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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Eliminatórias 2010 > Argentina de Maradona é humilhada pela Bolívia em La Paz: 6 a 1

* Primeiro revés de El Pibe no comando iguala a maior derrota da história da seleção argentina de futebol

Um vexame. A primeira derrota de Maradona no comando da seleção da Argentina entrou para a história do futebol do país. Os hermanos foram a La Paz e foram derrotados pela Bolívia por incríveis 6 a 1, o que iguala o maior revés da história do futebol argentino. Na Copa de 1958, os hermanos perderam pelo mesmo placar para a então Tchecoslováquia.

Curiosamente, dois "brasileiros" tiveram participação importante no atropelamento boliviano: Marcelo Moreno, que tem dupla nacionalidade e já defendeu seleções de base do Brasil, abriu o placar, e Alex da Rosa, naturalizado boliviano, marcou outro. Botero (três) e Torrico completaram o marcador para a Bolívia, com Lucho González descontando.

Com o resultado, a Argentina pode perder a segunda colocação na tabela de classificação das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010. Os hermanos se mantiveram com 19 pontos e podem ser ultrapassados por Chile (19) e Brasil (18), que jogam ainda nesta quarta-feira. A Bolívia chegou a 12 pontos e tem remotas chances de conseguir classificação ao Mundial.

Maradona arma ferrolho e se dá mal

Ao contrário do que fez no jogo do último sábado, quando goleou a Venezuela em casa (4 a 0), Maradona não escalou seu trio ofensivo. Agüero deu lugar ao volante Lucho González, e Messi e Tevez ficaram sozinhos no ataque.

Além de Lucho, a Argentina teve ainda dois outros volantes em campo: Mascherano e Gago. Máxi Rodríguez foi o principal responsável pela armação no setor de meio-de-campo.

A tão temida altitude de La Paz (3.600 metros) nem pode ser utilizada como desculpa completa para o fiasco argentino, uma vez que, no intervalo, os bolivianos já venciam por 3 a 1.

Empurrada por sua torcida, a Bolívia começou partindo para cima e abriu o placar logo aos 11 minutos. Marcelo Moreno recebeu na área, limpou a marcação e bateu rasteiro para fazer 1 a 0.

O goleiro boliviano Arias ainda deu uma colher de chá aos hermanos, quando engoliu um frangaço em chute de Lucho González. A bola, batida de longa distância, foi sem muita força, mas o goleiro aceitou.

Nada que abalasse os bolivianos. Botero, cobrando pênalti, fez 2 a 1 aos 33. Ainda antes do intervalo, Alex da Rosa, de cabeça, ampliou para os bolivianos.

Di María é expulso em sete minutos

No segundo tempo, o massacre continuou. Marcelo Moreno recebeu lançamento em posição duvidosa e avançou pela ponta direita. O ex-cruzeirense cruzou na cabeça de Botero, que não perdoou e fez 4 a 1.

Aos 18, Di María, que entrara na vaga de Máxi Rodríguez para dar mais movimentação ao setor ofensivo da Argentina, foi expulso por falta violenta. Foi a pá de cal nas esperanças dos hermanos.

Botero, outra vez, fez o quinto gol aos 21, tocando na saída do goleiro Carrizo. No fim, Torrico, com uma bomba de fora da área, selou o maior vexame da história do futebol argentino.

Chile e Uruguai empatam sem gols

A partida no estádio Nacional de Santiago que começou com o Chile pressionando, terminou com a equipe da casa comemorando o empate por 0 a 0 com o Uruguai. O resultado coloca os uruguaios em terceiro, no lugar da Argentina. A equipe foi aos 17 pontos na tabela de classificação, e segue na quinta colocação.

Logo aos quatro minutos o Chile utilizou a jogada aérea para chegar ao gol adversário, e quase abriu o placar perante sua torcida. A equipe da casa seguia melhor, mas sem ser efetiva nas finalizações.

Os chilenos passaram então a dominar o Uruguai, com melhor toque de bola, e boas jogadas ofensivas. A equipe celeste explorava apenas os contra-ataques, porém sem sucesso. Mas a situação ficou um pouco mais complicada para o Chile quando o camisa 2 Isla recebeu seu segundo cartão amarelo na partida e foi expulso, aos 34 minutos da primeira etapa.

Com 8 minutos do segundo tempo, o Uruguai quase saiu na frente, mas o goleiro chileno Bravo trabalhou muito bem e fez uma grande defesa em chute a queima roupa. O Uruguai, vendo a possibilidade de se aproximar ainda mais dos líderes, continuou atacando, mas desperdiçou muitos chutes, fazendo com que a partida terminasse mesmo sem gols.

Equador bobeia e cede empate ao Paraguai

Em partida de ânimos exaltados em alguns momentos, Equador e Paraguai empataram por 1 a 1 nesta quarta-feira, em Quito. A partida, válida pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010, teve gols de Noboa, pelo Equador, e Benítez, pelo Paraguai.

Com o resultado, o Equador complicou sua situação na tabela de classificação. A seleção se manteve em sétimo lugar, agora com 14 pontos. O Paraguai lidera, com 24. Os equatorianos perderam a chance de se aproximar do quinto lugar, que vale uma vaga na repescagem contra uma seleção da Concacaf (Américas Central e do Norte).

A exemplo do jogo contra o Brasil, o Equador colecionou chances perdidas ao longo dos 90 minutos. A partida foi nervosa e teve uma confusão generalizada no fim da primeira etapa: Cabañas e Hurtado trocaram empurrões e o tumulto se estendeu aos demais jogadores. A arbitragem optou por adevertir apenas Cabañas, e com cartão amarelo.

Fonte: Globo.com


Comentário da Redação
Eles não têm Júlio César

O jogo do Brasil contra o Equador em Quito poderia acabar em um resultado semelhante ao vexame que a Argentina deu hoje, contra a fraca Bolívia, também na altitude, em La Paz. Porém, um jogador evitou isso: Júlio César.

Apesar do domínio da Bolívia no jogo de hoje, a pressão que o time brasileiro sofreu do Equador foi maior do que a dos bolivianos em cima dos hermanos. A diferença é que a Bolívia aproveitou suas chances, contando também com a colaboração do goleiro Carrizo, que fez uma partida lamentável.

Maradona tirou o que o time tinha de melhor, a força do seu ataque. O treinador deixou o Agüero de fora, e não repetiu o trio de ataque que brilhou contra a Venezuela. A Bolívia fez valer um ditado do futebol: A melhor defesa é o ataque.

Resumindo, os argentinos fizeram uma partida tão ruim quanto a do Brasil em Quito, mas não tinham Júlio César para salvar. Resultado histórico para os bolivianos, que estavam em um dia especial. Não tiveram medo da Argentina e aproveitaram as chances que tiveram.

Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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