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sábado, 30 de junho de 2012

Comentário da Redação > Pés no chão

Quem vê o resultado do jogo contra o Cruzeiro neste sábado - vitória por 3 a 2, em Belo Horizonte -, pode até pensar com entusiasmo em uma reviravolta da situação atual do time do São Paulo e a volta aos trilhos das vitórias que tanto alegraram o torcedor há alguns anos.

Porém, não é bem assim que a banda toca.

Realmente, a vitória de hoje contra os mineiros foi importante, tanto para a classificação e sequência do Campeonato Brasileiro 2012 quanto para amenizar a pressão que o time vinha sofrendo desde a eliminação da Copa do Brasil pelo Coritiba, mas não se pode fechar os olhos para o modo como ela aconteceu.

O São Paulo de hoje foi o mesmo time das últimas rodadas, com a diferença de ser notória a maior vontade de se dedicar em campo dos jogadores. É senso comum que Emerson Leão não é um comandante querido por atletas, e isso interfere em campo, fato comprovado pela rejeição que o ex-treinador do clube já sofria antes de chegar ao Morumbi e que certamente aumentará agora que saiu.

O ataque foi eficiente mais uma vez, fazendo sua parte com bastante competência. Mesmo o pênalti perdido por Luis Fabiano não tirou o brilhantismo do setor ofensivo do São Paulo. O problema mesmo é na defesa. Em jogadas aéreas então, é crônico.

Os dois gols sofridos pelos paulistas na tarde deste sábado foram de cabeça, após cobranças de escanteio. Falhas grotescas na cobertura foram as responsáveis pelo sucesso do goleador cruzeirense.

É impressionante a dificuldade do São Paulo em cortar jogadas de bola parada. Com a bola rolando, pelo chão, a defesa vai bem, agora pelo alto, é um terror.

O problema não é Paulo Miranda, Edson Silva, João Felipe, o problema é POSICIONAMENTO. Portanto, se almejamos uma melhor posição na tabela, devemos cuidar bem da defesa.
O ataque garante.

Conceitos


Denis – REGULAR: Fez uma grande defesa no fim e uma cera pra segurar o resultado, mas deixou a desejar no primeiro gol sofrido pela equipe.
João Felipe – REGULAR: Falhou algumas vezes. Mesmo que não tenha sido comprometedor, tem que prestar mais atenção.
Rhodolfo – BOM: Exerceu bem o papel de líbero. Não foi faltoso e nem cometeu falhas.
Edson Silva – RUIM: Falhou nos dois gols do Cruzeiro. Foi bem com a bola no chão, então ameniza um pouco a situação.
Doulgas – ÓTIMO: Fez a jogada e deu assistência pro primeiro gol do time e depois o lançamento para o pênalti sofrido por Lucas. Melhor em campo.
Denílson – BOM: Jogou mais solto com a presença de Maicon ajudando-o na marcação, sendo por diversas vezes a ligação da defesa com o ataque.
Maicon – BOM: Ajudou bastante Denílson pelo meio. Apesar de ter jogado como volante, tem características de um meia clássico. Isso pode ser melhor explorado no futuro.
Cortez – BOM: Igual a Douglas. Quase fez o dele, quando apareceu como elemento surpresa no lance do terceiro gol tricolor.
Jadson – BOM: Teve mais destaque hoje, armando diversos contra-ataques. Fez o gol da vitória após pegar rebote de um chute de Cortez.
Lucas – ÓTIMO: Fez o segundo gol do time, armou contra-ataques e mostrou uma disposição invejável.
Luis Fabiano – ÓTIMO: Matador no primeiro gol, garçom no segundo e um dos protagonistas do terceiro. Errou um pênalti e levou um cartão extremamente besta, mas isso não apaga sua tarde.
(Paulo Miranda) – BOM: Não cometeu falhas e ainda salvou o que seria o gol de empate do Cruzeiro.
(Cícero) – RUIM: Desperdiçou alguns ataques ao se equivocar na hora do passe final.
(Casemiro) – RUIM: Entrou no final, mas teve tempo de justificar porque virou reserva: tem um sono sem fim.
Tec. Milton Cruz – BOM: Não mudou muito o espírito da equipe, mesmo tendo alterado o esquema tático e três jogadores que eram titulares de Leão. Méritos por ter moral com o elenco e sorte.

Foto:
Vipcomm


Redator: Thiago Jacintho

thi.jacintho@gmail.com

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Gringolaço > Itália finalista! Arrasador Balotelli derruba a Alemanha

Não tenho dúvida de que a Alemanha é a seleção mais forte do mundo na atualidade. Mario Balotelli (foto, sem camisa) teve dúvida e não tomou conhecimento do timaço germânico. O craque do Manchester City marcou dois belos gols e deu a vitória para a Itália por 2 a 1, na semifinal da Euro, nesta quarta-feira.

O espírito de garra de Balotelli fez parte do futebol italiano, que esteve longe de ser aquele que estamos acostumados a ver. Aliás, quem viu os jogos da Azzurra nesta Eurocopa, sabe disso. Nada de retranca e prioridade pra defesa. A ordem é atacar sempre que possível, sem medo do adversário.

No caso do jogo de hoje, é lógico que o time de Cesare Prandelli não ia se lançar ao ataque desordenadamente. Estava diante de um baita time e precisava se resguardar. Mas soube fazer isso sem fazer APENAS isso.

No primeiro tempo, até o momento do primeiro gol de Balotelli, de cabeça, o jogo era igual, com as duas equipes criando chances e boa participação dos goleiros. Mas o camisa 9 desequilibrou e mudou o paronama do clássico. A Azzurra jogou mais em contra-ataques e foi assim que ampliou, ainda na etapa inicial, novamente com Balotelli, que ficou maluco, tirou a camisa e resolveu mostrar sua força. O cara é completamente maluco, mas joga bola demais!

No segundo tempo, a Itália se fechou de vez e foi mesmo pro contra-golpe. Marchisio perdeu dois gols impressionantes e foi acompanhado por Di Natale, que entrara no lugar de Balotelli, no quesito desperdício. A Alemanha criou até algumas oportunidades, mas parou na boa defesa italiana e em Buffon, que é o melhor goleiro do campeonato.

No finalzinho, o árbitro anotou pênalti para a Alemanha, que Özil converteu, mas não havia mais tempo de reação. Apesar da derrota, os alemães seguem, na minha opinião, mostrando um excelente futebol. Falta um título para essa geração, mas o caminho é esse, antes que surjam os defensores do futebol de resultado.

E a Itália, por incrível que pareça, chega na final sem desvantagem diante da poderosa Espanha. Os últimos dois campeões do mundo têm chances iguais de vencer a Euro.

Foto:
EFE

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Redator: Ricardo Pilat
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Comentário da Redação > 1º jogo da final da Libertadores 2012: Boca 1x1 Corinthians

Visão corintiana > Predestinação
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Não consigo pensar em palavra melhor que define o Corinthians nesta Copa Libertadores do que PREDESTINAÇÃO. Se em outras edições muitas vezes as coisas conspiravam contra o clube do Parque São Jorge, parece que a maré virou em 2012.

Gol do Ralf no último minuto na estreia, o corte do Chicão cima da linha contra o Cruz Azul, no México, a bola na trave nos acréscimos na vitória no Pacaembu contra os mesmos mexicanos, gol incrível perdido por Diego Souza nas quartas de final, gols marcados na hora certa em cima do Santos nos dois jogos e bola do Fábio Santos tirada sem goleiro em chute de Elano, na Vila. Isso e vários outros fatores mostram que, finalmente, as coisas estão conspirando muito a favor.

Além de muito "me-re-ci-men-to", como diria o técnico Tite. A sorte premia os competentes. E foi assim no primeiro jogo da grande final, na mítica La Bombonera. O futebol corintiano foi aquele já conhecido: um time muito solidário, raçudo, maduro, compacto, e com uma defesa fortíssima.

Com esse estilo de jogo bem definido, a equipe alvinegra conseguiu controlar muito bem o jogo, deixando os argentinos irritados. Faltou apenas mais poder ofensivo. Havia espaço, dava a impressão que a qualquer contra-ataque um gol poderia sair, mas o quarteto da frente não estava conseguindo se entender. Mais uma vez, Paulinho foi o principal jogador do meio pra frente.

Sem Jorge Henrique, que saiu machucado para a entrada de Liedson ainda na etapa inicial, o Timão voltou para o segundo tempo sem a organização habitual. A linha dos três meias, bem à frente dos dois volantes, deixava um espaço para o Boca trabalhar a bola. Com isso, os donos da casa cresceram na partida. Mas não era uma grande pressão, até porque essa não é a característica deles. Até que aos 27, em lance de bola parada, a bola sobrou para Roncaglia empurrar para a rede.

Até no gol do adversário deu para observar a sorte do lado corintiano. No lance, Chicão cortou com a mão, o que faria o zagueiro ser expulso e ainda com pênalti para o Boca. Mas a bola sobrou rapidamente para o lateral boquense marcar. Como não poderia ser diferente, a torcida se inflamou e o Boca partiu para tentar uma pressão em busca do segundo.

