Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Comentário da Redação > Flamengo vence Santos na Vila em jogo histórico e nostálgico

Faltam adjetivos para dizer o que aconteceu ontem na Vila Belmiro, na vitória flamenguista sobre o Santos, de virada, 5 a 4. Algo me dizia que seria mesmo uma partida memorável, o que me fez sair de São Paulo e partir para a Baixada Santista em plena quarta-feira chuvosa. E não me arrependi.

O espetáculo começou com o Santos comandando as ações do jogo. E de forma mágica. Impressionante a facilidade com que Ganso, Neymar e Ibson trocavam passes e chegavam ao gol de Felipe. Rapidamente, Borges se beneficiou duas vezes da qualidade de seus companheiros e colocou o Santos à frente com 2 a 0.

Se o Flamengo ainda tinha alguma esperança de reagir, Neymar tratou de dissipá-la. Ele driblou a defesa inteira do clube carioca e tabelou com Borges para fazer um dos gols mais bonitos do futebol brasileiro em 2011.

Porém, o futebol prega peças e o ânimo flamenguista ressurgiu inesperadamente em uma falha da defesa santista, principalmente do goleiro Rafael, que soltou nos pés de Ronaldinho uma bola cruzada rasteira e não muito forte.

A partir daí o jogo virou atípico. Não existia mais defesa, só ataque. Dos dois lados. Ronaldinho começou a brilhar, e teve o suporte de Thiago Neves, autor do segundo gol, e de Deivid, que empatou a partida ainda no primeiro tempo. Ninguém acreditava no que via.

E olha que Elano ainda teve a chance de marcar o quarto gol santista quando a partida estava 3 a 2, mas o camisa 8 cobrou pênalti de forma grotesca e recuou para o goleiro Felipe. Para quem acabara de perder uma penalidade pelo Brasil como ele perdeu, o mais certo era chutar de bico. Ou, se possível, nem bater.

Do segundo tempo ninguém esperava mais nada. Não era possível que os times pudessem jogar mais que na etapa anterior. E realmente o ritmo caiu um pouco, mas ainda assim a partida seguiu espetacular.

Neymar, logo nos primeiros minutos, marcou outro golaço e o Santos voltou a liderar o placar. Nesse momento, faltou, talvez, um maior cuidado defensivo ao time, que jogava com apenas um volante de marcação, Arouca. O problema é que o banco não inspirava confiança em Muricy Ramalho. Não havia opções para entrar, apenar para sair - Elano, por exemplo.

Isso acabou pesando a favor do Flamengo, que tinha um bom Botinelli como alternativa ofensiva. O Rubro-Negro, que explorava muito o setor direito de ataque com Léo Moura nas costas de Léo, teve ainda o argentino por aquele lado, o que complicou mais a vida santista.

Mas quem decidiu o jogo foi Ronaldinho Gaúcho. Um Ronaldinho quase barcelonista, como há muito não via. Foi ele que cavou a falta que resultou no gol do próprio. Lance genial, diga-se de passagem. O Santos nada poderia fazer. Como dizer para a barreira não pular estando diante de um gênio e grande batedor de faltas? Chute rasteiro e bola na rede.

E o R10 tratou de concretizar a virada do Fla, em um erro de Ganso no ataque e que pegou a defesa santista aberta.

Neymar ainda tentou resolver individualmente e teve grandes chances, mas já faltavam pernas para o camisa 11. E o time todo desmoronou após o quinto gol. Não dava mais para reagir.

E o que falar de tudo isso? Devemos criticar a defesa do Santos pelas falhas que resultaram na virada? Ou detonar o Elano pela péssima fase que vive? Ou então exaltar o Flamengo como um dos maiores times do planeta?

Não, tudo isso seria um exagero. O jogo de ontem foi algo isolado dentro da realidade do nosso futebol. Coisas que só se viam aqui nos anos 60.

Melhor é desfrutar esse sentimento de nostalgia, imaginando que todo jogo poderia ser assim. Bom mesmo seria se tivéssemos sempre em campo um Neymar ou um Ronaldinho.

Conceitos - SANTOS

Rafael - PÉSSIMO: Falhou demais, principalmente no primeiro tempo, momento que não poderia.
Pará - PÉSSIMO: Avançava demais e não voltava para marcar.
Edu Dracena - REGULAR: Teve alguns problemas nas bolas aéreas, mas não foi culpado por nada.
Durval - REGULAR: Idem ao de cima. A zaga voltou a jogar exposta.
Léo - PÉSSIMO: Levou um baile homérico de Leo Moura.
Arouca - REGULAR: Marcando sozinho Ronaldinho e Thiago Neves, sofreu muito.
Elano - PÉSSIMO: Está em uma fase muito ruim. Virou o fio completamente. Parece não ter cabeça para jogar futebol. Vai perder a vaga no time em breve.
(Alan Kardec) - SEM CONCEITO: Entrou quando a vaca já estava atolada no brejo.
Ibson - BOM: Estreia muito legal. Ibson mostrou muita qualidade e parece que vai se entrosar fácil com Ganso.
Paulo Henrique Ganso - BOM: Cansou no segundo tempo, mas jogou muito na etapa inicial.
Neymar - EXCELENTE: Atuação nota 10. Dois gols espetaculares e outros lances mágicos. Melhor partida com a camisa do Santos.
Borges - ÓTIMO: Aproveitou as chances que teve e brigou do começo ao fim do jogo. Tem tudo pra fazer sucesso no Peixe.
Tec: Muricy Ramalho - BOM: Até acho que ele poderia ter tirado o Elano antes, mas era difícil fazer alguma coisa com as opções disponíveis no banco. Mandou bem demais na escalação e isso vale muito, foi um dos motivos para quem assistíssemos a um espetáculo de futebol.

Conceitos - FLAMENGO

Felipe - BOM: Mesmo levando 4 gols, não teve culpa em nenhum e ainda evitou outros. Sem contar o pênalti defendido com inteligência.
Leo Moura - BOM: Só não ganha conceito melhor porque toda a qualidade que mostrou no ataque lhe faltou na defesa. Neymar fez o que quis pra cima dele. Assim como Léo Moura fez pra cima do outro Léo, do Santos.
Wellinton - PÉSSIMO: Esse vai ter pesadelos com Neymar.
(David Braz) - REGULAR: Demorou para entender o jogo, mas até que se recuperou e deu algum trabalho para Neymar.
Ronaldo Angelim - REGULAR: Teve alguns erros de posicionamento cruciais.
Junior César - ÓTIMO: Perigoso no ataque e atento na defesa. Jogou muito.
Luiz Antonio - BOM: Não fazia má partida. Foi substituído por questão tática.
(Botinelli) - BOM: Ajudou a infernizar ainda mais a vida do Léo.
Willians - PÉSSIMO: A vida dele não foi fácil com Ibson e Ganso tabelando sempre pela entrada da área;. Não achou ninguém.
Renato - BOM: Foi importante especialmente no segundo tempo, quando precisou reforçar a marcação.
Thiago Neves - ÓTIMO: Valeu a pena o amarelo forçado contra o Palmeiras e que lhe garantiu presença no jogo de ontem.
Ronaldinho Gaúcho - EXCELENTE: Mesmo conceito de Neymar. Os dois brilharam intensamente. Mas ver o camisa 10 do Flamengo brilhando como na época de Barcelona foi de encher os olhos. Decisivo e brilhante.
Deivid - BOM: Apesar de perder um gol incrível, fez outro muito bonito e importante, de cabeça.
Tec: Vanderlei Luxemburgo - ÓTIMO: Apesar de achar que a vitória flamenguista é quase 100% mérito dos jogadores, fica aqui também uma menção honrosa ao Luxa, que fez 3 ótimas alterações. Trocou o zagueiro que levara um baile, colocou Botinelli para enlouquecer ainda mais o Léo e, quando o time fez 5 a 4, colocou mais um zagueiro. Lembrou o Luxemburgo dos velhos tempos.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

segunda-feira, 25 de julho de 2011

En la Cancha > Uruguai vence a Copa América jogando com coração e qualidade

O Uruguai derrotou o Paraguai neste domingo, em Buenos Aires, por 3 a 0 e é o maior campeão da Copa América com 15 conquistas, superando Brasil e Argentina. E não foi só no número de títulos que isso aconteceu. Hoje, os uruguaios têm o melhor time do continente.

