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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Campeonato Brasileiro > Santos empata com o Vitória e frustra o torcedor paulistano

* Peixe joga diante de mais de 30 mil pessoas no Pacaembu, mas empata sem gols

A festa estava pronto no Pacaembu. Mais de 30 mil torcedores santistas compareceram ao Pacaembu em pleno feriado e acabaram frustrados pelo empate sem gols do Santos diante do Vitória, pela 29ª rodada do Brasileirão: 0 a 0.

O resultado foi muito para as ambições santistas de chegar ao G4. O Peixe tem agora 40 pontos e é apenas o 13º colocado. O Vitória também não andou muito no campeonato e está na 10ª posição, com 41.

Pressão sem gols - Parte I

O Santos começou o jogo empolgado e quase marcou logo aos nove segundos de jogo, quando Felipe Azevedo desceu pela direita e cruzou rasteiro para Neymar, livre na entrada da pequena área, completar. O gol não saiu porque o atacante pegou mal na bola e mandou por cima.

Já o Vitória tinha uma proposta de jogo bem definida: esperar o Peixe em seu campo para explorar contra-ataques, sempre puxados por Neto Berola, que entrou no lugar de Roger, machucado, aos 25 minutos. Com essa estratégia, o Leão conseguiu criar algumas chances. Aos 29, após trapalhada de Luizinho, a equipe baiana roubou a bola. Ramon recebeu dentro da área, driblou dois santistas, mas, na hora de fazer o gol, foi travado por André Astorga.

Outra boa oportunidade para os visitantes aconteceu aos 37, quando Ramon cobrou escanteio na cabeça de Wallace. O zagueiro só não fez o gol porque Pará apareceu quase em cima da linha para salvar o Santos.

O domínio era dos paulistas, mas faltava acerto nos passes. Quando houve o mínimo de capricho, o Alvinegro chegou. Isso aconteceu aos 20: Pará rolou para Neymar, que dominou e abriu para Kléber Pereira. O atacante, que entrava pela esquerda, encheu o pé, e Gléguer fez grande defesa. Kléber perderia outra boa chance aos 32, quando Neymar fez jogada individual pela esquerda e cruzou para o camisa 9 cabecear fraco.

Pressão sem gols - Parte II

O Santos encurralou o Vitória desde o início do segundo tempo. Com a entrada de Madson no lugar de Luizinho, a equipe ganhou mais presença no ataque e passou a criar chances desde o início. Madson tentou aos dois, num chute de fora: Gléguer espalmou. Aos 12, o baixinho recebeu de Neymar e, na cara do gol, errou o chute.

O Vitória não passava do meio de campo. Estava todo acuado, tentando um contra-ataque que não vinha. E o Alvinegro seguia desperdiçando chances. Aos 22, foi a vez de Kléber Pereira mandar na trave mais uma oportunidade, completando, de primeira, bom lançamento de Madson.

A paciência da torcida santista com o artilheiro do time, que estava no limite, se esgotou após esse lance. Ele foi substituído aos 26 minutos, e a arquibancada vibrou como num gol. André entrou em seu lugar. O substituto começou mal, mas aos 41 largou Neymar na cara do gol. O garoto avançou, cortou a marcação e tentou colocar, mas errou o alvo.

Ficha do jogo
SANTOS 0 X 0 VITÓRIA

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 12/10/2009 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Lincoln Ribeiro Taques (MT)
Cartões amarelos: Triguinho, Rodrigo Souto e Germano (SAN) e Apodi e William (VIT)
Renda/ Público: 236305,00 23673

SANTOS: Felipe; Luizinho (Madson, intervalo), Astorga, Eli Sabiá e Triguinho, Rodrigo Souto, Pará, Germano e Felipe Azevedo (Robson 20'/2T), Neymar; Kléber Pereira (André 26'/2T).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

VITÓRIA: Gléguer; Apodi, Wallace, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson, Magal, William (Gil 21'/2T) e Ramon; Roger (Neto Berola 24/1T e Elkeson 34'/2T) e Gláucio.
Técnico: Vagner Mancini

Fonte: Globo.com


Comentário da Redação
Só faltou... qualidade

O estádio estava lotado. O torcedor empurrou até onde deu. O time correspondeu, lutou, mas não conseguiu colocar a bola para a rede. Faltou qualidade para o Santos vencer o Vitória, no Pacaembu.

O Santos pressionou muito nos minutos iniciais. O Vitória foi muito pouco ao ataque. O Alvinegro tinha espaço para jogar pelo lado esquerdo. Apesar de Apodí quase não ter ido ao ataque (primeiro vez que vejo isso), Triguinho teve todas as chances para fazer a festa pelo setor. E não fez.

Madson fez muita falta, pois o Santos atacava com poucos jogadores, entre eles Felipe Azevedo, Germano, Triguinho, Luizinho... todos muito fracos. Mas Luxemburgo tem mania de inventar esse tipo de coisa, para depois mudar o time no segundo tempo e virar herói.

No segundo tempo, como era de se esperar, Madson entrou no lugar de Luizinho e o Santos voltou pegando fogo. O Peixe pressionou, novamente, nos 20 primeiros minutos e, novamente, forçando o jogo pelo lado esquerdo. Dessa vez, com a qualidade de Madson, que teve ótima atuação. Criou jogadas de muito perigo.

Kléber Pereira chegou a acertar a trave antes de sair de campo muito vaiado.

A pressão seguiu forte. No entanto, era tarde, e o que era pressão virou desespero pelo gol salvador. O time passou a abusar do chuveirinho, sem sucesso.

No final das contas, apesar da retranca, o Vitória não ofereceu muita resistência. O que faltou mesmo foi qualidade na hora de definir. Os jogadores que tem esse diferencial, não estiveram bem, como Neymar, por exemplo, que ainda não está pronto para ser profissional.

Mais uma vez os resultados ajudaram e mais uma vez o Santos não correspondeu. O torcedor sempre acredita, mas fica difícil imaginar que o Peixe consiga uma vaga na Libertadores.

Mais de 30 mil pessoas cantaram, gritaram, torceram e sofreram com o Santos, mas não viram o gol. Mas é sempre muito bacana quando o Peixe joga na capital. Espero que isso aconteça mais vezes neste ano.

Conceitos

Felipe - SEM CONCEITO: Praticamente, não tocou na bola
Luizinho - PÉSSIMO: O velho Luizinho que nós conhecemos.
(Madson) - ÓTIMO: Entrou muito bem, com velocidade, pelo lado esquerdo. Não pode ser reserva NUNCA, Seu Luxemburgo.
Astorga - ÓTIMO: Uma atuação impecável. Salvou gol certo do Vitória no primeiro tempo.
Eli Sabiá - BOM: Foi mais discreto que Astorga, mas também não comprometeu.
Triguinho - REGULAR: Só não dou péssimo porque ele, ao menos, se esforçou muito. Mas hoje era jogo para o camisa três se consagrar. Ele tinha todo o espaço do mundo para jogar.
Rodrigo Souto - ÓTIMO: Deu um show no meio-campo, desarmando todas e armando contra-ataques importantes.
Pará - REGULAR: Jogou bem no primeiro tempo, como meia, mas caiu muito jogando na lateral direita. Errou demais.
Germano - PÉSSIMO: Inacreditável o número de passes errados desse cara. Quando não erra, manda bolas na fogueira. Muito atrapalhado.
Felipe Azevedo - REGULAR: Esforçado, porém, fraco. Triste vê-lo com a camisa 10.
(Robson ) - PÉSSIMO: Joga tropeçando na bola.
Neymar - REGULAR: Foi um dos jogadores mais acionados da partida. Fez algumas boas jogadas, mas falhou muito também. Prova a cada dia que precisa de mais tempo para ser o craque que todos esperam.
Kléber Pereira - REGULAR: Mais uma vez perdeu muitos gols, mas também não foi um desastre completo. A torcida, no entanto, não perdoou e vaiou muito o camisa nove. E teve grito de "Cristiane!".
(André) - REGULAR: Entrou na fogueira e não correspondeu.
Téc: Vanderlei Luxemburgo - PÉSSIMO: Ganha essa nota por uma só razão: deixar o Madson no banco. Piada de mau gosto.

VITÓRIA

Do lado baiano, o empate parece ter agradado. Desde o primeiro minuto, o time de Vagner Mancini fez cera e jogou recuado. Destaque para Ramon, que fez belas jogadas e foi importante na bola parada. Gléguer (aquele mesmo) também fez boas defesas e impediu o gol santista em algumas oportunidades.


Direto da Redação












Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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ricardopilat

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