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domingo, 1 de março de 2009

Campeonato Paulista > Peixe vence o São Paulo, quebra jejum em clássicos e volta ao G-4 do Paulistão

* Tricolor perde o jogo e a invencibilidade em jogos fora de casa

Finalmente, o Santos consegue vencer um clássico. O Peixe bateu o São Paulo por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, e quebrou um jejum que durava quase um ano. Desde o dia 26 de março de 2008, quando derrotou o Corinthians por 2 a 1, o Alvinegro Praiano não levava a melhor em cima de um de seus principais rivais. Com a vitória, o Santos vai a 20 pontos e volta para o G-4. Já o São Paulo, com 23, segue em terceiro lugar, mas perde os 100% de aproveitamento em jogos fora de casa.

Os dois times entraram em campo com esquemas táticos parecidos. O são-paulino Muricy Ramalho poupou Miranda, mas manteve o time com três zagueiros: André Dias, Renato Silva e Rodrigo. Já o santista Vagner Mancini optou por também jogar com três zagueiros, mas com seis jogadores no meio-de-campo e apenas Roni no ataque - o São Paulo entrou com dois jogadores mais à frente: Dagoberto e Washington.

Com formações que privilegiaram a força, as duas equipes estavam mais preocupadas em cortar as jogadas adversárias. O Peixe começou melhor, dominando o jogo no meio-de-campo, evitando as subidas de Hernanes e controlando as jogadas aéreas do São Paulo. No entanto, foi o Tricolor quem criou primeiro, justamente pelo alto, seu ponto forte. Jorge Wagner cobrou escanteio da esquerda e Washington completou de cabeça. A bola entraria se Leo não salvasse em cima da linha.

Essa foi o único susto que o Santos passou no primeiro tempo. Com boas descidas de Madson pela esquerda, o Peixe foi abrindo aos poucos a defesa são-paulina, até que chegou a seu gol aos 40. Pará, que entrou no lugar de Leo (o titular sentiu o joelho esquerdo e só ficou 35 minutos em campo), cobrou lateral para Roni. O substituto de Kléber Pereira, de bicicleta, jogou a bola para o meio da área. Molina ganhou de Jorge Wagner, dominou e chutou rasteiro, estufando as redes.

Tentando brecar as decidas de Madson, Muricy Ramalho fez sua primeira mudança já no início do segundo tempo. O São Paulo voltou com Zé Luís no lugar de Wagner Diniz. No entanto, o Peixe continuava melhor. Madson e Molina, com movimentação constante, confundiam a marcação tricolor. Além disso, Luizinho passou a descer constantemente pelo lado direito, às costas de Jorge Wagner.

Em uma dessas descidas, quase sai o segundo gol santista. O lateral cruzou rasteiro, André Dias tentou cortar e mandou a bola para o travessão. A partir desse lance, o São Paulo se acertou. Muricy tirou Hugo, que mal pegou na bola, e colocou o ala Júnior César, passando Jorge Wagner para o meio. O Tricolor passou a dominar o jogo no meio-de-campo e a rondar a área santista.

Como num jogo de xadrez, Vagner Mancini respondeu à mexida do adversário e reforçou a marcação no meio, tirando Molina e colocando volante Germano. O São Paulo tinha mais campo para jogar e pressionava o Santos, que tinha espaço para contra-atacar. Faltava ao Peixe, porém, alguém para sair em velocidade. Percebendo isso, Mancini aproveitou que Domingos se machucou e colocou o meia Róbson em campo.

O São Paulo seguia apertando e teve boa chance para empatar aos 36, em uma cobrança de falta na entrada da meia-lua. Rogério Ceni bateu colocado, mas mandou por cima. Foi o último lance de perigo do jogo.

Ficha técnica
SANTOS 1 x 0 SÃO PAULO
Fábio Costa, Fabão, Fabiano Eller e Domingos (Róbson); Luizinho, Roberto Brum, Rodrigo Souto, Molina (Germano), Madson e Leo (Pará); Roni. Rogério Ceni, Andre Dias, Renato Silva e Rodrigo (Arouca); Wagner Diniz (Zé Luís), Jean, Hernanes, Hugo (Júnior César) e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington.
Técnico: Vagner Mancini. Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Molina, aos 40 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Dagoberto, Washington (São Paulo); Fabiano Eller, Molina, Domingos, Fabão, Roberto Brum (Santos).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 1/3/2009. Árbitro: Wilson Luiz Seneme. Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Everson Luquesi Soares. Público e renda: 9.299 pagantes/R$ 281.535,00

Fonte: Globo.com
Foto: Gazeta Press


Comentários da Redação
Visão Santista > Difícil de repetir
Por Ricardo Pilat

Vitória fantástica do Santos no clássico de hoje. O adversário era o poderoso São Paulo, completo, dentro de suas possibilidades, e o time de Vágner Mancini deu um banho de bola na parte tática. O sistema com três zagueiros deu segurança ao setor defensivo, liberou a participação dos laterais, que tiveram boa atuação e deu liberdade para Madson e Molina, dois dos principais nome do San-São.

Entretanto, é bom o torcedor santista ter em mente que dificilmente o time conseguirá repetir uma atuação dessas jogando dessa forma. Jogar contra o São Paulo é diferente de enfrentar o Mogi Mirim, por exemplo.

