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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Copa do Mundo > Retrospectiva 2010

Na África, Espanha conquista o mundo
* Holanda faz grande campanha, elimina o Brasil, mas cai diante da Fúria na prorrogação

A galeria dos campeões do mundo tem uma nova integrante. É a Espanha, que chegou à primeira final da Copa, contra a Holanda, e sofreu para alcançar a conquista máxima do futebol no planeta. Um gol na prorrogação garantiu a festa da Fúria em terras sul-africanas.

Mas nem tudo foi festa na terra de Nelson Mandela. Seleções gigantes como França e Itália decepcionaram no Mundial. Brasil e Argentina caíram nas quartas de final. Alemanha e Uruguai encantaram, mas pararam nas semifinais.

Decepções

O grande vexame ficou por conta da Itália. A seleção europeia não chegou com uma grande equipe, mas não dava para imaginar que em um grupo com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, a então atual campeã do mundo não conseguiria pelo menos a segunda vaga. Pior: além de não ter avançado, acabou em último na chave. A eliminação veio com derrota por 3 a 2 para os eslovacos, na última rodada.

Outra finalista de 2006, a França não ficou muito atrás. O Grupo A (Uruguai, México e África do Sul) era mais equilibrado, mas a atual vice-campeã tinha obrigação de passar. Além da última colocação, uma confusão entre Anelka e o técnico Raymond Domenech (que já não agradava muita gente), que causou a exclusão do atacante, também foi um ponto negativo do torneio.

Não podemos esquecer da Inglaterra entre as seleções que decepcionaram. Depois de passar pelo Grupo C (Estados Unidos, Eslovênia e Argélia) em segundo e com muito sofrimento, os ingleses foram atropelados pela Alemanha nas oitavas de final: 4 a 1. Nem o gol anulado do Lampard, em um lance que a bola entrou muito, foi desculpa para o English Team.

O brilho de Alemanha e Uruguai

A Argentina fez uma Copa brilhante e caiu nas quartas de final, mas a sua participação na competição foi marcante. Além da natural grandeza da seleção sul-americana, a presença de Diego Maradona no banco de reservas como técnico, foi um show à parte. Cada bola que vinha na direção do ex-craque era um domínio espetacular. Dieguito foi, sem dúvida, um dos grandes personagens da Copa.Em campo, ele não foi tão bem assim, fazendo escolhas contestáveis.

A primeira fase foi tranquila para os argentinos, com três vitórias (sobre Nigéria, Coreia do Sul e Grécia). Nas oitavas, o México também não impôs grandes dificuldades: 3 a 1. Na fase seguinte, porém, um avassalador 4 a 0 para a Alemanha derrubou os Hermanos.

Foi a Alemanha, aliás, quem praticou o futebol mais bonito ao longo da competição. Já na estreia foi um show diante da Austrália, com um 4 a 0. Mesmo com derrota para Sérvia no jogo seguinte, a Alemanha passou pelo Grupo D após bater Gana.

Nas duas fases seguintes, dois shows Schweinsteiger, Ozil, Müller e companhia diante de duas seleções poderosas: 4 a 1 na Inglaterra, nas oitavas, e 4 a 0 na Argentina, nas quartas de final. A história dos alemães na Copa 2010, contudo, terminou no jogo seguinte, após derrota por 1 a 0 para a Espanha.

Não tão badalada como a Seleção Alemã, mas com uma campanha tão legal quanto, o Uruguai foi a grata surpresa do Mundial. O liderada Diego Fórlan - eleito o craque da Copa - passou pelo sua equilibrada chave com três vitórias. Na fase seguinte, a Coreia do Sul ficou para trás. Aí veio um jogo épico contra Gana. Após empate por 1 a 1 até o fim da prorrogação, o atacante Luís Suárez evitou um gol da seleção ganesa com a mão, no último minuto.

Já chorando fora do campo, Suárez viu o atacante Gyan Asamoah cobrar por cima do gol o pênalti. Nos pênaltis, deu Uruguai com direito a cavadinha de Loco Abreu no último pênalti. Na semifinal, a Celeste não foi páreo para a Holanda: 3 a 2. E após derrota pelo mesmo placar para a Alemanha em belo jogo, os sul-americanos ficaram com a quarta colocação.

Brasil de Dunga cai nas quartas

Cabeça-de-chave do Grupo G, o Brasil estreou na Copa em Joanesburgo, diante da fraca Coreia do Norte. E teve muitas dificuldades para derrotar os asiáticos por 2 a 1. No segundo jogo, também em "Jo", a Seleção de Dunga mostrou bom futebol e derrotou a Costa do Marfim por 3 a 1, garantindo vaga nas oitavas. Um empate sem gols com Portugal, na terceira rodada, apenas confirmou o primeiro lugar na chave.

Nas oitavas, o Brasil derrotou o Chile com facilidade, por 3 a 0. Tudo indicava que Robinho, Kaká e Luís Fabiano estavam se acertando e a Seleção poderia ir longe. Porém, a Holanda entrou no caminho brasileiro e, de virada, derrotou o time de Dunga: 2 a 1. Felipe Melo ainda foi expulso em Porto Elizabete, encerrando de forma lamentável a participação brasileira no Mundial.

Final inédita e campeão inédito

A Holanda foi longe na Copa da África. O time liderou o Grupo E, que tinha Japão, Camarões e Dinamarca, com três vitórias. Nas oitavas de final, a vítima foi a Eslováquia. O Brasil, como vocês bem lembram, caiu nas quartas. Na semifinal, o duro duelo contra o Uruguai, vencido pela Laranja Mecânica por 3 a 2 (Van Bronckhorst, Sneijder e Robben marcaram para a Holanda).

Enquanto isso, a Espanha também trilhava seu caminho de sucesso. Favorita ao caneco, a Fúria começou mal, derrotada pela Suiça por 1 a 0. Na sequência, só vitórias. Honduras e Chile foram derrotados pelo Grupo G. Depois, Portugal e Paraguai ficaram pelo caminho, derrotados por 1 a 0. Na semifinal, mais uma vitória pelo placar mínimo, diante da sensação Alemanha. Carles Puyol fez o gol salvador.

Uma final inédita se desenhou, entre duas equipes que jamais haviam conquistado uma Copa do Mundo. O Soccer City assistiu a um jogo nervoso, truncando e até violento entre holandeses e espanhóis. Em 90 minutos, nada de gols. Na prorrogação, Heitinga foi expulso e complicou a vida da Laranja Mecânica.

Aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, fez-se um herói. Andrés Iniesta recebeu passe de Cesc Fabregas e bateu firme, sem chances para o bom goleiro Stekelenburg. O quarto 1 a 0 seguido definiu o primeiro título mundial da Espanha.

Holanda 0 x 1 Espanha - melhores momentos


Herói: Andrés Iniesta
Não poderia ser outro. Iniesta marcou o gol do título espanhol aos 12 minutos da prorrogação, quando as duas equipes já se preparavam psicologicamente para as penalidades. O craque do Barcelona ficará marcado para sempre na galeria dos heróis históricos da Copa do Mundo.

Vilão: Raymond Domenech
Domenech não foi apenas o vilão. Foi a mala do Mundial! Além de desagradar aos 23 jogadores franceses convocados para a Copa, o que interferiu muito no desempenho da França na África do Sul, o treinador foi muito deselegante com o técnico da seleção local, o brasileiro Carlos Alberto Parreira. No jogo entre as equipes, praticamente eliminadas, Domenech se recusou a cumprimentar Parreira. Um vexame.

Dia D: 11 de julho
Um novo campeão do mundo foi incorporado à história do futebol. A Espanha derrotou a Holanda por 1 a 0, gol de Iniesta na prorrogação, e chegou ao ponto máximo do esporte bretão.

Dia para ser esquecido: 24 de junho
A Itália, campeã mundial de 2006, caiu logo na primeira fase em 2010, após derrota de 3 a 2 para a Eslováquia. Um vexame que dificilmente será esquecido na Velha Bota.

O número: 1
Este é o número de finais de Copa do Mundo que não contaram com a participação de Argentina, Brasil, Itália e Alemanha. Este único jogo foi justamente na África do Sul, entre Holanda e Espanha.

Os 5+ gols - os gols mais bonitos da Copa 2010



Comentários da Redação
Uma campeã fria e segura
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

A seleção que eu mais gostei de ver na Copa do Mundo 2010 foi a Alemanha. Pra mim, jogou de longe o melhor futebol. As goleadas em cima de Inglaterra e Argentina foram fantásticas. Não dá para dizer, no entanto, que foi injusto a Espanha ter conquistado seu primeiro título. Pelo contrário...

A Fúria não jogou tudo que tinha condições de jogar (como na Eurocopa, por exemplo), mas teve seus momentos de brilhantismo. Até porque, quem tem os dribles secos de Iniesta, os passes geniais de Xavi e a habilidade e poder de finalização de David Villa sempre terá grandes momentos.

Mas os grandes méritos dos espanhóis foram a confiança neles próprios e a frieza. Sempre faltaram esses quesitos à eles, por isso eram chamados de amarelões. O jogo seguro e de toque de bola, além da eficiência, foram as principais características desta seleção que já merecia ter disputado uma final de Copa há algum tempo.

Não foi uma grande Copa tecnicamente, mas...
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Realmente, a Copa do Mundo 2010 deixou a desejar nos aspectos técnicos. Maior prova disso é que a campeã Espanha, que já era apontada com favorita antes de a bola rolar na África do Sul, passou a duras penas por seus adversários. Venceu quatro jogos por 1 a 0 no mata-mata, sem encantar.

Se teve um time que encantou, foi a Alemanha. Inesquecíveis as atuações de Müller, Podolski, Schweinsteiger e cia. nos jogos contra Inglaterra e Argentina. Contra a Espanha, porém, uma derrota que pôs fim ao sonho do tetracampeonato. O futebol bonito não foi eficiente na hora H. Por isso, mérito para a Espanha, mais eficiente do que bela.

Mas se algumas seleções deixaram a desejar, temos muita coisa boa para lembrar da Copa da África. Por exemplo, as emocionantes aparições de Nelson Mandela, a surpreendente seleção uruguaia (e a "defesa" de Luis Suárez contra Gana), o show de Diego Maradona no banco de reservas argentino, o choro daqueles que gladiaram em campo em busca de uma vitória... golaços, frangos, dribles, defesas. Até a eliminação do Brasil (que resultou na eliminação também de Dunga) foi marcante.

E tem como um momento de Copa do Mundo não ser mágico? O Mundial 2010, como todos os outros, foi fantástico para quem ama o futebol de verdade.

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Direto da Redação
redacao_esporte@hotmail.com

Futebol brasileiro > Retrospectiva 2010

3+ gols - os gols mais bonitos do ano no futebol brasileiro

Santos 4 x 1 Cruzeiro - Alex Sandro (3º gol do Santos)




Santo André 1 x 2 Santos (2º gol do Santos)




Avaí 3 x 2 Santos (3º gol do Avaí)




Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

Uefa Champions League > Retrospectiva 2010

Inter é campeã da Europa após 45 anos
* José Mourinho chega ao bicampeonato da Champions

Um longo jejum chegou ao fim. Após 45 anos, a Internazionale de Milão conquista novamente a Uefa Champions League. Pentacampeã italiana, a Inter estava devendo no cenário continental e com a conquista não deixou mais dúvidas de que era um dos melhores times europeus da atualidade.

O título veio após vitória por 2 a 0 sobre o Bayern de Munique, em Madrid. Destaque para José Mourinho, bicampeão da Champions League (2004 pelo Porto e 2010 pela Inter). O Barcelona, campeão de 2009, caiu nas semifinais para o campeão de 2010.

Ingleses perdem força

Se nas últimas edições da Champions League os ingleses dominavam e chegavam em peso às semifinais, em 2010 a história foi bem diferente. O gigante Chelsea, por exemplo, caiu logo nas oitavas de final, contra a Inter de Milão.

Arsenal e Manchester United passaram por Porto e Milan, respectivamente, e chegaram às quartas de final. Porém, não foram mais longe do que isso. Os Gunners sentiram o poder catalão do Barça e foram eliminados. O Manchester caiu diante do Bayern de Munique, jogando em casa.

Enquanto os ingleses caíam, a Inter seguia seu caminho vitorioso. Nas quartas de final, duas vitórias por 1 a 0 sobre o CSKA classificaram o time de José Mourinho. Enquanto isso, no duelo francês das QFs, deu Lyon sobre o Bordeuax.

Inter segura o Barça

Na grande semifinal entre Inter de Milão e Barcelona (duelo que já havia ocorrido na fase de grupos, em 2009), o time italiano surpreendeu os campeões baugranas. No jogo de ida, vitória de 3 a 1 em Milão, gols de Sneijder, Maicon e Milito - Pedro descontou para o Barça.

O segundo jogo foi uma batalha de rato contra gato. O Barça buscou o gol durante os 90 minutos. Conseguiu aos 83, com o zagueiro Piqué. E teve outras chances para fazer o segundo e garantir a vaga na final, mas Julio César estava inspirado e garantiu a classificação interista. Nem Messi foi capaz de furar a muralha nerazurri.

Milito desequilibra

Na final, a Inter encarou o surpreendente Bayern de Munique, que derrotou o Lyon na semifinal. E quem brilhou no jogo decisivo do Santiago Bernabeu foi o argentino Diego Milito. Ele marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o time alemão e garantiu uma conquista sem sustos.

O Bayern não ofereceu resistência e Julio César, um dos grandes nomes do título europeu, quase não sujou o uniforme. Essa foi a terceira conquista de Champions League da Inter (63/64 - 64/65 - 2009/2010).

Herói: José Mourinho

No gol, Julio César garantiu importantes vitórias. Na frente, Milito fez gol fundamentais. Mas quem proporcionou tudo foi o técnico José Mourinho, bicampeão europeu. Ciente da limitação da Inter diante do Barcelona, ele armou um esquema de retranca (essa é a palavra) e segurou o time mais badalado do mundo.

Vilão: Messi
Na verdade Messi é o vilão da vida do Arsenal. No segundo jogo das quartas de final entre o time londrino e o Barcelona, o argentino marcou os quatro gols da vitória por 4 a 1, no Camp Nou. Um castigo e tanto do camisa 10 do Barça.

Dia D: 28 de abril

O Barcelona derrotou a Inter no Camp Nou por 1 a 0, mas como foi derrotado fora de casa por 3 a 1, acabou eliminado da Champions. Para muitos, ali a Inter conquistava o título. A confirmação veio quase um mês depois.

Dia para ser esquecido: 7 de abril
O Manchester United vencia o Bayern de Munique por 3 a 0 e garantia vaga tranquila nas semifinais, mas levou dois gols e se complicou. Foi eliminado pelo número de gols sofridos em casa, já que foi derrotado por 2 a 1 em Munique.

