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domingo, 29 de março de 2009

Eliminatórias 2010 > Brasil escorrega nas alturas

* Seleção vencia até os 44 do segundo tempo, mas cedeu empate ao Equador

No ar rarefeito da altitude, o Brasil não conseguiu respirar até o fim. Depois de sofrer uma pressão durante grande parte do jogo, a seleção sucumbiu e empatou em 1 a 1 com o Equador, neste domingo, em partida válida pela 11ª rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. O resultado apenas foi possível por causa de dois xarás. Com defesas espetaculares, Julio César salvou o Brasil do que poderia ser uma goleada. Julio Baptista foi decisivo ao fazer, em seu primeiro lance, o gol brasileiro. Há quatro partidas o Brasil não marcava atuando no Equador.

O empate fez com que o Brasil caísse para a quarta colocação das eliminatórias, com 18 pontos. A seleção está a cinco do líder Paraguai e a um de Argentina e Chile, que estão em segundo. O próximo compromisso do grupo comandado por Dunga será nesta quarta-feira, contra o Peru, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Pressão total do Equador

A pressão dos equatorianos foi impressionante na primeira etapa. Até os 25 minutos, foram 11 chutes a gol contra Julio César, que salvou o time de Dunga em pelo menos três oportunidades. Na mais marcante delas, aos 14 minutos, defendeu uma cobrança de falta de Méndez. No rebote à queima-roupa, evitou novamente o gol do Equador após conclusão de Guerrón, que estava em posição de impedimento.

O camisa 7 do Equador, inclusive, dava um baile em Marcelo pela esquerda. Luisão não conseguia marcar Benítez. A sorte brasileira é que o atacante equatoriano parecia ser especialista em perder gols. Desorientado em campo e sentindo os efeitos da altitude de 2.850 metros, o Brasil não conseguia armar as jogadas e ficar com a posse de bola. Elano e Ronaldinho Gaúcho estavam perdidos e, com isso, o ataque ficava isolado. Até os 25 minutos, Luis Fabiano só tocou duas vezes na bola, e Robinho, apenas quatro.

O primeiro chute aconteceu com Marcelo, aos quatro minutos. O segundo com Daniel Alves, apenas aos 38 minutos. O lateral-direito substituiu Maicon, que deixou o campo aos 20 minutos, depois de sentir uma lesão na coxa direita após tentar um cruzamento. À beira do campo, Dunga se mostrava inquieto com a inoperância da seleção.

Julio Baptista marca, mas castigo vem

O Equador voltou para a segunda etapa em ritmo mais lento. No entanto, manteve o domínio, marcando o Brasil na saída de bola e chegando ao ataque com consistência. Mas novamente esbarrou em Julio César, que fez mais defesas espetaculares. Neste momento, a seleção brasileira estava completamente acuada e tinha raras oportunidades de gol. Na melhor delas, aos 15 minutos, Luis Fabiano recebeu passe de Robinho e chutou em cima de Cevallos.

Para tentar mudar o panorama da partida, Dunga mexeu duas vezes no segundo tempo. Primeiro, tirou Elano e colocou Josué, mas foi a segunda substituição que acabou sendo decisiva. No primeiro lance que de que participou, aos 27 minutos, depois de entrar no lugar de Ronaldinho Gaúcho, Julio Batista arriscou de fora da área. A bola tocou na trave, nas costas do goleiro Cevallos e entrou. Foi o sétimo gol do jogador do Roma em 37 partidas disputadas com a camisa da seleção.

Mesmo com a vantagem, a seleção continuou a ser dominada pelo Equador e até teve chance de selar a vitória, depois que Luis Fabiano acertou uma bola na trave. A punição veio logo em seguida, depois que Méndez fez grande jogada pela direita e cruzou. Julio César fez outra grande defesa, mas Noboa pegou o rebote e empatou aos 44 minutos.

