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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Copa do Brasil > Timão assusta, Vasco reage e vaga na final vai ser decidida em São Paulo

* No jogo de volta, no Pacaembu, paulistas podem empatar por 0 a 0. Cariocas precisam vencer ou conquistar uma igualdade acima de dois gols

Sem os seus principais craques, Vasco e Corinthians empataram em 1 a 1, no Maracanã, pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil. Com mais de 72 mil pessoas no estádio, o confronto foi marcado por tempos distintos. Enquanto os paulistas dominaram a etapa inicial, aproveitando os inúmeros erros do adversário. Os cariocas só acordaram após uma chamada pública do presidente Roberto Dinamite, que pediu mais empenho dos jogadores quando descia ao vestiário no intervalo.

No próximo confronto, em São Paulo, no dia 3, Ronaldo, que está machucado, deve retornar à equipe paulista. Do outro lado, Carlos Alberto, que não participou do jogo de ida por estar suspenso, está confirmado no confronto do Pacaembu. Para conquistar a vaga nas finais da Copa do Brasil, o Corinthians precisa de um empate sem gols. Já o Vasco necessita de uma vitória simples ou da igualdade com o placar superior a dois gols.

Dentinho deixa os paulistas em vantagem

O Corinthians começou melhor a partida, mantendo o domínio do jogo, tocando a bola sem pressa. O Vasco, empurrado por sua torcida, atuava mais retraído, buscando os contra-ataques. Em um deles, aos sete minutos, Rodrigo Pimpão tabelou com Elton, avançou até a entrada da área e foi derrubado por Elias, que foi advertido com cartão amarelo. Na cobrança, Paulo Sérgio acertou a barrreira.

A partir dos 15 minutos, os paulistas começaram a errar sucessivos passes, o que irritou o técnico Mano Menezes. Cinco minutos depois, Rodrigo Pimpão recebeu um ótimo lançamento de Jeferson e avançou sozinho para a meta do Corinthians Na corrida, o jogador se enrolou com a bola e acabou permitindo a aproximação de Chicão, que afastou o perigo.

Assim como os paulistas, o time cruzmaltino também pecava nos erros de passe. Aos 26, Elton encontrou Paulo Sérgio sozinho no bico da grande área. O lateral entrou na área e chutou para boa defesa de Felipe. No minuto seguinte, Dentinho recebeu dentro da área e finalizou por cima do gol de Fernando Prass.

Aos 29, Jorge Henrique aproveitou a bobeada da defesa do Vasco, que fez a linha de impedimento errada, e tocou para Dentinho já dentro da área. O atacante esperou a definição de Fernando Prass e tocou na saída do camisa 1 para marcar o primeiro gol do Corinthians. Quatro minutos depois, Jorge Henrique sentiu uma lesão e deixou o campo para a entrada de Morais.

O gol irritou o técnico Dorival Júnior, principalmente o posicionamento do setor defensivo, que dava muitos espaços ao time do Corinthians. As reclamações eram com o volante Nilton e com o meia Jeferson, que se arrastava em campo e errava quase todos os passes.

Bronca do presidente surte efeito e Vasco empata o jogo

No intervalo, o presidente Roberto Dinamite pediu uma melhora da produção do time. E parece que o pedido do dirigente surtiu efeito. Aos dois minutos, Elton recebeu dentro da área e chutou com violência para bela defesa de Felipe. O jogo ganhou em emoção e velocidade com os dois lances. Aos três, Morais desperdiçou outra boa chance ao chutar em cima do camisa 1 cruzmaltino.

Com quatro minutos, Dorival perdeu a paciência com o time cruzmaltino e sacou Jeferson e Nilton para as entradas de Enrico e Mateus. Seis minutos depois, Elton recebeu completamente livre na cara de Felipe e chutou em cima do goleiro corintiano. O lance acordou o Vasco, que passou a dominar o jogo. Aos 19, Pimpão foi lançado e no bate-rebate tocou na saída de Felipe: 1 a 1.

A partir dos 20 minutos, o time corintiano mostrou evidentes sinais de cansaço e tocava a bola, tentando segurar o resultado ou marcar o segundo gol em um contra-ataque. Aos 26, Ramon fez uma ótima jogada pelo lado esquerdo e acertou uma bomba. A bola passou à direita de Felipe.

Aos 29, o Corinthians perdeu o gol mais feito da partida. Elias recebeu completamente livre na frente do goleiro Fernando Prass e chutou. O camisa 1 fez um milagre no Maracanã, defendendo a bola com o pé. Cinco minutos depois, Paulo Sérgio cruzou da direita com a canhota, a bola quicou e Felipe precisou se esticar para salvar os paulistas.