E o mais legal do título da Celeste não foi apenas a aparente confirmação do ressurgimento de um gigante, mas sim a qualidade de futebol que o time do Maestro Óscar Tabárez apresentou.

Que o Uruguai sempre se destacou por jogar com o coração e fazer de cada dividida ganha um troféu é notório. O que faltou nas últimas décadas ao futebol celeste era qualidade técnica, o que sobrou ao time na decisão.

A vitória diante do frágil Paraguai, vice-campeão sem nenhuma vitória, foi maiúscula. Como deve ser um jogo entre uma equipe mais forte diante de outra muito inferior. O Uruguai venceu jogando com velocidade, apertando a saída de bola do adversário e sem baixar a guarda quando o placar já era favorável.

O show foi liderado por uma dupla de ataque que faz inveja até aos rivais Brasil e Argentina, dado o entreosamento e o nível de futebol que têm Diego Forlán e Luís Suaréz. Dois baita jogadores!

Os jogadores de meio não são nenhum craques e talvez aí esteja o principal setor onde o uruguai deve investir nos próximos anos na renovação do elenco, para que essa ascenção não para por aqui. E destaque também para os jogadores de defesa do Uruguai. Os cinco zagueiros do elenco me agradam bastante, além do goleiro Muslera, que fez grande Copa América e a quem julgo muito bom.

E para finalizar, volto a falar do excelente técnico Óscar Tabárez, pois acredito que ele seja o maior responsável pelo sucesso recente do Uruguai. O maior mérito dele é trabalhar em conjunto com as categorias de base, o resultado pode ser comprovado pelas boas participações da Celeste entre os menores - vice-campeão mundial sub-17 e vice-campeão sul-americano sub-20.

Faltava ao Uruguai um título para dar confiança e para fazer nascer novamente o orgulho no torcedor desse pequeno país, de apenas 3 milhões de habitantes, mas de muitos jogadores que fazem história no futebol mundial.

Foto: AP

========================

* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

Comentário da Redação > Em "jogo de 0 a 0", Timão perde invencibilidade

Depois de dez rodadas, com nove vitórias e um empate, o Corinthians perde a invencibilidade no Campeonato Brasileiro 2011. A exibição na derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, neste domingo, de fato foi a pior do líder desde a estreia. Esteve bem longe daquele time aguerrido e consciente da ótima sequencia de seis vitórias. Justamente pelo ritmo imprimido nessas últimas partidas, faltou fôlego ao Alvinegro para passar pelo ótimo time mineiro.

Mas também não foi uma derrota absolutamente merecida. Foi um jogo feio, que tinha tudo para ser 0 a 0, até Wallyson arriscar um ótimo chute e o goleiro Renan, adiantado, aceitar. Se o Emerson não tivesse perdido um gol na cara do Fábio no primeiro tempo, após passe fenomenal de Ralf, eu poderia estar falando aqui do sétimo triunfo consecutivo.

Não é motivo, portanto, para nenhum desespero - ainda mais com os tropeços de São Paulo e Flamengo, ambos em casa e contra times pequenos. Foi um resultado que não pode afetar em nada o que vem sendo feito. É continuar na mesma pegada, encarando cada jogo como uma final. Sobretudo as partidas contra adversários de menor expressão, coisa que faltou no ano passado e foi determinante para o insucesso no ano passado

Porém, não deixa de ser preocupante o comportamento do ataque no primeiro jogo sem o Liedson - que, contundido, ficará fora por quatro semanas. Esperava que o Willian fosse fazer a função do camisa 9 e o Emerson fosse ocupar a faixa da direita, mas Tite me surpreendeu e colocou o Sheik centralizado. Gostei disso, pois o time não perderia a movimentação do Willian. Mas o garoto, ex-Figueirense, não esteve em um bom dia, e o Emerson, pior ainda.

Não tenho dúvidas que o Levezinho fará falta no mês de agosto (e deve voltar junto com o Adriano), mas não dá para tirar conclusões definitivas só por causa da atuação de ontem. Até porque, a criação com Danilo, e Paulinho vindo de trás, também não funcionou. Agora, a equipe alvinegra tem uma semana para se preparar para o duelo contra o Avaí, na Ressacada. Aí poderemos ver como a equipe se comportará sem Liedson e vindo de uma primeira derrota.

Conceitos

Renan - PÉSSIMA: Estreia decepcionante. Sempre muito adiantado, falhou no gol (com méritos do adversário também) e mostrou insegurança nas saídas.
Welder - REGULAR: Não comprometeu, e apoiou apenas na boa.
Chicão - REGULAR: Não teve grandes problemas na marcação, mas teve dificuldades para sair jogando.
Leandro Castán - REGULAR: Mais exigido que o Chicão, estava abaixo do que vinha jogando. Mas mostrou muita raça.
Ramon - PÉSSIMO: Atrapalhado, chegou a cometer um pênalti, que o árbitro não marcou e também deixou de expulsa-lo por isso. Mas não foi uma partida para decretar que o lateral-esquerdo é ruim, apenas uma atuação fraca com erros que poderiam ter comprometido
(Alex) - BOM: Entrou bem, com gás, e mais solto, arriscando jogadas.
Ralf - BOM: Deu duas bobeadas no segundo tempo, uma delas no lance do gol. No restante do jogo, porém, o camisa 5 foi praticamente impecável.
Paulinho - REGULAR: Com o Danilo marcado, não apareceu para ajudar na criação.
Danilo - PÉSSIMO: Se não estou enganado, primeira péssima atuação do meia no campeonato. Não criou nada e se esforçou para entregar o ouro algumas vezes. Deveria ter saído antes.
(Elias Oliveira) - SEM CONCEITO: Na única vez que pegou na bola com espaço, o garoto fez uma boa jogada e cruzou errado. Pouco tempo em campo.
Willian - PÉSSIMO: Foi o símbolo do time. Desgastado, não foi nem sombra daquele jogador das últimas partidas.
Jorge Henrique - PÉSSIMO: Outro desgastado, até porque era dúvida para o jogo. Estragou os poucos contra-ataques que o Corinthians poderia ter armado.
(Edenilson) - BOM: Costuma entrar bem nas partidas, e ontem não foi diferente.
Emerson - PÉSSIMO: Não acertou praticamente nada, inclusive um chute de frente para o goleiro, ainda no primeiro tempo, que poderia ter sido decisivo.
Téc: Tite - BOM: Demorou para tirar o Danilo, mas mexeu bem na equipe. Sem culpa no resultado.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

domingo, 17 de julho de 2011

Comentário da Redação > Brasil faz melhor partida na Copa América, mas é eliminado melancolicamente

Não poderia ser mais lamentável a eliminação brasileira na Copa América 2011, torneio onde a zebra faz a festa. Diante do Paraguai, neste domingo, o time de Mano Menezes teve sua melhor atuação no torneio, disparado. Porém, faltou competência para colocar a bola na rede.

E nem na disputa de pênaltis o Brasil conseguiu balançar a rede. Elano e André Santos mandaram a bola na lua. Fred também não acertou sequer o arco. Thiago Silva, o único que chutou a bola entre os 3 paus, parou nas mãos do goleiro Justo Villar, o craque do jogo. Depois de 0 a 0 em 120 minutos, 2 a 0 para o Paraguai nos pênaltis.

Antes de falar mais sobre essa questão das penalidades, é preciso exaltar a evolução do time. Foram inúmeras chances criadas. E tudo porque o Brasil jogou com maior movimentação. Neymar e Robinho trocaram de posição várias vezes e confundiram a defesa paraguaia. Ganso voltou a jogar mal, mas em alguns lances mostrou que é diferente. E a defesa, que vinha mal nos últimos jogos, hoje esteve bem e falhou muito pouco.

Então o que saiu errado? Como um time passa 120 minutos sem fazer gol mesmo jogando tão bem? Difícil explicar. Entre os motivos está o maior deles: havia um adversário. Um Paraguai que se defende bem e dificultou bastante a coisa. Foram duas bolas salvas por zagueiros quase em cima da linha, sem contar as várias defesas de Villar.

