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domingo, 22 de março de 2009

Campeonato Paulista > No duelo de Ronaldo e Neymar, quem brilha é Dentinho

* Camisa 31 aparece de cabeça para garantir a vitória do Corinthians sobre o Santos

Após um ano e cinco meses, o Corinthians volta a vencer um clássico. O Timão bateu o Santos por 1 a 0, neste domingo, no Pacaembu, e segue invicto no Paulistão. A última vitória corintiana em clássicos havia acontecido no dia 7 de outubro de 2007, contra o São Paulo, pelo Brasileirão. Já o Peixe perde sua primeira partida sob o comando de Vagner Mancini, que assumiu há oito jogos.

Às vésperas do clássico, Neymar e Ronaldo protagonizaram o noticiário. No entanto, nenhum dos dois fez jus às expectativas. Quem brilhou foi Dentinho, que acertou cabeçada certeira para dar a vitória à equipe do Parque São Jorge

Com o resultado, o Timão vai 33 pontos e segue na vice-liderança do Paulistão. Já o Peixe, com 27, está em sexto lugar e termina a 15ª rodada fora do G-4, atrás de Portuguesa e Santo André.

Melhor posicionado, Timão sai na frente

A opção de Vagner Mancini por um time mais ofensivo comprometeu o jogo do Santos. Isso porque ele esperava que Neymar pudesse ajudar Lucio Flavio a armar jogadas. No entanto, o garoto, visivelmente nervoso, não conseguia acertar passes. Nem os mais simples. O mesmo acontecia com Lucio, que ficou perdido no meio, facilmente anulado pela marcação corintiana.

Sem poder de armação, o Peixe dava campo para o Corinthians jogar. Elias, Cristian, Boquita e Douglas, com bons passes, conseguiam envolver os santistas facilmente. Sempre em desvantagem, os volantes do Peixe, Germano e Souto, ficaram sobrecarregados. Tanto que com 20 minutos de jogo os dois já haviam recebido cartões amarelos.

Bem à vontade e muito melhor posicionado, o Timão começou a ameaçar logo aos 12, quando Dentinho recebeu bom cruzamento de Boquita e cabeceou com perigo. Aos 15, porém, Dentinho não erraria o alvo. Douglas acertou bom cruzamento da esquerda e o garoto corintiano subiu livre para escorar, estufando a rede.

A partir dos 30 minutos, o jogo tornou-se monótono. O Santos passou a rondar mais a área do Corinthians, mas não conseguia entrar para tentar o gol porque errava passes demais. O Timão tinha espaços para contra-atacar, mas também desperdiça toques.

Neymar, que vinha apagado, só conseguiu sua primeira jogada somente aos 40 minutos, quando recebeu pelo meio e arriscou chute de fora da área. Felipe mandou para escanteio. Ronaldo, outro protagonista do duelo, também só conseguiu um chute de fora da área, defendido por Fábio Costa.

Santos pressiona em vão

O segundo tempo foi bem mais movimentado. O Santos tomou a iniciativa e partiu para cima do Corinthians em busca do empate. Neymar teve sua primeira grande chance para marcar aos 8, quando recebeu de Roni, invadiu a área, mas não conseguiu dominar e chutou fraco. Felipe defendeu. Seis minutos depois, o garoto santista foi substituído por Madson.

Com as investidas do Santos, o Corinthians tinha mais espaços para criar jogadas e respondeu aos 12 minutos, quando Ronaldo recebe pela direita, ganha de Triguinho e chuta forte, mas sem direção. Logo em seguida, aos 16, o Fenômeno sofreria a sua primeira falta desde que voltou a jogar no Brasil. Fabão o puxou pela camisa no meio-de-campo. Aos 36, o camisa 9 foi substituído por Jorge Henrique. Apesar de não ter sido fenomenal, saiu aplaudido pela Fiel.

O jogo continuava corrido, mas nenhum dos dois times chegada, efetivamente, a ameaçar o goleiro adversário. O Santos tinha o domínio da bola, envolvia o Corinthians, mas não conseguia entrar na área do rival. Já o Timão tinha espaços para contra-atacar, mas não conseguia arrematar a gol com perigo.