Aí veio a tal predestinação. Autor dos dois gols da vitória em cima do arquirrival Palmeiras, no domingo, Romarinho deu seu primeiro toque na bola na Libertadores. E foi para o gol. Em ótimo passe de Emerson, o predestinado garoto saiu de cara para o goleiro e deu um leve tapa na bola por cima. A Bombonera virou alvinegra!

E para ficar mais Corinthians e dar mais jus a tal predestinação, Viatri mandou na trave e Cvitanich para fora na sequencia, nos acréscimos. Óbvio que nada está ganho, será uma guerra no Pacaembu, o Boca é sempre muito forte fora de casa. Mas parece que a hora da Fiel lavar a alma, assim como na quebra do jejum de títulos em 77, está chegando. Faltam 90 minutos para a "libertação"!!!

Conceitos

Cássio - BOM: Passou segurança. Só pecou nos tiros de meta, mais uma vez.
Alessandro - BOM: Cresceu nesses três últimos jogos decisivos. Nada de brilhante, mas não compromete.
Chicão - BOM: Errou no posicionamento no lance do gol, mas não apaga a atuação muito boa que teve.
Leandro Castán - ÓTIMO: Monstro! Melhor zagueiro do torneio. Ainda tem gente (não corintianos) que não reconhece o baita jogador que o camisa 4 é.
Fábio Santos - BOM: Imaginava que o lateral poderia tremer no mata-mata. Me enganei. Pode não ser um jogador brilhante, mas repito: evoluiu bastante depois que chegou. Mostrou personalidade, não tremeu.
Ralf - RUIM: Parecia nervoso e estava perdidinho. Perdeu bolas que não costuma perder. Sua presença por si só já é importante, mas teve uma (rara) atuação ruim.
Paulinho - ÓTIMO: Outro monstro! Tomou conta do meio-campo, pra variar. No lance do gol, desarme no Riquelme, e passe para Sheik criar a jogada do gol.
Alex - REGULAR: Alguns lampejos e só.
Danilo - PÉSSIMO: Desatento, não conseguiu fazer nada. Perdeu bolas que poderiam ter comprometido.
(Romarinho) - ÓTIMO: O que falar de um garoto que em seu primeiro toque na bola na Copa Libertadores encobriu o goleiro e marcou o gol de empate numa final diante do Boca, na Bombonera, aos 40 minutos do segundo tempo? Predestinado!
Jorge Henrique - REGULAR: Nos 38 minutos que ficou em campo, marcou bem, e pouco apareceu com a bola nos pés.
(Liedson) - RUIM: Por mais que eu às vezes tenha esperança de vê-lo jogando bem novamente, parece que já deu para Levezinho...
Emerson Sheik - BOM: Correu demais o tempo inteiro e deixou o Romarinho na cara do gol para trazer o empate para a decisão, no Pacaembu.
Téc: Tite - ÓTIMO: Mexeu corretamente, independente do que teria acontecido depois. Mas como houve o tal merecimento, brilhou a estrela do jogador que o treinador mandou à campo. É outro que parece predestinado a dar a volta por cima no melhor estilo possível depois daquela eliminação para o Tolima.


Visão xeneize > Nada está perdido para o Boca Juniors
por Renan Sant'Anna - sca_renan@hotmail.com

Um resultado ruim para o Boca aconteceu nesta quarta. Mas ruim pela circunstância, não pelo empate em si, já que não é válida mais a regra do gol fora de casa como desempate (aliás, um absurdo da Conmebol excluir na final a regra que vale a competição toda, mas enfim...). O time do Boca é frio, não sente a pressão de jogar fora de casa, e penso eu, que até joga melhor fora da Bombonera, tanto que está invicto longe de seus domínios.

O primeiro tempo truncado, sem muitas chances pros dois lados, era o previsto para esse jogo. No segundo, o time de Falcioni cresceu e dominou as ações do jogo e abriu, merecidamente o placar com Facundo Roncaglia, um bom lateral. A partir daí, o Corinthians tentou mais, apesar do Boca continuar melhor na partida. Eis que acharam um gol com Romarinho, teve estrela e frieza o garoto, é verdade, e como futebol é bola na rede e não merecimento, 1 a 1. Um baque pros homens de Falcioni que ainda tiveram uma oportunidade e não converteram.

Tudo segue indefinido, quem conhece a história do clube azul e ouro, sabe que não foram poucas ás vezes que, depois de um resultado ruim em casa, jogaram de visitante e levantaram a taça. E pra quem for falar que apenas camisa não ganha jogo e o passado não quer dizer nada, eu respondo que concordo, então basta olhar a campanha desta Libertadores, onde os argentinos vieram duas vezes ao Engenhão, vencendo uma, empatando a outra e também empatar com a temida La U, tendo grandes chances de vencer a partida.

Agora uma nota lamentável que não posso deixar sem comentar: ridículo o que fizeram os torcedores do Corinthians ao jogar um sinalizador dentro de campo, por não jogar em casa. A diretoria do clube é cheia de criticar a Libertadores, reclamando das torcidas adversárias e chamando a competição de várzea e não olham para o próprio nariz. Esse ocorrido, aliás, pode acabar gerando consequências na próxima partida em uma resposta da, também nada amistosa, barra-brava argentina.

E também, gostaria de destacar o que faz essa torcida do Boca é sensacional, simplesmente espetacular a festa, não param de cantar um segundo e o farão aqui de novo, mesmo em menor número e independente do resultado da partida.

Na próxima partida, teremos uma invasão Xeneize, sem dúvida alguma, apesar de pouco mais de 2 mil ingressos, mais argentinos estarão no Brasil tentando ver a briga pelo sétimo título sulamericano de seu clube amado e que, apesar do baque, sabem que têm um time forte e com camisa pra vir aqui e silenciar mais uma vez o território brasileiro.

Conceitos

Orión - REGULAR: Foi pouco exigido. Bem no chute de Paulinho, mas poderia ter pelo menos esperado o Romarinho definir o lance, antes de se atirar.
Roncaglia - BOM: Bem na defesa, além de marcar o gol da equipe. Não é um lateral de subir muito ao ataque, então seu apoio aparece discretamente.
Schiavi - BOM: Foi bem nos desarmes, não comprometeu.
Caruzzo - REGULAR: Zagueiro fraco, a torcida Xeneize temia a presença dele no lugar do titular Insaurralde.
Clemente Rodríguez - RUIM: Pouco eficiente no apoio e deixava muito espaço em suas costas.
Somoza - REGULAR: Relativamente bem na marcação e pouco relevante ofensivamente, o que é normal pra ele.
Ledesma - RUIM: Esperava mais, jogador experiente e campeão em 2007, apareceu pouco no ataque pra ajudar os homens de frente, o que costuma ser seu diferencial.
(Rivero) - REGULAR: Entrou no lugar de Ledesma, mas sem muito destaque.
Erviti - ÓTIMO: Correu o campo todo, se movimentava bem e chamava o jogo pra si. Longe de ser um craque, mas foi um dos destaques hoje.
Riquelme - REGULAR: Esperava mais do maestro do Boca. Criou algumas boas jogadas, mas também perdeu muitas bolas. Inclusive a do gol.
Mouche - REGULAR: Esforçado, tentou, tentou e tentou. Mas não repetiu as boas apresentações de sua temporada, pode fazer mais do que fez.
(Cvitanich) - SEM CONCEITO: Jogou pouco, mas quase fez o gol da vitória.
S. Silva - BOM: Sem muita técnica, El Tanque se destaca na presença de área e na raça. Participou do gol (o faria se Chicão não estapeasse a bola) e quase fez um belo gol.
(Viatri) - SEM CONCEITO: Não teve como mostrar muita coisa.
Tec. Falcioni - REGULAR: Entrou com o melhor time possível, fez bons ajustes na atitude da equipe durante o intervalo, mas acho que faltou arriscar um pouco mais.

Fotos: Reuters e Terra


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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gringolaço > Espanha bate Portugal nos pênaltis e conquista vaga na final

Em jogo equilibrado em Donetsk, a Fúria conquistou uma vaga para a final da Euro sobre Portugal. Cristiano Ronaldo, ao contrário do que vinha jogando, pouca estrela teve no jogo. Como estava muito bem marcado, faltou uma “Opção B” para os portugueses brilharem, e essa “Opção B” poderia vir por parte de Nani, que também teve pouco sucesso em campo. Por outro lado, a Espanha não teve qualidade no passe o jogo inteiro.

O jogo começou melhor para a Espanha, que conseguia fazer a bola rodar bem devido ao alto percentual de posse de bola que tinha. Portugal sempre bem postado defensivamente, procurava encontrar Cristiano Ronaldo para puxar o contra-ataque. Na primeira parte da etapa inicial, a Fúria logo teve uma boa chance com Arbeloa, que soltou um forte chute que passou muito próximo a trave.

Na segunda parte do primeiro tempo, os Lusos tiveram ao domínio, que se devia ao fato de o time estar fazendo uma forte marcação no campo de defesa espanhol. Tal marcação era tão forte que Piqué sempre dava uma rifada na bola, algo que pouco se vê na Espanha.