Faltou também calibrar a pontaria, mas isso não é problema, pois sabemos que os jogadores de ataque que estiveram em campo hoje são ótimos, todos estrelas em seus times. O que faltava era jogar como conjunto e isso aconteceu.

Se Mano ganha um ponto por isso, perde outros pelas opções erradas que fez. Isso começou na convocação, quando preteriu alguns jogadores de talento indiscutível por questões ainda sem explicação, caso de Hernanes e Marcelo, por exemplo. E durante a competição, errou várias vezes na escalação e nas substituições.

Neste domingo, errou feio ao tirar Neymar no final do tempo normal e Ganso no início da prorrogação. O primeiro porque estava jogando bem e todos sabem que é jogador decisivo. O segundo, apesar de não fazer grande partida, apresentou bons lampejos e todos sabemos que pode decidir o jogo a qualquer instante. Naquele momento, o Brasil voltava a ser um time quase comum.

E as substituições também prejudicaram o Brasil nas cobranças de pênalti, porque Neymar e Ganso, pelo menos na teoria, teriam mais qualidade para bater do que fizeram defensores como André Santos e Thiago Silva.

Para complementar a questão das penalidades, acho importante separá-las do contexto do jogo. Com a bola rolando, o Brasil foi melhor e mereceu a vitória, apesar da incompetência para fazer gols. Na marca da cal, os jogadores foram extremamente nervosos e desequilibrados. Nunca havia visto algo parecido. Três pênaltis batidos pra fora, quatro perdidos. Alguma coisa está errada.

O grande problema de tudo que foi dito agora é que Mano Menezes não terá grandes oportunidades para corrigir os erros e tentar novamente acertar. O próximo torneio oficial será a Copa das Confederações, em 2013. Antes disso, apenas amistosos e as Olimpíadas, com o time sub-23. O Brasil corre sérios riscos de chegar à Copa do Mundo sem saber se tem ou não um time pronto.

Conceitos


Julio César - BOM: Não foi muito exigido, mas foi seguro nos lances de perigo.
Maicon - REGULAR: Muito longe daquele jogador que brilhou diante do Equador.
Lúcio - BOM: Brigou o jogo inteiro e fez bom trabalho.
Thiago Silva - BOM: Boa atuação também. O pênalti batido a gente não conta.
André Santos - REGULAR: Também esquecendo a cobrança de pênalti ridícula, acho até que ele fez partida razoável. O problema é que ele sempre escolhe a opção errada. Um chute de longe em vez de um passe simples. Um cruzamento de longe em vez de uma tabela...
Lucas Leiva - PÉSSIMO: Fazia jogo regular, mas foi expulso ao se meter em uma confusão sem sentido. O time caiu depois disso.
Ramires - BOM: Pela briga e correria durante os 120 minutos, foi um dos melhores em campo.
Paulo Henrique Ganso - REGULAR: Apenas lampejos do craque que é. Mas deveria ter jogado até o final.
(Lucas) - REGULAR: Não foi dessa vez que brilhou com a Seleção, mas ainda é bem jovem terá tempo pra isso.
Robinho - ÓTIMO: Melhor partida do Rei das Pedaladas com a seleção brasileira em anos. Até as pedaladas voltaram.
Neymar - BOM: Fazia boa partida quando foi substituído. Foi o jogador que mais finalizou. Faltou o gol e um pouco mais de apoio do treinador.
(Fred) - REGULAR: Não conseguiu segurar a bola no ataque.
Alexandre Pato - REGULAR: Teve duas grandes chances e não concluiu.
(Elano) - SEM CONCEITO: Mais um que escapa da avaliação das penalidades. Mas que PEEEEEEEÉSSIMA cobrança foi aquela, hein?!
Tec: Mano Menezes - PÉSSIMO: Opções erradas do início ao fim da Copa América custaram caro ao treinador. Ele tem o azar de não poder jogar muitos torneios oficiais com a Seleção para tentar ajeitar a equipe, mas também a sorte de poder respirar e fugir da enorme cobrança que certamente viria em um torneio como as Eliminatórias, por exemplo.

Foto: Terra

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

Comentário da Redação > Guerreiro, Uruguai elimina Argentina nos pênaltis

Cheio de alternâncias, equilibrado, com muita luta e emoção até o fim. Assim foi o esperado duelo entre Argentina e Uruguai, que cumpriu muito bem as expectativas de todos em campo. Foi um jogaço! E nos pênaltis, (desta vez sem Loco Abreu) os guerreiros da Celeste levaram a melhor e estão na semifinal.

Para conseguir o empate que levou as penalidades, a equipe de Fórlan chegou ao gol logo aos cinco minutos de jogo. Em bola alçada na área, a bola sobrou Diego Perez marcar. Apoiados pela torcida, os anfitriões não se abateram e foram ao ataque. Aos 15, Messi meteu um bolão para Higuaín empatar de cabeça. O jogo era dominado pela Argentina quando Perez piorou a situação da sua seleção ao tomar o segundo amarelo e ser expulso.

Mesmo com um a menos e com ótima atuação de Messi, o raçudo time uruguaio deu trabalho até o fim do primeiro tempo. Sem grande criatividade e dependendo muito de Fórlan, levava muito perigo nas bolas aéreas, cobradas justamente pelo craque da Copa 2010. Graças, também, à fragilidade da zaga adversária, pois qualquer bola alçada na área era um sufoco... Lugano mandou no travessão e Cáceres chegou a marcar, mas o árbitro marcou impedimento correto na jogada.

No segundo tempo, a bola aérea não foi a única arma do Uruguai. Pelo contrário, o ótimo atacante Luís Suárez entrou no jogo e a Celeste conseguiu o que queria: não sofreu riscos atrás e levou perigo à frente com a belíssima dupla de ataque. Contudo, a partir dos 30 minutos a Argentina melhorou e criou as melhores chances do primeiro tempo. E Muslera se tornou o herói da classificação. O goleiro fez uma defesa extraordinária em chute a queima-roupa de Higuaín, aos 33, e depois fez duas defesaças seguidas, quase nos acréscimos.

Um pouco antes do lance que quase decidiu o confronto, Mascherano também recebeu o segundo amarelo (injustamente) e foi expulso, deixando empatado também no número de atletas em campo. Na prorrogação, depois de Álvaro Pereira quase marcar para o Uruguai, os argentinos passaram a mandar no jogo e criaram chances para fazer o gol da classificação. Mas a decisão seguiu 1 a 1 até o fim dos 120 minutos.

Nos penais, Muslera defendeu cobrança de Tevez (o ex-corintiano nunca bateu bem pênalti) e deu a classificação heróica à sua seleção. Aliás, hoje, o Uruguai é o grande favorito ao título por ter o melhor TIME. Não é uma equipe tecnicamente maravilhosa, mas tem um ótimo conjunto, que sabe das suas limitações e se entrega o tempo inteiro, e na frente tem dois excelentes jogadores que podem decidir, Forlán e Suárez.

Conjunto, aliás, é o que continua faltando na Argentina. Mostrou-se mais uma vez uma equipe com talentos individuais, mas fraca coletivamente. Falta um meia articulador, aqueles camisa 10 das antigas que faça a bola rodar - como era Riquelme - e se aproxime de Messi. E a zaga segue sendo um grande problema como na Copa.