O número: 3
Esse é o número de títulos de Champions League da Inter. Os dois primeiros foram conquistados nos anos 60 e longos 45 anos se passaram até que o time nerazurri voltasse a conquistar um título.


Comentário da Redação
Final se repete nas oitavas

Já estão definidos os 16 finalistas da Champions League 2010/2011 (clique aqui e confira os duelos) e Inter de Milão e Bayern de Munique estão classificados. Mais que isso, serão adversários em um dos confrontos.

Porém, mesmo com elencos idênticos aos finalistas da temporada anterior, as duas equipes não estão rendendo o que se esperava delas. Na Inter, Rafa Benitez, técnico que substituiu José Mourinho, já foi demitido. No Bayern, Lous Vaan Gaal se mantém mesmo em rota de colisão com várias estrelas da equipe.

Difícil prever um favorito no confronto, mas uma coisa é certa: quem passar às quartas de final não deve estar com a bola toda para conquistar o título em 2011.


Direto da Redação









Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

São Paulo > Retrospectiva 2010

Sem títulos e fora da Liberta 2011
* Além de passar segundo ano seguido em branco, São Paulo ficará fora da próxima Libertadores

O ano de 2010 poderia ser lembrado hoje com muita alegria para o torcedor são-paulino. Afinal, o clube do Morumbi chegou à semifinal da Copa Libertadores e ficou a um mísero gol (feito ou não tomado) de disputar o Tetra Continental e Mundial. O desfecho da temporada tricolor, contudo, não foi nada bom.

No Campeonato Brasileiro, o São Paulo fez campanha bem diferente das últimas quatro edições e sequer sonhou com título. Pior: também não conseguiu vaga no G-4 e ficará fora da Libertadores pela primeira vez desde 2004. Sem esquecer da eliminação doída para o Santos na semifinal do Paulistão.

Só derrotas em clássicos no estadual

Diferente dos rivais Corinthians e Palmeiras, que ficaram para trás logo na fase inicial, o São Paulo chegou às semifinais. Mas nem por isso a campanha do time de Rogério Ceni e cia. foi menos traumática. Na primeira etapa do Campeonato, foram três derrotas nos três clássicos: 2 a 1 Santos, 2 a 0 Palmeiras e 4 a 3 Corinthians. E se considerarmos a Portuguesa como rival, soma-se mais um revés (3 a 1 no Morumbi).

Esses resultados podem não ter causado uma eliminação precoce, mas colaboraram para que o Tricolor conseguisse apenas uma quarta colocação, atrás de Santo André e Barueri (que depois virou Grêmio Prudente). Com isso, o adversário na semifinal era o Santos, que sobrou e deu show na primeira fase.

No jogo de ida, no Morumbi, só deu Peixe no primeiro tempo. Além de abrir 2 a 0, Neymar, Robinho, Ganso e cia. foram para o intervalo com um jogador a mais (Marlos foi expulso). Surpreendentemente, os donos da casa tiveram bela reação, empatando o jogo, com gols de Hernanes e Dagoberto. Mas aos 45, Durval deu ótima vantagem à equipe alvinegra: 3 a 2.

Vantagem essa que não foi necessária no jogo de volta, na Vila Belmiro. Um 3 a 0 incontestável dos mandantes selou a eliminação tricolor, que deixou a competição com a frustração de ter perdido todos os clássicos.

Eliminação para brasileiro pela quinta vez seguida

Mesmo com um futebol apenas razoável, o São Paulo bateu na trave na Libertadores. Na fase grupos, ficou apenas atrás do Corinthians, o primeiro na classificação geral classificação geral. Sorte do São Paulo, que escapou de pegar o Flamengo, e tinha o fraco Universitário como adversário. A história do confronto, no entanto, foi bem diferente do que se imaginava. Com um futebol fraco e sem grandes recursos, o time brasileiro empatou os dois jogos por 0 a 0. Nos pênaltis, no Morumbi, Ceni perdeu o primeiro, mas se redimiu defendendo dois e garantiu seu time na próxima fase.

Nas quartas-de-final, uma revanche contra o Cruzeiro, que havia o eliminado em 2009 na mesma etapa da competição. Aí o torcedor são-paulino viu um espírito de campeão na sua equipe pela primeira vez no ano. Na estreia de Fernandão, no Mineirão, a vaga ficou perto com um 2 a 0. Na volta, superior novamente, venceu pelo mesmo placar.

Quando o duelo com o Inter se definiu, o São Paulo estava num momento melhor e era apontado como favorito pela maioria. Com a parada da Copa, entretanto, mudou tudo. Enquanto o Inter, de técnico novo (Celso Roth), passou a jogar um bom futebol teve sequencia de quatro vitórias seguidas, os paulistas estavam a quatro jogos sem triunfos.

A diferença ficou clara em campo no primeiro jogo, no Beira-Rio. Um São Paulo com atitude de time pequeno contra um Inter dono do jogo. O 1 a 0 para os donos da casa foi pouco diante do volume de jogo que tiveram. Mas o time do então técnico Ricardo Gomes pagou caro por isso... na volta, mesmo vencendo por 2 a 1 e demonstrando mais garra, não foi o suficiente.

Mais uma vez, o Tricolor foi eliminado por um time brasileiro na Copa Libertadores, fato que vem ocorrendo desde 2006 (confira quais foram no box abaixo).

Interino assume

Após a eliminação no torneio sul-americano, Ricardo Gomes foi demitido do comando técnico tricolor. Para o seu lugar, solução provisória veio de casa: Sérgio Baresi, técnico das categorias de base do clube. O objetivo era tentar recuperar o time, que estava perto da zona de rebaixamento, e ir rumo a uma vaga na Libertadores

Com a mudança, jogadores que foram campeões da Copa tiveram oportunidades no profissional. Entre eles estavam o habilidoso meia-atacante Marcelinho, de 18 anos, que depois pediu para ser chamado de Lucas, seu verdadeiro nome. Sua presença deu um toque de improviso ao time, mas a oscilação da equipe não permitiu que chegasse perto dos quatro primeiros colocados.

Carpegiani é contratado

Sem depositar totalmente a confiança em Baresi desde o início, a diretoria tricolor decidiu por contratar um novo técnico. Paulo César Carpegiani, que vinha fazendo boa campanha com o Atlético-PR, foi o escolhido. Um começo com bons resultados do treinador voltou a dar esperança de vaga no G-4, mas a possibilidade de o quarto colocado não ir à Libertadores caso um brasileiro ganhasse a Copa Sul-Americana claramente desanimava Carpegiani.

Na 34ª rodada, após derrota para o Corinthians no Morumbi, a chance de ir para a principal competição do Continente para oitava vez foi totalmente descartada. O jeito foi se contentar com um 9º lugar, que deu vaga na Copa Sul-Americana 2011.

Herói: Lucas, ex-Marcelinho
Ele começou como Marcelinho - apelido pela semelhança com o ídolo do Corinthians -, mas depois preferiu ser chamado como Lucas. O meia-atacante pode não ter sido um grande destaque em 2010, mas foi uma das revelações do Brasileirão e o responsável por uma melhora do São Paulo na competição. É uma grande aposta do Tricolor para 2011.

Vilão: Washington
O centroavante não foi um grande vilão, mas oscilou durante o tempo que passou pelo São Paulo, alternando momentos de tranquilidade e ódio (quase nunca amor) com a torcida tricolor. Saiu no fim de julho (retornou ao Fluminense), sem nem ter oportunidade de disputar a semifinal da Copa Libertadores.

