
Com o resultado, o Peixe, que não vencia há três jogos, vai a 17 pontos e sobe momentaneamente para o nono lugar. Já o Furacão, com 12, pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Por enquanto, está em 16º lugar.
Faltou bola na rede
O técnico Vanderlei Luxemburgo admitiu durante a semana que a equipe santista era muito vulnerável e sua primeira missão seria compactá-la. Com isso, o Peixe entrou em campo com uma formação diferente no meio-de-campo. Com a volta de Rodrigo Souto e a permanência de Germano e Roberto Brum, os anfitriões iniciaram a partida com três volantes. O preterido por Luxa foi o jovem Paulo Henrique Lima, o Ganso. Madson e Robson foram os encarregados da armação, deixando a equipe com cinco jogadores no meio.
O jogo começou muito disputado, com as duas equipes partindo para o ataque. O Atlético-PR iniciou marcando forte as jogadas santistas pelas laterais e impediu a pressão inicial do adversário. Por isso, o primeiro lance de perigo só aconteceu aos 17 minutos. Em cobrança de falta de Madson, a bola desviou na zaga atleticana e sobrou para Robson. O camisa 7 cabeceou e a ela passou rente à trave direita do goleiro Vinícius.
No primeiro vacilo da zaga do Furacão, o zagueiro Vinícius saiu mal e perdeu para Germano. O volante rolou para o meio da área para a chegada do baixinho Madson, mas o zagueiro Rafael Santos chegou a tempo e impediu o arremate. Aos 38, o lateral Luizinho rolou na entrada da área para Germano, o volante chutou forte e a bola passou muito perto do gol de Vinícius. No fim das contas, ninguém balançou as redes.
Neymar resolve
O Santos voltou para o segundo tempo com duas modificações. Os jovens Neymar e Paulo Henrique entraram. Com isso, Luxemburgo abandonou o esquema com três volantes, retirando Roberto Brum e Robson. Porém, o primeiro lance de perigo foi do Furacão, com Rafael Moura. O atacante, em sua primeira boa jogada na partida, cabeceou perto do gol.
O Santos só voltou a ameaçar aos 13 minutos em mais uma jogada de Madson. Ele cruzou bem para Paulo Henrique, mas o meia não conseguiu dominar e a bola escapou para as mãos do goleiro Vinícius. A partir daí, a equipe do Peixe passou a dominar amplamente o jogo, porém pecava no último passe e não conseguia entrar na área rival em condições de finalizar.
Aos 27 minutos Neymar e Roni fizeram ótima tabela. O jovem atacante recebeu dentro da área, cortou o zagueiro e chutou sem chances para o goleiro Vinícius, do Atlético-PR. Com o gol, Neymar salvou o Santos pela segunda vez em uma semana. Há sete dias, contra o Barueri, o jovem marcou o gol de empate aos 44 minutos do segundo tempo e evitou a derrota santista.
Após o gol, o Atlético-PR acordou e tentou pressionar, mas o Santos tocou bem a bola e garantiu a vitória na estréia de Luxemburgo.
Ficha do jogo
SANTOS 1 X 0 ATLÉTICO-PR
Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 22/07/2009 - 21h (de Brasília)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC)
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (Fifa-SC) e Marco Antônio Martins (SC)
Renda/público: R$ 190.325,00 / 7.375 pagantes
Cartões amarelos: Neymar (SAN); Nei, Márcio Azevedo, Rhodolfo e Rafael Miranda (ATL)
GOLS: Neymar, 27'/2ºT (1-0);
SANTOS: Felipe; Luizinho (Pará, 20'/2º), Fabão, Domingos e Léo; Germano, Rodrigo Souto, Roberto Brum (Neymar, Intervalo) e Róbson (Paulo Henrique, Intervalo); Madson e Roni. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
ATLÉTICO-PR: Vinícius; Nei (Manuel, 31'/2º), Rafael Santos, Rhodolfo e Márcio Azevedo; Valencia, Rafael Miranda, Paulo Baier e Marcinho; Wallyson (Patrick, 27'/2º) e Rafael Moura (Jhonatan, 31'/2º).
Técnico: Waldemar Lemos.
Fontes: Globo.com e Lancenet!
Comentário da Redação
Uma vitória convincente
O Santos foi muito bem na volta de Luxemburgo ao comando técnico. Muita gente espera ver o time vencendo jogos por 3, 4 , 5 a 0, mas o futebol não é assim. Às vezes, uma vitória por 1 a 0 também representa um bom futebol. E foi o que aconteceu hoje. O Atlético soube se fechar bem e o Peixe teve que achar as brechas para conquistar o triunfo. E assim o fez.
No primeiro tempo, jogando com três volantes, o Santos se defendeu bem e até criou boas jogadas. Só que na hora que o time precisava de qualidade, a coisa não andava. Pouca gente atacava e isso dificultava as coisas para Madson e Roni, os únicos que apareciam na frente. O time insistiu muito em jogadas pela direita e praticamente não usou o lado esquerdo. Róbson estava lá neste setor, mas não era a noite do meia.