Conceitos

ARGENTINA

Romero - REGULAR: Não passou muita segurança nas jogadas aéreas. Contudo, fez duas boas intervenções, não comprometeu.
Zabaleta - REGULAR: Lateral comum, o arroz com feijão. Não teve grandes problemas defensivamente.
Burdisso - PÉSSIMO: Mal nas jogadas aéreas, só parou os uruguaios com falta.
Gabriel Milito - PÉSSIMO: Lento, perdido, e pior ainda pelo alto, também só conseguiu parar os adversários com faltas.
Zanetti - BOM: Com 37 anos, segue com gás. Fez bem sua parte.
Mascherano - REGULAR: Apenas marcou e foi razoável. Não mereceu ser expulso.
Gago - BOM: Não é a dele, mas teve liberdade e chamou a responsabilidade de armar o jogo quando sua equipe tinha um a mais.
(Biglia) - BOM: Nem deveria ter entrado, mas foi bem nos 30 minutos de prorrogação.
Messi - BOM: Fez um ótimo primeiro tempo. Caiu bem na etapa final e teve apenas alguns lampejos. Mas não pode ser crucificado por essa eliminação, pois se não foi o jogador genial do Barça, não se omitiu e teve boas atuações nos últimos dois jogos.
Dí Maria - PÉSSIMO: Pouco foi visto em campo, e quando apareceu, não foi bem.
(Pastore) - BOM: Justificou os pedidos da torcida para que ele fosse titular. Se aproximou de Messi e melhorou o meio-campo. Em tese, se encaixaria mais na formação do que o Dí Maria.
Agüero - REGULAR: Começou bem, mas depois foi figura apagada também.
(Tévez) - PÉSSIMO: Entrou mal no jogo, errando muito. E depois de quase fazer o gol da classificação, de falta, se tornou o vilão da eliminação, perdendo o pênalti.
Higuaín - BOM: Não tem o que reclamar do centroavante. Fez o gol e levou muito perigo quando a bola entrou, obrigando o goleiro Muslera a fazer defesaça e mandando uma na trave.
Téc: Sergio Batista - PÉSSIMO: Poderia ter dado mais chances ao Pastore na competição, e é um absurdo colocar o Biglia em campo tendo Cambiasso no banco. Aliás, o volante da Inter deveria ter o titular, recuando o Mascherano (já faz essa função no Barcelona) para fazer dupla de zaga com o Burdisso... não tenho dúvidas que o sistema defensivo melhoraria muito.

URUGUAI

Muslera - ÓTIMO: O nome do jogo, o herói  da classificação. Estava em um dia iluminado.
Maxi Pereira - BOM: O lateral foi praticamente um zagueiro pela direita. Esteve bem.
Lugano - REGULAR: Um pouco desconcentrado em alguns momentos. Levou perigo no ataque.
Victorino - SEM CONCEITO: O bom zagueiro do Cruzeiro sentiu contusão antes dos 20 minutos de jogo.
(Scotti) - BOM: Substituiu bem Victorino.
Cáceres - REGULAR: Teve trabalho para marcar Messi. Foi uma boa arma nas jogadas aéreas.
Alvaro González - BOM: Se sacrificou na marcação com a expulsão de Perez e encostou em Forlán quando deu.
Diego Pérez - PÉSSIMO: O gol não compensa o que fez depois. E fez hora extra em campo, poderia ter sido expulso até antes.
Arévalo Rios - BOM: Guerreiro, não parou um minuto. Fez vários desarmes.
(Eguren) - SEM CONCEITO: Entrou somente no segundo tempo da prorrogação.
Alvaro Pereira - BOM: Pela esquerda na linha de quatro, auxiliou o Cáceres e apoiou bem.
(Gargano) - SEM CONCEITO: Idem ao Eguren
Forlán - BOM: Líder e principal jogador do Uruguai, chamou a responsabilidade o tempo inteiro. Joga muito.
Luis Suárez - BOM: Começou sonolento e errando passes, mas cresceu e jogou demais a partir do segundo tempo. Incansável na prorrogação.
Téc: Oscar Tabárez - BOM: O trabalho de Tábarez é muito bom. Hoje, sem Cavani, fez um 4-4-1-1, com o Forlán flutuando na frente de uma linha de quatro meio-campistas e tendo total liberdade para criar e chegar e encostar no Suárz, que fica mais à frente. Foi muito eficiente com esse esquema, que não se desmoronou com a expulsão do Perez, pelo contrário, a equipe cresceu ainda mais.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Comentário da Redação > Vitória de campeão do cada vez mais líder Corinthians

Eu esperava um jogaço de bola nesta quinta-feira no Pacaembu e muitas dificuldades para o Corinthians conseguir manter a sua belíssima sequencia de resultados positivos diante do Internacional. Foi exatamente o que aconteceu, porém com mais tons de dramaticidade do que eu imaginava. Foi uma partida fantástica, com clima de decisão, não só devido a qualidade dos times e por ser um confronto direto, mas principalmente pela rivalidade entre os dois clubes, que se tornou muito grande nos últimos anos.

E o Timão mostrou que está preparado para uma batalha como foi nesse duelo. Se faltou uma boa atuação do meia Alex para o jogo fluir mais, a raça e a entrega dos jogadores foram extraordinárias. O bom time do Inter, com dois armadores (D'Alessandro e Oscar) e ainda um terceiro com volta do Zé Roberto para o meio-campo, mal conseguiu respirar e trocar passes durante grande parte dos 90 minutos. Sempre tinha dois ou até três jogadores marcando um colorado. Os donos da casa se redobraram.

Quando o Inter vivia seu melhor momento, o Alvinegro voltou a tomar conta da partida com a entrada de Emerson, que deu sangue novo. E não demorou para Willian, que já vinha sendo importante, estufar as redes do goleiro Muriel. A partir daí, a equipe paulista seguiu incansável, sem dar chances ao adversário até o fim. Cada divida era como se fosse uma vitória! E a torcida, nas arquibancadas, jogava junto. Uma união perfeita como de costume no Pacaembu.

Assim, foi conquistada uma daquelas vitórias que nós olhamos lá no fim do campeonato, quando o time é campeão, e diz: esse jogo foi um dos mais marcantes e decisivos para essa conquista. Foi a verdadeira vitória de campeão! E não foi um simples triunfo fora de um contexto. É o sexto seguido! Vale relembrar os adversários superados: Fluminense, São Paulo, Bahia, Vasco, Atlético-GO e Internacional, adversários difíceis.

Claro que tem muita coisa para rolar, o Campeonato é muito grande, e óbvio que a equipe de Tite não manterá esse nível até o fim. Fatalmente terá oscilações durante o torneio. Mas não tem como negar que o cada vez mais líder Corinthians (abriu seis pontos para o vice-líder Flamengo) está com todo o jeito de que vem muitíssimo forte na briga pelo título.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Não teve que fazer defesas. Até foi driblado por Damião em um lance, mas o goleiro não foi mal na jogada.
Welder - REGULAR: Um pouco enrolado em algumas jogadas. Esteve bem na marcação.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Foi à campo já no fim.
Chicão - BOM: Atento e sério, fez bons cortes. Saiu jogando muito bem também.
Leandro Castán - BOM: Idem ao seu companheiro de zaga. Sem grife e comendo pelas beiradas, Castán é um dos melhores zagueiros do Brasil atualmente.
Fábio Santos - ÓTIMO: Raçudo, fez uma boa partida também tecnicamente. Além disso, foi preponderante no resultado: salvou um gol em um lance que o Julio já estava batido e iniciou a jogada do gol da vitória.
Ralf - ÓTIMO: Incansável, marcou forte o tempo inteiro. E vem tendo qualidade também no apoio ao ataque.
Paulinho - ÓTIMO: A mesma coisa que o camisa Ralf só que ainda melhor. Jogou demais o camisa 8! O melhor em campo.
Willian - ÓTIMO: Correu e se movimentou os 90 minutos. Do quarteto de frente, foi disparado o jogador que mais preocupou a defesa do Inter. E foi decisivo novamente.
(Edenílson) - SEM CONCEITO: Mesma coisa do Wallace.
Alex - REGULAR: Mal tecnicamente, não foi o que se esperava dele. Mas mostrou brio, demonstrando claramente irritação com seus erros. Também foi dedicado e colaborou com a equipe na marcação.
Jorge Henrique - BOM: Muito guerreiro, não deixou os defensores do Inter respirarem com a sua marcação.
Liedson - REGULAR: Foi caçado pelo Bolívar o tempo todo, e não estava em uma grande noite para se livrar da marcação.
(Emerson) - BOM: Incisivo e objetivo, deu sangue novo na frente, mudou a equipe ofensivamente. Foi bem importante para a vitória.
Téc: Tite - ÓTIMO: A mesma coisa dos outros jogos continua valendo... que raça da sua equipe! Realmente os jogadores fecharam com o treinador e formaram um conjunto fortíssimo. Além desse espírito de entrega, o comandante alvinegro foi perfeito ao colocar o Emerson no lugar do Liedson, mexeu no momento certo. Depois de um começo de ano desastroso, não dá para negar que Tite está fazendo um grande trabalho.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Comentário da Redação > Brasil vence e avança na Copa América

A seleção brasileira fez quatro gols nos equatorianos, garantiu a primeira vitória na Copa América 2011 (4 a 2) e carimbou a passagem para próxima fase.

