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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Democracia > Emoção Imperial

Faltam dois jogos para o fim do Campeonato Brasileiro e a possibilidade da torcida corintiana gritar "é campeão" pela quinta vez na história do torneio é enorme. Um empate em Santa Catarina, contra o Figueirense, e vitória sobre o rival Palmeiras, em casa, na última rodada, confirmaria a conquista independente de qualquer resultado alheio.

Mas dá para esperar facilidade depois das três últimas rodadas? Aliás, é difícil até de acreditar que o Alvinegro conseguiu sair com nove pontos em três jogos com tanto sofrimento que passou. Os triunfos sobre Atlético-PR, Ceará e sobretudo, Atlético-MG, foram para testar muito bem o coração dos torcedores do Timão.

Além de passarem no teste cardíaco, os corintianos mostraram que estão com os pulmões calibrados e o quão são apaixonados pelo clube. Não há muita novidade nisso, mas é preciso ressaltar a importância das arquibancadas nessa campanha do atual líder. Desde o início, empurrou a equipe como poucas fazem no mundo. É de arrepiar quando o adversário faz gol e a Fiel começa a gritar "Corinthians" como se fosse entrar em campo.

Nas três últimas partidas no Pacaembu, com muito sofrimento, a torcida foi absolutamente fundamental. No histórico jogo de domingo, contra o Galo, foi emocionante o que a torcida jogou junto com o time. Poucas torcidas no mundo são capazes disso.

E isso contagia os jogadores em campo. Mesmo completamente exaustos, como Liedson e Danilo estavam, eles se arrastavam, mas não paravam de brigar, de correr, colaborar para o time. A virada não veio por acaso. Eu não tenho dúvidas de que, se a atmosfera fosse diferente, com a torcida vaiando a própria equipe ou calada, os donos da casa não conseguiria nem o empate.

Mas o prêmio por gritar o jogo inteiro veio aos 43 minutos, com o gol da virada marcado por Adriano. Mais um momento histórico de um jogador TOP-mundial com a camisa alvinegra. Junto com o do Ronaldo, em 2009, o Corinthians foi protagonista de dois dos gols mais emocionantes do Brasil nos últimos tempos.

O Imperador não chegará a ser importante na campanha como o Fenômeno na ocasião, mas não seria absurdo dizer que ele fez o gol do título brasileiro se ele vier a se confirmar. Assim como não seria exagero falar que foi um dos campeonatos mais conquistado "pela torcida" na história do futebol.

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* A coluna Democracia é a voz da nação corintiana aqui na Redação.

Direto da Redação

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Camarote Térreo > O esquema tático que melhorou o futebol do Santos

Após a conquista do tricampeonato da Libertadores, o Santos não apresentou um bom rendimento na sequência do Campeonato Brasileiro. Muitas são as explicações para isso. Ausência de jogadores importantes por conta de lesão ou seleção; perda de foco, relaxamento.

No fim, todas essas possibilidades interferiram diretamente no problema principal, que é a montagem do time para o Mundial. Apenas de algumas rodadas pra cá, eu diria desde o duelo contra o Botafogo, na Vila Belmiro, o Santos conseguiu armar a equipe ideal, dentro das possibilidades do elenco, e coincidentemente o time não perdeu mais.

São 4 vitórias e 1 empate. Destaque especial para o triunfo sobre o Vasco, na Vila, 2 a 0, com a volta de Ganso ao meio-campo. E qual foi a grande mudança?

Começa pela formação com três volantes. Adriano, Arouca e Henrique formaram um tridente que protege muito bem a defesa e ainda tem qualidade para fazer a bola chegar ao ataque com qualidade. E com Ganso no time, isso fica ainda melhor.

Na defesa, Léo saiu do time há alguns jogos, por lesões e doenças, e Durval (foto) foi improvisado na lateral-esquerda, com Bruno Rodrigo entrando na zaga. O Santos melhorou e ficou mais seguro. Durval parece que nasceu jogando naquele setor, e Bruno Rodrigo finalmente parece justificar sua contratação.

Eu até acho que ainda há tempo de testar a equipe com jogadores como Elano e Léo, que têm história no clube devem voltar nos próximos jogos. Mas resta pouco tempo para a estreia no Mundial, o Santos está jogando bem e não será surpresa se o 11 inicial no Japão for o mesmo que estará em campo amanhã, diante do Atlético-GO: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Arouca, Adriano, Henrique e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges.

O fico de Neymar

Não tive tempo ainda de comentar aqui a permanência de Neymar no Santos até 2014. Resumidamente: a diretoria santástica está de parabéns. Apenas com acordos comerciais, bom papo e ousadia, segurou um dos maiores craques da história do clube e foi notícia em toda a imprensa esportival mundial.

Podemos discutir se não é muito arriscado aumentar o salário dele dessa forma (mesmo que isso seja apenas em porcentagem do uso da imagem do Neymar), correndo o risco de perdê-lo sem que um outro clube pague a multa rescisória. Mas o que seria da vida sem riscos? E no futebol o lucro vem por meio de troféus. Com Neymar, Ganso e companhia, o Santos tem tudo para seguir no ótimo caminho de conquistas dos últimos dois anos.

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* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Comentário da Redação > Líder dá mole, mas faz dever de casa

Parecia que seria uma goleada do líder Corinthians em cima do desesperado Atlético-PR, mas no final das contas a Fiel respirou aliviada após o apito final do árbitro com uma vitória tensa por 2 a 1, em um Pacaembu lotado.

Em menos de cinco minutos de jogo, nem o mais pessimista corintiano poderia imaginar que a vitória viria a ser apertada. Foi um início avassalador dos donos da casa. Com quatro minutos de jogo, Paulinho e Emerson já foram às redes, abrindo 2 a 0. A equipe paranaense, em outro ritmo, marcava muito mal e a construção de uma goleada parecia questão de tempo.

Talvez esse tenha sido um erro do Alvinegro: continuar em cima do adversário o tempo inteiro, sem cadenciar o jogo para recuperar o fôlego. A dedicação a cada jogada era como se fosse preciso fazer mais uns 2 ou 3 gols para conquistar o objetivo.

Já é sabido que alguns jogadores, como Liedson, Willian e Danilo, vêm atuando no sacríficio, e o resto do time, em final de temporada, também não deve ficar atrás. Por isso, até pensando nos próximos jogos, na minha opinião faltou inteligência para diminuir a intensidade do jogo, administrar a vantagem e chegar ao terceiro gol naturalmente. A própria postura do Furacão, entregue, sugeria isso.

Claro que a torcida no estádio adora quando o seu time não para um minuto de pressionar e encare cada dividida como a última da partida. Mas é preciso pensar no depois. E o segundo tempo deixou isso claro. faltou perna para definir a vitória. Já o Atlético cresceu no jogo, embalado por um gol (em posição de impedimento) logo aos três minutos.

Tenso e sem conseguir criar, o Timão viu Nieto mandar uma bola que explodiu no travessão e quase entrou. Os atacantes Liedson e Willian, exaustos, foram sacados (entrando Morais mais cedo e depois Adriano). O ataque corintiano foi completamente desmontado. Emerson voltava para buscar a bola e ajudar na marcação, e o Imperador, obviamente, não tinha pique nenhum para incomodar os adversários.

A vantagem, na medida do possível, foi administrada com muita concentração e raça. Mas, em um lance isolado, Paulo Baier mandou na trave direita do goleiro Julio César, aos 31 minutos. Seria o tipo de lance classificado como "sorte de campeão"?

Faltou inteligência de líder, mas, há quatro rodadas do fim do Campeonato, uma dose de sorte como neste jogo, não é nada mal...

Conceitos

Julio Cesar - PÉSSIMO: Não chegou a cometer grande falha, mas é só ir uma bola um pouco mais complicada que é um desespero só. Totalmente inconfiável. Não é goleiro para ser titular do Corinthians em 2011.
Welder - REGULAR: Fez o arroz com feijão direitinho.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Foi à campo quase nos acréscimos.
Paulo André - REGULAR: Esteve seguro pelo alto, mas teve trabalho com o fraco Nieto.
Leandro Castán - REGULAR: Quase marcou um gol de cabeça. Atrás, foi discreto.
Fábio Santos - REGULAR: Apareceu bem no apoio no primeiro tempo. Mostrou nervosismo e dificuldade na marcação na etapa final.
Ralf - BOM: Vibrante, marcou bem e foi importante com seu espírito guerreiro. E não deixou a desejar com a bola nos pés.
Paulinho - ÓTIMO: Voltou a jogar o seu melhor futebol. Ditou o ritmo do time, apareceu muito bem no ataque. O melhor em campo.
Danilo - REGULAR: Começou muito bem, trocando passes rápidos e inteligentes. Depois cansou e caiu de produção.
Emerson - ÓTIMO: Campeão brasileiro nos últimos dois anos, o Sheik é o principal jogador do Corinthians hoje, aquele que mais se espera, o que chama a responsabilidade. Ontem, além de bem tecnicamente, foi guerreiro e colaborou demais na marcação.
Willian - BOM: Começou jogando muito, fez um primeiro tempo muito bom. Caiu na etapa final e mereceu sair.
(Adriano) - REGULAR: Muito sem ritmo, fica difícil analisar. Mas está mostrando vontade de evoluir.
Liedson - BOM: Está claramente exausto, mas voltou a fazer uma partida decente após algumas muito ruins.
(Morais) - BOM: Gostei da entrada do meia. Jogou direitinho, ajudou a segurar o resultado.
Téc: Tite - REGULAR: Incrível como seus times tem dificuldade quando está à frente no placar e com a vitória perto. Isso pode prejudicar muito nessa reta final. Nas mexidas, discordo de uma ou outra coisa, mas não dá para reclamar muito.

Foto: Lancenet

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br