Dia D: 13 de maio
Pelas quartas-de-final da Libertadores, o São Paulo se vingou do Cruzeiro, algoz na mesma competição um ano antes, e foi à semifinal. Se na ocasião a Raposa venceu os dois jogos, o Tricolor fez o mesmo este ano. Na estreia de Fernandão, no jogo de ida, bela vitória por 2 a 0 no Mineirão abriu caminho para a classificação - na volta, os paulistas repetiram o placar.

Dia para ser esquecido: 28 de julho
Se o duelo contra o Cruzeiro foi especial, não se pode dizer a mesma coisa da semifinal diante do Internacional. Na primeira partida, no Beira-Rio, o São Paulo ficou longe de ter uma postura de Tricampeão. Recuado o praticamente o tempo inteiro, o Tricolor teve postura de time pequeno. O 1 a 0 para o Colorado foi motivo de comemoração pelo que (não) jogou o time paulista.

O número: 5
Esse é o número de vezes seguidas que o São Paulo foi eliminado por equipe brasileiro na Copa Libertadores. São elas: Internacional (2006), Grêmio (2007), Fluminense (2008), Cruzeiro (2009) e novamente o Inter este ano.


Comentário da Redação
Ano para se esquecer

Esta temporada foi mesmo estranha para o São Paulo. Ao mesmo tempo que por pouco não conseguiu vaga no Mundial de Clubes, a equipe teve um ano fraquíssimo. Aliás, na própria Libertadores o futebol foi pífio. Contra o Inter, foi um milagre o placar agregado ter terminado 2 a 2, pois o rival gaúcho foi infinitamente superior no Beira-Rio.

O desempenho em clássicos também foi lamentável: 8 derrotas em 11 jogos. Isso serve para medir a fraqueza do Tricolor em 2010. Quase sempre quem vence os rivais se dão bem no restante da temporada.

Em 2011, pode ser uma boa não jogar a Libertadores para o clube rever seus conceitos, testar jovens promessas e abrir cabeça para novas competições, sem precisar ficar priorizando torneio A ou B. E é de extrema importância que o torcedor são-paulino esteja ao lado do clube nessa temporada.


Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

Campeonato Brasileiro > Craques da Redação 2010

Um argentino foi o dono do Brasil
















Quem diria que um argentino poderia fazer o que Dario Conca fez aqui em terras brasileiros. O craque do Fluminense comandou a equipe no caminho do tricampeonato brasileiro. Jogou as 38 partidas do títulos, sempre com a mesma vontade, comprometimento e qualidade. E bota qualidade nisso!

Na eleições dos Craques da Redação, ele concorreu por 20 dias contra outro argentino, Walter Montillo, que brilhou no Cruzeiro. O outro adversário foi o artilheiro do campeonato, Jonas. Nenhum fez sequer cócegas em Conca, que venceu com 91% dos votos.

E olha que se Conca não foi 100% é um bom sinal. Afinal, como dizia o tricolor Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.

Seleção escalada

Conca é o craque do campeonato e Bruno César é a revelação. Além deles, temos os 11 eleitos para formar o time de Craques da Redação dos melhores jogadores do Brasileirão 2010. Curiosamente, apenas o camisa 11 do Fluminense se repete em relação à equipe eleita em 2009.

















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Direto da Redação
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Futebol europeu > Retrospectiva 2010

3+ gols - os gols mais bonitos do ano no futebol europeu

Zaragoza 0 x 2 Barcelona - Lionel Messi (2º gol)




Arsenal 2 x 1 Fulham - Samir Nasri (1º gol do Arsenal)




Bayer Leverkusen 3 x 1 Kaiserslautern - Sidney Sam (1º gol do Leverkusen)




Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Palmeiras > Retrospectiva 2010

Nada de bom para lembrar
* Mesmo com retorno de ídolos, Palmeiras passa ano sem títulos e coleciona vexames

Faça essa experiência: pergunte a um torcedor do Palmeiras sobre o melhor momento do clube em 2010. Se você que está nos lendo é palmeirense, ajude-nos a responder. Pois é, o ano foi muito duro para o torcedor. Nem mesmo o retorno de grandes ídolos, como Kléber, Valdivia e Felipão trouxe o que vem fazendo muita falta nos últimos anos: títulos.

Não estamos mentindo ao dizer que o grande momento palmeirense em 2010 foi o reconhecimento de quatro títulos nacionais dos anos 60. Empatado tecnicamente com o fracasso corintiano no ano do centenário, é claro.

Vitória contra o campeão

No Campeonato Paulista, o Palmeiras foi mal. Muito mal. Terminou apenas com a 11ª colocação, bem atrás dos rivais Corinthians, São Paulo e Santos. Este último, aliás, foi protagonista (sim, protagonista) do grande momento palmeirense na competição. Na Vila Belmiro, os meninos alvinegros abriram 2 a 0, mas vacilaram e permitiram uma virada do Verdão. Vitória sobre o time que viria a ser o campeão estadual, com direito a dancinhas e provocações.

No mais, nada a recordar. Muricy Ramalho deu início ao trabalho na Academia de Futebol, mas foi demitido após uma goleada no Palestra Itália, 4 a 1 para o São Caetano. Curiosamente, o técnico do Azulão foi o escolhido para substituir Muricy. O experiente tricampeão brasileiro (virou tetra ao final do ano) foi substituído por uma aposta: Antonio Carlos Zago.

Carrasco goiano I

Na Copa do Brasil, as coisas andavam um pouco melhor. O Verdão já havia eliminado o Flamengo-PI, o Paysandu-PA e o Atlético-PR, e estava nas quartas de final, próximo de um título que poderia salvar o semestre. No jogo de ida contra o Atlético-GO, em São Paulo, vitória sofrida por 1 a 0.

Na volta, em Goiânia, o time da casa foi melhor e devolveu o 1 a 0. Com isso, a vaga seria decidida nos pênaltis. Os dois times foram mal nas penalidades, mas o Palmeiras conseguiu ser pior - perdeu 4 cobranças, contra 3 do Dragão. Mais uma frustração.

Felipão, Kléber, Valdivia e fracasso no Brasileiro

Dias após a eliminação na Copa do Brasil, Antônio Carlos também foi demitido. Depois de quase um mês de infinicação, o Palmeiras deu muita esperança a sua torcida, ao anunciar o retorno de Luiz Felipe Scolari ao comando técnico. Na parada da Copa do Mundo, o Palmeiras ainda confirmou o retorno do atacante Kléber e do meia Valdívia.

Com tantos ídolos, a expectativa era das melhores. Porém, o elenco continuava reduzido e limitado. O Campeonato Brasileiro foi marcado por muita irregularidade no time do Palestra Itália - que, aliás, jogou a maior parte do segundo semestre no Pacaembu, devido a uma reforma no estádio palestrino.

Entre muitas polêmicas, o time jogou a reta final do campeonato sem pretensões, já que nem uma vaga na Libertadores seria possível. O maior feito para o torcedor alviverde foi uma derrota contra o Fluminense, o que complicou o rival Corinthians na briga pelo título.

Carrasco goiano II

Mais um um time de Goiás entraria na vida do Palmeiras. Enquanto ia às duras penas no Brasileirão, o Verdão mostrava bom futebol (ou algo perto disso) na Copa Sul-Americana. Chegou às semifinais passando por Vitória, Universitário de Sucre-BOL, e Atlético-MG.

Na semifinal, o adversário foi o Goiás, que acabou rebaixado no Campeonato Brasileiro. E o Palmeiras começou bem, vencendo no Serra Dourada por 1 a 0, gol de Marcos Assunção - grande jogador palmeirense na campanha. Mas o que parecia impossível, aconteceu. No Pacaembu, o Goiás venceu por 2 a 1, de virada, e afundou as chances do time de Felipão chegar à Libertadores.