Ficha técnica
VASCO 1 x 1 CORINTHIANS
Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton (Mateus), Léo Lima e Jeferson (Enrico); Rodrigo Pimpão (Edgar) e Elton. Felipe, Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias e Douglas; Jorge Henrique (Morais), Dentinho (Boquita) e Souza (Otacílio Neto).
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Mano Menezes.
Gols: Dentinho, aos 29 minutos do primeiro tempo; Rodrigo Pimpão, aos 19 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Vílson, Léo Lima (Vasco); Elias (Corinthians).
Estádio: Maracanã. Data: 27/05/2009. Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR). Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS). Renda: R$ 1.389.015,50. Público: 68.299 pagantes.

Fonte: Globo.com
Fotos: Reuters


Comentário da Redação
Timão é favorito, mas nada está decidido

Assim como no jogo contra o Fluminense na semana passada, o Corinthians conseguiu conter a empolgação do adversário e sua fanática torcida. O Vasco parecia estar muito ansioso e pouco criou. Enquanto o Timão jogava com tranquilidade e chegava com muito mais perigo no ataque.

Tanto que antes do Dentinho abrir o placar, ele já havia perdido um gol de frente para o goleiro Fernando Prass. E no gol corintiano, além da bela finalização do Dentinho, a assistência do Jorge Henrique foi uma maravilha. E o atacante acabou se machucando no lance e deu lugar ao Morais, que entrou bem, mas não consegue fazer a função que faz o Jorge Henrique.

O Timão seguiu sendo mais perigoso que o Vasco também na segunda etapa. Porém o time carioca cresceu na partida e conseguiu o gol de empate, feito pelo zagueiro William, que tentou desarmar, mas acabou tocando para o gol. Apoiado pela torcida, os donos da casa chegaram algumas vezes, mas sem levar o perigo que o Timão levou com o Elias, que saiu na cara do goleiro e falhou na primeira finalização, e na segunda obrigou o goleiro vascaíno a fazer grande defesa.

Tudo bem que o volante corintiano teve a chance da vitória, mas a queda de rendimento no segundo tempo novamente, é preocupante. Não se pode confundir tranquilidade com displicencia ou pensar que jogo está ganho. Numa dessa o Corinthians faz 2 a 0 no Pacaembu e sofre o empate e acaba eliminado.

Mas jogando em casa em casa e precisando apenas de uma vitória simples, ou até um empate sem gols, o Corinthians é o favorito. Porém o Vasco não está morto. Um gol do time carioca já obriga o Timão a fazer dois para não levar a partida pros pênaltis. Qualquer empate acima de 1 a 1 é do time do Dorival Júnior.

Conceitos
Felipe - BOM: Quando precisou-se dele, fez defesas importantes.
Alessandro - BOM: Apoiou bem e fez o terceiro zagueiro quando foi necessário.
Chicão - ÓTIMO: Que grande zagueiro! Desarmou muito, sempre tomando a bola sem tentar fazer faltas e sai jogando como poucos zagueiros conseguem.
William - REGULAR: Estava bem até falhar no gol do Vasco.
André Santos - REGULAR: Provavelmente com a cabeça na seleção, foi discreto.
Cristian - BOM: O guerreiro (e não menos técnico) de sempre.
Elias - ÓTIMO: Ditou o ritmo do time. Com muita raça e velocidade, chegou como homem surpresa algumas vezes no ataque.
Douglas - BOM: Mais uma vez não foi um jogador brilhante, mas fez o jogo andar, distribuiu bem.
Jorge Henrique - BOM: Puxou bem os contra-ataques e deu um passe perfeito para o gol do Dentinho. Saiu contundido e fez muita falta.
(Morais) - BOM: Não consegue fazer a função que faz tão bem o Jorge Henrique, mas entrou bem.
Dentinho - BOM: Perdeu um gol de frente para o goleiro, mas foi oportunista ao marcar o gol logo depois.
(Boquita) - REGULAR: Não precisa ter uma atuação de Pelé, mas entrando com gás, deveria aparecer mais para o jogo.
Souza - BOM: Se movimentou muito, fez bons passes, voltou para buscar jogo, desarmou... Pareceu estar mais a vontade no time.
(Otacílio Neto) - BOM: Entrou bem no jogo, mas foi prejudicado pela forma do time jogar após sofrer o gol.
Téc: Mano Menezes - REGULAR: Insiste em colocar o Boquita, que não tem feito muita coisa quando entra. Acaba fazendo o adversário vir para cima por tirar um atacante. A queda de rendimento do time no segundo tempo é uma coisa que o Mano precisa trabalhar.

Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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