Com o resultado, o time carioca deixou a lanterna da competição e agora tem seis pontos superando o Ipatinga, que nesta quinta-feira enfrenta o Cruzeiro, no saldo de gols. Já o Furacão segue com 12 pontos, mas agora em 10º lugar. No próximo sábado, o Fluminense volta a campo no Maracanã para encarar o Vitória. No domingo, o Atlético-PR enfrenta o Internacional em casa, na Arena da Baixada.
Dodô abre o placar
O Fluminense entrou em campo com um desfalque de última hora. Thiago Neves voltou a sentir um incômodo na coxa esquerda e foi vetado. Os jogadores entraram em campo com uma faixa com a frase: "Obrigado torcida tricolor". Mas poucas pessoas viram. Ainda decepcionados com a perda do título da Libertadores para a LDU, os torcedores compareceram em pequeno número ao Maracanã. Apenas 11.466 foram apoiar a equipe.
O jogo começou com o Fluminense pressionando. O primeiro chute a gol foi aos seis minutos, com Washington. O atacante tricolor, porém, mandou longe do gol. Aos 12, Conca arriscou de fora da área e o goleiro Galatto espalmou para escanteio. Na cobrança, Thiago Silva desvia e Dodô, na segunda trave, completa de cabeça para o gol: 1 a 0 para o Tricolor! Foi o terceiro gol do atacante no Campeonato Brasileiro.
Após o gol, a partida esfriou. O Fluminense parou de criar. Os torcedores só voltaram a se manifestar quando um dos assistentes levou uma bolada no rosto. O árbitro Salvio Spinola parou o jogo para ver se estava tudo bem.
Em campo, o Atlético-PR partiu para o ataque. E mesmo errando muitos passes chegou a ameaçar. Aos 36 minutos, Nei soltou uma bomba de fora da área e Fernando Henrique espalmou para escanteio. Na cobrança, o goleiro voltou a fazer uma difícil defesa após a cabeçada de Pedro Oldoni. Fernando Henrique se esticou e espalmou a bola que ia entrar no canto esquerdo. E o primeiro tempo terminava com poucas chances de gol para os dois lados.
A partida ganhou mais velocidade no segundo tempo. Dodô arriscou da entrada da área, mas a bola passou por cima do travessão. Aos 12 minutos, Pedro Oldoni cabeceou livre na área. Fernando Henrique conseguiu espalmar e evitar o gol de empate.
Mas a reação do Atlético-PR foi prejudicada três minutos depois quando o lateral-direito Nei, que já tinha cartão amarelo, fez falta violenta em Luiz Alberto e acabou expulso.
Mesmo com dez jogadores, o Furacão continuou tentando. Mas sem ameaçar como antes. O Fluminense parecia desinteressado para a partida. O zagueiro Thiago Silva justificava a convocação para a seleção olímpica e aparecia muito bem na cobertura e nos desarmes.
O Tricolor teve uma chance de falta com Conca. Mas o chute parou nas mãos do goleiro Galatto. Pouco depois, Alan Bahia também soltou a bomba em um lance de bola parada. Mas a bola desviou e foi para fora.
Aos 37 minutos, uma grande chance de o Fluminense ampliar. Após cruzamento de Junior César, o lateral Rafael aproveitou a sobra na entrada da área e chutou rasteiro para fora, com muito perigo. Galatto ficou parado no meio do gol apenas torcendo.
Mas o segundo gol tricolor saiu em seguida. Em um contra-ataque, Conca tocou para Dodô, que dividiu com o zagueiro Rhodolfo. A bola sobrou limpa para o meia argentino, que tocou na saída do goleiro Galatto. Mas ainda havia tempo para o terceiro gol. Tartá cruzou e Somália, de primeira, soltou a bomba no ângulo: 3 a 0! A primeira vitória tricolor no Brasileiro estava garantida. E a torcida fez a festa no final respondendo a uma provocação feita por um colunista no site oficial do Atlético-PR cantando "palhaço, palhaço, time de palhaço".
Vitória goleia e mantém hegemonia sobre o Botafogo
O Vitória dominou a partida desde o minuto inicial, pressionando o Botafogo em seu campo e dificultando a saída de bola adversária. O trio defensivo do Alvinegro errava muito na marcação e cedia muitos contra-ataques para os baianos. Marquinhos foi o personagem da partida, e nasceu de uma jogada sua o primeiro gol rubro-negro, aos 11 minutos. O atacante entrou na área em velocidade e foi puxado por Ferrero. O árbitro marcou pênalti, e Ramon cobrou no canto esquerdo de Castillo, abrindo o placar.
O Botafogo mal teve tempo para se acertar em campo, e o Vitória marcou o segundo. Marquinhos fez boa jogada pelo meio e lançou rasteiro para Ramon. O meia deu um drible de corpo em André Luis na entrada da área e chutou para fazer 2 a 0 aos 13 minutos. As coisas ficaram ainda mais complicadas para o Alvinegro quando Alessandro deixou o campo machucado, sendo substituído pelo volante Thiaguinho aos 16 minutos.
O time da casa passou a buscar mais as jogadas pelo lado direito da defesa do Botafogo, já que Thiaguinho não conseguia acompanhar as descidas de Marquinhos pelo setor. Aos poucos o Alvinegro foi melhorando seu posicionamento, passando a tocar mais a bola. A equipe marcou seu primeiro gol aos 25 minutos, também de pênalti. Jorge Henrique foi derrubado por Wallace dentro da área, e Lucio Flavio cobrou com categoria.