Porém, a raça que balançou a rede adversária quatro vezes faltou quando vimos a nossa estufar. Pior ainda foi o modo dos gols sofridos: duas falhas de Julio César, sendo uma delas um verdadeiro frango.

Na noite desta quarta-feira em Córdoba, Argentina, houve dois “Brasis” em campo: o da simplicidade e raça, e o do preciosismo e comodismo.

Quando o primeiro prevaleceu, saíram nossos quatro gols, sendo o terceiro uma verdadeira demonstração de luta, de garra.

Entretanto, quando o segundo deu as caras, Caicedo, centroavante adversário que brilhou na Espanha na última temporada, mas que não havia marcado um gol sequer até então, fez os dele.

O primeiro Brasil foi o verdadeiro arroz-com-feijão: simples, eficiente e agradou a todos. Como deve ser, aliás.

Somos penta campeões e berço de craques históricos do futebol mundial, porém nunca ganhamos NADA sem suor. Aliás, NINGUÉM ganha sem suar.

O grupo brasileiro que está disputando esta Copa América é certamente um dos mais técnicos que formamos nos últimos tempos. Titulares e reservas, desde zagueiros até centroavantes, que muitas vezes (e com razão) carregam consigo a alcunha de caneludos, fogem à esta regra e demonstram habilidade, o que é um diferencial que pode ser decisivo, desde que o simples se sobressaia.

Hoje o simples, o suor, foi o que nos glorificou. Que a lição tenha sido aprendida de uma vez por todas.

Conceitos

Julio César – PÉSSIMO: Falhou nos dois gols do Equador. O primeiro, aliás, foi um frango histórico.
Maicon – ÓTIMO: Responsável pela maioria das jogadas ofensivas do time. Deu assistência pro quarto gol. Melhor em campo, sem dúvida.
Thiago Silva – PÉSSIMO: Disperso, perdeu a dividida que resultou no primeiro gol e deixou aberto o espaço por onde nasceu o segundo. Tem que aprender a dar chutão pro mato.
Lúcio – BOM: Sério. Fez o simples. Nunca se desconcentra.
André Santos – BOM: Apoiou pouco pois teve de sustentar a defesa enquanto Maicon infernizava o Equador. Ainda assim, deu uma linda assistência pro primeiro gol de Alexandre Pato.
Lucas Leiva – ÓTIMO: Marcou com seriedade. Correu bastante, desarmou, destruiu jogadas dos equatorianos e ainda conseguiu distribuir passes pelo meio de campo.
Ramires – REGULAR: Alternou momentos de bom futebol (quando foi sério e simples), e de mau futebol (quando quis enfeitar).
Ganso – BOM: Ainda abaixo do que se espera dele, mas deu uma assistência, apareceu mais pro jogo e foi raça pura no terceiro gol, onde roubou a bola e ajudou na tabela que culminou no tento.
Robinho – REGULAR: Foi voluntarioso.
Neymar – BOM: Fez dois gols quando foi simples. Errou passes, tentou cavar faltas e perdeu jogadas importantes quando quis enfeitar.
Pato – ÓTIMO: Clareou, ele chuta. Em duas oportunidades, balançou a rede. Um dos poucos que demonstrou vibração em campo quando o clima estava tenso.
Elias – REGULAR: Não fez nada demais. Pontos por ter roubado algumas bolas. Entrou já com o jogo resolvido.
Lucas – SEM CONCEITO: Apesar de ter construído algumas jogadas, avaliando o contexto do jogo e o tempo em que ele esteve em campo, não há porque lhe conceder uma nota.
Fred – SEM CONCEITO: Mesma coisa que o Lucas.
Mano Menezes – REGULAR: Apesar da boa sacada de ter colocado Maicon pra ajudar na criação do ataque, o achei muito frio e contido nos gols, e pouco influente na vitória, que veio mais pela raça dos jogadores do que pelo esquema tático.

Foto: EFE

Redator: Thiago Jacintho

thi.jacintho@gmail.com

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Comentário da Redação > Palmeiras 3 x 0 Santos

Visão palmeirense > Vitória maiúscula sem Kléber

E não é que existe vida sem Kléber no Palmeiras? Novamente alegando dores musculares, o atacante que tem proposta oficial do Flamengo desfalcou o Verdão e jogou "aos leões" os companheiros de ataque.

Mas o Palmeiras não sentiu a falta do Gladiador diante do Santos. Dinei entrou no seu lugar e fez boa partida. Mas melhor que ele foi Maikon Leite, que deitou e rolou diante do seu seu ex-time. Foi dele o gol que abriu a porteira no Pacaembu.

Até este momento - 20 minutos do primeiro tempo - o jogo era equilibrado, mas o 1 a 0 ajudou o Palmeiras a crescer no jogo e matar o adversário da Baixada. Minutos depois, Marcos Assunção cobrou escanteio com veneno e Maurício Ramos concluiu para a rede.

Diante de um adversário passivo e omisso, o Palestra ainda encontrou tempo para fazer 3 a 0 com Patrik antes que a etapa inicial se esgotasse.

No segundo tempo, o Palmeiras apenas administrou o bom resultado e não quis impôr ao rival o mesmo que o Corinthians fez com o São Paulo há duas semanas. E realmente não era necessário jogar mais.

O que valeu mesmo foi a vitória, que coloca o time na briga pela liderança, e a perspectiva de que o time pode jogar bem sem Kléber. Isso não significa que ele não fará falta se sair, mas que o Palmeiras deixou de ser dependente do Gladiador.

Conceitos


Marcos - BOM: Apesar da ameaça de pressão do Santos no segundo tempo, o veterano arqueiro soube segurar bem o ímpeto do adversário.
Cicinho - BOM: Deitou e rolou em cima do Léo.
(João Vítor) - REGULAR: Entrou para segurar a marcação na etapa final, mas teve um pouco de dificuldade.
Maurício Ramos - ÓTIMO: Um dos melhores em campo.Não só pelo gol, mas pelo ótimo trabalho defensivo. O Palmeiras também não sente falta de Danilo.
Leandro Amaro - BOM: Discreto e eficiente.
Gabriel Silva - BOM: Peça fundamental para a vitória, principalmente ao complementar as jogadas de ataque pelo lado esquerdo.
Márcio Araújo - ÓTIMO: Além de marcar demais, ainda arriscou algumas boas subidas ao ataque.
Marcos Assunção - BOM: O Palmeiras cada vez menos depende das bolas paradas de Assunção, mas elas seguem armas mortais. Foi em cobrança de escanteio que Maurício Ramos fez o segundo gol do jogo.
Patrik - REGULAR: Foi cobrado por Felipão durante o jogo inteiro, principalmente por não compor o meio-campo como deveria. Mas fez um golaço!
(Pierre) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Maikon Leite - ÓTIMO: Um dos melhores em campo. Não se intimidou diante do ex-clube. E acredito que com sequência de jogos entre os titulares, ao contrário do que acontecia no Santos, deve rapidamente cair nas graças da torcida palestrina.
(Tinga) - REGULAR: Entrou para fechar o meio-campo e fez só isso.
Luan - BOM: Continua perdendo gols, mas a importância tática de Luan para a equipe é impressionante.
Dinei - BOM: Não é o Kléber, mas deu trabalho ao Santos.
Técnico: Luiz Felipe Scolari - ÓTIMO: Tem o mérito total pelo futebol que o Palmeiras jogou e vem jogando. Está extraindo o máximo de cada jogador e aos poucos o time deixa de viver apenas de bolas paradas ou de brilharecos de estrelas como Valdivia e Kléber.

Visão santista > Bronca de Muricy impede vexame

O Santos escapou de um vexame na noite de ontem, no Pacaembu. Ainda em ritmo de ressaca pós-Libertadores, o time alvinegro encontrou um Palmeiras motivado e sedento por vitória. Em 45 minutos, o Verdão abriu 3 a 0 e poderia ter feito 5, enquanto o Peixe apenas assistia.

