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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Copa do Brasil > Estrelas não brilham, Timão e Vasco não marcam e clube paulista vai à final

* Corintiano Ronaldo e vascaíno Carlos Alberto têm atuação apagada, e falta de gols favorece o clube alvinegro, que balançou a rede no Maracanã

A expectativa dos torcedores de Corinthians e Vasco nesta quarta-feira era de grandes apresentações das estrelas Ronaldo e Carlos Alberto, desfalques na primeira semifinal entre as duas equipes, semana passada, no Rio de Janeiro. Ambos, porém, tiveram atuação apagada. Muito abaixo do esperado. Nenhum outro jogador, no entanto, conseguiu fazer a diferença para um dos lados. Assim, o placar no estádio do Pacaembu ficou zerado, e o Timão assegurou vaga na final da Copa do Brasil.

Tudo por conta do gol marcado por Dentinho no empate por 1 a 1 no Maracanã. A equipe carioca bem que tentou acabar com a festa corintiana, mas nos momentos de maior pressão não teve força para vazar o goleiro Felipe. Bicampeão do torneio, em 1995 e 2002, e atual vice-campeão, o clube paulista vai disputar o título com o Internacional, que passou pelo Coritiba, nos dias 17 de junho e 1º de julho.

Os locais dos jogos de ida e volta ainda serão definidos, por sorteio, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Corinthians volta a campo no próximo sábado, às 21h, contra o Coritiba, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. No mesmo dia e horário, o Vasco tem novo desafio pela Série B. Dessa vez diante do São Caetano, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro – as duas equipes decidiram o Nacional de 2000.

Confusão e pouco futebol

Já tem virado praxe. Começa a partida, o volante Cristian corre atrás do jogador que tem de marcar e deixa o seu recado com uma chegada mais dura. No caso do duelo desta noite, o alvo foi Carlos Alberto, que não gostou e revidou com empurrão logo aos 2 minutos. Após confusão, o árbitro Leonardo Gaciba chamou os dois para conversar e pediu calma. Optou por não mostrar cartão amarelo para nenhum deles.

Infelizmente, na noite fria de São Paulo, esse foi o lance mais quente de um primeiro tempo fraco tecnicamente e de poucas chances de gol para os dois lados. De cara, até parecia que o Corinthians faria uma pressão maior, mas ficou só na ameaça. Aos 5 minutos, Elias fez boa jogada pela direita e cruzou para Ronaldo, que tentou de calcanhar e mandou para fora, sem assustar o goleiro Fernando Prass.

Três minutos depois, o Fenômeno recebeu a bola na esquerda da grande área, parou e gingou em frente a Amaral. A Fiel foi à loucura. O lance, porém, não resultou em nenhuma jogada de perigo. Aos 12, Ronaldo conseguiu finalizar após receber passe de Chicão, mas a conclusão foi fraca demais. Enquanto o elenco do Timão procurava por sua estrela, o do Vasco queria achar Carlos Alberto. Também não teve sucesso.

Com o meia bem marcado e sem espaço para criar, a equipe carioca ficou carente de armação. Tanto que a primeira finalização cruzmaltina saiu dos pés do volante Nilton, apenas aos 17 minutos, de fora da área – a bola passou longe do gol. Aos 23, no entanto, Elton obrigou Felipe a fazer grande defesa. Após cobrança de escanteio de Paulo Sérgio da direita, o atacante cabeceou e o corintiano saltou para espalmar.

Sem nenhuma equipe apresentar qualquer tipo de domínio, a partida ficou concentrada nos contra-ataques. Aos 31 minutos, por exemplo, Douglas e Cristian saíram tabelando do campo de defesa e o volante mandou para Ronaldo, que, impedido, finalizou novamente sem força. Aos 35, foi a vez de Dentinho trocar passes com Alessandro e chutar da entrada da área. Fernando Prass defendeu.

Também em lance rápido, o Vasco assustou o Timão aos 42, mas o árbitro marcou impedimento. O ataque paulista foi interceptado e imediatamente a bola foi em direção de Elton. O atacante aproveitou vacilo de William e apareceu na grande área. Mas antes que finalizasse o jogo já estava parado. Chicão ainda chegou para cortar.

