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quinta-feira, 6 de março de 2008

Copa Libertadores > Flu massacra Arsenal em noite de gala

*Na volta do pó-de-arroz, time tem melhor atuação do ano, faz 6 a 0 e chega à liderança

A festa tricolor não ficou restrita à arquibancada, com a volta do pó-de-arroz e o reencontro da torcida com o time em uma Taça Libertadores após 23 anos. Dentro de campo, o Fluminense teve excelente atuação - sua melhor no ano - e goleou o Arsenal por 6 a 0 nesta quarta-feira, no Maracanã, num festival de gols bonitos. Thiago Neves, Dodô (autor de dois gols e melhor em campo), Gabriel, Washington e Cícero fizeram o Tricolor alcançar a liderança do Grupo 8, com quatro pontos.

O Fluminense não perdeu tempo estudando o adversário e começou a partida em ritmo alucinante. Os seguidos ataques se originavam tanto dos laterais, que tiveram ótima atuação, quanto em jogadas pelo meio, em tabelinhas envolvendo o quarteto ofensivo. E Conca, Thiago Neves, Washington e Dodô ainda ajudaram na marcação, pressionando a saída de bola. O time argentino, amedrontado na defesa, errava passes e o posicionamento em campo.


Flu ataca com sete jogadores

O primeiro gol não demorou a sair. Aos 14 minutos, Thiago Neves cobrou com perfeição uma falta frontal sofrida por Dodô. O atacante começava ali a brilhar. Apesar de ter sido o meia o primeiro a balançar a rede, Dodô participaria de todos os demais gols. E o Tricolor não diminuiu o ímpeto e continuou atacando com sete jogadores, deixando atrás apenas a dupla de zaga e Ygor, além de Fernando Henrique.

O time se mostrou tão confiante no primeiro tempo que até o goleiro resolveu se arriscar, levantando a bola antes de chutá-la, diante de um argentino, após um recuo. O segundo gol foi marcado aos 24, em mais um das pinturas de Dodô, estreante em Libertadores. Ele pegou de primeira, com estilo, um cruzamento perfeito de Júnior César.

Os gols só não continuaram saindo de dez em dez minutos porque, aos 34, a bola chutada por Thiago Silva de fora da área passou rente à trave de Cuenca. Mas aos 44 a torcida pôde comemorar. Após passes de Conca e Júnior César, Dodô saiu driblando a defesa adversária e rolou a bola para Gabriel encobrir, com um leve toque, o goleiro do Arsenal.

Espetáculo de Dodô, segundo ato

O segundo tempo começou com o que parecia impossível: um gol ainda mais bonito do que os três anteriores. Dodô recebeu cruzamento e, de fora da área, pegou de primeira, aos cinco minutos: 4 a 0.

A correria tricolor começou a ser sentida sobretudo por Conca e Thiago Neves, fazendo Renato Gaúcho substituir o segundo e escalando Cícero. O Arsenal até tentou se arriscar no ataque, mas sem levar perigo. Na defesa, continuou dando espaços. E, para o show que dava o Flu, isso era fatal. Aos 26, a dupla de ataque voltou a mostrar entrosamento: Dodô deu passe para Washington, que chutou na saída de Cuenca, fazendo 5 a 0.

Renato Gaúcho resolveu poupar seus jogadores e tirou Arouca e Junior Cesar. Cícero, um dos que entraram, marcou o sexto aos 40, em chute de fora da área após cobrança de falta sofrida, é claro, por Dodô. A goleada poderia ter sido maior, se o árbitro tivesse marcado pênalti em Washington.

A torcida, que não parou um minuto sequer, apresentou o "créu" aos argentinos, cantou o hino do clube e fez a arquibancada tremer. Na véspera da partida, Gustavo Alfaro dissera que, se o Arsenal ficasse na defesa, seria derrotado. Ele nunca teve tanta razão.


A ficha do jogo


Gols: Thiago Neves, aos 14 minutos, e Dodô, aos 24 minutos, e Gabriel, aos 44 minutos do primeiro tempo; Dodô, aos cinco minutos, Washington, aos 26 minutos, e Cícero, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cuenca, Díaz e Pellerano(Arsenal)
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai)
Auxiliares: Manuel Bernal (Paraguai) e Tiburcio Gauto (Paraguai)
Data: 05/03/2008
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Público: 32.614 pagantes (35.436 presentes)













Redatora: Marcella Pedroso
marcella.pedroso@yahoo.com.br

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