A goleada era questão de tempo e havia mais 45 minutos para que ela se concretizasse. Eis que o Santos contou com a experiência de Muricy Ramalho para evitar o pior.

A derrota já era certa, mas o que o Santos precisava era sair de campo com dignidade. E o fez. Primeiro pela bronca homérica que os jogadores levaram no vestiário. Léo resumiu o ocorrido ao final do jogo: "só nós sabemos o que o homem falou no intervalo".

O empenho santista foi outro no segundo tempo. E a qualidade também. Felipe Anderson entrou no time para a saída do péssimo Rodrigo Possebon. Felipe não brilhou, mas ajudou o Santos a incomodar o Palmeiras. Coisa que Tiago Alves, outro menino da Vila, fez bastante quando substituiu outro inexplicável jogador, o bravo Richely.

Com esse cenário, o Santos resolveu tentar diminuir o placar e se aplicou muito nisso, apesar de ter faltado futebol para que pelo menos uma bola chegasse ao barbante do goleiro Marcos. O Palmeiras, por sua vez, preferiu se fechar e garantir os três pontos tão importantes.

O importante para o Peixe, no final das contas, foi evitar uma placar elástico, que traria uma clima péssimo ao clube.

E notem que nem entrei aqui nos méritos dos desfalques que o Santos tem por causa da seleção brasileira. Todos sabem a falta que Neymar e Ganso faz, mas o time que jogou ontem com a camisa listrada é tão mais fraco assim para levar o vareio do primeiro tempo?

Conceitos

Rafael - REGULAR: Não esteve tã seguro como de costume. E falhou no segundo gol palmeirense.
Pará - PÉSSIMO: Marca tão bem quanto uma criança de cinco anos.
Edu Dracena - REGULAR: A defesa santista esteve muito mal ontem, mas não acho que seja culpa apenas dos zagueiros.
Durval - REGULAR: Ao Durval, vale o mesmo que ao Dracena.
Léo - PÉSSIMO: Uma das piores atuações do experiente lateralcom a camisa do Santos.
Possebon - PÉSSIMO: Até quando ele terá chance no Santos? Não joga nada!
(Roger Gaúcho) - PÉSSIMO: Em poucos jogos já mostrou que não tem qualidade para jogar em time grande. Não dava para ter reparado isso antes de contratá-lo?
Arouca - REGULAR: Teve bastante dificuldade para encontrar sua posição em campo. No final das contas, não conseguiu marcar e nem atacar com eficiência. Valeu pela correria.
Danilo - PÉSSIMO: Está com a cabeça longe...
Diogo - PÉSSIMO: Tirando um bom lance no início do jogo, teve um péssimo retorno.
(Tiago Alves) - BOM: Entrou muito bem no jogo, despertando até curiosidade em Felipão, que perguntou ao ex-santista Maikon Leite "quem é esse jogador que parece o Neymar?".
Borges - PÉSSIMO: Não participou do jogo. Teve  apenas duas oportunidades, mas demorou a concluir.
Rychely - PÉSSIMO: Minha opinião sobre ele é a mesma que tenho sobre o tal do Roger Gaúcho.
(Felipe Anderson) - REGULAR: Deu muito mais movimentação ao time, mas faltou personalidade. Trata-se de um menino de 18 anos, é normal.
Técnico: Muricy Ramalho - BOM: Escalou o time de forma correta e também fez as alterações adequadas quando a viola já estava no saco. O mais importante foi a bronca que deu no vestiário e que evitou um massacre palmeirense.

Fotos:
Terra e Lance!

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

domingo, 10 de julho de 2011

Comentário da Redação > Timão chega à quinta vitória seguida

O Corinthians deu sequencia ao excelente início de Campeonato Brasileiro e engatou a quinta vitória consecutiva ao vencer o Atlético-GO por 1 a 0, em um Serra Dourado repleto de corintianos. Nem mesmo no ano passado, quando lutou pelo título até a última rodada, a equipe alvinegra teve uma série de triunfos como essa, inédita também na atual temporada.

Esses números não são um mero acaso. Foram conquistados com muito mérito. Como eu disse após a vitória contra o Vasco, o Timão vive seu melhor momento no ano. E em todos os sentidos. Técnica, física e coletivamente. Tem jogado como um verdadeiro time, e daqueles bem unidos, que se entregam o tempo inteiro. Muito longe daquela equipe (?) ruim apática e desorganizada que deu vexame na pré-Libertadores.

Neste domingo, em Goiania, o futebol do líder não foi tão bom como nas rodadas anteriores, mas isso não faz a menor diferença. O importante, sem dúvida, foi a vitória. E os paulistas fizeram por merecer. Teve atitude de time grande, buscando impor seu ritmo de jogo e sufocando os mandantes, coisa que a algum tempo atrás não fazia nos duelos fora de casa, mesmo contra adversários de menor expressão.

Agora, o líder da competição tem uma sequencia de três partidas dificílimas: Inter (casa), Botafogo (fora) e Cruzeiro (casa). Uma grande oportunidade para o time de Tite provar que vem forte para brigar pela taça que deixou escapar por detalhes no ano passado.

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Trabalhou apenas uma vez, e com uma defesa espetacular.
Welder - REGULAR: Limitou-se a marcar, e ainda precisou da ajuda do Alex.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Entrou quase nos acréscimos.
Chicão - BOM: Seguro, fez boas antecipações.
Leandro Castán - BOM: Muito bem novamente, fez um corte providencial após a grande defesa do Julio.
Fábio Santos - REGULAR: Foi como vem sendo: fraco e sem recursos com a bola nos pés, mas raçudo e bem na marcação. O camisa 6 tem colaborado com sua dedicação, mas não dá para se iludir: a lateral-esquerda é um defeito do time.
Ralf - BOM: Não foi tão bem como nas partidas anteriores, mas se entregou o tempo inteiro, como sempre, e foi importante.
Paulinho - REGULAR: Lento e sonolento em alguns momentos.
Alex - REGULAR: Um mau primeiro tempo, uma boa segunda etapa. De qualquer forma, não jogou na sua verdadeira posição, fez o papel do contundido Jorge Henrique (só que pela direita). Com a suspensão do Danilo, o ex-colorado poderá jogar na sua função e mostrar mais o que sabe justamente contra o Inter.
Danilo - BOM: Fez mais um bom jogo e deu a belíssima assistência para o Willian.
(Morais) - SEM CONCEITO: Idem ao Wallace.
Willian - BOM: Além de sua movimentação e entrega incansável, fundamental para a equipe, fez o gol da vitória.
Liedson - BOM: É outro que se entregou o tempo todo, correndo para apertar a saída dos defensores do Atlético.
(Edenílson) - BOM: Participou somente pouco mais de 10 minutos, mas foi muito bem. Meteu um bolão para o Alex, que perdeu gol de cabeça, e soube segurar o jogo quando foi preciso.
Téc: Tite - BOM: Fez bem em colocar o Alex no lugar do contundido Jorge Henrique, mas poderia ter mexido um pouco na estrutura do time e dado mais liberdade para o ex-Colorado, que estava muito fora de posição. Isso mudou um pouco quando o Edenílson entrou, e deu mais qualidade à equipe. Em termos de entrega, no entanto, não há o que reclamar... o treinador gaúcho tem tirado o máximo de vontade de seus atletas. A marcação sob pressão em cima dos defensores adversários tem sido uma característica excelente desta equipe.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

sábado, 9 de julho de 2011

Comentário da Redação > Fred salva Brasil de Mano nos minutos finais

E o Brasil segue decepcionando na Copa América. Neste sábado, diante do Paraguai, somente nos minutos finais o time de Mano Menezes alcançou um empate por 2 a 2, com gol de Fred, que evitou um desastre maior.

O técnico brasileiro participou ativamente da partida e acredito que possa ser responsabilizado pelo resultado diretamente, tanto pela parte boa quanto pela ruim. Sua primeira decisão foi surpreendente. Optou por Jadson entre os titulares no lugar de Robinho.

Na minha visão, a intenção do treinador foi boa, ao tentar dividir a responsabilidade da armação da equipe que estava sobre Paulo Henrique Ganso. Porém, a peça escolhida não me agrada. E essa foi a tônica do primeira tempo. Ganso conseguiu mais espaço para jogar, mas Jadson errou demais.