Valdivia, lesionado, não participou dos jogos finais e foi pivô de uma crise interna entre Felipão, o departamento médico e o próprio jogador.

Herói: Marcos Assunção

Nem Valdivia, nem Kléber, nem Marcos (que passou boa parte da temporada machucado). O jogador de mais destaque do Palmeiras no ano foi Marcos Assunção. Ele chegou ao clube logo após bom Campeonato Paulista pelo Grêmio Prudente e foi fundamental para os poucos momentos de bom futebol no ano. Principalmente nas cobranças de falta.

Vilão: Diego Souza

Foram muitas decepções durante o ano, mas se for para escolher um vilão, este é Diego Souza. O meia começou muito mal a temporada e a torcida pegou no seu pé. E ele determinou sua saída do Palmeiras ao fazer gestos obscenos para a arquibancada. Foi para o Atlético-MG e por incrível que pareça, não deixou saudades.

Dia D: 14 de março
Possivelmente na melhor apresentação da temporada, o Palmeiras derrotou o badalado Santos por 4 a 3, de virada, na Vila Belmiro. Muita dança e alegria pela vitória sobre o futuro campeão paulista. Pena que o bom futebol tenha ficado mesmo no alçapão santista.

Dia para ser esquecido: 23 de novembro
A festa estava pronta no Pacaembu. O Palmeiras havia derrotado o Goiás fora de casa, 1 a 0, e precisava apenas de um empate em São Paulo para ir à final da Copa Sul-Americana. O improvável aconteceu, e o time goiano, rebaixado no Brasileirão, venceu por 2 a 1. Eliminação trágica e muito choro nas arquibancadas.

O número: 4
Esse foi o número de pênaltis perdidos pelo Verdão na decisão das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Nem mesmo o Dragão, que perdeu três penalidades, conseguiu tamanha façanha.

Comentário da Redação
A perspectiva para 2011 não é boa

Se o palmeirense espera ansiosamente pelo final de 2010, não podemos dizer que aguarda com a mesma expectativa por 2011. A perspectiva não é nada boa. Mesmo com os muitos erros cometidos, a diretoria alviverde insiste em priorizar política e deixar o futebol em segundo plano.

Até agora, nenhuma grande contratação foi confirmada, e mesmo os bons jogadores do elenco, como Kléber, Valdivia e Marcos Assunção podem sair - e por incompetência administrativa.

Na década que se encerra amanhã, o Palmeiras soma apenas um título importante (Campeonato Paulista 2008) e uma série de vexamos contra equipes pequenas. A pergunta que fica é: até quando o torcedor palmeirense vai ter de sofrer assim?


Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Copa Libertadores > Retrospectiva 2010

Colorado é bicampeão
* Quatro anos depois, Internacional volta a ser o melhor da América

O torcedor colorado teve de aguardar apenas quatro edições da Copa Libertadores para voltar a soltar o grito de campeão da América. Com uma campanha suada e sofrida, o Internacional conquistou seu segundo título do torneio sul-americano ao bater os mexicanos do Chivas Guadalajara na final, com duas vitórias. Assim como em 2006, a grande decisão foi no estádio do Beira-Rio.

A edição 2010 da Libertadores foi marcada pela presença dos brasileiros na fase final. Nada menos que metade dos oito times que chegaram às quartas-de-final, eram do país do futebol. Por conta disso, três confrontos entre equipes tupiniquins ocorreram no mata-mata.

Corinthians x Flamengo logo nas oitavas

Badalado pelo ano do Centenário, o Corinthians de Ronaldo conseguiu cumprir muito bem seu primeiro objetivo e fez campanha perfeita na primeira fase, terminando na primeira colocação. Enquanto isso, o Flamengo de Adriano penou para conseguir vaga e acabou ficando com a última colocação dos 14 participantes (Chivas e San Luís, previamente classificados, completaram a lista).

Com isso, um confronto entre os dois clubes mais populares do Brasil estava formado. Na partida de ida, no Maracanã, muita chuva e campo muito pesado deixaram o futebol quase que impraticável nos 45 minutos iniciais. Com mais condições de jogo na etapa final, o Flamengo conseguiu a vitória mesmo jogando com um a menos (Michael foi expulso no final do primeiro tempo). Adriano anotou o único gol após pênalti de Moacir em Juan.

Na volta, a torcida corintiana lotou o Pacaembu para empurrar seu time. A pressão deu muito certo no primeiro tempo, e o Alvinegro abriu 2 a 0 com um bom futebol. Na segunda etapa, no entanto, os donos da casa voltaram irreconhecíveis. E um gol de Vagner Love, aos 4 minutos, colocou o Rubro-Negro nas quartas-de-final.

E o Flamengo parou por aí. Na fase seguinte, foi derrotado pelo Universidad Chile no Maracanã por 3 a 2 e nem mesmo uma vitória em Santiago, por 2 a 1, foi o bastante para levar o time carioca adiante na Libertadores. Os chilenos também não foram muito mais longe e acabaram eliminados na semifinal pelo Chivas-MEX.

Inter também se aproveita de gol fora de casa

Enquanto isso, o Internacional do uruguaio Jorge Fossatti, que passou pelo Grupo 5 em primeiro, enfrentou Banfield no primeiro duelo eliminatório. No jogo de ida, os brasileiros passaram por bons bocados com a arbitragem fora de casa e viram a equipe de Buenos Aires abrir 3 a 0 no primeiro tempo. Um gol de Kléber na etapa final, no entanto, melhorou demais a vida do Colorado.

No Beira-Rio, um 2 a 0 seria o suficiente para os gaúchos avançarem. E foi exatamente pelo critério do gol fora de casa que os argentinos foram despachados. Alecsandro e Walter fizeram os gols da vitória. O adversário nas quartas-de-final era "só" o atual campeão do certame, o Estudiantes.

Com gol do zagueiro Sorondo aos 42 minutos do segundo tempo, o Inter abriu vantagem ao vencer por 1 a 0 a primeira partida, em Porto Alegre. Na Cidade de La Plata, o Colorado conseguiu uma classificação épica. Sem fazer boa partida, tomou 2 a 0 do Estudiantes e assim ficou até aos 43 da etapa final, quando o Giuliano - que começava a se tornar o grande nome colorado no torneio - marcou o gol da classificação heroica.

Celso Roth assume a equipe colorada

Uma semana depois de passar pelo Estudiantes, o técnico Jorge Fossatti, que vivia em clima de guerra com a imprensa e vinha mal no Brasileirão, foi demitido pela diretoria do Internacional. Durante a parada para a Copa do Mundo, o então treinador do Vasco Celso Roth foi o escolhido para buscar o bi da América

O primeiro desafio de Roth na Libertadores era o São Paulo, que havia passado pelo Cruzeiro com duas vitórias. Mas se antes da Copa havia harmonia pelos lados Morumbi e preocupação no Beira-Rio, a situação se inverteu completamente na volta dos torneios.

O Inter chegou para o duelo com quatro vitórias seguidas pela competição nacional, enquanto o Tricolor havia perdido três partidas, além de um empate com o fraco Prudente em casa. O momento das equipes refletiu dentro de campo no jogo de ida. Só deu Colorado no Beira-Rio. Totalmente recuado praticamente durante os 90 minutos, o time paulista teve que agradecer muito a derrota por apenas 1 a 0.

