
Agora, o Rubro-Negro foca as atenções no Vasco, adversário das semifinais. Ao Inter, resta juntar forças para enfrentar o Campeonato Brasileiro. A Copa do Brasil não foi a via para os gaúchos chegarem à Libertadores no ano do seu centenário.
Gol do Sport faz o Inter crescer
O Inter mal teve tempo para se acostumar com a pressão inicial da torcida. Eram apenas três minutos quando saiu o gol do Sport. E foi em uma jogada que o técnico Abel Braga não cansou de alertar na última semana: cruzamento perfeito de Luisinho Netto, cabeceio de Leandro Machado. Clemer não pôde fazer nada: 1 a 0. O lance teve uma dose de maldade com os vermelhos, que criaram o centroavante no Beira-Rio nos anos 90.
Havia motivos de sobra para o gol abalar o Inter. Pois aconteceu exatamente o contrário. O time colorado repetiu a postura recente, não deu ouvidos para a torcida, estufou o peito e foi para cima. A Ilha do Leão viu o rugido da galera diminuir gradativamente. Era sinal de preocupação com a força ofensiva dos visitantes. Nilmar babava de vontade de fazer o gol. Parecia que ele balançaria a rede a qualquer momento. Aos sete minutos, deu um chapéu impecável em Durval, mas foi barrado por Igor na hora de concluir. Aos 27, fez bela jogada pela esquerda e concluiu com muito perigo.
Na seqüência, saiu o gol do Inter. O autor foi Sidnei, mas em uma jogada bem ao estilo de Nilmar. O zagueirão partiu pela direita e travou com Dutra. A bola subiu. Alex pulou melhor e desviou para o próprio Sidnei girar e empatar o jogo. Silêncio na Ilha...
O Sport até reagiu, mas sem a força necessária. Avançou em campo, se aproximou da área, mandou cruzamentos constantes. Mas sem sorte. A zaga do Inter, mesmo com algumas bobeiras, levou a melhor. A principal oportunidade foi aos 35. Leandro Machado, já dentro da área, foi empurrado por Danny Morais. O jogo seguiu. Quem pegou o rebote foi Sandro Goiano, autor de chute cruzado, perigoso, mas para fora.
Inter pára em campo, e Sport aproveita
Aí veio o segundo tempo, e o Inter simplesmente parou em campo. Só deu Sport. Nos primeiros minutos, o time de Recife apenas ziguezagueou sem rumo, carente de objetividade, e chegou a irritar a torcida. Mas o Inter logo despertou o Leão. Jonas perdeu a bola, Carlinhos Bala puxou ataque pela direita e cruzou para a área. Roger completou para o fundo do gol.
Virou um inferno para o Inter. A torcida ficou inflamada e apoiou a equipe (sem Luciano Henrique, expulso) o tempo todo. As bolas aéreas eram um filme de terror para os colorados e momentos de esperança para os rubro-negros. Aos 30, Clemer fez uma das defesas mais impressionantes de sua longa carreira. Foi em cabeceio à queima-roupa de Durval. O goleirão buscou no canto. Mas não tinha jeito. Aos 32, Durval mandou uma patada da entrada da área. Era o gol que consumava uma vitória heróica do Leão. A Ilha entrou em ebulição com a festa da classificação.
Ficha do jogo
SPORT 3 x 1 INTERNACIONAL | |
Magrão, Luisinho Netto (Diogo), Igor, Durval e Dutra; Fábio Gomes, Sandro Goiano, Luciano Henrique e Carlinhos Bala; Enilton (Roger) e Leandro Machado (Cássio). | Clemer, Bustos, Sidnei (Pessanha), Orozco e Titi (Derley); Danny Morais (Iarley), Jonas, Guiñazu e Alex; Nilmar e Fernandão. |
Técnico: Nelsinho Baptista. | Técnico: Abel Braga. |
Gols: Leandro Machado, aos três, Sidnei, aos 30 minutos do primeiro tempo, Roger, aos 16, e Durval, aos 33 do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Enilton, Durval, Dutra, Roger e Fábio Gomes (Sport); Danny Morais, Jonas, Guiñazu e Bustos (Inter). Cartões vermelhos: Luciano Henrique (Sport); Jonas (Inter). | |
Estádio: Ilha do Retiro, no Recife (PE). Data: 14/05/2008. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa PR). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa PR) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE). |
Fonte: Globo.com
Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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