Na etapa final, Portugal novamente com a tática de marcação forte conseguia bons ataques com Ronaldo na ponta esquerda e Nani na direita. Porém, esse alto ritmo de jogo, fez com que os portugueses cansassem e com que os espanhóis começassem novamente a tomar conta do jogo. A Espanha, porém, não conseguiu mesmo assim ter bons ataques. A melhor chance foi de Portugal, em contra-ataque que terminou nos pés de Cristiano Ronaldo. O craque do Real Madrid, porém, chutou por sobre o gol a ótima chance.

O jogo foi para o tempo extra e novamente teve domínio da Espanha. Na primeira parte, Rui Patricio fez uma bela defesa, após uma finalização a queima roupa de Iniesta. Portugal começou a catimbar e era visível que os Lusos estavam satisfeitos com a provável decisão nos pênaltis que veio a se confirmar.

Nas penalidades, brilhou o grande goleiro Casillas, que defendeu um pênalti de João Moutinho (que ao meu ver foi o melhor em campo) e contou com a sorte do outro bater na trave (Bruno Alves). Do lado espanhol, Xabi Alonso perdeu, mas não atrapalhou a vitória por 4 a 2 e a classificação para a final, que será disputada domingo. A Espanha aguarda o vencedor de Itália e Alemanha, jogo que ocorre amanhã e será realizado em Varsóvia, na Polônia.

Foto: Reuters

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Fernando Borchio
fernando.borchio@hotmail.com

terça-feira, 26 de junho de 2012

Paddock da Redação > Valência. Uma corrida agradável e surpreendente

Quem esperava uma corrida chata, sem emoção e poucas ultrapassagens, definitivamente foi surpreendido ao final do GP da Europa, ocorrido na zona portuária de Valência, na Espanha. Por acontecer em um circuito de rua, a expectativa era que a corrida fosse semelhante à monotonia que acontece sempre em Mônaco, um circuito também travado.

Este ano, graças talvez aos pneus que tem em sua composição uma tipo de borracha que se degrada mais rapidamente, o equilíbrio aerodinâmico dos carros e o advento da asa móvel conseguiram  trazer um pouco de emoção.

Foi um Grande Prêmio com boas ultrapassagens, onde se pode destacar o desempenho de Fernando Alonso, que largou em uma posição intermediária no grid e conseguiu vencer a corrida realizando ótimas ultrapassagens na pista e ainda contou com a sorte da quebra do carro de Vettel, quando este liderava e assim herdou a primeira posição nas últimas vinte voltas para o fim da disputa.

Se não bastasse a liderança ter caído em seu colo, o seu adversário mais próximo, Romain Grosjean, da Renault, também quebrou e deixou Fernando Alonso uma margem muito tranquila. O piloto espanhol só precisou administrar a vantagem e vencer o Grande Prêmio, sendo o primeiro competidor a repetir o feito nesta temporada.

Além que quebrar a escrita de nenhum piloto conseguir vencer duas corridas esse ano, o GP de Valência também reservou outra grata surpresa. Essa foi a primeira vez que o heptacampeão Michael Schumacher subiu ao pódio desde sua volta à categoria há três anos.

Chama a benzedeira

Bruno Senna (foto) precisa urgentemente passar por uma benzedeira. Apesar de ter ido bem nos treinos livres de sexta e sábado, o piloto brazuca não conseguiu repetir o feito quando o treino realmente valia alguma coisa e largou na 16ª posição.

Com uma corrida conservadora, talvez apostando em uma só parada, o brasileiro tinha até ganho alguma posições em virtude das paradas nos boxes dos adversários. Porém, quando estava na oitava posição e chegando perto do piloto que estava à sua frente, ele foi tocado por um desastrado piloto japonês Kamui Kobayashi e perdeu muitas posições enquanto levava seu Wiliams ao pit stop para troca do bico do carro e um pneu furado.

Terminando assim, mais uma vez, a corrida na parte final da classificação. Por uma punição ao seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, após o fim do GP, Bruno acabou herdando a 10ª posição e amealhou um ponto no fim das contas.

Outro piloto que pode reclamar da sorte neste GP é Sebastian Vettel, que liderava a corrida com uma folga tranquila para Fernando Alonso, então segundo colocado. Por causa de um problema no motor, no entanto, ele viu seu carro parar “do nada” na reta oposta e foi obrigado a abandonar a prova e entregar a vitória no colo do piloto espanhol.







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Redator: Rodrigo Svrcek

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Clinch > Raio X: UFC 147

Um evento que ao longo do tempo foi perdendo apelo. Com mudanças e lesões, o card não ficou atraente. Mas os participantes do The Ultimate Fighter estavam empolgados para mostrar serviço no UFC 147 e com isso quem ganhou foi o público mineiro, que por sinal foi um show a parte. Cobri todos os episódios do reality show e hoje farei comentário de todas as lutas para encerrar o primeiro TUF no Brasil.

Felipe Sertanejo e Miltinho Vieira empataram (29 a 28, 28 a 29, 28 a 28)
Miltinho conseguiu uma queda e dominou por cima no primeiro round. No segundo, Sertanejo acertou uma joelhada voadora que desestabilizou o adversário, mas sofreu um knockdown com um chute rodado. O terceiro foi vitória clara de Sertanejo. Pelo equilíbrio, o empate foi justo.

Marcos Vina venceu Wagner Galeto por nocaute técnico a 1m04s do 3º round
Com atuações discretas durante o reality, Galeto era azarão. Só que neste sábado ele mostrou um bom volume de luta nos dois primeiros rounds, vencendo-os claramente. No terceiro round ele veio cansado. Vina aproveitou o momento, e com boa combinação de joelhadas e socos, obrigou Herb Dean a interromper a luta.

Thiago Bodão venceu Leonardo Macarrão por nocaute técnico aos 41s do 3º round
O combate foi movimentado, e Macarrão começou melhor. Mas do segundo round em diante foi domínio total de Bodão. Castigou muito no ground and pound e encerrou a luta no terceiro round com um nocaute técnico, para delírio da torcida.

Hugo Wolverine venceu John Macapá por decisão dividida (29 a 28, 28 a 29 e 29 a 28)
O combate teve trocação franca, e Wolverine levou a melhor no primeiro round. Já no segundo Macapá equilibrou em pé e conseguiu uma queda, ficando em vantagem. E o último round foi muito parelho, deixando uma batata quente na mão dos juízes. Eles optaram pela vitória de Wolverine.

Massaranduba venceu Pé de Chumbo por nocaute técnico aos 4m21s do 1º round
Pé de Chumbo sabia do poder das mãos de Massaranduba e insistiu em colocá-lo para baixo, mas não conseguiu e gastou muita energia. Quando Pé de Chumbo acusou o cansaço, Massaranduba aproveitou e deu várias marretadas de canhota na cabeça dele, conseguindo o nocaute técnico.

Rodrigo Damm venceu Gasparzinho por finalização (mata-leão) aos 2m12s do 1º round
Os dois trocaram faíscas diversas vezes dentro da casa, e também na pesagem. Só que dentro do octógono Damm mostrou total superioridade. Em pouco tempo conseguiu um knockdown e logo já mochilou, espalhou o frango e finalizou com um mata-leão, desacordando Gasparzinho.

Hacran Dias venceu Yuri Marajó por decisão unânime (29 a 28, 30 a 27 e 30 a 27)
O wrestling da Nova União está em dia. Hacran treina com grandes nomes, como José Aldo, e não sentiu a pressão da estreia. Seguiu a estratégia de luta, teve ótimo aproveitamento nas tentativas de queda e assim travou o jogo de Marajó. A luta não foi vistosa, mas o resultado foi justo.

Fabricio Werdum (foto) venceu Mike Russow por nocaute técnico aos 2m28s do 1º round
VAI CAVALO! A torcida inflamou o peso pesado brasileiro que deu show. Está com um muay thai afiado, e depois de alguns bons golpes nocauteou Russow. O americano não perdia há 11 lutas, então a vitória de Werdum foi excepcional. Agora ele pediu a chance de disputar o cinturão, mas terá de esperar um pouco. O importante foi se firmar entre os tops da categoria.

Rony Jason venceu Godofredo Pepey por decisão unânime (29 a 28, 29 a 28 e 29 a 28)
Pior luta da noite. Jason pareceu desconcentrado, mas dominou e teve os melhores momentos na luta. Pepey foi muito mal, quando estava em perigo puxava o adversário para a guarda, tentando apostar no jiu-jitsu. A sorte dele é que Jason não tem um bom ground and pound. Pepey Precisa corrigir essas falhas, pois senão terá carreira curta no UFC. Rony Jason foi campeão merecidamente.

Cezar Mutante venceu Serginho Moraes por decisão unânime (29 a 28, 30 a 27 e 30 a 27)
Mutante era favorito absoluto. Mas Serginho aceitou o jogo em pé, e conseguiu em alguns momentos equilibrar a luta. Depois de quase ser nocauteado, ele foi raçudo e seguiu no combate. Assim, no segundo round, Serginho quase nocauteou. Ele não aproveitou essa oportunidade, e perdeu a luta por decisão unânime. Mutante foi melhor e mereceu o título, mas a atuação de Serginho foi digna de um campeão, e espero que ele possa ter novas chances no UFC. Considero que foi a melhor luta da noite.