No Morumbi, na base da raça e com ajuda do goleiro Renan, os mandantes abriram o placar com Alex Silva na etapa inicial. O segundo tempo começou eletrizante: logo aos seis, Alecsandro empatou o jogo, e dois minutos depois, Ricardo Oliveira fez 2 a 1. O Tricolor até tentou uma pressão, mas o Inter mostrou superioridade técnica e conseguiu a vaga para mais uma final de Liberta.

Duas viradas

Deviado a presença do Chivas na decisão (mexicanos só vão ao Mundial através da Concacaf) o Brasil garantiu presença em Abu Dhabi. Mas é claro que nenhum colorado gostaria de buscar o Bi em dezembro sem antes conquistar o Continente.

Conquista essa que ficou muito perto depois de uma bela virada no México. Após ir para o vestiário perdendo injustamente com gol nos acréscimos, o time brasileiro até demorou a reagir, mas quando o fez foi avassalador. O talismã Giuliano saiu do banco mais uma vez e empatou aos 27 e Bolívar virou quatro minutos depois: 2 a 1.

A história do jogo do título foi bem parecida. Com um gol aos 42 minutos, o Chivas foi para o intervalo vencendo, deixando um clima de apreensão no Beira-Rio. No segundo tempo, mais uma virada do Inter. Aos 16, Rafael Sóbis, herói em 2006, empatou. Leandro Damião virou aos 30. E já nos acréscimos, Giuliano, de novo ele, fez mais um.

Araujo ainda diminuiu para os mexicanos, mas a festa, claro, já havia tomado conta de todo o estádio e estado do Rio Grande do Sul. A América do Sul estava toda de vermelho novamente!

Inter 3x2 Chivas-MEX - melhores momentos


Herói: Giuliano
É incontestável que o meia, com seus gols decisivos, foi o grande herói do Internacional na campanha do Bi. Tanto que, mesmo sem ser titular absoluto, o talismã colorado foi eleito o craque da Copa Libertadores 2010.

Vilão: Moacir
Até hoje os corintianos não esquecem do que o lateral-direito fez nas oitavas de final, diante do Flamengo, no Macaranã. O jogo se encaminhava para 0 a 0 e uma simples vitória no Pacaembu bastaria para o Timão avançar. Mas Moacir colocou tudo a perder ao cometer um pênalti infantil em Juan, convertido por Adriano. Na volta, o triunfo alvinegro por 2 a 1 foi inútil.

Dia D: 11 de agosto
No primeiro jogo da final, a equipe colorada não se intimidou com a torcida no Estádio Omnilife, em Guadalajara, e conseguiu a vitória mesmo depois de sair perdendo. O 2 a 1 fora de casa deixou o Inter com a mão na taça, que foi levantada no Beira-Rio após nova vitória (3 a 2).

Dia para ser esquecido: 12 de maio
Depois de passar pelo forte time do Corinthians, o Flamengo teve uma atuação desastrosa no jogo de ida das quartas-de-final, no Maracanã. Com bela partida do agora cruzeirense Montillo, o Universidad de Chile fez o que quis com a defesa rubro-negra e conseguiu ótima vitória por 3 a 2. Na volta, a equipe carioca até conseguiu vencer (2 a 1), mas não foi o suficiente.

O número: 100
Essa foi percentual de aproveitamento do Internacional no Beira-Rio, fundamental na campanha - sete vitórias nos sete jogos. Além disso, o Colorado tomou apenas três gols em casa (1 na primeira fase e os outros 2 na final, com o jogo decidido), o que é importantíssimo em confrontos eliminatórios.


Comentário da Redação
Cada jogo foi um sofrimento

Quando o árbitro Oscar Ruiz apitou pela última vez na Libertadores 2010 no Beira-Rio, um filme relembrando toda a campanha do Internacional deve ter passado pela cabeça de milhares de colorados por todo o país. Foi uma conquista incrível. Cada duelo eliminatório foi uma guerra.

Do susto dos 3 a 0 para o Banfield no primeiro do primeiro jogo do mata-mata ao gol histórico de Giuliano contra o Estudiantes, em La Plata, quando tudo parecia perdido. Na semifinal contra o São Paulo, o desespero de ser muito superior no Beira-Rio e não marcar gols (saiu aos 23 da etapa final). E a raça para segurar o resultado no Morumbi...

Até na primeira fase, o Inter só passou na última rodada (se perdesse estaria fora). E mesmo com duas vitórias na final, foram muito suadas, de virada. Quanto sofrimento! Mas ainda que o torcedor queira que seu time passe por todos com goleadas, esses títulos sofridos sempre têm um sabor especial. E esse sem dúvida foi marcante demais!


Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

Campeonato Brasileiro > Retrospectiva 2010

De 99% rebaixado a 100% campeão
* Fluminense coroa incrível recuperação em 2009 com título brasileiro após 26 anos

Uma das recuperações mais fantásticas que o futebol já viu foi coroada de uma forma perfeita. Depois de chegar a ser dado como 99% rebaixado em outubro de 2009, o Fluminense conseguiu uma reviravolta e se salvou da degola. Um ano depois, sob o comando do então tricampeão brasileiro Muricy Ramalho, o Tricolor coroou a belíssima volta por cima com um título brasileiro, que não conquistava há 26 anos.

O vice-campeão Cruzeiro, Corinthians e Grêmio se juntam a Internacional e Santos como classificados para a Copa Libertadores 2011. Enquanto isso, Atlético-PR, Botafogo, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Ceará, Atlético-MG e Flamengo conseguiram vaga na Sul-Americana.

Na briga contra o rebaixamento, os grandes Flamengo e principalmente Atlético-MG chegaram a fazer parte, mas se salvaram antes mesmo da última rodada. Grêmio Prudente, Goiás, Guarani e Vitória são os quatro últimos e disputarão a Série B na próxima temporada.

Timão começa muito bem, mas Flu encosta

Com cinco vitórias nas sete primeiras rodadas, o Corinthians passou a parada de pouco mais de um mês da Copa do Mundo como líder. A grande surpresa, no entanto, foi o Ceará, que terminou a 7ª rodada empatado em pontos com o time paulista. Enquanto isso, o Fluminense era o terceiro.

Na volta do campeonato, os cearenses não sustentaram a campanha e caíram para 11º lugar ao fim do primeiro turno. Enquanto isso, o Tricolor carioca colou no Timão e passou a disputar palmo a palmo a liderança até o fim do primeiro turno. Aliás, o campeão simbólico do turno só foi conhecido em outubro, devido ao adiamento de um jogo do Corinthians contra o Vasco - o Flu terminou na frente.

Quem também encerrou o turno em alta foi o Cruzeiro de Montillo, que estreou na 14ª rodada, mas logo se tornou um dos grandes nomes do campeonato. A Raposa bateu o Palmeiras de virada por 3 a 2, em pleno Pacaembu, na 19ª rodada, e encostou no G-4.

G-4 tem mudanças; Trio se destaca

Por falar no grupo dos quatro primeiros, logo nas primeiras rodadas do returno, a Conmebol decidiu tirar uma vaga do Campeonato Brasileiro, passando a ser G-3. Enquanto isso, o trio Fluminense, Corinthians e Cruzeiro começava a se destacar e abrir vantagem na frente.

Botafogo e Atlético-PR chegaram a sonhar com título - o primeiro, inclusive, até a seis rodadas do inal -, mas nunca de forma efetiva. Para a alegria deles e de outros, a CBF conseguiu a volta do G-4, mas desde que um clube brasileiro não fosse campeão da Copa Sul-Americana.

