se eles tem desavenças com essa gestão do Santos e simpatia pelo antigo presidente – e não reputamos a ele nenhuma culpa sobre os incidentes, que fique claro – e lembrem que são profissionais pagos para noticiar de forma correta e verdadeira. Isso nós como leitores, ouvintes e telespectadores EXIGIMOS  de vocês e dos veículos que os contratam.

Pois lembrem-se vocês que, o torcedor, baseia-se na opinião escrita e falada por vocês para formar a opinião dele. E se, vocês jornalistas, distorcerem um fato, formam opiniões distorcidas, que não são condizentes com a verdade. Até quando vocês, na função de formadores de opinião, irão continuar gerando um clima de insatisfação e de desconfiança do torcedor com um atleta, com informações que não se confirmam?

Em um momento do país onde vemos a violência banalizada, inclusive no esporte, exigimos que haja a responsabilidade na publicação de uma notícia e na formação da opinião do torcedor.

Exatamente por entendermos esse momento nós, blogueiros, estamos pedindo a todos os torcedores santistas, para que não promovam qualquer tipo de protesto, retaliação ou cobrança excessiva ao jogador Paulo Henrique Ganso, mesmo que esteja havendo uma tremenda irresponsabilidade na divulgação de notícias informando a possível saída.

Pedimos para o torcedor santista que, enquanto o jogador vestir a camisa do Santos que ele seja tratado como profissional que é. Que receba os aplausos e as críticas quando merecer e não pelo que for imputado a ele. Já que ele, em nenhum veículo, disse até o momento que jogaria pelo Corinthians, pelo contrário.

Pedimos também ao torcedor santista que repudiem veículos que, sempre em vésperas de jogos decisivos, tem aparecido com notícias vinculadas a saída de jogadores. Desde o ano passado vivemos isso com o Neymar e agora de forma mais abrupta com o Paulo Henrique. Há veículos que tem tratado o assunto de forma séria, seja em rádios, seja em televisão aberta ou fechada, seja na internet. Procurem estes veículos, informem-se com outros torcedores santistas sobre quem está tratando o futebol de forma ética. Certamente, o torcedor chegará a conclusão e saberá distinguir os bons e maus profissionais.

Sabemos do tamanho do recalque que há de alguns profissionais de comunicação e veículos em ter que admitir que o Santos Futebol Clube é gigante e ultrapassou as fronteiras da cidade, do país. E vemos, no trabalho de alguns deles, que esse recalque vira distorção e mau jornalismo.

Respeitamos o direito e a opção profissional do atleta, caso ele deseje e decida sair do clube. Queremos apenas que ele continue cumprindo com suas responsabilidades enquanto atleta do Santos Futebol Clube e que, se desejar sair, que seja pela porta da frente.

“Uma mentira pode dar a volta ao mundo... enquanto a verdade ainda calça seus sapatos”. - Mark Twain .

Escrito por: Renato Ribeiro | @futblogdorenato


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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Comentário da Redação > Atropelamento em Bauru

Não sei se o adversário era muito fraco ou se o São Paulo foi realmente avassalador neste domingo, contra o Noroeste, em Bauru. Precisando vencer para afastar o fantasma do rebaixamento, o time do interior tinha de atacar o tricolor paulista, mas Rogério Ceni praticamente assistiu à partida, sendo pouquíssimo ameaçado.

No primeiro tempo o jogo ainda estava equilibrado até os 30 minutos. Depois disso o time da capital se organizou e passou a tocar melhor a bola, variando infiltrações pelo meio com Rivaldo e Dabogerto, e pelas pontas com Marlos e os alas Jean e Junior Cesar, sendo este último o homem que sofreu o pênalti (muito bobo por sinal) convertido pelo goleiro-artilheiro: 101 gols para ele, 1 a 0 para o São Paulo e fim da primeira etapa.

Na volta do intervalo o São Paulo manteve a postura que o premiou no fim do primeiro tempo, tocando bastante a bola no meio de campo, tentando abrir espaços para o segundo gol. Numa dessas tentativas, dessa vez pelo meio, Junior Cesar escapava sozinho rumo à área quando foi puxado pelo adversário, que já tinha amarelo e acabou expulso. Na cobrança da falta, a bola sobrou para Casemiro que só rolou para Marlos marcar o segundo. Daí em diante, aliás, Marlos tornou-se o principal nome da partida.

No terceiro gol tricolor, Junior Cesar lançou Marlos na esquerda. Ele driblou o marcador, avançou e tocou para Dagoberto encher o pé direito, de trivela, sem chances para o goleiro. O Norusca chegou a diminuir o placar, após boa jogada de Aleílson, mas com um a menos em campo e já baleado, a reação parou por aí.

No quarto gol são paulino, Ilsinho roubou a bola no campo de ataque e bateu colocado, no ângulo esquerdo de Yuri. Fim de jogo e primeira goleada aplicada pelo São Paulo no ano, provando para si mesmo que o caminho do sucesso é a seriedade!