Pressão dos dois lados

Com a necessidade de fazer gols para ter a chance de classificação à final, o Vasco iniciou o segundo tempo em ritmo mais acelerado. A tática usada foi bola alçada na área, mas a zaga do Corinthians conseguiu afastar. A equipe da casa só conseguiu sair dessa pressão aos 5 minutos, quando Dentinho chutou cruzado para fora.

No minuto seguinte, porém, a equipe de São Januário voltou a assustar. Após cruzamento da direita, Carlos Alberto apareceu para cabecear prensado com a zaga do Corinthians e ver Felipe ficar com a bola. Só que antes mesmo da conclusão, o auxiliar de arbitragem já marcava impedimento do meia vascaíno.

Aos poucos, a impaciência tomou conta dos dois times. O Corinthians por considerar o placar de 0 a 0, que lhe dava um lugar na decisão, perigoso, e o Vasco por necessitar balançar a rede do rival para manter viva as esperanças. O nervosismo, no entanto, provocou muitos erros de ambos os lados.

Ronaldo e Carlos Alberto, as principais esperanças de Timão e Vasco, respectivamente, na partida, estavam apagados. Até um pouco irreconhecíveis. Mas a maior persistência do clube carioca quase foi premiada aos 19 minutos. Depois de cruzamento da esquerda, Nilton subiu e cabeceou. A bola passou bem perto do gol.

Pouco antes, aos 16 minutos, após cobrança de escanteio, o atacante Elton teve sua camisa puxada por Chicão. O árbitro, no entanto, não viu o pênalti do corintiano no vascaíno e nada marcou. O lance ficou parado por um tempo depois por conta de uma trombada de Dentinho com adversários.

Para tentar mudar um pouco o jogo e por conta do desgaste Jorge Henrique, Mano Menezes colocou Boquita no Corinthians. Do lado do Vasco, Dorival Júnior tirou Carlos Alberto e colocou Enrico. A substituição fez mais efeito no Timão, que quase abriu o placar em belos chutes de Dentinho, aos 24, e Boquita, aos 25 minutos..

O clube carioca não se intimidou e buscou espaço para revidar a pressão. Achou, é verdade, em lance atrapalhado, mas que obrigou Felipe a se mexer. Aos 30, Edgar desviou de cabeça e, sem querer, achou Elton na pequena área. O goleiro corintiano saltou na frente do atacante para evitar a conclusão.

Aos 37 minutos, foi a vez de Fernando Prass brilhar. Ronaldo recebeu ótimo passe, avançou para a grande área, mas ao tentar driblar o goleiro do Vasco, o Fenômeno foi interceptado para alívio da torcida cruzmaltina. A pressão corintiana ficou mais intensa no final, mas o gol não saiu.

Como o 0 a 0 era do Corinthians, a Fiel pode comemorar a vaga na decisão.

Ficha técnica
CORINTHIANS 0x0 VASCO
Felipe; Alessandro, Chicão, William e Diego; Cristian, Elias e Douglas (Wellington Saci); Jorge Henrique (Boquita), Dentinho (Otacílio Neto) e Ronaldo. Fernando Prass; Paulo Sérgio, Vilson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton, Léo Lima (Fernandinho) e Carlos Alberto (Enrico); Elton e Rodrigo Pimpão (Edgar).
Técnico: Mano Menezes. Técnico: Dorival Júnior.
Gols: .
Cartões amarelos: Chicão, Jorge Henrique, Boquita (C); Carlos Alberto, Vilson, Gian, Amaral (V). Cartão vermelho: . Público: 35.181 pagantes. Renda: R$ 1.749.103,00
Estádio: Pacaembu. Data: 03/06/2009. Árbitro: Leonardo Gaciba (RS/Fifa). Auxiliares: Altemir Hausmann (RS/Fifa) e Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA/Fifa).

Fonte: Globo.com
Foto: Gazeta Press



Comentário da Redação
Esperava mais do Corinthians

Ainda que o empate sem gols seja favorável, jogando em casa o Corinthians poderia ter jogado mais bola. O Vasco foi ousado (e precisava mesmo ser) e no primeiro tempo ficou bem mais perto de abrir o placar.