Ao final do jogo, o Peixe se lançou ao ataque de qualquer maneira, sem organização, e, com isso, não levou perigo ao Corinthians, que apenas controlou o ímpeto do adversário, esperando o tempo passar.

Ficha do clássico
CORINTHIANS 1 x 0 SANTOS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias (Fabinho), Boquita e Douglas; Dentinho (Morais) e Ronaldo (Jorge Henrique). Fábio Costa; Luizinho (Pará), Fabão, Fabiano Eller e Triguinho; Rodrigo Souto, Germano e Lúcio Flavio (Paulo Henrique); Neymar (Madson), Roni e Kléber Pereira.
Técnico: Mano Menezes. Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Dentinho, aos 15 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Souto, Germano, Fábio Costa, Luizinho (Santos), André Santos (Corinthians) . Cartão vermelho: .
Estádio: Pacaembu. Data: 22/03/2009. Árbitro: Rodrigo Martins Cintra. Auxiliares: Rogério Gomes da Silva e Luiz Antônio Corrêa. Renda e público: R$ 1.047.750,00/33.356 pagantes.

Fonte: Globo.com


Comentários da Redação
Visão corintiana > Vitória segura

Além de muito importante, o triunfo do Corinthians diante do Santos dá muita segurança ao time para os próximos jogos. Em momento algum do jogo o Timão sofreu risco de perder a partida. Fora o lance do Neymar, no segundo tempo, em que o moleque perdeu um gol feito, o time de Mano Menezes foi o senhor do jogo, marcou o gol logo no início e soube controlar a partida.

A escalação do Corinthians foi a ideal para este jogo, na minha opinião. Com Cristian, Boquita e Elias, o Timão engoliu o Santos no meio-campo. O adversário da Baixada demorou muito tempo para conseguir equilibrar as coisas.

Ronaldo esteve mal, mas Dentinho brilhou e deixou sua marca. Na defesa, achei que Chicão e Willian não estavam em seus melhores dias, mas o ataque santista, mesmo com três homens, não incomodou.

Conceitos

Felipe - BOM: Foi pouco exigido, mas apareceu bem nas poucas oportunidades em que o Peixe assutou.
Alessandro - REGULAR: Errou alguns lances bobos.
Chicão - REGULAR: Não fez uma de suas partidas mais seguras.
William - PÉSSIMO: Jogou muito mal novamente. No entanto, contou com a amistosidade do ataque santista.
André Santos - BOM: Movimentou com perigo, tocou bem a bola e não vacilou na marcação do seu setor.
Cristian - ÓTIMO: Melhor em campo no Pacaembu. Sua história em campo poderia ter sido outra se o árbitro Rodrigo Martins Cintra tivesse dado cartão vermelho na cotovelada que ele deu em Neymar, logo no início do jogo. Ele ficou em campo e foi fundamental na marcação.
Elias - BOM: Sua ausência seria muito sentido caso ele realmente não pudesse jogar.
(Fabinho) - REGULAR: Entrou para fazer número no meio de campo.
Boquita - BOM: Vem se firmando na função de segundo volante, dando mais liberdade para Elias no ataque.
Douglas - BOM: Tudo bem que ele sumiu no restante do jogo. mas ele foi preciso no gol do Dentinho. Bola na cabeça do camisa 31.
Dentinho - ÓTIMO: Belo gol do atacante e ótima atuação. Quem foi ver o Dentão, viu Dentinho.
(Morais) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Ronaldo - REGULAR: Atuação pra lá de discreta do Fenômeno.
(Jorge Henrique) - SEM CONCEITO: Não me lembro de ter encostado na bola.
Téc: Mano Menezes - BOM: Ao contrário de Vágner Mancini, Mano foi menos ousado e mais inteligente, ao povoar o meio-campo e apostar no toque de bola rápido e envolvente de seus jogadores.


Visão santista > Desastre de Mancini

Vágner Mancini fez de tudo para esconder o time. Mas não deu certo, o treino de sexta vazou, e desde então é sábido quem enfrentaria o Corinthians neste domingo. Só que era claro que esse time estava errado e com a informação caindo na imprensa, ficou ainda mais fácil para Mano Menezes neutralizar o Santos. Só não esperava que seria com tanta facilidade.