Isso voltou a deixar a competição mais interessante e emocionante, já que o três primeiros continuavam a se destacar e mostrar um futebol superior aos demais. Tanto que, como se imaginava, eles conquistaram a vaga para a Libertadores sem grandes problemas.

Grêmio tem recuperação fantástica com Portaluppi

Brigando na parte de baixo da tabela, o Grêmio apostou em Renato (Gaúcho) Portaluppi, ídolo no clube como jogador, para reverter a situação. Em quatro meses, ele levou a equipe tricolor da zona de rebaixamento à 4ª colocação no Brasileirão, terminando o segundo turno como primeiro. Uma recuperação fantástica! Na rodada final uma importante vitória sobre o Botafogo, em confronto direto.

Com a mudança do G-4, uma coisa inusitada aconteceu: o Grêmio teve de torcer para o Independiente bater o Goiás na final da Sul-Americana para ir à Libertadores 2011, jogo que aconteceu três duas após o término do Brasileiro. Deu certo. Com vitória dos argentinos nos pênaltis, os gremistas comemoraram por todo o estado do Rio Grande do Sul como se fosse um título.

Polêmica com rivais

Na disputa pela taça na reta final, o então terceiro colocado Corinthians ultrapassou o Cruzeiro ao vencê-lo no Pacaembu, e ainda alcançou a liderança após tropeço inesperado do Fluminense em casa, para o Goiás. Faltando três rodadas para o fim, o Timão voltava a depender só das próprias forças depois de uma fase muito ruim, onde ficou sete partidas sem vencer.

Já o Fluminense tinha pela frente São Paulo e Palmeiras, dois rivais locais da equipe do Parque São Jorge, além do Guarani na última rodada. Surgiu, então, a grande a polêmica: os dois grandes paulistas, que não tinham mais objetivo no campeonato, iriam entregar para prejudicar o Timão?

Esse era o assunto mais discutido em todo lugar onde se falava do Campeonato Brasileiro. E a manifestação de boa parte dos são-paulinos e palmeirenses que compareceram ao estádio nos seus respectivos jogos, pedindo deliberadamente para que os times entregassem a vitória ao rival, com faixas (foto), gritos e até ameaças, aumentou ainda mais a polêmica.

Com entrega ou não, o fato é que o Flu acabou vencendo os dois desafios, e contou com tropeço do Alvinegro com o Vitória para colocar a mão na taça. Uma vitória de 1 a 0 em cima do Guarani, no Engenhão, confirmou a conquista do bicampeonato tricolor - com a unificação dos títulos semanas depois, o bi virou tri.

Herói: Darío Conca
Não é atoa que Muricy Ramalho diz que o custo-benefício de Conca é excelente. Eleito o craque do Brasileirão, o argentino conseguiu a façanha de jogar absolutamente todas as 38 rodadas do campeonato. E além de ter sido o rei das assistências (18), o meia terminou como vice-artilheiro da equipe carioca, com nove gols.

Vilão: Vanderlei Luxemburgo

Pentacampeão brasileiro, neste ano Luxemburgo passou longe de disputar o título. Pelo contrário, lutou para não cair nas duas equipes por onde passou (Atlético-MG e Flamengo). A situação pior foi pelo Galo, onde acumulou incríveis 15 derrotas em 24 jogos. Não por acaso, se Luxa fosse um time, teria sido rebaixado com apenas 33,3% de aproveitamento dos pontos.

Dia D: 20 de novembro
Faltando três rodadas para terminar o campeonato, o Fluminense precisava derrotar o São Paulo e torcer por tropeço do Corinthians, que enfrentava o Vitória, para voltar à liderança. E conseguiu. Com um 4 a 1 diante dos paulistas, o Tricolor carioca contou com um empate no Barradão para assumir a ponta. A partir daí, foram apenas mais duas vitórias para levantar o caneco.

Dia para ser esquecido: 10 de outubro
O Corinthians entrou o mês de outubro como o grande favorito à conquista do título, mas uma sequência de sete jogos sem vencer mudou completamente essa condição. E o pior tropeço foi, sem dúvida, o 4 a 3 para o Atlético-GO, em pleno Pacaembu. Na metade da etapa final, o Timão chegou a estar perdendo por 4 a 1, mas evitou vexame maior.

O número: 3
Com a unificação dos títulos, o Fluminense "ganhou" duas taças do principal torneio do país em menos de um mês, sagrando-se campeão brasileiro pela terceira vez: 1970, 1984 e 2010.


Comentário da Redação
Não precisa cair para mudar

O Internacional já havia nos mostrado uma volta por cima magnífica em poucos anos. A partir de 2002, quando se livrou do rebaixamento apenas na última rodada, o Colorado cresceu demais e passou a lutar somente por títulos. E em apenas oito anos, saiu do rebaixamento para conquistar a América duas vezes.

Agora o Fluminense, em curto prazo conseguiu uma recuperação ainda mais improvável em 2009 e concretizou a volta por cima com um belo título no ano seguinte. Isso prova que não é preciso cair para mudar, pelo contrário, é infinitamente mais fácil haver uma mudança estando na Série A.

Só não podemos falar do Tricolor carioca como um clube que mudou pois ainda há muito o que melhorar. Mas a conquista deste ano e a presença do exigente e vencedor Muricy Ramalho no comando técnico já é um grande começo.


Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

Campeonato Inglês > Retrospectiva 2010

Com super ataque, Chelsea volta a ser campeão
* Blues marcam 103 gols no campeonato e confirmam conquista com 8 a 0 sobre o Wigan

Depois de três conquistas seguidas do Manchester United, o Chelsea voltou a faturar a Premier League. E em grande estilo. Com diversas goleadas, os Blues ultrapassaram os 100 gols no campeonato - marca que não era alcançada desde 1963, com o Everton. Esse foi o quarto título inglês da equipe, que também teve o artilheiro da competição: Didier Drogba, com 29 gols.

Além da equipe do técnico Carlo Ancelotti, o vice Manchester, Arsenal e Tottenham completaram a lista dos ingleses que foram à Champions League. Já para a Europa League, Manchester City, Aston Villa e Liverpool foram os classificados. Portsmouth, Hull City e Burnley caíram para a segunda divisão.

Goleada histórica até no jogo do título

Ver o Chelsea marcar muitos gols durante todo o ano de 2010 foi algo normal. Mas o mais interessante do time de Londres é que na reta final, onde geralmente os jogos geralmente são mais estudados e truncados, as goleadas não desapareceram. Muito pelo contrário, foram mais frequentes.

Somente nas últimas dez rodadas do campeonato, foram quatro goleadas, três delas com pelo menos sete gols. Destaque para o 7 a 1 no bom time do Aston Villa, que terminou na sexta colocação.

Na última rodada, um simples 1 a 0 seria o suficiente para a conquista do título. O nervosismo e a tensão apareceram? Que nada. Foram oito gols em cima do pobre Wigan, com seis somente na etapa final. Os Blues não podiam ter encerrado de maneira mais adequada a brilhante campanha.

Herói: Didier Drogba
Artilheiro do campeonato com 29 gols, Drogba foi o grande nome do super ataque do Chelsea.

Vilões: Tom Hicks e George Gillett Jr.
Os empresários norte-americanos, donos do Liverpool desde 2007, foram pressionados e tiveram que ceder. Venderam o clube para o grupo New England Sports Ventures (NESV), que já possui nos Estados Unidos o famoso time de beisebol Boston Red Sox. O valor: 300 milhões de libras. Pouco mais que os 285 milhões de libras que o Liverpool tem em dívidas. Pior que isso é a má fase do time, que não se classificou para a atual edição da Champions League e está fora da zona de classificação até da Europa League no campeonato 2010/2011.