O meia do Shakhtar fez o gol, mas acho que foi o único bom momento dele. Mano também deve ter pensado dessa forma e tirou Jadson no intervalo. O cartão amarelo tomado e uma falta minutos depois que poderia ter resultado em expulsão também pesou.

Elano entrou no segundo tempo e o time caiu de produção. Não por causa dele. E pra falar a verdade, o Brasil não fez um grande primeiro tempo. O Paraguai foi melhor nos minutos iniciais de jogo, assim como foi no começo da etapa final, momento em que aproveitou duas falhas grosseiras defensivas da seleção brasileira para virar o jogo. Erros dos laterais Daniel Alves e André Santos, que jogaram muito mal.

Mano, então, voltou a ser protagonista. Primeiro, trocou Ramires por Lucas, uma alteração mais do que justificada para uma equipe que perdia por 2 a 1. Depois, tirou Neymar, que realmente não jogou nada, e apostou em Fred. Não é o que eu faria, mas deu certo e o jogador do Fluminense marcou o gol de empate, mostrando que Mano Menezes, ao menos, tem estrela.

Mas ainda faltou falar um pouco mais de Ganso, que voltou a jogar bem com a camisa da Seleção. Passou longe de brilhar, mas buscou muito o jogo, o que faltou na partida contra a Venezuela, e deu passe para os dois gols brasileiros. Esperamos agora que Neymar desencante diante do Equador.

E o bico do Robinho, que nem sequer entrou no jogo, como estará?

Conceitos

Julio César - REGULAR: Mal participou do jogo. Não teve culpa nos gols.
Daniel Alves - PÉSSIMO: Falhou nos dois gols paraguaios.
Lúcio - BOM: Teve trabalho hoje, mas se virou bem.
Thiago Silva - REGULAR: Acho que errou no posicionamento nos gols paraguaios.
André Santos - PÉSSIMO: Atrapalha todos os ataques do Brasil.
Lucas Leiva - ÓTIMO: Melhor do Brasil em campo. Está cada vez marcando melhor.
Ramires - BOM: Não foi substituído por estar jogando mal, apenas por necessidade. Foi peça fundamental no lance do primeiro gol brasileiro.
(Lucas) - REGULAR: Segue tímido com a camisa da Seleção principal.
Paulo Henrique Ganso - BOM: Mesmo ainda aquém do que pode fazer, foi decisivo. A opção de Mano Menezes por outro meia ajudou.
Jadson - REGULAR: Fez o gol e só. Mas acho que poderia continuar no segundo tempo, apesar do cartão amarelo. Era o momento de dar confiança a ele.
(Elano) - REGULAR: Não fez grande coisa, mas ajudou a manter o time com dois armadores e com Ganso menos pressionado.
Neymar - PÉSSIMO: Errou tudo que tentou. Mas a gente sabe que o futebol dele não é esse. O que me irrita é ver gente criticando a opção dele por dribles. Todo mundo sabe que é assim que ele joga e assim que ele faz a diferença.
(Fred) - BOM: Jogou pouco, mas só pelo gol já merece o conceito. Muito oportunismo.
Alexandre Pato - PÉSSIMO: Ao contrário do primeiro jogo, não jogou nada!
Tec: Mano Menezes - REGULAR: Fez opções equivocadas, na minha opinião, mas teve estrela. Jadson e Fred, jogadores que ele bancou, marcaram os gols. E teve papel importante no bom rendimento do Ganso.

Foto: Terra

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Siga-me: @ricardopilat

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Comentário da Redação > Empate burocrático palmeirense

No confronto entre Palmeiras e América-MG, nesta quinta-feira, nenhuma das duas equipes acabou realizando uma grande partida, cenário onde o resultado só poderia ser um empate sem graça, 1 a 1.

O primeiro tempo foi marcado pela forte marcação e pela grande quantidade de passes errados. Oportunidades mesmo só em uma cobrança de falta de Amaral, pelo América, e em um chute de longe de Luan pelo lado do Verdão.

No segundo tempo, a partida ainda ganhou algumas emoções, ambas as equipes apostavam no contra-ataque, o Palmeiras com Luan e Maikon Leite e o América com Kempes, que entrou na segunda etapa. Quem se deu melhor nessa tática foi a equipe mineira, que em um chute errado do atacante que entrou no segundo tempo, deu passe para Alessandro, que abriu o marcador.

Com Patrick e Dinei, a equipe de Palestra Itália acabou ficando mais veloz, porém, só conseguiu o empate em uma bola parada. Após cobrança de falta de Marcos Assunção, no bate e rebate, a bola sobrou para Mauricio Ramos, que mesmo agarrado, conseguiu finalizar empatando a partida. Gol que eleva a moral do zagueiro, que desde o inicio do ano não conseguia ter a mesma sequência de outros anos no Palmeiras.

Maikon Leite e Kempes seguiram dando trabalho às zagas adversárias, mas nada que fosse suficiente para dar a vitória a alguma equipe.

No fim das contas, o Palmeiras acaba ficando quatro pontos longe do líder, e sem Kleber, Valdivia e o recém contratado Martinuccio, a equipe terá que se desdobrar para manter um bom inicio no campeonato brasileiro.

Conceitos

Deola – REGULAR: Pouco exigido, não teve culpa no gol.
Cicinho – BOM: Deu trabalho à defesa adversária com grandes arrancadas pela direita.
(João Vitor) – SEM CONCEITO: Entrou no fim, pouco pode fazer.
Thiago Heleno – BOM: Manteve a média, porém, tomou um cartão amarelo por reclamação e está fora do clássico.
Mauricio Ramos – BOM: Marcou o gol de empate e que pode elevar a moral do jogador com o técnico.
Chico – BOM: Em suas limitações atuando como lateral, não comprometeu.
Marcos Assunção – REGULAR: Decisivo nas bolas paradas.
Márcio Araujo – REGULAR: Deu boas arrancadas, mas desapareceu durante grande parte do jogo.
Lincoln – REGULAR: Omisso durante todo jogo, não chamou a responsabilidade da partida.
(Patrick) – REGULAR: Deu mais velocidade à equipe, mas não teve tempo de mudar muita coisa.
Luan – REGULAR: Manteve a média de antigamente, útil defensivamente, inoperante ofensivamente.
W. Paulista – REGULAR: Não está aproveitando as oportunidades, pouco fez.
(Dinei) – BOM: Entrou e quase fez o gol, e ainda fez um grande papel como pivô.
Maikon Leite – BOM: As maiorias das grandes jogadas saíram de seus pés, porém, ainda falta entrosamento.

Foto: Terra

Redator: Rogério de Sá
alviroger@hotmail.com

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Comentário da Redação > Após ótima sequencia, Corinthians surge como favorito ao título

Depois de um começo de ano com um futebol sofrível, o Corinthians começa a deixar seus torcedores confiantes em, quem sabe, conquistar a taça que deixou escapar no ano passado. Claro que é muito cedo, mas depois de sete rodadas, mais do que estar na liderança e em invicto, o Alvinegro tem mostrado um futebol animador.

Desde o empate contra o Flamengo, lá na terceira rodada, em que mereceu ter saído do Engenhão com os três pontos, o desempenho do Timão só tem melhorado. Não atoa, venceu quatro partidas consecutivas contra adversários dificílimos, e de forma convincente.

Nesta quarta-feira, diante do campeão da Copa do Brasil, além de uma boa partida, foi interessante ver o poder de reação da equipe corintiana. O gol do estreante Juninho Pernambucano, logo no primeiro minuto, não afetou em nada os donos da casa. Com apoio da torcida (fator importantíssimo), não se abateram e jogaram com muita raça, mas acima de tudo com serenidade e consciência, sem afobação. O empate e a virada vieram naturalmente, ainda no primeiro tempo.

Na etapa final, o time paulista seguiu muito seguro, controlando bem o jogo. E ainda teve duas belas cartas na manga para tentar definir o duelo: Emerson e Alex. Eles entraram, foram bem, mas o placar seguiu o mesmo. Só não foi mais tranquilo porque Julio César, que já havia falhado no gol, se esforçou muito para entregar mais dois.

