O ex-judoca e atual vereador da capital paulista Aurélio Miguel teve oficializada na noite desta terça-feira a sua candidatura às eleições presidenciais do São Paulo, que será realizada em abril. Na reunião entre os principais líderes da chapa de oposição ao presidente Juvenal Juvêncio ficou decidida também a plataforma da campanha.
- Aceitei este desafio porque acredito na capacidade das pessoas que estão ao meu lado e por achar que não há democracia consolidada sem uma oposição forte e fiscalizadora - diz Aurélio Miguel, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
A idéia da oposição é fazer uma campanha mais dirigida à área social e conquistar os votos dos sócios que não são torcedores do São Paulo, pois teriam menos ligação com o futebol, ponto forte de Juvêncio. A mudança do estatuto aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube de aumentar o mandato do próximo presidente de dois para três anos, desagradou a Aurélio.
- O estatuto são-paulino precisa ser respeitado e cumprido conforme dita a legislação brasileira. Estão legislando em causa própria. Isto é casuísmo. Este tipo de jogada é trampolim para que se instaure uma ditadura disfarçada de democracia no clube. Caminho parecido já foi tomado por outras grandes agremiações aqui da cidade e sabemos como terminou - afirma Aurélio, acrescentando que se for eleito renunciará ao cargo de vereador.
Juvenal Juvêncio quer 'escudeiros' no Conselho
* Presidente são-paulino deseja manter grupo de confiança no time paulista.Enquanto a oposição lança seu candidato, o atual presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, se prepara para tentar formar um grupo de confiança no Conselho. Na eleição da primeira quinzena de abril, vários homens próximos ao presidente e influentes no clube serão candidatos.
Entre eles, Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, assessor da presidência, Júlio Casares, diretor de marketing, e Marcelo Marcucci Portugal Gouvêa, filho do ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa. Juvenal pensa na eleição presidencial de 2011.
Somente os conselheiros podem se candidatar à presidente. Em 2011, caso Juvenal continue no poder até lá, não poderá mais se reeleger. Por isso, quer pessoas de confiança que possam se candidatar ao cargo, se não na próxima eleição, futuramente.
Na primeira quinzena de abril, situação e oposição terão seus 120 candidatos ao Conselho. Serão 80 eleitos por cerca de 2.500 sócios, proporcionalmente ao número total de votos que receberem integrantes de cada chapa. Metade dos eleitos será indicada por antigüidade no clube, a outra pela quantidade de votos.
fonte: globo.com e lancenet
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário