
O Palmeiras disparou na primeira posição e agora tem 53 pontos, 5 à frente do São Paulo, více-lider. O Santos, por sua vez, perdeu uma posição e está em 13º lugar, com 36 pontos, bem mais longe da sonhada vaga na Libertadores.
Primeiro tempo sem gols
O primeiro tempo deixou clara a diferença técnica entre as duas equipes. O Santos tentou tomar a iniciativa, mas contava apenas com lampejos - ora de Madson, em jogadas individuais, ora de Neymar, com algum passe tirado da cartola. Ficou evidente a falta que faz Paulo Henrique Ganso, o articulador das jogadas, que está na seleção sub-20.
A única jogada correta organizada pelo ataque do Santos saiu aos oito minutos, quando Germano apareceu de surpresa na área do Palmeiras, aproveitou passe de Neymar e chutou. A bola foi por cima.
A partir dos dez minutos, o Palmeiras começou a controlar a posse de bola e ameaçar o gol de Felipe - primeiro em chutes de fora da área de Diego Souza. Aos 11, ele mandou uma bomba e obrigou Felipe a se esticar para defender.
Aos poucos, o Palmeiras foi achando espaços pelas laterais. Armero e Figueroa chegavam à linha de fundo sem serem incomodados e passaram a cruzar bolas na área. A zaga tinha muito trabalho, mas conseguia cortar. Acuado, o Santos tentava ao menos encaixar algum contra-ataque, mas o meio de campo palmeirense vigiava de perto Madson e Neymar. Kléber Pereira, por sua vez, só teve seu nome citado na divulgação das escalações.
A situação dos donos da casa se complicou quando Fabão e George Lucas deixaram o gramado, machucados. Foram substituídos, respectivamente, por Astorga e Luizinho.
E pouco mais acontece na etapa inicial.
Virada de campeão
Os times voltaram do intervalo dispostos a passar uma borracha no primeiro tempo. O Santos, que terminou a etapa inicial acuado, voltou do intervalo partindo para o ataque por todos os lados. Luizinho, que entrara mal no primeiro tempo, mostrava velocidade pela direita, deixando Armero para trás.
E foi assim que o ala abriu o placar, aos nove minutos. Ele aproveitou bela jogada de Neymar pela esquerda e encheu o pé direito. A bola ainda desviou em Armero antes de estufar a rede de Marcos.
O gol santista acordou o Palmeiras. Com Robert no lugar de Obina, a equipe de Muricy Ramalho ganhou mobilidade e passou a aproveitar melhor espaços deixados pelo adversário. Aos 18, Figueroa cobrou falta da direita e achou Diego Souza na área. O meia ganhou de dois marcadores pelo alto e cabeceou firme, empatando a partida.
O jogo tornou-se franco e emocionante. O Santos não se intimidou com o empate do líder e continuou em cima. Luxemburgo sacou Pará do jogo e mandou o time ao ataque escalando o meia-atacante Felipe Azevedo. Aos 24, ele cruzou da direita, Kléber Pereira deixou passar, e Neymar, livre, tentou colocar no ângulo esquerdo, mas errou o alvo.
O líder deu a resposta e conseguiu a virada. A zaga santista deixou Diego Souza dominar dentro da área. Erro fatal. O meia conseguiu se livrar de dois marcadores e chutou cruzado. Robert esticou a perna e fez 2 a 1.
Com o meio-campo escancarado, já que Pará era quem melhor marcava, os palmeirenses tiveram os espaços que faltaram na primeira etapa. Aos 31, Diego Souza e Cleiton Xavier vieram tabelando desde a intermediária. Cleiton rolou a bola para Robert, que ganhou de Triguinho e jogou por baixo das pernas de Felipe. Antes que a bola cruzasse a linha, Vagner Love apareceu para assumir a autoria do gol.
Aos 41 minutos, Maurício derrubou Neymar na entrada da área. O árbitro assinalou pênalti, mas foi avisado pelo auxiliar que a falta havia sido fora da área. Após reclamações santistas, Madson cobrou a infração na cabeça de Felipe Azevedo, que desviou. Marcos fez grande defesa. Ao final da partida, santistas protestaram com gritos de guerra contra a diretoria. Luxemburgo foi poupado.
Ficha do clássico
SANTOS 1 X 3 PALMEIRAS
Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 4/10/2009 - 16h10
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa-SP)
Auxiliares: Ednílson Corona (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP)
Renda/público: R$ 255.380,00 / 10.402 pagantes
Cartões amarelos: Madson, Kléber Pereira, Neymar (SAN); Figueroa, Maurício, Willians (PAL)
GOLS: Luizinho, 9'/2ºT (1-0); Diego Souza, 18'/2ºT (1-1); Robert, 27'/2ºT (1-2);Vagner Love, 31'/2ºT (1-3)
SANTOS: Felipe; George Lucas(Luizinho, 30'/1ºT), Fabão(Astorga, 14'/1ºT), Eli Sabiá, Triguinho; Pará (Felipe Azevedo, 23'/2ºT), Rodrigo Souto, Germano, Madson, Neymar; Kléber Pereira.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
PALMEIRAS: Marcos; Figueroa, Danilo, Maurício e Armero; Edmílson, Souza, Cleiton Xavier e Diego Souza; Obina(Robert, 14'/2ºT) e Vagner Love(Willians, 44'/2ºT).
Técnico: Muricy Ramalho.
Fontes: Lancenet! e Globo.com
Comentários da Redação
Visão santista > Nem a arbitragem tem medo
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br
Aos 41 minutos do segundo tempo, Salvio Spinola marcou pênalti para o Santos. Minutos depois, o auxiliar Vicente Romano apontou que a falta em cima de Neymar havia acontecido fora da área. Spinola voltou atrás e assinalou apenas falta.
Longe de mim querer dizer que a atitude foi errada, já que o bandeirinha foi muito bem e salvou o árbitro de cometer um grave erro. Mas é engraçado isso acontecer, pois ratifica o que vem sendo a Vila Belmiro em 2009. Caldeirão?
Nem a arbitragem tem medo do estádio santista, imagina então os rivais. Já até perdi a conta de quantas viradas o Santos tomou nesse campeonato jogando no glorioso tapete sagrado da Vila.
E a virada de hoje mais uma vez aconteceu por graves erros defensivos, em um momento bom do Santos no jogo, em que quase o time alvinegro ampliou a vantagem sobre o Palmeiras.
Depois de um primeiro tempo equilibrado e sem grandes emoções, o Santos voltou muito bem para a segunda etapa e fez seu gol com Luizinho (por aí, já dava para pensar que algo estava errado). Pouco depois, perdeu ótimas chances de ampliar.
Primeiro erro da defesa e primeiro gol do Palmeiras, minutos depois. Nesse momento, Luxemburgo mexeu errado e o time patinou. Tirou Pará, que vinha bem no jogo, e colocou Felipe Azevedo, que nunca acrescenta nada. Essa era a hora de colocar mais um homem de frente, como o jovem André, que já mostrou qualidade. E se fosse para tirar um volante, Germano deveria ser sacado, pois não estava jogando nada (como sempre).
Mais algumas chances perdidas do Santos e mais uma chance que o ataque palmeirense aproveitou, com Robert. Pelo lado palmeirense, Muricy tinha mexido muito bem, ao colocar Robert no lugar de Obina. Nesse caso, era óbvio que Obina não tinha encontrado seu espaço e que um outro atacante poderia aparecer melhor.
O Santos já estava arrasado. E, pouco depois, veio o golpe de misericórdia, em mais uma jogada bizarra da defesa santista. O torcedor presente na Vila Belmiro parecia não acreditar em mais uma virada que assistia.
Mais uma derrota inocente do Santos 2009, que não consegue segurar resultados importantes jogando em casa. Ninguém mais respeita o "alçapão".
A diferença do clássico foi simples: o time desorganizado (Santos) teve ótimos momentos no jogo e não soube aproveitar. O time preparado para ser campeão (Palmeiras) matou a partida quando achou que era hora.
Conceitos
Felipe - REGULAR: Sem querer culpá-lo pelos gols (mas já culpando), foram bolas que goleiros mais experientes - ou melhores - poderiam pegar.
George Lucas - REGULAR: Participou pouco do jogo e acabou sentindo uma lesão.
(Luizinho) - BOM: Só por ter feito um belo gol, já merece os elogios.
Fabão - REGULAR: Também saiu lesionado. Pergunta: Quem é pior? O Departamento Médico ou o Departamento Físico do Santos?
(Astorga) - BOM: Uma ou outra engrossada. No geral, não comprometeu.
Eli Sabiá - REGULAR: Não fez grandes absurdos, mas estava sempre mal posicionado.
Triguinho - REGULAR: Para cada boa jogada, o lateral fez também uma trapalhada para compensar. A maior de todos veio no terceiro gol palmeirense.
Pará - BOM: Foi o melhor jogador santista em campo. Luxemburgo errou feio ao tirá-lo do jogo.
(Felipe Azevedo) - REGULAR: Não fez nada que mereça destaque, tirando uma cabeçada no final do jogo. É um jogador nulo.
Rodrigo Souto - BOM: Foi intenso na marcação.
Germano - PÉSSIMO: Vontade ele tem. O problema é que ele se acha um craque e acaba complicando todas as saídas de bola com seus passes na fogueira.
Madson - REGULAR: O Santos depende muito do seu jogo e ele acaba sendo muito acionado. Consequentemente, não é todo jogo que ele vai decidir e nem deve ser assim. Foi muito bem marcado.
Neymar - REGULAR: Sua movimentação foi importante para o time, mas ele abusou das jogadas individuais. É apenas triste ver que um menino de 17 anos está sendo cobrado para decidir os jogos.
Kléber Pereira - REGULAR: Mais uma vez estava fora do jogo. Ainda assim, teve algumas chances.
Téc: Vanderlei Luxemburgo - PÉSSIMO: Na única ação importante do treinador no clássico, ele errou. Tirou Pará e colocou Felipe Azevedo. Era hora de colocar mais gente na área, pois o problema não era na armação. Luxa, se você realmente pensa em ficar no Santos em 2010, é hora de planejar a próxima temporada, já sabendo que não irá jogar a Libertadores.
Visão palmeirense > Com jeito de campeão
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com
Bem ao estilo dos times de Muricy Ramalho, o Palmeiras não foi brilhante, não jogou um futebol de encher os olhos, mas mostrou muita frieza e mais uma vez foi eficiente.
O Verdão mostra cada vez mais jeito de time campeão. Além de estar na ponta da tabela há mais de 10 rodadas e ter mantido a ótima vantagem de 5 pontos para o segundo colocado, o Alviverde tem mostrado equilíbrio e espírito de decisão.
Sem grandes oportunidades de gols e com dois times se estudando se expondo o menos possível, o primeiro tempo foi de dar sono. Até por jogar em casa, o Santos teve a iniciativa, e foi um pouco melhor na primeira meia hora de jogo. Porém, quando o Palmeiras melhorou, mostrou mais qualidade, mas sem criar situações de gol.
No começo do segundo tempo, os donos da casa também tomaram a iniciativa, mas desta vez foram mais incisivos, procuraram mais o gol e conseguiram abrir o placar. O líder não se abateu nem um pouco com o gol sofrido, mostrou frieza e foi para o ataque com cautela, sem descuidar do seu forte sistema defensivo.
Na frente, Diego Souza foi decisivo mais uma vez. Em 10 minutos, o camisa 7 fez de cabeça e deu belo passe para o Robert - que entrou no lugar de Obina no começo do segundo tempo - marcar o gol da virada palmeirense.
O Peixe entrou em desespero com o segundo gol sofrido e o Verdão aproveitou para definir o jogo. Com participação fundamental de Robert novamente, que recebeu de Cleiton Xavier e tocou por baixo das pernas do goleiro Felipe. A bola sobrou livre para Vágner Love fuzilar as redes do rival e manter a vantagem de cinco pontos para o São Paulo.
Conceitos
Marcos - BOM: Não teve muito trabalho, mas quando foi preciso, se mostrou seguro, fazendo duas boas defesas.
Figueroa - BOM: Bem defensivamente, apoiou quando participou do primeiro gol do Palmeiras, dando a assistência para o Diego Souza.
Danilo - BOM: Fez mais uma boa partida e tirou um gol certo de Madson no começo do segundo tempo.
Maurício - BOM: Firme nos desarmes, deu uma vacilada no fim e quase cometeu pênalti, mas não mancha nem um pouco a sua boa atuação.
Armero - REGULAR: Conseguiu tomar canseira do Luizinho e foi pouco ao ataque.
Edmílson - REGULAR: Pela sua experiência, parece ser importante como um líder, um orientador, mas pouco ajuda. Costuma estar sempre atrasado nas jogadas e não tem mostrado tanta qualidade com a bola nos pés.
Souza - BOM: Errou alguns passes, mas mesmo sem ser um primeiro volante, vem sendo o carrapato que o Pierre vinha sendo antes da contusão.
Cleiton Xavier - BOM: Distribuiu bons passes e participou do terceiro gol.
Diego Souza - ÓTIMO: Extremamente decisivo. Havia arriscado dois bons chutes no primeiro tempo e decidiu na segunda etapa. Além de marcar de cabeça, colocou a bola nos pés de Robert, que fez o gol da virada.
Obina - REGULAR: Poderia ter feito um golaço de voleio se o Eli Sabiá não tivesse abafado o chute, mas foi apagado.
(Robert) - ÓTIMO: Assim como o Diego Souza, participou de dois gols. Pelo futebol que já mostrou e pelas suas características de mais movimentação, é o parceiro ideal do Love atualmente.
Vagner Love - BOM: Não esteve em um grande dia, mas lutou bastante e mereceu o gol.
(Willians) - SEM CONCEITO: Entrou quase nos acréscimos.
Téc: Muricy Ramalho - BOM: Já dá para ver perfeitamente seu jeito nesse time do Palmeiras. O sistema defensivo do Verdão cresceu ainda mais após a chegada do Muricy, e na frente, o técnico palmeirense dá toda a liberdade para os jogadores resolverem.
Direto da Redação
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