
Com o resultado, o Santos está no quinto lugar, com 30 pontos, um a menos que a Portuguesa, que empatou com o Mirassol no Canindé e foi a 31 pontos. O São Paulo venceu o Noroeste e terceiro com 33.
Susto... e bola na rede!
Os dois sustos que levou logo no início da partida, quando o Santo André quase abriu o placar nos primeiros minutos da partida, fizeram o Santos acordar. Logo o primeiro minuto de jogo, Marcelinho Carioca cobrou falta com muito veneno e Cesinha apareceu sozinho para cabecear. A bola passou à direita, raspando a trave. Em seguida, Antônio Flávio recebeu, fez o giro e cruzou rasteiro. Fábio Costa caiu para defender.
Parecia que o Ramalhão atropelaria o Peixe na Vila Belmiro. Mas aos poucos, o time da casa colocou a bola no chão, respirou e passou a criar chances. O técnico Vagner Mancini manteve o esquema com três jogadores mais à frente, mas mudou as peças. Madson atuou aberto pela direita, na vaga de Roni, com Kléber Pereira pelo meio e Neymar na esquerda. No meio-de-campo, Paulo Henrique Lima jogou na vaga de Lucio Flavio.
Esse quarteto se entendeu muito bem em campo. Com toques rápidos e boa visão de jogo, Paulo Henrique, apesar de não ser veloz, fez seus companheiros correrem. Neymar, cortando da esquerda para o meio, deixava marcadores para trás com extrema facilidade. Pela direita, Madson combinava boas jogadas com Luizinho. Com tantas alternativas, o Santos conseguiu desmontar a marcação adversária.
Aos 18, Neymar fez linda jogada pela esquerda, deixou seu marcador no chão, veio cortando pelo meio e passou para Madson soltar uma bomba de pé esquerdo. A bola saiu com tanto efeito que enganou o goleiro Neneca.
O gol animou ainda mais os santistas, que buscavam o ataque a todo momento. Claro que essa ânsia de marcar o segundo gol fez com que o Alvinegro abrisse espaços para o Santo André atacar. Marcelinho, sempre livre, conseguia achar seus companheiros desmarcados. Faltou ao Ramalhão, porém, maior capricho no passe final.
Aos poucos, o Santos foi diminuindo o ritmo, trocando passes e respirando. E foi numa boa combinação de passes que saiu o segundo gol. Paulo Henrique acertou bom passe para Kléber Pereira, que fez o papel de pivô e ajeitou para Triguinho, que vinha de trás, bater de esquerda. A bomba, certeira, entrou no canto esquerdo.
Caixão fechado
O Santos voltou para o segundo tempo procurando controlar mais o jogo. O Santo André procurou pressionar as saídas de bola do time da casa e chegou até a dominar a posse de bola, posicionando seus zagueiros na altura do meio-de-campo. No entanto, não foi suficiente para ameaçar o gol de Fábio Costa.
O Peixe atraía o adversário e se lançava em contra-ataques rápidos, puxados principalmente por Neymar e Madson. A estratégia deu certo. Aos 21, o baixinho desceu em velocidade pela direita, chegou à linha de fundo e cruzou para trás. Neymar dominou e apenas rolou no canto esquerdo. Estava liquidada a fatura.
O Santo André assustou num chute no travessão de Dirceu. No mais, quem levou mais perigo foi o Santos, em contra-ataques rápidos. Neymar e Paulo Henrique deixaram o gramado mais cedo e foram aplaudidos.
