* Meia palmeirense pode pegar 540 dias pela cotovelada, advogado reclama da rigor imposto pelo procurador
O meia Valdivia, do Palmeiras, está na mira do STJD e pode levar uma inédita suspensão preventiva por causa das agressões a Thiaguinho e Alan Kardec no jogo contra o Vasco. Paulo Schmitt, procurador do tribunal, vai requerer a punição nos próximos dias, o que poderia tirar o jogador de quase todos os jogos restantes do Verdão no Brasileiro.
Nesta segunda-feira, Paulo Schmitt, procurador do STJD, anunciou que pedirá uma suspensão preventiva para o meia Palmeirense. Se o pedido for acatado, Valdivia terá de aguardar seu julgamento sem poder atuar pelo Palmeiras
- O pedido de suspensão preventiva acontece por causa da gravidade do fato. Foram duas agressões em uma mesma partida. Se a suspensão não for pedida, ele volta a jogar no fim de semana por causa da impossibilidade de julgar o caso rapidamente - argumenta Paulo Schmitt.
Schmitt planeja pedir a suspensão preventiva até quarta-feira, quando terá em mãos a súmula da partida e o vídeo dos lances. O meia chileno deve ir a julgamento duas vezes pelo artigo 253, de agressão, que prevê pena de 120 a 540 dias. Com isso, a pena mínima seria de 240 dias e a máxima - muito improvável - de 1080 dias.
Essa medida, absurda para um caso de agressão, só foi tomada até agora nos casos de dopping do atacante Dodô e do lateral Marcão. Até o momento nenhum caso de agressão foi pedida a tal suspensão preventiva. Luiz Roberto Castro, advogado do Palmeiras, não entendeu a denúncia do procurador do STJD.
- É um direito do Paulo fazer a denúncia, pois é o trabalho dele, mas me soa muito estranho ouvir falar agora em suspensão preventiva. Foi uma agressão, mas não foi pior do que a cotovelada do Obina ou o chute do Túlio no Leandro, que estava caído no chão - disse Castro.
Redator: André Oliveira
andre.oliveira0789@yahoo.com.br
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