Rich Franklin venceu Wanderlei Silva por decisão unânime (49 a 46, 49 a 46 e 49 a 46)
Foram cinco rounds, e quatro deles Franklin dominou claramente. Ele impôs uma tática de usar sua envergadura e movimentar-se muito batendo e saindo com agilidade. Assim ele travou o jogo de Wand, exceto em um descuido, que quase lhe custou a luta. O Cachorro Louco acertou uma boa sequência, de chutes, joelhadas e socos. Franklin caiu e Wand bateu muito, só que o americano aguentou, foi se movendo, convencendo Mario Yamazaki que ainda estava bem. Acabou sendo salvo pelo gongo. Depois disso Wanderlei não teve mais oportunidades e acabou perdendo a luta, decepcionando a torcida brasileira que lotou o Mineirinho.

Considerações Finais:
O 1º TUF no Brasil foi importante para o crescimento do esporte. Os campeões tem boas chances de sucesso no UFC, e Massaranduba, Bodão, Sarafian e Wolverine são outros em que aposto muito.
Já Wanderlei Silva , depois dessa derrota, deve perder a oportunidade de enfrentar Vitor Belfort no Rio. Tem que repensar sua carreira, que provavelmente está chegando no fim.

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* A coluna Clinch traz a análise dos principais eventos de artes marciais do planeta.

Redator: Fernando Pilat

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domingo, 24 de junho de 2012

Gringolaço > Itália se lança ao ataque, mas conquista vaga com muito drama, ao seu estilo



Acreditem se quiser, mas a Itália teve 35 chutes a gol no duelo contra a Inglaterra, neste domingo, em Kyev, na Ucrânia. Porém, sem contar com a mira calibrada de Mario Balotelli, que perdeu chances impressionantes, ficou no 0 a 0 contra o English Team, que jogou ao estilo que estamos acostumados a ver justamente na Azzurra, com muita marcação e tentativa de surpreender em contra-ataques.

O placar sem gols se manteve durante 120 minutos, já que a partida válida pelas quartas de final da Euro foi para a prorrogação. Os italianos fizeram uma apresentação muito boa, liderados por Andrea Pirlo, que aos 33 anos segue mostrando uma qualidade de passe impressionante, além de ser fundamental na marcação.

Já a Inglaterra, não teve a inspiração de Wayne Rooney, que acabou muito isolado do resto do time. Que, aliás, tirando Gerrard e Terry, está bem abaixo do camisa 10. Por isso, e pelos inúmeros desfalques ingleses para essa Euro, não dá para culpar o técnico Roy Hodgson por privilegiar a defesa, o que já havia feito na primeira fase. Aliás, o time britânico se despede da Euro invicto, com 2 empates e 2 vitórias.

Nos pênaltis, porém, pesou o péssimo retrospecto da Inglaterra em decisões desse tipo. Considerando Eurocopa e Copa do Mundo, são 7 oportunidades e apenas uma vitória inglesa. Ontem, mais um insucesso, com erros de Ashley Young e Ashley Cole, A Itália havia perdido com Montolivo, mas concluiu os demais e contou a com a experiência de Gianluigi Buffon para inimidar os ingleses. No fim das contas, os italianos venceram mais ao seu estilo, com drama e sem gols com a bola rolando.

Na próxima fase, teremos um duelo que promete, entre Itália e Alemanha, relembrando a semifinal da Copa do Mundo de 2006 e tantos outros duelos entre os rivais. Resta saber se a Azzura vai repetir a vocação ofensiva para enfrentar um time que sabe atacar com tanta naturalidade. Eu aposto que a postura italiana será diferente e que Balotelli vai precisar treinar mais finalizações para não despediçar tantas oportunidades.

Semifinais Eurocopa 2012
27/6 Portugal x Espanha
28/6 Itália x Alemanha

Foto: Getty Images

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Redator: Ricardo Pilat
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sábado, 23 de junho de 2012

Gringolaço > Mais uma vitória decepcionante da Espanha

A Espanha derrotou a França por 2 a 0, em Donetsk, na Ucrania, e está nas semifinais da Eurocopa 2012, onde encara Portugal. A vitória, porém, voltou a decepcionar todos que depositam na Fúria as esperança de um futebol vistoso.

Mantendo seu estilo de muito toque de bola e poucas jogadas de infiltração ou chutes de média e longa distância, a Espanha cozinhou a França, que entrou com um medo do tamanho da Europa em campo, tornando o jogo pra lá de morno. O técnico Laurent Blanc deixou no banco Nasri e Menez para colocar mais jogadores de marcação no meio. Uma pena, pois os franceses teriam time para jogar e não somente impedir a Espanha de fazê-lo.

O resultado disso é que com 20 minutos, Xabi Alonso abriu o placar para a Espanha, em boa jogada de Jordi Alba, que cruzou na cabeça do volante do Real Madrid. Com isso, os espanhois se acomodaram ainda mais na partida e levaram o resultado até o final da partida. Não fosse um pênalti, na minha opinião, inventado pela arbitragem, e também concluído por Alonso (o craque do jogo), ficaria 1 a 0 sem que nenhuma das equipes fizesse algo para mudar isso.

A Espanha hoje teve uma formação diferente, com Torres no banco e Fabregas entre os titulares, jogando como um falso centroavante. Não deu certo, Cesc não sabe fazer essa função e acaba embolando o meio-campo com Xavi, Iniesta e David Silva. Não à toa, os quatro não jogaram nada.

Resta aguardar o duelo contra Portugal, de Cristiano Ronaldo, na próxima quarta-feira. Os gajos resolveram mostrar futebol nas últimas rodadas, mais precisamente quando o próprio Ronaldo cresceu de produção. Certamente, CR7 é um fator de desequilíbrio ofensivo para os portugueses, que não tem o mesmo conjunto que o rival. A Espanha porém, parece muito refém do seu estilo de jogo.

Foto:
Getty Images


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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Ricardo Pilat
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En la Cancha > O gigante está de volta

E o Boca Juniors confirmou a ida para sua 10ª final de Libertadores nesta quinta-feira. Como havia vencido por 2a 0 em casa, o empate sem gols no Chile contra La U serviu pra classificar a equipe de Riquelme (foto, à direita).

O clube se recuperou do revés do final de semana, onde perdeu por 3 a 0 em casa para o modesto Arsenal de Sarandí e complicou suas possibilidades de título no campeonato nacional.

A equipe argentina, depois de um hiato de dois anos sem participar da Copa Libertadores, já volta em grande estilo, chegando à final e podendo conquistar seu sétimo troféu, igualando seu rival Independiente como maior vencedor. Caso não consiga, já conquistou um grande feito, são 10 finais em 23 participações na competição. Uma média fantástica.

O que se esperava do jogo era uma La U pressionando e um Boca retrancado na defesa, mas não foi nada disso que vimos. De fato, o time que ganhou o apelido de "Barcelona das Américas" no ano passado começou com mais posse de bola, mas nada mais que isso. O time argentino, liderado por Riquelme, cansou de perder gols, o próprio camisa 10 carimbou a trave de Jhonny Herrera, e depois deu passes açucarados para Pablo Mouche, que perdeu pelo menos uns 4 gols na etapa inicial, mas ninguém mexeu no placar. Os donos da casa assustavam em bolas paradas e lançamentos de longe. A defesa boquense marcava bem seu adversário.

No segundo tempo, a Universidad de Chile voltou um pouco melhor, o jogo ficou mais equilibrado, novamente com os chilenos tentando mais, só que davam muito espaços para o contra-ataque que, novamente, eram desperdiçados por Pablo Mouche.

Os mandantes só passaram a ter o controle da partida aos 20 minutos da segunda etapa, precisavam ir pra cima, era tudo ou nada. Foram duas bolas na trave, boas defesas do goleiro Orión e nada de sair gol. Cvitanich, que substituiu Mouche, também recebeu de frente para o goleiro e fez como seu companheiro, perdeu o gol. Final de jogo: 0 a 0 e o temido Boca na final contra o estreante Corinthians.

Corinthians pela frente


O Timão enfrentará nada menos que o Boca Juniors na sua primeira final de Libertadores. Isso dará um gosto ainda mais especial para uma possível conquistas, sem dúvidas. Mas não será assim tão fácil, o time Xeneize, ao contrário do que muitos falam, não passou só com a camisa não. Tem apenas uma derrota na competição, na primeira fase, e além de ser o atual campeão argentino e invicto, está na disputa do torneio nacional e na final da Copa Argentina também. Um time não chega nas finais de três competições apenas com camisa, certo?

É uma equipe fria, mantém o mesmo estilo de jogo dentro e fora de casa e não sente pressão da torcida adversária. Além disso, já eliminou Fluminense e Universidad de Chile, adversários considerados candidatos ao título, e tem totais condições de deixar mais um brasileiro para trás, como já está acostumado. Pode parecer clichê, mas final não tem favorito, só nos resta esperar para ver como vai ser. Mas com certeza será um jogo equilibrado.