Mesmo com o apoio da torcida, que lotou o Pacaembu, o Timão marcou mais e jogou apostando nos contra-ataques, que eram sempre rápidos, mas foram pouco aproveitados. Até porque o Mano entrou com um time autocamatimente mais acauteloso. Sem André Santos, Diego entrou pela esquerda, jogando mais de zagueiro. E o Jorge Henrique ficou quase como um ala esquerdo. Mas pra mim o técnico corintiano fez a coisa certa, já que o Saci era a opção na lateral e ele deixa espaços imensos.

A base deste sucesso do time do Mano Menezes são os dois volantes. Cristian e Elias são fundamentais e ditaram mais uma vez o ritmo do time. Marcam muito, sabem jogar e tem velocidade para puxar os contra-ataques. E os times mais vitoriosos do mundo geralmente tem esse tipo de volante, que muitas vezes são mais importantes que os extintos camisas 10.

O Vasco jogou hoje o que pode. É um time bom, organizado, e só. Não teve medo do Corinthians no Pacaembu. Sai de cabeça erguida da competição, sem nenhuma derrota. O grande objetivo do time é mesmo a Série B.

Na final ficará frente a frente dois dos três melhores times do Brasil atualmente (juntamente com o Cruzeiro, pra mim), que pouco perderam na temporada. A disputa pode ser encarada também como um acerto de contas daquele polemico campeonato brasileiro em 2005. Duelo imperdível, que já começará nesta quinta-feira, quando será anunciado onde serão os jogos. Em uma final tão equilibrada, o fator campo no último jogo pode fazer a diferença.

Conceitos
Felipe - ÓTIMO: Foi decisivo. Fez uma defesaça numa cabeçada forte e saiu muito bem do gol em outro lance.
Alessandro - ÓTIMO: Sempre raçudo, fez desarmes precisos demais e apoiou bem quando foi preciso.
Chicão - BOM: Bem seguro, não deu chances para os atacantes do Vasco.
William - BOM: Jogou na sobra e foi bem. Salvou uma bola que o Elton saiu na cara do Felipe.
Diego - REGULAR: Sua função foi importante, mas pouco apareceu.
Cristian - ÓTIMO: Fundamental neste time. Dificilmente faz um jogo ruim. É incansável, ficou cutucando o adversário que estava com a bola o tempo todo e foi importantíssimo na saída rápida para o ataque.
Elias - BOM: Não foi brilhante, mas foi importante. Rápido na saída para os contra-ataques e no raciocínio.
Douglas - REGULAR: Alternou lances bizarros como um toque de calcanhar para ninguém e uma furada que para um camisa 10 é vergonhoso, com lances que mostra inteligencia e visão de jogo, com belos passes. Já jogou muito mais e já foi muito pior do que isso.
(Wellington Saci) - SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Jorge Henrique - BOM: Enquanto ficou em campo, foi bem e fez uma função importante mais uma vez, jogando de ala esquerdo.
(Boquita) - REGULAR: Só apareceu para o jogo no primeiro lance em campo, quando chutou com perigo.
Dentinho - BOM: Meio sumido, mas quando apareceu, não teve medo de arriscar no gol e proporcionou os melhores lances de perigo.
(Otacílio Neto) - REGULAR: Prejudicado pelo esquema, teve poucas oportunidades para brilhar.
Ronaldo - PÉSSIMO: Errou tudo que tentou. Poderia ter definido o jogo, quando ficou de frente para o goleiro vascaíno e o fintou, mas demorou para finalizar e perdeu a bola.
Téc: Mano Menezes - BOM: Optou por uma postura mais defensiva. Pelas opções, foi correto, mas não deixa de ser perigoso. Poderia ter tirado o Ronaldo, por mais que ele pode decidir, era melhor colocar um jogador mais leve. Desta vez acertou em colocar o Dentinho, era necessário, pela função que vinha fazendo o Jorge Henrique (que sentiu dores).

Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. Concordo com os conceitos e eu também esperava muito mais do Corinthians!!! que venha o Inter...

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