Desempenho de Julio à parte, o atual líder da competição vive seu melhor momento na temporada. Continuo não confiando no Tite, mas o técnico gaúcho vem queimando minha língua. Tem dado muito certo essa "imitação" do 4-2-3-1 de Mano Menezes.

Muito graças ao melhor rendimento de Jorge Henrique e Danilo. O primeiro não é o mesmo de 2009, e provavelmente nunca mais será, mas voltou a jogar em bom nível e tem sido importante taticamente, como de costume. E o meia, finalmente jogando centralizado e não se arrastando como auxiliar de lateral-esquerdo, vive seu melhor momento no Parque São Jorge.

A melhora desses atletas citados (dá para colocar também o Liedson, que voltou à boa forma técnica), o encaixe do sistema tático, juntamente com a ótima fase há algum tempo de jogadores de defesa como Ralf e Leandro Castán, além da perspectiva de evolução com a chegada do lateral-esquerdo Ramon e os ótimos Emerson e Alex se soltando, fazem do Corinthians um grande favorito ao título. Coisa que, pouco tempo atrás, era inimaginável...

Conceitos

Julio César - PÉSSIMO: Totalmente inseguro. Falhou na falta de Juninho e quase entrega, de forma ridícula, outros dois gols.
Welder - REGULAR: Levou a pior na maioria das tentativas de dribles, alguns em lances que poderia ter feito mais simples. No fim, fez grande jogada e levou perigo. Não comprometeu defensivamente.
Wallace - BOM: Esteve muito bem. Fez um corte providencial de dentro da área, no segundo tempo.
Leandro Castán - BOM: Além de boa marcação, tem ido muito bem com a bola nos pés. Fez um lançamento fantástico para o Willian, no primeiro tempo.
Fábio Santos - REGULAR: É quase sempre o mesmo, só que às vezes um pouco melhor, e outras bem pior. Seguiu aquela média... muita raça e dedicação, alguns bons lances, e outros nada agradáveis.
Ralf - ÓTIMO: Monstro. Tem jogado demais! Foi o melhor jogador dessa ótima sequência de quatro vitórias. Vinha merecendo marcar esse gol.
Paulinho - ÓTIMO: Com bons desarmes e saída para o jogo, fez um bonito gol. Só não foi melhor que o Ralf.
Danilo - BOM: Participou muito bem do jogo e deu o passe para o Paulinho no lance do segundo gol. Está com confiança para arriscar jogadas, tem errado pouco.
(Alex) - BOM: Entrou bem, mais solto. Não tenho dúvidas que ainda será uma peça importantíssima.
Willian - BOM: Brigador como sempre, esteve em uma noite apenas comum tecnicamente falando, mas colaborou bem para o time. Quase marcou o gol de empate após bom cabeceio que Prass defendeu. Foi nesse escanteio, aliás, que saiu o gol do Ralf.
(Emerson) - BOM: Mesma coisa do Alex. Só precisa parar de querer enfeitar toda jogada.
Jorge Henrique - BOM: Ajudou muito na marcação, mas não limitou-se a apenas isso. Foi objetivo também, partiu para cima dos adversários, chegou na área... não está sendo brilhante, mas voltou a ser um jogador útil.
Liedson - BOM: Raçudo e voluntarioso, não teve bola perdida para o camisa 9. E também foi bem quando teve a bola nos pés.
Téc: Tite - BOM: Ainda tenho um pé atrás com ele, mas não vejo problemas em elogiá-lo quando merece. E está merecendo. Compacta e muito comprometida, sua equipe vem se entrosando e rendendo mais jogo a jogo. E subiria muito no meu conceito se fizesse uma troca de goleiros (Renan de titular) para ver no que dá.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

domingo, 3 de julho de 2011

Comentário da Redação > Seleção e Mano decepcionaram, mas, calma!

O futebol da Seleção Brasileira na estreia da Copa América 2011 foi decepcionante. Sem a mínima inspiração e criatividade, a equipe ficou apenas num justo 0 a 0 com a inexpressiva Venezuela.

Tirando uma pressão de começo de jogo, onde adiantou a marcação e dominou as ações como se esperava, a Seleção se mostrou totalmente inofensiva e estática, sem recursos para criar oportunidades. A única arma era lançamento para o Pato - o melhor jogador brasileiro em campo no primeiro tempo - tentar se virar como pode para finalizar. E se o primeiro tempo foi bem fraco, o segundo conseguiu ser muito pior.

Não é apenas o resultado e o futebol que não foram satisfatórios. O técnico Mano Menezes, depois de um começo animador com a primeira convocação e vitória convincente no primeiro amistoso, tem ido cada vez mais mal. Para falar dos seus erros, é preciso comentar desde a convocação, onde errou em levar um Fred e deixar o versátil Nilmar de fora, além de não ter levado o Hernanes, que poderia ter dado uma qualidade técnica que o Ramires não deu, e provavelmente, o Elias, seu subtituto (o Elano entrou, mas não é o reserva do Ramires), também não daria.

Hoje, mesmo não me agradando a presença do Robinho como titular, foi escalado o time que todos querem, tirando uma peça aqui ou ali que alguns pensam diferente. Durante a partida, porém, Mano deixou muito a desejar novamente.

Para começar, demorou demais para colocar o Lucas. Na primeira mexida, era para ter entrado o garoto do São Paulo na vaga do Robinho, e não Fred. Já que não fez isso, a contusão do Ramires era o que precisava para colocar o rápido e habilidoso meia e ir com tudo para cima nos minutos finais. Lamentavelmente, ele tirou o Pato, o único que levava perigo à zaga venezuelana. Na vaga do volante do Chelsea, entrou o Elano. E o jogo seguiu monótono até o fim.

Os erros do treinador, o futebol nada vistoso do Brasil e o resultado foram muito frustrantes, mas não vejo porque fazer disso uma coisa de outro mundo. Já tem gente pedindo a cabeça do Mano e relembrando os bons resultados do Dunga. Vamos com calma! Para quem diz estar com saudade do último treinador, vale relembrar a vitória por 2 a 0 da mesma Venezuela em cima do Brasil sob o comando do capitão do tetra.

Depois da péssima exibição na última Copa, foi muito legal o papinho de renovação e a volta do verdadeiro futebol brasileiro, mas esquecem isso na primeira sequencia de maus resultados. Mesmo com erros cometidos, é preciso ter paciência e dar tempo para essa nova comissão técnica. Não estou dizendo para simplesmente ignorar o fraquíssimo futebol, mas se for achar que TUDO está errado e que tem de trocar de técnico a cada resultado ruim, nada irá para frente.

Conceitos

Julio Cesar - REGULAR: Um mero espectador.
Daniel Alves - BOM: Foi bem tecnicamente, mas centralizou demais o jogo. Por essas e outras, acho o Maicon mais LATERAL que ele. Contudo, a fase do jogador do Barcelona é, sem dúvida, melhor.
Lúcio - BOM: Guerreiro como sempre, passou total segurança e saiu jogando bem.
Thiago Silva - BOM: Sério e concentrado, esteve seguro também.
André Santos - REGULAR: Não achei tão mal como alguns, mas a lateral-esquerda segue sendo uma posição carente na Seleção.
Lucas Leiva - BOM: Esteve bem na marcação e na saída de bola.
Ramires - PÉSSIMO: Teve até alguns bons lampejos, mas não compensa os erros que cometeu. Faz muitas faltas bobas também.
(Elano) - REGULAR: Mal o vi em campo.
Robinho - PÉSSIMO: Segue sendo bem inoperante pela Seleção.
(Fred) - PÉSSIMO: Substituiu o Robinho "à altura".
Ganso - PÉSSIMO: Até começou bem, mas depois... Estava irreconhecível, errando passes simples.
Neymar - PÉSSIMO: Muito estático, não estava em uma boa noite e foi infeliz nas tentativas de dribles. Perdeu a melhor oportunidade do jogo, após passe de Pato.
Pato - BOM: Foi disparado o melhor jogador do Brasil do meio para frente. Jamais deveria ter saído.
(Lucas) - REGULAR: Brigou e correu, mas não deu para fazer muita coisa.
Téc: Mano Menezes - PÉSSIMO: Cometeu erros atrás de erros, como disse acima.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br