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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.

Redator: Renan Sant'Ana

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Comentário da Redação > Final, aí vamos nós!

Com raça, garra e força, o Palmeiras garantiu sua presença na final da Copa do Brasil. O Alviverde palestrino empatou em 1 a 1 com Grêmio na Arena Barueri (3 a 1 acoplado) nesta quinta-feira. Mago Valdivia (foto, com seu bigodão) entrou em campo para garantir a classificação e fez o gol da vitória. Felipão mais uma vez acertou no time, e a torcida que lotou a arena, abraçou o time e cantou o jogo inteiro, delirou ao fim do jogo.

O primeiro tempo foi um pouco “chato” de se jogar, devido ao fato de o gramado estar pesado por causa da chuva. A bola pouco saia do meio-campo e era difícil criar algo, pois a gorduchinha não rolava direito. Mas o Grêmio a todo momento tentava fazer uma pressão, pois estava muito atrás no placar. Do outro lado, Bruno defendia as bolas com bastante segurança. O Palmeiras até que teve bons ataques com Mazinho e Daniel Carvalho, mas não levaram muito perigo. Virar para o segundo tempo com 0 a 0 no placar era uma vitória e iria complicar a vida do Tricolor gaúcho, que iniciava uma certa pressão.

A etapa final foi para lavar a alma, literalmente, porque chovia intensamente, e o Grêmio abusava de cavar faltas perto da área. Em uma dessas bolas, aos 20 minutos, a pelota cruzou toda a área, e quicou na frente de Bruno, que defendeu no reflexo, só que deu rebote, que sobrou para Fernando empurrar para o gol.

Com o 1 a 0, logo veio na cabeça dos palmeirenses os vexames já dados por nosso time, como a eliminação da Sul-Americana em casa para o Goiás e a derrota na final para o Vasco, na Copa Mercosul em 2000, no qual vencíamos o primeiro tempo EM CASA por 3 a 0, e sedemos a virada.

Mas Felipão, logo tratou de evitar isso, e tirou Daniel Carvalho para colocar velocidade no meio campo com Valdívia. A substituição foi tiro e queda, e aos 30 minutos, após bela jogada iniciada, pelo Mago, Mazinho cruzou a bola rasteiramente, e o próprio craque chileno empurrou para o gol, empatando e quase garantindo nossa vaga na final. Destaque para sua comemoração, que foi de emocionar. Ele pulou no Felipão e os dois vibraram extremamente.

A partir daí o Palmeiras teve o controle do jogo até o fim. Aos 35 minutos, após boa jogada do Pirata Barcos, e falta sobre ele, Rondinelly, meia gremista, foi expulso após carrinho, e aí se iniciou a confusão na qual Palmeiras teve uma grande perda para a final, o volante-zagueiro Henrique, que foi expulso INJSTAMENTE, após ele sofrer um soco de Edílson, lateral do Tricolor gaúcho.

Agora, vamos enfrentar o Coritiba na final, e em sorteio nesta sexta-feira ficou decidido que o primeiro jogo será aqui em São Paulo, e a volta em Curitiba. Não se sabe se o jogo de SP será no Morumbi, Pacaembu ou Barueri. Vamos com força e com espírito forte para essa final onde não vejo favoritos.

Conceitos

Bruno – REGULAR: Foi seguro grande parte do jogo, mas falhou um pouco no gol do Grêmio.
Artur – BOM: Tem características diferentes de Cicinho. É um lateral que pensa mais em defender ao invés de atacar. Jogou bem, e fechou todos os buracos pela direita.
Thiago Heleno – BOM: Seguro o tempo todo, tirava a bola para onde o nariz apontava.
(Leandro Amaro) – SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Maurício Ramos – REGULAR: Não tão bem como seu companheiro, demonstrou algumas pequenas falhas.
Juninho – BOM: Jogou bem, apoiou o ataque com eficiência, e fechou a defesa pela esquerda.
Henrique – BOM: Seguro o tempo todo, marcou demais. Vai fazer falta no jogo de ida na final.
Márcio Araújo – REGULAR: Marcou direitinho, mas mostrava insegurança na saída de bola.
João Vitor – REGULAR: Marcou bem também, mas não auxiliou o ataque como precisa.
(Patrik) – SEM CONCEITO: Entrou no final, junto com o Leandro Amaro.
Daniel Carvalho – REGULAR: O fato de o campo estar molhado, atrapalhava sua característica de jogo: o toque de bola.
(Valdívia) – ÓTIMO: Simplesmente entrou e mudou o rumo do jogo, fazendo o gol e causando estragos no sistema defensivo do Grêmio. Ele 100% fisicamente, é um grande jogador.
Mazinho – BOM: Criou boas chances no lado direito do campo.
Barcos – BOM: Conseguiu prender a bola bem na frente. Sofreu a falta que causou a expulsão do meio campista tricolor.
Téc. Felipão – BOM: Mudou na hora certa. Entrou com o time muito bem postado em campo. Tem experiência, é um especialista em mata-mata e vai com certeza saber suprir bem a falta de Henrique no primeiro jogo da final.

Foto: Terra

Redator: Fernando Borchio

fernando.borchio@hotmail.com

Futebol de Salto Alto > De grão em grão a galinha enche o papo

A noite da última quarta-feira foi histórica. O segundo jogo da semifinal da Libertadores entre Santos e Corinthians mostra que o futebol é sempre uma caixinha de surpresas. O Santos, com jogadores renomados e por não dizer “famosinhos”, entrou em campo esperando que suas vitórias emblemáticas pudessem assustar seus adversários. O Corinthians tinha a vantagem de um gol, mas seu grande estímulo (jogando em casa) foi a maior e fiel torcida.

A partida me surpreendeu e muito, não vi brigas entre jogadores, nem desafetos entre técnicos e juízes. Contemplei uma partida de luta e garra de ambos, tratando-se de dois excelentes times, não poderia ser diferente mesmo. Porém, um deles voltaria pra casa, desmoralizado de alguma forma, afinal tratava-se de uma classificação para a final da Libertadores, isso tem peso, não só pelo vencedor representar o Brasil contra outro time latino, mas pelo jogo de vaidade e ego entre quem ganha e quem perde.

O Santos se apresentou de azul claro e o time adversário com seu tradicional uniforme preto e branco, apenas dois personagens não mudam nunca, o técnico Tite, goticamente de preto, e o goleiro Cássio todo de amarelo e a faixa preta no cabelo.

Ainda me pergunto se vale mesmo iniciar um jogo com o hino nacional. É previsível que 70% dos jogadores não o cantarão, ainda não descobri se eles não honram o país que é apaixonado por futebol e que engordam seus bolsos, ou se não sabem mesmo a letra e preferem não arriscar, de qualquer maneira não tem lógica tocá-lo, o hino não faz mais sentido para muitos brasileiros, principalmente em noites de partidas decisivas.

Vamos ao jogo. Nos dez minutos do primeiro tempo assisti um lance digno de futebol europeu. Com uma velocidade impressionante, os jogadores Jorge Henrique e Danilo driblaram os jogadores do Santos por quase meio campo e quase fizeram um gol! Quase, não fosse o Willian ter freado a bola que seus colegas suaram para lhe passar. Bastou para a torcida do Corinthians vibrar, cantar e gritar o gostoso “olé” em cada bola tirada dos pés dos adversários.

O mais irritante foi o juiz! Qualquer lance bobo o cara apitava e isso, além de paralisar a partida, tirou a velocidade das equipes que tiveram que parar a cada sinal daquele apito chato.

Mesmo sendo donos dos melhores lances, os corintianos sofreram um gol aos trinta e cinco minutos. O menino Neymar botou a bola pra dentro e a torcida santista vibrou e cantou também, revelando que não se intimidaram com a torcida contra, que era a maioria.  Até o último minuto do primeiro tempo o Corinthians tentou, mas o placar fechou em 1 a 0 para o Santos. E se não houvesse nenhum outro gol, os times decidiriam nos pênaltis.

O segundo tempo começou quente. Aos dois minutos, numa cobrança de falta, Danilo empatou o jogo, e o melhor foi a cena de uma criança corintiana olhando o céu e agradecendo a benção que seu time acabara de ganhar. Mas, para estragar a imagem, fui obrigada a ver o Adriano, do Santos, saltando em cima de um gândula que demorou para entregar a bola. Entendo que o “repositor de bolas” não pode demorar ou segurar o jogo, mas nada, nada mesmo, justifica a ação do jogador, ficou feio e tive a impressão de que ele precisava descontar o nervosismo em alguém. O juiz não estava tão chatinho no segundo tempo, mas este lance merecia um cartão amarelo. Aliás, nenhuma equipe foi advertida com cartão neste jogo.

Enfim, seria injustiça da minha parte dizer que o Santos jogou mal no segundo tempo, pelo contrário, mas como diria Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”, e a muralha era o homem elástico Cássio, que defendeu bolas que eu pensei que ele não fosse pegar. Ele mostrou que veio pra ficar, afinal tem salvado o time de tragédias e vergonhas que o antigo goleiro, Júlio César, não conseguiu evitar.

