
Antes, o time de Dunga também ficou sem marcar contra a Argentina e a Bolívia. Já são 312 minutos (considerando os acréscimos) sem a torcida soltar o grito de gol. A última vez que isso aconteceu foi com Luis Fabiano, em 21 de novembro de 2007, na vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, no Morumbi.
O resultado irritou o torcedor, mas não prejudicou o Brasil na tabela. Beneficiado pela derrota da Argentina para o Chile (1 a 0), o time de Dunga agora está isolado na vice-liderança do torneio com 17 pontos, contra 23 do líder Paraguai. A Colômbia aparece na 7ª posição com 11 pontos ganhos.
Colômbia cria as melhores chances
Logo nos primeiros minutos de jogo viu-se que a Seleção Brasileira teria vida dura no Rio de Janeiro. A Colômbia criou as melhores oportunidades de gol da primeira etapa, mas faltou pontaria. Renteria, Bedoya, Toja e Vargas tiveram boas chances mas desperdiçaram. A atuação brasileira nos 20 primeiros minutos foi o bastante para que começassem as primeiras vaias no Maraca.
Aos 26, o primeiro grande susto. Julio César dividiu no alto com o zagueiro Yepes e a bola sobrou para o próprio zagueiro chutar contra o peito do goleiro da Internazionale.
Aos 30, veio o primeiro lance de perigo, quando o goleiro Agustín teve trabalho para defender uma cabeçada de Juan. Robinho também dificultou a vida do arqueiro colombiano em chute venenoso minutos depois.
Nos minutos finais da primeira etapa, Elano cobrou falta, a bola desviou na área e sobrou limpa para Jô, livre, que se esticou todo mas não conseguiu colocar a bola nas redes. E os gritos da torcida ao final da primeita etapa eram impiedosos: "Adeus, Dunga"!
Nenhuma emoção
A etapa final começou com o mesmo panorama. A Seleção Brasileira, sem criatividade, pouco ameaçava concretamente o gol rival. Por sua vez, a Colômbia conseguia envolver a defesa de seu oponente, mas seguia errando quando se aproximava da área brasileira. Com a entrada de Pato, uma nova dinâmica, mas sem organização.
Pato teve boa chance, aos 17, mas perdeu cara-a-cara. E foi só. A Colômbia também tentava ameaçar nos contra-ataques, mas abusava da falta de qualidade.
Quintero teve a grande chance da partida. Livre na área, de frente para o gol, o atacante chutou torto para fora.
Kaká tentou resolver sozinho, Driblou Yepes fora da área, passou Armero e entrou na área, mas Yepes se recuperou e evitou o chute na hora que o craque iria concluir a jogada.
Assim como nos últimos 2 jogos, o Brasil fica no zero jogando em casa.
Ficha do Jogo
BRASIL 0 X 0 COLÔMBIA
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 15/10/2008 - 22h (de Brasília)
Árbitro: Rubén Selman (Fifa-CHI)
Auxiliares: Lorenzo Acuña (Fifa-CHI) e Sergio Roman (Fifa-CHI)
Renda/público: R$1.697.170,00 / 46.210 pagantes e 54.910 presentes
Cartões amarelos: Bedoya, Vargas e Rentería (COL)
BRASIL: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan (Thiago Silva, 20'/2ºT) e Kléber; Josué, Gilberto Silva, Elano (Mancini, 12'/2ºT) e Kaká; Robinho (Alexandre Pato, 18'/2ºT) e Jô.
Técnico: Dunga.
COLÔMBIA: Julio, Zuniga, Yepes, Perea e Armero; Bedoya (Aguillar, 21'/2ºT), Vargas, Guarín e Toja; Quintero (Moreno, 25'/2ºT) e Rentería (Ramos, 29'/2ºT).
Técnico: Eduardo Lara.
Comentário da Redação
Um time sem graça
Dessa vez nem vou culpar o técnico Dunga. Todos sabem que ele nem treinador de verdade é. Também não vou culpar nenhum jogador individualmente, pois quando o coletivo não funciona, a individualidade também tem dificuldade para aparecer.
A verdade é que o placar não surpreende. Históricamente a Colômbia vem aqui e complica as coisas para a seleção canarinho. Foi assim em 2000, quando Roque Júnior anotou o gol da vitória por 1 a 0 no Morumbi, quando a torcida paulista já atirava as bandeiras no gramado. Em 2004, em Maceió, 0 a 0. Em 2008, placar zerado, nada mais justo. E se houve um time que levasse mais perigo, esse time era o colombiano.
O Brasil tem um time sem graça. Uma seleção sem apelo. Jogadores que não empolgam ninguém. São poucos aqueles que levam um torcedor ao estádio. E também são poucos aqueles que estão querendo assistir os jogos da Seleção nos estádios.
Ou seja, perdendo, empatando ou ganhando, ninguém liga mais para o que acontece com a Seleção. Essa é a triste realidade.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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