Dia D: 9 de maio
Precisando de uma simples vitória para levantar o caneco, o Chelsea fez muito mais que isso: aplicou um 8 a 0 no Wigan, a maior goleada da competição.

Dia para ser esquecido: 27 de fevereiro
Se teve uma partida para o torcedor do Chelsea apagar da memória, foi o da 28ª rodada da temporada 2009;=/2010. Líder e jogando em casa, os comandados de Carlo Ancelotti decepcionaram sua torcida e tomaram 4 a 2 do Manchester City, que ajudou o rival United encostar na ponta.

O número: 103
Essa foi a quantidade de gols que o Chelsea marcou na edição 2009/2010 do Campeonato Inglês. Desde 1963 uma equipe não atingia essa marca no torneio.


Comentário da Redação
Equilíbrio na atual edição

O Campeonato Inglês 2010/2011 chegou ao final do primeiro turno e um equilíbrio poucas vezes visto nos últimos tempos está tomando conta da luta pelo título. Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea e Tottenham, todos tem condição de levar a taça.

O favorito no momento é o time de Alex Ferguson, que ainda não perdeu nenhum jogo e ocupa a primeira colocação com partidas a menos que os demais. Mas a briga está ótima.

Se o Liverpool se enfraqueceu nas duas últimas temporadas, vieram duas equipes para suprir sua ausência na parte de cima: City e Tottenham. Com os ótimos times que estão, além de mais gente na luta pela taça, a emoção em busca de uma vaga na Champions está garantida.


Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Seleção Brasileira > Retrospectiva 2010

Fracasso na Copa e renovação para 2014
* Time de Dunga para nas quartas de final do Mundial; Mano Menezes dá início a renovação

Se 2010 era ano de Copa do Mundo, não dá para classificar de outra forma o desempenho do Brasil: decepção. Comandado por Dunga, que fez escolhas que desagradaram a maioria da torcida brasileira, a Seleção Brasileira não passou das quartas de final do Mundial, onde acabou derrotada pela Holanda.

Dunga foi demitido e em seu lugar veio Mano Menezes - após recusa de Muricy Ramalho. O ex-corintiano chegou com a missão de renovar o elenco brasileiro já pensando em Copa do Mundo.

Nem Ganso, nem Neymar, nem Ronaldinho

A Copa do Mundo começou em maio para a Seleção, quando o técnico Dunga anunciou os 23 escolhidos para seguir à África do Sul. A expectativa era grande para saber se o treinador abriria mão de sua "coerência" para levar os meninos Neymar e Ganso, que eram destaque no Santos, ou o experiente Ronaldinho.

Para nenhuma surpresa de quem assistia ao vivo à divulgação oficial dos convocados, nenhum dos três foi lembrado. Ganso e Ronaldinho, ao menos, estiveram na lista de sete jogadores que ficaram como opções em caso de algum corte.

Sneijder é o carrasco

Com a bola rolando na Copa do Mundo, o Brasil estreou no Grupo G contra o mais fraco adversário da chave, a Coreia do Norte. O jogo foi muito duro e somente no segundo tempo o time de Dunga marcou os gols da vitória por 2 a 1 sobre os asiáticos, com Maicon e Robinho.

Após muitas críticas, o time melhorou no segundo jogo, contra a Costa do Marfim. Vitória por 3 a 1, com gols de Luís Fabiano (2) e Elano, que saiu machucado e desfalcou a equipe Canarinho pelo resto da Copa. Na última rodada, um empate sem gols contra Portugal classificou as duas seleções.

Nas oitavas, um velho freguês: o Chile. Vitória tranquila por 3 a 0, gols de Juan, Luís Fabiano e Robinho. Nas quartas, veio a Holanda e tudo levava a crer que o Brasil tinha engrenado. No primeiro tempo do jogo, Robinho marcou e a Seleção perdeu mais duas chances. A vitória parecia certa.

Mas como fez Giggia em 1950, Paolo Rossi em 1982 e Zinedine Zidane em 1998, surgiu um carrasco que ficará na História. Wesley Sneijder marcou duas vezes, ambas de cabeça, e a Holanda virou o jogo. Felipe Melo ainda foi expulso e naquele momento Dunga não tinha o que fazer a não ser assistir ao final do sonho do Hexa.

Mano assume

Dunga não resistiu ao medíocre desempenho da Copa do Mundo e não renovou o contrato com a CBF. Ricardo Teixeira queria renovação e se reuniu com Muricy Ramalho, nome que chegou até a ser anunciado na imprensa. Porém, o Fluminense não liberou e restou um plano B: Mano Menezes.

Na primeira convocação, Mano atendeu ao clamor popular e levou Neymar e Ganso. Os dois deram show e o Brasil derrotou os EUA por 2 a 0. Neymar foi punido e Ganso se machucou e a dupla santista não participou das vitórias contra a Ucrânia (2 a 0) e Irã (3 a 0).

Derrota para a Argentina

Mas o ano não terminou nada bem, nem para Mano Menezes. Após cinco anos, o Brasil voltou a ser derrotado pela Argentina. Em amistoso no Catar (!), Messi marcou nos minutos finais e a seleção brasileira foi derrotada por 1 a 0. Essa convocação contou com o retorno de Neymar e também de Ronaldinho Gaúcho.

Herói: Lúcio
O capitão da seleção foi um dos poucos que se salvou das críticas após a Copa do Mundo. Firme e participativo, ele liderou a equipe até o seu limite.

Vilões: Felipe Melo e Dunga
Alguém dúvida disso? O primeiro foi expulso na partida contra a Holanda e contribuiu para a desastrosa eliminação. Já o segundo convocou o primeiro e vários outros jogadores pra lá de questionáveis.

Dia D: 10 de agosto

Contra os EUA, na estreia de Mano Menezes, Ganso e Neymar, a Seleção Brasileira passeou contra os norte-americano e venceu por 2 a 0. Uma revigorante vitória.

Dia para ser esquecido: 2 de julho
Dois gols de cabeça decretaram a eliminação brasileira da Copa do Mundo, diante da Holanda. O carrasco foi Wesley Sneijder, nome que tão cedo não será esquecido por Dunga e seus comandados.

O número: 2

Tudo empatado. A derrota para a Holanda foi a segunda eliminação diante do rival laranja em Mundiais (a primeira foi em 1974), o que iguala as seleções em duelos de Copa (o Brasil eliminou a Holanda duas vezes, em 1994 e 1998).


Comentário da Redação
Renovação seria boa não só para o time

O Brasil precisava mesmo de renovação. Ninguém mais aguentava Dunga e sua tal coerência. Nem suas opções discutíveis: Júlio Baptista, Doni, Felipe Melo e etc. Mano Menezes chegou e trouxe isso. Já trouxe a garotada do Santos, Phillipe Coutinho e mais alguns outros meninos de potencial. Apesar da derrota para a Argentina, a tendência é ver um bom futebol no Brasil a partir de 2011.

Agora, bom mesmo seria se a renovação fosse mais ampla e chegasse à presidência. O sr. Ricardo Teixeira já está há mais de 20 anos no comando da Seleção e cada vez menos está preocupado com a qualidade do time. Ele quer mesmo é utilizar a equipe verde e amarela como produto e fazer dinheiro com ela. E só.

Ainda espero pelo dia em que teremos um presidente atuante, conhecedor de futebol e preocupado, não só com a seleção nacional, mas também com as mazelas do futebol brasileiro. Pena que essa renovação parece estar bem longe de chegar.


Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br