Era óbvio que Luxa ia mexer no time no intervalo e colocar os meninos que ficaram no banco. Neymar e Paulo Henrique entraram e o Peixe caiu de rendimento no início da segunda etapa.
A equipe demorou a se acertar e o Atlético criou boas jogadas nas poucas vezes em que usou os seus laterais, Nei e Márcio Azevedo, os melhores jogadores de um fraco time rubronegro.
Aos poucos o Santos retomou o controle do jogo e passou a pressionar muito o gol do Atlético, mas insistindo no chuveirinho. Um time que tem Roni, Madson e Neymar na frente, não vai a lugar nenhum usando deste expediente.
Até que, em um bela tabela de Roni e Neymar, com a bola no chão, o garoto de 17 anos fez o que se espera dele: desequilibrou. E a jogada saiu novamente pela direita, lado onde a marcação do Atlético Paranaense se mostrava mais frágil.
A partir daí, o Santos deu um show de como se segura um jogo sem levar pressão. Somente fazendo a bola rodar de pé em pé. Deu gosto de ver. Foi 1 a 0, mas foi bonito.
Não dá para dizer que já existe um toque do Luxa nessa mudança tática e técnica. Foi apenas o primeiro jogo. Talvez tenha mudado o espírito. Os jogadores me pareceram mais confiantes e isso é fundamental para qualquer elenco.
Conceitos - SANTOS
Felipe - BOM: Pouco exigido, mas muito seguro. O Luxa resgatou a promessa santista e acho que fez muito bem. Ele mostrou ter qualidade e depois teve uma queda natural, quando iniciou no time profissional. Talvez seja uma ótima alternativa para fazer sombra a Fábio Costa, já que o Douglas não caiu nas graças da torcida.
Luizinho - BOM: Fez uma bela partida. Apoiou com perigo e participou bem das trangulações do primeiro tempo.
(Pará) - BOM: Não entendi muito sua entrada no jogo, mas manteve o bom nível do seu antecessor.
Fabão - ÓTIMO: Jogou bem ao seu estilo e não deu espaços para o rival. O melhor em campo, ao lado de Roni.
Domingos - REGULAR: O Domingos não participou muito do jogo... mas quando resolvia tocar na bola, era um Deus nos acuda.
Léo - BOM: Apesar das poucas jogadas pelo seu lado do campo, era uma boa válvula de escape pelo setor. Foi importante também quando o Santos fez 1 a 0 e precisou tocar a bola, fazendo o tempo passar.
Germano - BOM: Jogou muito bem, marcando forte e saindo bem para o jogo.
Rodrigo Souto - BOM: Apesar de errar alguns passes bobos, ajudou muito na marcação.
Roberto Brum - REGULAR: Foi bem discreto.
(Neymar) - BOM: Mudou a história do jogo. Entrou um pouco afoito, mas logo passou a infernizar a defesa do Atlético-PR. Foi coroado com um belo gol, aos 27 minutos da etapa complementar.
Róbson - PÉSSIMO: Foi horroroso. O Santos até tentava jogar pela esquerda, mas ele atrasava toda a vida alvinegra pelo setor.
(Paulo Henrique) - REGULAR: Prendeu demais a bola quando não devia. Apesar de tudo, não deve sair do time, na minha opinião.
Madson - REGULAR: Muito esforçado, mas pouco útil no jogo de hoje. Faz um tempo que não vem jogando bem.
Roni - ÓTIMO: Não sei o que acontece com o Roni, mas quando ele assume a camisa 9 no lugar de Kléber Pereira e resolve fazer o papel de pivô, ele sempre joga muito bem. Hoje foi fundamental para furar a defesa atleticana. No lance do gol, foi decisivo ao sair da área, arrastar um marcador e abrir espaço para o Neymar, para quem tocou rapidamente a bola.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo - BOM: Entendo que quis preservar os garotos no jogo de hoje e acredito que ele fez a coisa certa ao escalar os três volantes. Assim como também acertou ao mexer no esquema para a segunda etapa. A mudança deu certo e reestreia teve uma suada e merecida vitória.
ATLÉTICO-PR
O time do Atlético só apresentou uma virtude no jogo de hoje: a forte defesa. O time se portou muito bem neste aspecto, fechando as portas para o jogo santista que parecia viciado em bolas aéreas e jogadas pelo meio da zaga atleticana. Mas quando o Peixe tabelou, acabou furando o ferrolho de Waldemar Lemos.
O time poderia ter explorado um pouco mais o jogo pelas laterais para o contra-ataque, com Nei e Márcio Azevedo. Rafael Moura, jogando totalmente isolado, até foi bem e criou algum perigo no jogo aéreo. Mas, no geral, o Atlético tem um time fraco. O torcedor do Furacão tem muito com o que se preocupar.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
Com Luxa no comando o time praiano foi superior e venceu o fraco "Furacão" que corre o risco de terminar a rodada na zona de rebaixamento.
ResponderExcluir