Os três atacantes não surtiram efeito nenhum. Neymar foi figura apagada e sentiu a pressão do clássico. Kléber Pereira passou 90 minutos totalmente desligado. Roni é muito fraco. Com Lucio Flávio responsável pela armação, aí que a coisa não tinha mesmo como dar certo.

Quando teve a chance de mudar o time, no intervalo, Mancini errou e não mexeu. A primeira alteração tardou 15 minutos e foi equívocada. Saiu Neymar, entrou Madson, que não pode ser reserva desse time. Aliás, é inexplicável essa decisão. Enfim, o Santos morreu depois disso, pois faltava movimentação e toque de bola para tentar furar a defesa coirntiana.

Para piorar, Mancini errou novamente nas substituições seguintes. Era preciso ousar nesse momento, e não na escalação inicial, onde o ideal seria manter um 4-4-2, com Madson e Neymar, e talvez um terceiro volante, ao invés de Lúcio Flávio.

Enfim, agora a situação do Santos no campeonato complicou de vez. Resta provar que o time é, pelo menos a quarta força do campeonato, pois nem isso pode ser afirmado hoje. A sequencia de jogos é muito difícil e será mais do que natural se Portuguesa ou Santo André roubarem essa vaga nas semifinais.

Lamentável, mais uma vez, a briga da torcida santista contra a Polícia Militar, depois do jogo. Era até previsível que isso acontecesse depois do tratamento que foi dado aos santistas durante a semana, ficando com o pior setor do Pacaembu e com quantidade reduzida de ingressos.

Só uma nota, que vale para Santos e Corinthians: como é ruim esse árbitro Rodrigo Martins Cintra. É inadimissível que ela ainda apite jogos desse nível. Ele conseguiu dar cartão amarelo, por "cera", para o goleiro Fábio Costa, quando o Santos já perdia por 1 a 0. No final do jogo se superou: deu reversão de um lateral do Corinthians por atraso na cobrança, mudando de ideia segundos depois e quase ocasionando mais um gol corintiano. Ridículo.

Conceitos

Fábio Costa - BOM: Não teve culpa no gol de Dentinho e ainda impediu que o Corinthians ampliasse o placar.
Luizinho - PÉSSIMO: Muito fraco. O Santos necessita, urgentemente, de um outro jogador na posição.
(Pará) - REGULAR: Entrou melhor que o Luizinho, mas nada que deva ser exaltado.
Fabão - BOM: Fez sua função direitinho.
Fabiano Eller - PÉSSIMO: Falhou o jogo todo, inclusive no gol do Corinthians.
Triguinho - PÉSSIMO: Vale o mesmo comentário feito ao Luizinho.
Rodrigo Souto - REGULAR: Não entrou no clima do jogo.
Germano - PÉSSIMO: Muito mal na distribuição de jogo e perdido na marcação.
Lúcio Flavio - PÉSSIMO: O time não rende com ele.
(Paulo Henrique) - PÉSSIMO: Parecia um enceradeira. Não sai do lugar.
Neymar - PÉSSIMO: É triste dizer isso, mas o menino sentiu a pressão do jogo. Contudo, ele ainda tem muito pela frente e não pode se queimar por isso.
(Madson) - REGULAR: Não entrou bem no jogo, mas foi prejudicado pelo esquema tático. Deveria ter sido titular.
Roni - PÉSSIMO: Não tem qualidade para ser titular, principalmente jogando como segundo homem de ataque, mais recuado.
Kléber Pereira - PÉSSIMO: Não entendo esse cara. Um dia, faz três gols e aterroriza a defesa adversária. No outro, ele some e faz jogadas bizarras. Hoje foi um desses dias.
Téc: Vágner Mancini - PÉSSIMO: Depois de nove jogos sem derrota, Mancini fez de tudo para acabar com sua invencibilidade no clássico. Errou feio na escalação, e isso era nítido com dez minutos de jogo. Errou também nas substituições, pois não alterou o time taicamente, apenas trocou peças, não indo na origem do problema. Agora o trabalho será dobrado: achar o time ideal e classificar o time para as semifinais.


Direto da Redação













Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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