Ficha do jogo

EQUADOR 1 x 1 BRASIL
Cevallos, Reasco, Ivan Hurtado, Espinoza e Ayoví; Castillo, Méndez, Guerrón (Noboa) e Valencia; Benítez e Caicedo (Palacios). Julio César, Maicon (Daniel Alves), Lúcio, Luisão e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Josué) e Ronaldinho Gaúcho (Julio Baptista); Robinho e Luis Fabiano.
Técnico: Sixto Vizuete. Técnico: Dunga.
Gol: Julio Baptista, aos 27, e Noboa, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ayoví (Equador); Elano, Gilberto Silva, Marcelo e Daniel Alves (Brasil).
Estádio: Olímpico de Atahualpa, em Quito (EQU). Data: 29/03/2009. Árbitro: Carlos Chandía (CHI). Auxiliares: Lorenzo Acuña (CHI) e Sergio Román (CHI).

Fonte: Globo.com


Comentário da Redação
Os covardes de azul

Mais uma vez a seleção brasileira, na era Dunga, se comportou como um time nanico e empatou com o Equador, em Quito. Empate que, aliás, deve ser comemorado, pois o placar mais justo desse jogo seria 4 ou 5 a 1 para os anfitriões.

O Brasil foi convarde durantes os noventa minutos. Parece que a altitude pode ser justificativa para tudo. Até mesmo para a falta de ATITUDE de alguns jogadores.

Fora a desarrumação tática, os craques brasileiros não quiseram buscar o jogo e tirar a defesa do sufoco que durou 90 minutos. Julio César recebeu um bombardeio inesquecível e acabou castigado no último lance de jogo.

Do banco não dá para esperar nada mesmo, pois um treinador que vê seu time ser massacrado e coloca Josué no lugar de Elano não merece comentários.

Mais uma constatação: Kaká faz muita falta para a seleção e, pior ainda, Ronaldinho não consegue suprir, nem de longe, a importância do camisa 22 do Milan.

Conceitos

Julio César - EXECELENTE: Há tempos eu não via uma atuação tão extraordinária de um goleiro em um jogo de futebol. Melhor em campo disparado.
Maicon - SEM CONCEITO: Se machucou logo no início.
(Daniel Alves) - REGULAR: Muito discreto. Nem de longe lembra o perigoso ala do Barcelona.
Lúcio - REGULAR: Não sabia quem marcar. Falhou no gol do Equador.
Luisão - PÉSSIMO: Jogador lento, sem recursos e que não perde uma oportunidade de dar uma botinada.
Marcelo - PÉSSIMO: Não tem condições de ser titular da seleção. Ofereceu uma avenida no seu setor de defesa e pouco fez no ataque.
Gilberto Silva - PÉSSIMO: Não responsabilizo ele, especificamente, pelo mal futebol da seleção no jogo de hoje. Mas é triste ver um jogador desses com tanta confiança do treinador, enquanto outros são preteridos sem explicação.
Felipe Melo - REGULAR: Vale o mesmo comentário feito ao Gilberto Silva, com duas ressalvas: Ele foi um pouco e melhor e é um pouco mais novo, o que também não muda muita coisa.
Elano - PÉSSIMO: Sentiu muito o jogo e a responsabilidade.
(Josué) - REGULAR: Entrou e não mudou nada, apesar do Dunga achar o contrário.
Ronaldinho Gaúcho
(Julio Baptista) - ÓTIMO: Não sou admirador dele, mas é indiscutível a estrela dele na seleção brasileira. Entrou e fez o que o Luiz Fabiano não fez nas três oportunidades idênticas que teve.
Robinho - PÉSSIMO: Nem de longe lembrou a atuação do jogo de ida, no Maracanã.
Luis Fabiano - PÉSSIMO: Um artilheiro não pode perder as chances que ele perdeu.
Téc: Dunga - PÉSSIMO: Escalpou mal e mexeu mal. Não adianta cornetar, pois sabemos que será assim enquanto ele estiver por lá.


Direto da Redação












Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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