Ficha do jogo
SANTOS 3 x 0 SANTO ANDRÉ | |
Fábio Costa, Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho (Domingos); Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima (Roni) e Madson; Neymar (Pará) e Kléber Pereira | Neneca, Cicinho (Ricardo Goulart), César Augusto, Marcel e Elvis; Fernando, Ricardo Conceição, Dirceu e Marcelinho Carioca; Antônio Flávio (Clodoaldo) e Júnior Dutra (Moraes). |
Técnico: Vagner Mancini. | Técnico: Sérgio Guedes. |
Gols: Madson, aos 18, e Triguinho, aos 39 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 21 minutos do segundo tempo, | |
Cartões amarelos: Marcelinho Carioca, Moraes, Ricardo Conceição (Santo André), Fabão, Roberto Brum, Triguinho (Santos) . | |
Estádio: Vila Belmiro, em Santos, SP. Data: 25/03/2009. Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Vicente Romano Neto e Giovani César Canzian. Público e renda: 9.572 pagantes/R$ 106.205,00 |
Fonte: Globo.com
Comentário da Redação
Um chocolate
A páscoa ainda não chegou, mas o Santo André já recebeu o seu chocolate de presente do Santos. Na melhor atuação do ano, o Peixe soube impôr seu ritmo e fez prevaler o mando de campo. Em dois minutos o Ramalhão assustou duas vezes, mas depois disso o time do ABC praticamente não existiu em campo.
Isso porque Mancini não foi teimoso e não insistiu naquela desastrosa formação que enfrentou o Corinthians. Lúcio Flávio e Roni foram para o banco e deram lugar a Mádson, que jamais deveria ter saído do time, e Paulo Henrique, que jogou muito bem hoje. O Santos ganhou em velocidade e qualidade.
Mádson e Neymar participaram tanto do jogo, fazendo a movimentação pelos flancos do campo, que sobrou ao centroavante Kléber Pereira, antes considerado o principal jogador do alvinegro, apenas assistir o jogo. Nesse esquema, até o Triguinho jogou bem - acredite se quiser.
E falando em Neymar... esse moleque joga bola demais! Ele deu uma nova cara e uma nova vida ao time do Santos. Contra o Corinthians ele sentiu um pouco a pressão do jogo, é verdade. Mas ele jogou também em uma posição errada e acho que se tivesse no mesmo esquema de hoje, com Mádson em campo, o menino poderia ter rendido muito mais.
A classificação voltou a ser realidade, pois a Portuguesa, como eu havia alertado, apenas empatou e deixou tudo aberto novamente. Sinceramente, acredito muito que esse time do Santos que entrou em campo possa fazer sucesso. A vitória de hoje pode ser fundamental para isso.
Conceitos
Fábio Costa - BOM: Fez uma defesa incrível na cabeçada do ex-santista Moraes.
Luizinho - PÉSSIMO: Figura apagada e atrapalhada.
Fabão - BOM: Ele mete a bola pro mato. Assim ele é muito útil.
Fabiano Eller - BOM: mal tocou na bola, mas esteve bem posicionado.
Triguinho - ÓTIMO: Grande atuação. Até gol ele marcou.
(Domingos) - SEM CONCEITO: Entrou no final do jogo.
Roberto Brum - REGULAR: Às vezes dá um branco nele e ele esquece que joga na frente da defesa e não pode ficar brincando.
Rodrigo Souto - REGULAR: Errou muitos passes. Faz tempo que não joga bem.
Paulo Henrique Lima - BOM: Muita habilidade e pouca movimentação. Apesar disso, fez uma bela atuação.
(Roni) - REGULAR: Foi esforçado nos poucos minutos que esteve em campo.
Madson - ÓTIMO: Inferniza qualquer defesa. Não para de correr um minuto. E apesar do tamanho, bate muito bem na bola.
Neymar - ÓTIMO: Mais um show de bola. O time adversário deu espaço e ele aproveitou para dar um espetáculo. Deixou a sua marca e foi o melhor em campo.
(Pará) - REGULAR: Vacilou na grande chance que teve de transformar a vitória em goleada.
Kléber Pereira - REGULAR: Tocou poucas vezes na bola. Em uma delas, serviu Triguinho, que balançou as redes. O time deixou de ser dependente dele. Méritos para Mancini.
Téc: Vágner Mancini - ÓTIMO: Tudo que ele fez de errado no clássico de domingo foi corrigido hoje. Mancini apostou na velocidade e na habilidade de Madson e Neymar, abrindo o jogo e complicando a marcação do Ramalhão.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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