O Alvinegro, no entanto, não mostrou a organização necessária para acertar a marcação. Apesar da força de vontade dos jogadores, a equipe continuava a dar muitos espaços, principalmente a Marquinhos. O atacante quase fez um gol de bicicleta aos 29 minutos, depois de dominar a bola dentro da grande área, mesmo cercado por Leandro Guerreiro e Renato Silva. No entanto, ele foi decisivo no terceiro gol do Vitória, aos 34 minutos, quando recebeu um bom lançamento do lado esquerdo e deu um belo toque para Marcelo Cordeiro entre Renato Silva e André Luis. O lateral recebeu em velocidade e fuzilou a rede de Castillo.
Enquanto o Botafogo continuava a errar muitos passes, o Vitória mantinha o toque de bola envolvente, saindo com muita qualidade nos contra-ataques. E foi dessa forma que os baianos chegaram ao quarto gol, aos 45 minutos. Vânderson recebeu em velocidade e avançou, mas foi derrubado por Ferrero. Os jogadores do Alvinegro reclamaram com o árbitro José Henrique de Carvalho, apontando que a falta teria ocorrido fora da área. Ramon cobrou novamente e fez o quarto do Rubro-Negro e seu terceiro na partida.
Se havia a mínima esperança de reação para o Botafogo no segundo tempo, ela acabou logo aos três minutos. Marcelo Cordeiro recebeu pelo lado esquerdo e tentou cruzar. No entanto, a bola foi na direção do gol, pegando Castillo adiantado e morrendo no ângulo esquerdo do uruguaio. Foi o quinto gol do Vitória.
Apesar do placar extremamente desfavorável, o Botafogo não parou de correr e buscar ao menos diminuir a desvantagem. O melhor caminho do Alvinegro parecia ser com Jorge Henrique, que passou a buscar jogadas nas duas pontas. Depois de criar uma boa oportunidade na esquerda para Lucio Flavio, que chutou e obrigou Viáfara a fazer boa defesa, o camisa 7 avançou em velocidade pela direita e cruzou rasteiro. Lucio Flavio passou da bola, mas Wellington Paulista escorou para marcar o segundo, aos 22. Foi o fim de um jejum de 14 partidas e quase três meses sem balançar as redes.
Com atuação de gala no segundo tempo, Coritiba goleia a Portuguesa
Com o resultado, o Coritiba chegou a 13 pontos na tabela e se afastou da zona de rebaixamento. Já a Portuguesa segue com 12 e permanece na parte intermediária da tabela.
A partida começou em ritmo muito acelerado. Precisando da vitória para apagar as derrotas na última rodada do Brasileirão, os dois times nem hesitaram em partir para o ataque logo que a bola rolou. Porém, com muitos passes errados no meio do campo e pouca objetividade ofensiva, as jogadas de maior perigo demoraram para acontecer, já que dependiam da criatividade individual dos jogadores.
Apesar das boas chances, os lampejos de criatividade logo se apagaram. O ritmo de jogo diminuiu bastante e os passes errados, junto com os chutões sem direção, voltaram a ser os protagonistas no gramado do Couto Pereira. Nas raras oportunidades mais claras de gol, Washington pela Portuguesa, e Hugo, pelo Coritiba, finalizaram muito mal. Já no fim, aos 43, Keirrison ainda deve a última chance da etapa inicial, após receber cruzamento da esquerda, mas a bola foi no meio do gol, facilitando a vida de André Luis
Coxa mexe, melhora e vence com propriedade
Jogando em casa e diante de sua torcida, que compareceu em bom número para apoiar o time, o Coritiba voltou a todo o vapor na segunda etapa. Com Michel no lugar de Tiago Bernardi, e acertando melhor os passes, o time de Dorival Júnior logo conseguiu o seu gol. Em uma jogada que mais parecia um replay do que já havia acontecido no primeiro tempo, Keirrisson aproveitou a sobra de uma cobrança de falta de Marlos e abriu o placar, logo aos oito minutos.
Quem achou que o Coxa diminuiria o ritmo após abrir o placar se enganou. O time da casa passou a pressionar o adversário, acuado em seu campo de defesa. Diante de tanta pressão, a Lusa passou a mostrar algum nervosismo e errar muitos lances na sua intermediária. E depois de uma bola mal rebatida, o Coritiba ampliou. Rubens Cardoso bateu rasteiro e com força no canto direito de André Luis, que pulou apenas para sair na foto.
Mesmo sentindo o golpe, a Lusa não se entregou. Washington e Edno ainda tiveram boas chances de reduzir a vantagem do Coritiba, mas desperdiçaram. E a falha de seus companheiros fez Diogo se descontrolar. O atacante desferiu uma cotovelada em Keirrison e foi expulso pelo árbitro da partida Leonardo Gaciba aos 21 minutos.
Melhor na partida e em vantagem numérica, o Coxa não demoraria para ampliar o placar diante do entregue time da Portuguesa. Aos 27 minutos, depois de boa jogada pelo meio, Hugo recebeu na entrada da área, fez o giro em cima de Edno e fuzilou para o gol de André Luis.
Inter vence Goiás com um gol de Adriano e entra de vez no Brasileirão
Com o segundo resultado positivo seguido, o Inter pulou para 14 pontos, finalmente na metade de cima da tabela. O Goiás segue com nove, ainda dentro da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, o Colorado visita o Atlético-PR no domingo, e o Esmeraldino recebe o Coritiba no sábado.
A partida do Beira-Rio marcou o reencontro de Iarley e Adriano Gabiru, heróis do título mundial, com a torcida colorada. A dupla, especialmente o atacante, recebeu o carinho da galera.
Fontes: Globo.com e Uol
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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