Palmeiras> Denílson é apresentado no Palestra

* Meia fala sobre aprendizado, incômodo na vida pessoal, reserva e expectativas no Verdão

Depois de praticamente dez anos longe do futebol brasileiro e uma passagem pelo Flamengo, Denilson volta a jogar no país, desta vez com a camisa do Palmeiras. O jogador se destacou em 1998 ao ser vendido pelo São Paulo para o Bétis, da Espanha, por US$ 35 milhões (hoje o equivalente a R$ 61 milhões).

Apesar de não brilhar nas últimas temporadas, ele mostra o mesmo sorriso de anos atrás e garante estar feliz e pronto para se dedicar ao Palmeiras. Durante a apresentação oficial, na Academia de Futebol, o meia fala sobre a expectativa sobre si, o incômodo em ter a vida pessoal vigiada e a nova postura em campo, sempre com bom humor. Confira os principais trechos da entrevista com o reforço.

* Balanço Geral

"Na verdade, as últimas passagens para mim foram boas, mas joguei em times que não tem grande reconhecimento pela imprensa (Bordeaux, Al Nassr, Dallas). O mais conhecido foi o Bordeaux. De repente as pessoas não acompanharam e tem essa dúvida se eu continuo o mesmo. Vi as críticas sobre mim essa semana, algumas verdadeiras, outras falsas. Tento aprender com as construtivas e se quem falou é ou não um exemplo para alguém. Mas o importante é que estou de volta e feliz. Sei que a torcida tem ansiedade para me ver jogar e estou mais ansioso do que todos".

* Dribles

"Não mudei o estilo, continuo sendo um jogador de dribles e fui reconhecido assim, mas antes, se driblava 50 vezes, agora serão 20. O futebol evoluiu para a parte física e tenho que me preparar sempre neste sentido. Hoje jogo mais para o grupo. Com 19, 20 anos, era tudo festa ali no lado esquerdo campo, gostava de driblar mesmo, agora vejo de uma maneira diferente, me dedico mais ao time".

* Contrato por produtividade e Banco de Reservas

"Existe um salário e, a partir daí, quanto mais jogos fizer vou receber. O contrato é até dezembro. Isto não me preocupa, pelo contrário, há uma motivação por ser desta forma. O mais importante era eu me recuperar no Palmeiras e fiz isso".

"Aceito com certeza, como profissional tenho que respeitar a opinião do treinador e depois dos companheiros. No Brasil são muitos jogos, e tem que treinar todos os dias porque as oportunidades vão chegar, e devo demonstrar o que posso fazer. Tenho vontade de ser titular, mas aceito a reserva".

* Vida pessoal

"Preciso esclarecer uma coisa: falaram muito de quando eu vinha para o Brasil de férias e ia todo o dia à festas. Eu estava de férias, no meu descanso, e quando vinha para cá era impossível ficar em casa. Acho errado as pessoas se preocuparem com a vida pessoal do jogador, até porque se eu for atrás dos repórteres, também vou encontrá-los em festinhas. Não me arrependo e se tiver oportunidade vou continuar saindo. A minha vida particular não diz respeito à ninguém, tenho que ser avaliado pelo meu desempenho profissional. Agora, a torcida cobra, é normal, mas sou um cara muito tranquilo, tenho pavor de escândalo, e dou risada. se não partirem para agressão, está tudo bem".

* Perspectiva no Verdão

São desafios que a gente tem que enfrentar como jogador. É preciso reconhecer que a responsabilidade de todos hoje no Palmeiras é maior, porque o clube está há alguns anos sem ganhar títulos e contratou bastante para mudar isto nesta temporada. Espero que a gente consiga dar essa alegria aos torcedores. Depois dessa última vitória as coisas vão melhorar, mas o mais importante é que o Palmeiras consiga somar pontos, entrar no G-4 e conquistar o Paulista".

fonte: www.globo.com/esporte

Redator: André Oliveira

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