A partida era mesmo do Corinthians, jogaram com vontade e em equipe, mostraram cumplicidade e defenderam a camisa em todos os jogos e revelando ao Brasil que podem conquistar o título que lhe cobram tanto. Parabéns Tite, parabéns bando de loucos.

E vocês, meninos da Vila, boa viagem, a baixada santista lhes espera.

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* Esqueça esquemas táticos, jogadas ensaiadas e análises de impedimento. A coluna Futebol de Salto Alto é a visão feminina e irreverente do esporte que é a paixão nacional.

Redatora: Tatiana Andrade

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Clinch > Wand ou Ace? UFC 147 agita Minas Gerais neste sábado

As baixas no evento depreciaram um pouco o card do UFC 147. Mas Wanderlei Silva ainda terá uma revanche, agora contra o Rich “Ace” Franklin. O americano que é sósia de Jim Carrey entrou às pressas para substituir Vitor Belfort que quebrou a mão. Acredito em um equilíbrio, mas pela motivação de lutar no Brasil o “Cachorro Louco” leva certa vantagem contra Franklin. Acredito em nocaute do brasileiro, e em breve a chance de lutar novamente com Belfort.

O co-main event conta com Fabricio Werdum e Mike Russow. O brasileiro é favorito e com mais duas ou três vitórias pode ter sua chance de disputar o cinturão.

Este evento também fecha o TUF Brasil. A final do peso pena terá um duelo de jiu-jitsu entre Rony Jason e Godofredo Pepey. Os dois já se enfrentaram em um torneio da arte suave, em 2008, e Pepey venceu fácil por 8 a 0. Mas como MMA envolve outras artes e Jason se mostra mais completo, credito o favoritismo a ele.

Nos médios, com a lesão de Sarafian, caiu no colo de Serginho a chance de ganhar o contrato com o UFC. Só que o atleta três vezes campeão mundial de jiu-jitsu também tem brechas em seu jogo e enfrentará um lutador completo, Mutante. O queridinho de Belfort tem experiência, maior envergadura, e qualidade na luta em pé.

O card principal será completo por Yuri Marajó, que venceu seus dois combates no UFC, contra o estreante Hacran Dias.

No card preliminar todos os lutadores do TUF participarão, exceto Reneé Forte e Sarafian, o último por conta da lesão. E Felipe Sertanejo contra Miltinho Vieira darão inicio ao evento.

Espero boas lutas, principalmente porque os participantes do TUF precisam mostrar qualidade para convencer Dana White a dar novas chances no UFC.

Tem UFC hoje também! Guida x Maynard

Para quem gosta de MMA, o fim de semana será cheio. Sexta e sábado com eventos do UFC. No UFC on FX4 hoje, a luta principal promete ser sensacional. Clay “The Carpenter” Guida é o estilo de lutador que todos gostam de assistir. Faz lutas movimentadas, gosta de trocação, e é um verdadeiro showman. Já Gray Maynard é um nocauteador que por muito pouco não venceu Frankie Edgar na disputa de cinturão. Empatou uma e perdeu outra.

Aposto em Maynard, pois Guida costuma ir para cima com tudo, e pode ser surpreendido com as mãos pesadas do adversário. Contanto, outro resultado não será surpresa.

Dois brasileiros estarão no evento. Luis Beição enfrentará Matt Brown e Ricardo Funch luta contra Dan Miller. Em ambas os brasileiros são azarões. Brown vem de duas boas vitórias, enquanto Beição não luta desde o UFC Rio 1, em que foi nocauteado em poucos segundos por Erick Silva. Já Funch tem 3 derrotas no cartel, todas no UFC. Mas, vamos torcer!

Nocaute relâmpago do maior peso pesado da história do MMA

Fedor Emelianenko nocauteou o brasileiro Pedro Rizzo, outro grande nome da história do esporte, em apenas 1 minuto e 24 segundos. A luta foi válida pelo M1-Global, na Rússia. A lenda Fedor prometia aposentar-se após esta luta. Mas com um nocaute desses ele mostrou que ainda tem lenha para queimar. Gostaria de vê-lo no UFC, encerrando a carreira em grande nível.

Assista:



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* A coluna Clinch traz a análise dos principais eventos de artes marciais do planeta.

Redator: Fernando Pilat

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Terra do Tio Sam > Enfim, LeBron campeão e decisivo

Já havia escrito aqui sobre o bom início de LeBron James nas finais da NBA, após duas experiências fracassadas, em 2007 e 2011. Porém, em 2012, ele mostrou que é o craque que esperávamos dele. Ontem o Miami Heat derrotou com extrema facilidade o Oklahoma City Thunder por 121 a 106 e já sabia no início do terceiro quarto - quando chegou a abrir 27 de frente - que conquistaria pela segunda vez o título da Liga, fechando a série em 4 a 1.

Para levar a série com sucesso, o Miami não teve como estrela solitária LeBron, que conquistou seu primeiro caneco da NBA. Mas teve um LeBron decisivo nas horas certas, com o apoio do sensacional elenco.

James fez 26 pontos, deu 13 assistências e 11 rebotes na noite desta quinta-feira, números que comprovam a grande participação dele. Chris Bosh, com 24 pontos, Dwyane Wade, 20, e Mike Miller, 23 (7 bolas de três pontos) também foram importantes no resultado.

Vale aqui também ume menção honrosa ao técnico do Heat, Erik Spoelstra, que foi duramente criticado após a derrota para o Dallas Mavericks na decisão do ano passado, mas soube dar a volta por cima e transformou suas fortes individualidades em um time consistente, que sabe fazer o jogo fluir nos três pontos e na defesa, sem depender só de Wade e Lebron.

E para fechar sobre Lebron, foi muito bacana a comemoração dele pela conquista, com você pode ver na foto acima (abraçando o troféu). Eleito MVP das finais e da temporada regular, ele mais parecia uma criança, que finalmente realizou o sonho de ser campeão. E o Miami deve muito a ele por isso.

Thunder para o futuro



Oklahoma City Thunder acabou derrotado por um placar na série que não ilustra o equilíbrio das equipes. Nada alarmante, porém. Estamos falando de um time liderado por 2 jovens de grande talento, mas com apenas 23 anos de idade, Russell Westbrook e Kevin Durant. Ambos tiveram números brilhantes na série, mas cometeram alguns erros bobos, típicos de atletas inexperientes, nos momentos em que isso não poderia acontecer.

Mesmo assim, mantendo a base e talvez trazendo mais um jogador experiente para o garrafão, OKC vai com força para a próxima temporada. Hoje, está um nível acima de todos os outros na Conferência Oeste.

Fotos: Getty Images e AP

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* A coluna Terra do Tio Sam fala dos esportes que são paixão nos Estados Unidos: basquete, beisebol, futebol americano e
hóquei.

Redator:
Ricardo Pilat

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Gringolaço > CR7 brilha e portugueses se classificam

Na primeira partida das quartas de final da Euro, Portugal, o segundo do grupo B, enfrentou a primeira do Grupo A, República Tcheca. Cristiano Ronaldo (foto), brilhou, fez uma bela partida e o gol da vitória. O 1 a 0 em Varsóvia colocou Portugal nas semifinais.

Desde o início da partida já se percebia para que ambas equipes viriam. A República Tcheca pensou somente em se defender e não teve NENHUMA finalização durante o jogo, talvez por falta de qualidade em campo, uma vez que seu principal jogador, o meio-campista do Arsenal Rosický permanecia machucado, e não pôde jogar (fez falta).

Portugal desde o início queria jogo, e conseguia fazer a bola rodar, criando boas chances. A principal do primeiro tempo foi em um lançamento de Nani (que fez ótimo jogo) para CR, que fez um lindo giro no zagueiro, só que foi parado pela trave. Vendo que Peter Cech era o melhor em campo, já se percebia o grande volume de jogo português.

Só que era preciso aquele toque de qualidade, para se fazer o gol. Cristiano, claramente, havia mudado sua postura no campo em relação aos primeiros jogos. Ele jogou para o time, e não para si mesmo, e nem ficou pensando o tempo todo em aparecer bonito no telão do estádio.

Com um admirável espírito de equipe, o craque fez o gol que garantiu a classificação portuguesa aos 35 minutos da etapa final, após outro bom cruzamento de Nani. Ele se adiantou à marcação do zagueiro tcheco, e testou bonito a bola para o chão. Cech ainda fez uma boa defesa evitando o segundo gol, mas não evitou a eliminação de seu país

Agora Portugal aguarda o vencedor do jogo entre Espanha e França para saber seu adversário em jogo que ocorrerá em Donetsk (Ucrânia), na próxima quarta-feira. Para a Reública Tcheca, só resta começar a focar nas Eliminatórias para a copa de 2014 que se iniciam ainda este ano.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Fernando Borchio
fernando.borchio@hotmail.com

Comentário da Redação > Corinthians 1x1 Santos

Visão corintiana > Timão faz o que é preciso e chega à final inédita
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

O grande sonho de consumo do torcedor corintiano está cada vez mais perto de se tornar realidade. Com um Pacaembu completamente lotado e pulsando, o Timão jogou com o regulamento debaixo do braço e fez o que era preciso para chegar pela primeira vez à final da Copa Libertadores.