No primeiro tempo, o Santos teve que sair para o jogo, mas o Tricolor também foi à frente e deu espaços. O alvinegro se aproveitou melhor das chances, apostando na avenida deixada pelo time de Muricy Ramalho nas duas laterais. Pela esquerda, veio o gol.

Era inevitável que em certa parte do jogo, com o placar favorável, o Santos recuasse e apostasse no contra-ataque, o que nem deu tão certo. Hoje a defesa esteve impecável, muito bem protegida e poucos foram os sustos. O São Paulo, aliás, não ofereceu grandes problemas em nenhum momento do jogo, diga-se de passagem.

Para os próximos jogos, espero que essa velocidade pelos lados do campo seja mantida, porque esse tipo de jogo dificulta qualquer adversário.

Vale lembrar que, se o Tricolor não tinha Borges, o Santos não tinha o artilheiro Kleber Pereira, que mostrou que faz falta, sim, mas que sua ausência não é e nem pode ser o fim do mundo.

Conceitos

Fábio Costa - BOM: Atuação segura e eficiente.
Fabão - ÓTIMO: Me sinto muito à vontade para dar essa nota, pois sou um dos principais críticos do zagueiro. Hoje ele foi impecável. E só para constar: não foi nada naquele lance com o Washington dentro da área.
Fabiano Eller - BOM: Teve tranquilidade com a bola nos pés e até arriscou algumas subidas ao ataque.
Domingos - BOM: Brigou o jogo todo. Foi uma pedra no sapato do ataque são-paulino.
(Róbson) - REGULAR: Mal tocou na bola. Figura apagada.
Luizinho - BOM: Hoje foi muito bem. Fez boas jogadas individuais, participou bem das triangulações pela lateral direito e fez cruzamentos perigosos.
Roberto Brum - BOM: Muito eficaz na marcação aos perigosos meias são-paulinos.
Rodrigo Souto - BOM: Fez bem o seu papepl de marcação e ajudou muito no esquema de Mancini.
Molina - ÓTIMO: Mais uma vez doou todo seu sangue pela vitória santista. Foi recompensado com o gol que garantiu os três pontos no clássico.
(Germano) - REGULAR: Não entrou muito ligado no clássico.
Madson - ÓTIMO: Infernizou a defesa adversária durante os 90 minutos. Incansável, foi grande responsável pela vitória, alternando jogadas pelas duas pontas e confundindo a marcação.
Leo - BOM: Jogou pouco tempo e saiu de campo lesionado. Mas só pela bola que ele salvou em cima da linha o conceito já vale.
(Pará) - BOM: Entrou muito bem na lateral esquerda.
Roni - BOM: Gostei muito de sua atuação. O atacante foi sacrifgicado e teve que atuar como pivô, dando passes aos jogadores que vinham pelos lados. Em uma dessas boas jogadas, Roni cruzou e Molina estufou as redes.
Téc: Vágner Mancini - BOM: Deu um jeito na defesa, grande problema santista nos últimos jogos. No ataque, soube explorar os graves erros do Tricolor pelos lados do campo. Muito bom o começo do promissor treinador.


Visão tricolor > A Libertadores preocupa
por Marco Miranda

Como queremos ganhar a Libertadores se o time não tem um padrão tático? Após jogar uma boa partida no 4-4-2 contra o Oeste, por que colocar o velho e manjado 3-5-2? Por que insistir no apático Hugo? Por que lutar tanto para manter o Rodrigo para jogar o mediano Renato Silva? Para que tirar o Wágner Diniz e colocar o Zé Luis com a desculpa de que é pra deixar o time mais ofensivo? Queria ter essas respostas, mas ficarei só com o medo de perder mais uma Libertadores.

Conceitos

Rogério Ceni – REGULAR: Não foi exigido e não teve culpa no gol.
Renato Silva – PÉSSIMO: Só sai no bicão, e ainda tomou um chapéu do quique da bola, lamentável.
André Dias – PÉSSIMO: Sua pior partida em tempos. Falhou feio no gol santista e dormiu em diversos lances.
Rodrigo – REGULAR: Sempre ligado no jogo, não entendo por que ele sai e não o Renato Silva.
(Arouca) – SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Wágner Diniz – REGULAR: Ficou preso na marcação santista, não tem a confiança de Muricy, por isso não joga.
(Zé Luiz) – PÉSSIMO: Ala direito tem que ir a linha de fundo, coisa que ele não faz.
Hernanes – REGULAR: Teve momentos bons e momentos de sumiço.
Jean – BOM: Segue sendo o melhor do time.
Hugo – PÉSSIMO: Nojento, não merece nem lugar no banco.
(Junior César) – REGULAR: Deu velocidade e opção pelo lado esquerdo.
Jorge Wagner – REGULAR: Não acertou o pé hoje.
Dagoberto – BOM: Incomodou muito a defesa santista. Sua velocidade e movimentação foi a principal jogada do time.
Washington – REGULAR: Sofreu um pênalti não marcado, e teve uma bola tirada em cima da linha. Precisa se movimentar mais.
Muricy Ramalho – PÉSSIMO: Armou o time errado, não deu padrão de jogo. O Santos fechado com apenas um atacante, ele demorou a eternidade para tirar o 3º zagueiro. Deve ter algo cisma com o Hugo.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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