Uma grande festa, com todos os problemas que qualquer festa sempre tem. Assim podem ser descritos os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Da cerimônia de abertura, marcada pela beleza do espetáculo e pelas vaias ao presidente Lula, até a cerimônia de encerramento, com baixa presença de público e de atletas, o Pan teve de tudo: heróis e vilões; acertos e falhas; brigas e confusões; lágrimas e sorrisos; recordes e decepções; chegadas e despedidas. O terceiro lugar no quadro de medalhas, atrás de EUA e Cuba, mostrou que o Brasil se aproxima cada vez mais das grandes potências do esporte.

Vaias para o presidente
A cerimônia de abertura foi um espetáculo sensacional. Porém, o que ficou marcado não foi a festa, e sim as vaias dos quase 90 mil espectadores que estavam presentes no Maracanã, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recusou a dar os jogos panamericanos como abertos. Joaquim Cruz acendeu a pira panamericana.
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Primeiro ouro
A primeira medalha de ouro, das as 52 que seriam conquistadas pela equipe brasileira (formada por mais de 650 atletas), saiu no segundo dia de competição. Diogo Silva, do Taekwondo. A imagem de Diogo no pódio, às lágrimas, visivelmente emocionado, ouvindo a torcida cantar o Hino Nacional no Complexo do Riocentro, foi uma das mais marcantes e repetidas de todos os Jogos Pan-Americanos.
Thiago e Hugo Hoyama cheios do ouro
Thiago Pereira, conquistou seis medalhas de ouro na natação e saiu como o grande nome dos jogos. Outros destaque foi o mesa-tenista, Hugo Hoyama, que conquistou seu nono ouro em Pans, sendo assim o recordista brasileiro em todos os tempos.
Principais esportes
Futebol: O Brasil decepcionou com os meninos do Sub-17, e perdeu na semi-final para o Equador, que acabou com o Ouro. Já as mulheres foram a sensação dos jogos. Sem sofrer nenhum gol, venceu o EUA na final por 5 a 0, no Maracanã, e conquistaram o título.
Basquete: No Masculino, medalha de ouro para o Brasil, que confirmou o favoritismo. No feminino, as meninas brasileiras, mesmo com a despedida de Janeth, não conseguiram a conquista, que ficou nas mãos do EUA.
Vôlei: Os homens comandaram do começo ao fim o torneio e foram ouro para o Brasil. As mulheres, ficaram com a prata após perder para a Cuba na final. Nas praias, Emanuel e Ricardo, Juliana e Larrisa, passaram fácil pelos rivais e também subiram no lugar mais alto do pódio.
Atletismo: O Brasil teve atuação destacada na modalidade, terminando 23 medalhas (9 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze). Os principais nomes do país foram Fabio Gomes da Silva e Fabiana Murer, no salto com vara, Franck Caldera na Maratona, Maurren Maggi do Salto em distância, Jadel Gregório, no salto triplo, e a equipe brasileira no revezamento 4x100, todos que subiram no lugar mais alto no pódio.
Natação: Nas águas, Thiago Pereira ajudou com 6 medalhas de ouro, das 12 do Brasil, que também teve 7 de prata e 10 de bronze. Rebeca Gusmão conquistou uma de ouro, mas acabou perdendo a medalha por conta de um doping constatado meses depois da competição.
Lutas: O Brasil se destacou em quase todos os esportes de luta nos jogos. Confira o desempenho tupiniquim:
- Judô (4 ouros, 6 pratas e 3 bronzes)
- Karatê (2 ouros, 2 pratas e 3 bronzes)
- Boxe (1 ouro, 1 prata e 6 bronzes)
Ginástica: A equipe brasileira conquistou 6 medalhas de ouro, tendo assim o melhor desempenho da história. Destaque para Diego Hypólito que somou 2 ouros, e jade de Souza, que conquis tou 1, mas encantou o público durante todos os dias de competição. Na ginástica rítmica foram 3 ouros e 1 bronze.
Debandada cubana
As deserções dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara marcaram a história dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Ao abandonarem a Vila Pan-Americana e a disputa pela medalha de ouro, que era contada como certa pelos seus técnicos e dirigentes da Ilha de Fidel, os lutadores desencadearam uma crise na delegação caribenha, que culminou com a antecipação em um dia do embarque de quase todos os seus competidores. Embora negassem, os dirigentes cubanos temiam que novos casos de fuga acontecessem. Rigondeaux e Lara foram encontrados pela Polícia Federal e regressaram a Cuba, onde receberam prisão domiciliar e foram excluídos do Campeonato Mundial de Boxe.
Brasil em terceiro
O Brasil teve outros grandes nomes durante os jogos, que ajudaram o país a terminar em terceiro lugar no quadro geral de medalhas, com 52 de ouro, 40 de prata e 67 de bronze. Como era esperado, o EUA foi o primeiro colocado, seguido por Cuba. Veja como ficou o quadro Geral de Medalhas.
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1 | ![]() | 97 | 90 | 54 | 241 |
2 | ![]() | 60 | 36 | 41 | 137 |
3 | ![]() | 55 | 40 | 67 | 162 |
4 | ![]() | 39 | 43 | 55 | 137 |
5 | ![]() | 19 | 24 | 31 | 74 |
6 | ![]() | 14 | 21 | 13 | 48 |
7 | ![]() | 11 | 15 | 33 | 59 |
8 | ![]() | 10 | 25 | 35 | 70 |
9 | ![]() | 6 | 6 | 17 | 29 |
10 | ![]() | 6 | 5 | 9 | 20 |
Parapan
Após a bela campanha no Pan, o Brasil deu um verdadeiro show no Parapan, conquistando a primeira colocação no quadro de medalhas, à frente de Estados Unidos, Canadá, México e Cuba, e consolidando verdadeiros ídolos do esporte paraolímpico: Clodoaldo da Silva, o Tubarão das piscinas; André Brasil, as irmãs Guilhermino (Sirlene e Terezinha) e Odair Ferreira dos Santos, entre outros como os atletas do vôlei sentado, do futebol de cinco e do futebol de sete.
Fonte: Globo.com

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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