A melhor defesa da competição sofreu seu primeiro gol no mata-mata em um lance isolado aos 35 minutos do primeiro tempo. Um balde de água fria, pelo menos pra mim. Ir para o vestiário perdendo por 1 a 0... parecia se desenhar, mais uma vez, um final trágico para a Fiel.

Antes do gol, tudo estava a favor do Corinthians. Gramado molhado, jogo truncado, ninguém criava nada, e o tempo passava. A melhor chance, aliás, esteve nos pés de Willian, em um contra-ataque bem tramado, mas com uma finalização mal executada.

A agonia de ficar atrás no placar, entretanto, não durou muito. Logo aos dois minutos da etapa complementar, Danilo, com toda sua frieza, fez seu quarto gol em casa pelo torneio. A nação corintiana explodia!

Esse gol era tudo que o time de Tite queria e precisava. Depois, passou a dar total prioridade à marcação. De uma forma irritante, inclusive. Liedson - entrou no lugar do Willian no intervalo - pegava a bola e não tinha absolutamente ninguém ao seu lado. Todos estavam guardando posição no campo de defesa. Ou seja, contra-ataque para matar o confronto inexistia.

Não concordo com isso, mas a essa altura do campeonato, não há muito o que questionar. Melhor elogiar o comprometimento, a garra e a luta de todos, que já fizeram história. Invicto na Libertadores e com a incrível marca de apenas três gols sofridos, o Alvinegro espera, agora, Boca Juniors ou Universidad de Chile para a grande final.

O centenário clube do Parque São Jorge está a 180 minutos de uma conquista HISTÓRICA, sonhada há tempos. Essas serão, sem dúvida, as duas semanas mais longas da vida dos fanáticos corintianos espalhados por todo o país.

Conceitos

Cássio - BOM: Tomou conta da área. Só deixou a desejar nos tiros de meta.
Alessandro - BOM: Me surpreendeu nessa semifinal. Outra boa atuação do lateral.
Chicão - BOM: Cometeu um ou outro erro na saída de bola, mas marcou bem.
Leandro Castán - BOM: Sério, não deu sopa para o azar e rebateu todas. É um excelente candidato (por merecimento) a marcar gol na decisão.
Fábio Santos - BOM: Concentrado, fez bem sua função.
Ralf - BOM: Não parou um minuto. Marcou muito e ainda arriscou algumas arrancadas.
Paulinho - BOM: Principal articulador e válvula de escape do time.
Alex - BOM: Muito empenhado e bem melhor que na primeira partida. Quase faz um golaço de falta.
Danilo - BOM: Coadjuvante decisivo. Um dos grandes nomes da campanha corintiana.
Jorge Henrique - BOM: Outro guerreiro, foi importante.
Willian - REGULAR: Marcou e ajudou pela esquerda. Na grande chance do primeiro tempo, falhou.
(Liedson) - REGULAR: Foi vítima da postura do time, que recuou na segunda parte da etapa final. Mas foi bom vê-lo em campo.
Téc: Tite - BOM: O time não conseguiu ter contra-ataque, mas o sistema defensivo esteve muito bem novamente. E o comprometimento e espírito guerreiro de todos? Sensacional! Não dá para negar: é um trabalho fantástico do senhor Adenor Leonardo Bacchi, que está a dois jogos de colocar seu nome na galeria de ídolos da história do clube.


Visão santista > Santos eliminado e sem nada para exaltar
por Ricardo Pilat - pilatportasio@gmail.com

Foi uma dura eliminação para o torcedor santista. Cair na semifinal da Libertadores e diante do arquirrival, que jamais havia chegado a uma decisão continental. Um enredo que poderia ser evitado se o Santos tivesse um time mais bem formado, e não um catado de bons jogadores que jogam quando querem.

Infelizmente, essa é a realidade desde o final da Libertadores passada. Nunca concordei com os que dizem que o Santos é só Neymar. Existem outros ótimos e bons jogadores. O problema é que falta liga para que o elenco produza o que pode.

A derrota para o Corinthians deixou muito claro isso. O time da capital é exatamente o contrário do Peixe. Tem um time muito bem acertado, que joga sempre do mesmo jeito, mas sem grandes individualidades.

Na minha opinião, porém, o Santos com os jogadores que tem não poderia ser eliminado da maneira como foi, sem criar NADA. Por mais que falte organização, não há retranca no mundo que me faça crer que um time formado por Neymar e Ganso não consiga criar uma jogada de gol sequer no segundo tempo, precisando de apenas um.

Na etapa inicial, o Santos dominou a posse de bola, mas sem brilho. Em um jogada casual de Neymar, o camisa 11 levou a marcação pela direita (me lembrem de falar sobre o posicionamento dele na sequência!), tocou para Kardec, e concluiu para o gol após cruzamento e desvio de Borges. Era tudo que o Santos precisava, mesmo sem muito merecimento.

No segundo tempo, finalmente veríamos o Corinthians um pouco mais aberto, já que 1 a 0 levaria o jogo para os pênaltis. Mas em um lance também isolado, já que o Timão não criou nada além disso, Danilo empatou.

Achei que o gol vinha na hora certa, pois o Santos teria o tempo inteiro para buscar o tento da classificação, ou seja, quase nada diferente de quando estava 1 a 0, com a diferença que não teríamos mais pênaltis. Bastava manter a calma. Mas sem explicação, o time sentiu demais o empate e passou a jogar como um bando de garotos de primário, sem organização, inspiração e dedicação. Não colocou em risco a classificação do Corinthians em momento algum.

Ah, e sobre o Neymar, ele se perdeu nessa conversinha sobre a posição dele em campo. Ontem jogou centralizado na maior parte da partida, só que muito longe da área. Dali, não sai nada. Jogando pela esquerda desde 2010, ele sempre barbarizou. Por que agora resolveram que ali ele não funciona? Mais uma vez ele foi bem marcado e não chamou a responsabilidade quando precisou. Mas como ele já fez isso em muitas outras decisões, tem crédito.

Ao contrário de PH Ganso, que se dedicou muito para se recuperar da cirurgia no joelho, mas fez um papelão ontem, jogando como se estivesse de muletas. Era melhor nem entrar em campo então. Coisa que ele fez várias vezes desde 2010.

No mais, nesse momento de tristeza, não adianta também falar que está tudo errado, que ninguém presta, que a diretoria errou na formação do elenco. Agora é o momento de deixar a poeira baixar e ver o que está errado para buscar o Brasileiro. Devemos comemorar os últimos 2 anos e meio de conquistas, mas acredito que esse ciclo esteja no fim. É o momento de renovação de atletas e da forma de jogar.

Antes de encerrar: apesar de não ter influenciado no resultado da partida, a arbitragem do senhor Leandro Vuaden foi uma vergonha. Inventou falta a cada vento que batia no Pacaembu. E ele ainda contou com o apoio do auxiliar fanfarrão Altemir Hausmann, que teve a cara de pau de usar o spray para marcar a distância de uma falta como se estivesse comemorando um gol. ASQUEROSO!

Conceitos

Rafael - BOM: Não teve culpa no gol e fez uma boa defesa no primeiro tempo.
Henrique - RUIM: Até tentou marcar um pouco, mas quando precisava dele para saída de jogo e para apoio no ataque, era um desastre.
Edu Dracena - RUIM: Fez uma falta boba, que resultou no gol do Corinthians, no qual ele ainda fez o desvio que acabou no pé do Danilo.
Durval - PÉSSIMO: Uma soma de lances bizarros.
Juan - RUIM: Não é jogador pra esse tipo de partida nervosa.
(Léo) - RUIM: Deveria ter entrado antes, mas mesmo assim não mudou muita coisa. Jogou isolado.
Arouca - BOM: Um dos poucos que se salvaram. Tentou levar o time pra frente, já que era muito toquinho de lado na defesa e pouco efetividade.
Adriano - RUIM: Muita vontade, como sempre. Mas sem inteligência. Até falta no gândula ele fez. Descontrole sem necessidade.
(Elano) - RUIM: Fez o que vem fazendo nos últimos jogos, nada.
PH Ganso - PÉSSIMO: Se as avaliações aqui fossem por notas, a dele seria zero!
Alan Kardec - RUIM: Jogou muito aberto pela direita, e ali ele não rende, apesar de ter feito a jogada do lance do gol. É jogador de área, não adianta insistir no erro. Esse é o primeiro que deixa o time, voltando para o Benfica.
Borges - RUIM: A bola batia nele e voltava para o adversário. Sempre assim.
(Dimba) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Neymar - RUIM: Apesar do gol e do lance que o originou, ficou mais uma vez abaixo do que esperamos dele. Precisa repensar seu modo de jogar, porque agora todo mundo descobriu uma boa maneira de marcá-lo.
Tec. Muricy Ramalho - REGULAR: Escalou certo e fez as alterações corretas também.

Fotos: Terra


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Direto da Redação
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redacaoesporte

Comentário da Redação > Fim da linha na Copa do Brasil

E o São Paulo parou nas semifinais da Copa do Brasil diante do Coritiba.