Conceitos

Rogério Ceni: BOM: Não fez uma defesa sequer – pois nem precisou – e marcou seu 101º gol na carreira.
Rhodolfo - BOM: Seguro e sério como sempre, quase fez mais um gol ontem.
Rodrigo Souto - BOM: Apareceu pouco no jogo. Fez o seu arroz com feijão de sempre. Desta vez na zaga!
Xandão - BOM: Marcou muito bem e ajudou o ataque em algumas ocasiões. Parecia que estava no time há tempos.
Jean - BOM: Defendeu bem quando precisou e atacou tanto pela ala, quanto pelo meio. Se firmou na função de ala / lateral.
Junior Cesar - ÓTIMO: Um dos melhores em campo. Sofreu o pênalti, a falta que originou o segundo gol e lançou Marlos no terceiro.
Carlinhos Paraíba - ÓTIMO: Distribuiu bem o jogo com belos passes e inversões. Anulou o meio campo adversário.
Casemiro - REGULAR: Nervoso e certas vezes displicente, foi substituído no segundo tempo. Méritos pela assistência no segundo gol.
(Ilsinho) - ÓTIMO: Entrou muito bem na partida. Criou muito e fez um golaço no fim.
Rivaldo - BOM: Enquanto teve fôlego organizou o ataque do time. Deu boas oportunidades de gol a seus companheiros.
(Willian José) - REGULAR: Apareceu pouco. Teve uma ótima chance de gol e mandou muito longe. Precisa treinar finalização.
Marlos - ÓTIMO: Melhor em campo, parece que ganhou confiança. Fez um gol, uma assistência e infernizou a defesa do Noroeste.
Dagoberto - BOM: Auxiliou Rivaldo voltando pra receber a bola. Marcou um lindo gol.
(Cléber Santana) - SEM CONCEITO: Jogou pouco tempo.
Téc: P. C. Carpegiani - BOM: Deu certo colocar o Souto na zaga, o Rivaldo foi bem no lugar do Lucas e méritos por ter dado um voto de confiança no Marlos

Foto: Futura Press

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

domingo, 10 de abril de 2011

Comentário da Redação > Futebol pífio do Timão

Em termos de classificação, não há o que se preocupar com a derrota por 2 a 1 para o São Caetano, em pleno Pacaembu. Já está classificado há algum tempo e dificilmente conseguirá tomar a posição de São Paulo e Palmeiras, portanto, não fez diferença o resultado de hoje. Mas o futebol jogado pelo Corinthians deixa o torcedor muitíssimo receoso. Foi feio demais. A equipe do técnico Tite parecia um bando em campo, sem organização nenhuma e errando coisas simples.

Pode parecer exagero, mas com esse futebol que o Timão joga há três rodadas, dá para duvidar até mesmo se passa de um time pequeno nas quartas de final. Dá até dó do Liedson, que não parece atravessar um bom momento, mas digo parece justamente por não poder analisar da melhor forma possível, já que a bola não chega em boas condições para ele.

O principal articulador é o Morais, que eu até vinha gostando pela dinâmica que tem, mas neste domingo fez uma partida desastrosa. E não é de hoje que ele mais erra do que acerta. Infelizmente, depois de me passar a impressão que poderia ser o camisa 10 do time, o vejo que agora como, no máximo, um parceiro de um verdadeiro homem de criação no meio-campo. No caso, ele acrescenta movimentação e a raça que têm mostrado, e o verdadeiro camisa 10 com a sua verdadeira função: criar jogadas, organizar o time.

Além da dificuldade fazer a bola chegar bem no ataque, a linha dos quatro defensores alvinegros hoje foi uma brincadeira. Moradei e Fábio Santos nas laterais é digno de série B. E o Chicão tem deixado a desejar. Até o Leandro Castán, que tem jogado muito bem, falhou nos dois gols.

Enfim, a coisa está feia pelos lados do Parque São Jorge. E justamente na hora que mais precisava estar na melhor condição técnica. Vamos ver se isso mudará na fase final.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Não trabalhou muito, fez apenas uma boa intervenção.
Moradei - PÉSSIMO: Tem problema com a bola. Mal consegue domina-la.
(Moacir) - REGULAR: Deu uma melhorada ofensiva pelo setor, mas foi apenas razoável. Errou duas finalizações.
Chicão - PÉSSIMO: Só sabe dar chutão para a lateral. A zaga estava bem melhor com Wallace ao lado do Castán.
Leandro Castán - PÉSSIMO: Foi até bem ao longo dos 90 minutos - como tem sido rotina a vários jogos - mas leva o conceito por ter falhado nos dois gols do São Caetano.
Fábio Santos - PÉSSIMO: Foi o que já conhecemos. Péssimo.
Ralf - BOM: Um dos poucos que se salvam. Correu muito.
Paulinho - REGULAR: Fez o gol, mas foi omisso. Deixou a desejar nos passes.
Morais - PÉSSIMO: Dedicação e movimentação não faltaram, porém, nada que salvasse sua péssima atuação. Incrível o que o camisa 10 errou! Totalmente afobado, cansou de escolher opções erradas e dar passes horríveis.
(Danilo) - REGULAR: Fez o arroz com feijão só. Muito pouco para um time que está perdendo.
Ramírez - PÉSSIMO: Outro que deixou a desejar nos passes. Perdeu gol incrível de cabeça.
(Bruno César) - BOM: Entrou bem, buscando o jogo, arriscando lances.
Willian - REGULAR: Muito dedicado, não foi brilhante, mas também não foi mal.
Liedson - REGULAR: Mesma coisa do Willian. A bola não chegou para o camisa 9.
Téc: Tite - PÉSSIMO: O tal do "equilíbrio" só fica nas entrevistas, porque trabalho no campo que é bom, nada. Tem uma semana para preparar e o time tem esse tipo de apresentação, totalmente desorganizado, como se fosse o primeiro jogo da temporada. Nas mexidas, duas coisas: por que não começou com o Moacir em vez de fazer a troca ainda no primeiro tempo? E na última, mesmo com o Morais mal, quem tinha que sair era um homem de defesa para a entrada do Danilo (Fábio Santos, por exemplo). O fato é: se o Corinthians ainda quer brigar por algo esse ano, trocar o treinador seria um bom começo.

Foto: Terra

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br