O Tricolor foi eliminado de forma justa pelo time paranaense, que não precisou de muitos esforços para vencer a partida de volta por 2 a 0, após ser derrotado por 1 a 0 no Morumbi.

O jogo desta noite começou com um São Paulo marcando bem, mas errando muitos passes no ataque. Naturalmente, mesmo com uma boa marcação, poderia sair um gol de bola parada. E saiu, com o bom zagueiro Emerson.

A partir disso, o São Paulo ficou ainda mais nervoso, começou a errar mais passes e, o que era virtude, virou defeito: a marcação.

Logo no começo da segunda etapa, num lance de desatenção da zaga são-paulina, Ewerton Ribeiro marcou sozinho de cabeça o segundo gol.

Se já estava difícil antes, depois disso ficou dramático.

Um time completamente perdido, que não demonstrou qualidade para criar sequer uma jogada ofensiva, apostava tudo novamente num lance de talento do garoto Lucas, que bem marcado, não conseguiu ser decisivo como no Morumbi.

O jogo acabou e na final estará o Coritiba, que apesar de suas limitações tem um time. Já o São Paulo possui uma equipe, mas parece ainda longe de ter um time capaz de brigar por títulos.

Conceitos


Denis – BOM: Fez ótimas defesas e não teve culpa nos gols.
Rodrigo Caio – BOM: Apareceu de surpresa na escalação e foi bem na marcação.
Rhodolfo – RUIM: Falhou no lance do primeiro gol. Tivemos o azar de ele falhar justo num jogo decisivo.
Edson Silva – REGULAR: Não comprometeu, mas não inspira confiança.
Cortez – REGULAR: Caiu de produção ofensiva justo na reta final. Fizeram muita falta seus contra ataques.
(Willian) – SEM NOTA: Pouco tempo em campo.
Denílson – REGULAR: Fez seu jogo de sempre. Volta para Londres sem deixar saudades.
Casemiro – PÉSSIMO: Vai entender, marcou Ronaldinho no domingo como ninguém e hoje fez uma partida displicente como na quarta passada. A meu ver, não tem futebol hoje para ir para Olimpíadas.
(Maicon) – PÉSSIMO: Sério, quem contratou ele? Muito fraco! Qualquer um no banco de reservas do Coritiba tem mais qualidade que ele.
Cícero – PÉSSIMO: Parece que não jogou as duas partidas. Precisamos urgente contratar alguém que o faça sombra.
Jádson – RUIM: É inegável que ele tem talento assim como é inegável como ele desaparece nos jogos importantes. Tomara que o tempo prove que isso foi uma fase.
(Fernandinho) – SEM NOTA: Não foi porque jogou pouco, é porque eu me recuso a dar nota mesmo.
Lucas – BOM: Não foi decisivo, mas foi o único jogador que incomodava a defesa do Coritiba. Está errado um time do porte do São Paulo ter que depender somente do talento de uma promessa de 20 anos.
Luís Fabiano – REGULAR: Teve uma chance, o que é muito pouco num jogo, e a desperdiçou.
Tec.: Leão – REGULAR: Achei acertada a decisão de escalar Rodrigo Caio e não se tem muito o que fazer com o banco que tem. Independente disso, o fato de o time não ter padrão de jogo é sua culpa. Se o Leão admira tanto o técnico adversário, deveria aprender com ele como montar um time com um elenco limitado.

Foto: Gazeta Press


Redator: Victor Mesquita
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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Paddock da Redação > Belas paisagens, poucas ultrapassagens... Não é Mônaco, desta vez é em Valência

Neste fim de semana acontece a oitava etapa da Fórmula 1. O GP da Europa, disputado nas ruas de Valência.  Esta será a segunda corrida em solo espanhol este ano, a primeira em Barcelona foi vencida por Pastor Maldonado da Williams.

Diferente da outra corrida espanhola, as características do autódromo de Valência são semelhantes ao GP de Mônaco. Uma prova de rua, uma ótima paisagem portuária e a mesma chatice dos desfiles dos carros com poucas ultrapassagens.

O único atrativo desta etapa é que provavelmente teremos outro fato novo para comentar na próxima semana. Ou será a vez do oitavo piloto diferente vencer uma corrida, ou será a primeira vez no ano que algum piloto conseguirá obter sua segunda vitória. 

Eu acredito que a segunda opção está mais próxima de acontecer, pois todos os pilotos considerados “de ponta” ou das equipes do primeiro escalão já venceram. Dificilmente algum piloto das equipes intermediárias ou das ditas menores terá sorte e desbancará os favoritos de sempre.

Mas uma coisa podemos cravar com certeza, será um corrida equilibrada e dificilmente algum dos corredores conseguirá abrir uma vantagem confortável para os demais adversários. Por ser uma pista com poucos trechos de ultrapassagem, a corrida será praticamente baseada nas estratégias de Box e nos milésimos de segundo conseguidos durante as trocas de pneus.

Então, horário marcado. Domingo às 9 horas terá inicio a corrida e devemos acompanhar e torcer que pelo menos alguma coisa fora do normal aconteça... como chuva, por exemplo, para que tenhamos um pouco de emoção.

Foto: Andrew Ferraro/LAT


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* A coluna Paddock da Redação traz bastidores e análises da Fórmula 1, a principal categoria de automobilismo do mundo.

Redator: Rodrigo Svrcek

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Gringolaço > Euro 2012: Inglaterra é dominada pela Ucrânia, mas se classifica

A Inglaterra enfrentou a seleção ucraniana, outra anfitriã da Euro, jogou mal, mas venceu por 1 a 0. O donos da casa dão adeus à competição com uma vitória apenas sobre a Suécia. Além da despedida do torneio, os anfitriões provavelmente despediram-se do seu maior ídolo da história do futebol , o atacante Andriy Shevchenko. Não é oficial, mas o goleador havia afirmado que a competição seria sua última aparição no futebol profissional.

O jogo foi de domínio total ucraniano. Sheva, como é conhecido o craque, começou no banco ao lado da outra estrela, Voronin. Com um time mais jovem e correndo bastante, a Ucrânia conseguia fazer a bola rolar bem em seu meio de campo, chegando a ter 70% da posse, e também teve as melhores chances do primeiro tempo, principalmente com seu meio-campista que criava bem, Yarmolenko.

Porém a seleção inglesa tem nome e conseguiu se impor nos momentos em que precisou. Assim, com a volta de seu principal jogador, Wayne Rooney, conseguia ter uma boa referencia no ataque. E o mesmo Rooney foi o autor do gol que garantiu o “English Team” na próxima fase da Euro. Aos 3 minutos da etapa final, após cruzamento de Gerrard e a bola cruzar a área inteira, a redonda sobrou sozinha para o atacante só colocar a cabeça e impurrar para o fundo das redes.

Com a derrota da França para Suécia, a Inglaterra se classificou em primeiro no Grupo D, e enfrenta agora a Itália.

Apito

O jogo também foi marcado por erros grandes da arbitragem. O principal deles foi prejudicial para a Ucrânia. Após boa jogada do atacante Devic, o jogador chutou a bola para o gol e ela cruzou a linha, mas o gol não foi marcado.

Engraçado é que a Inglaterra sempre está presente nesses lances polêmicos, como foi na Copa de 2010, em que o meia Lampard teve um gol não válidado, após a bola cruzar a linha claramente. Lembramos também da Copa de 1966, onde em outro jogo entre ingleses e alemães, a Inglaterra teve um gol dessa vez mal válidado e eles venceram aquela final por 4 a 2. A polêmica é grande até hoje, e apesar da alta técnologia é impossivel afirmar ainda se aquela bola entrou ou não.

França joga mal e perde o jogo para a Suécia


O outro jogo do grupo foi entre França e Suécia, no palco da futura final em Kiev. Com um futebol totalmente irreconhecivel, os franceses perderam por 2 a 0. O time era o titular ou seja, e o treinador Blanc não poupou ninguém. A Suécia jogou o futebol que não havia jogado contra Ucrânia e contra a Inglaterra, e teve em grande parte domínio da partida.

O franceses, por incrivel que pareça, tiveram um único bom ataque durante o jogo todo, que foi com o atacante Benzema. Já Ibrahimovic, brilhou como um craque que ainda não havia sido nesta Euro, e fez um gol de tirar o chapéu, em um lindo voleio na etapa final. A Suécia, totalmente solta e sem compromisso em campo, ainda fez o segundo gol no finalzinho com o meio-campista Larsson.

Apesar da vitória, a Suécia foi eliminada da Euro, mas deu uma boa impressão em seu último jogo. Já os franceses, apesar da derrota, se classificaram, mas em segundo no grupo, e agora vão enfrentar nas quartas nada mais, nada menos, que a atual campeã europeia e do mundo, Espanha.

Euro 2012 - duelos das quartas de final
21/6 República Tcheca x Portugal
22/6 Alemanha x Grécia
23/6 Espanha x França
24/6 Inglaterra x Itália

Fotos: Reuters

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.

Redator: Fernando Borchio
fernando.borchio@hotmail.com