A ex-nadadora Patrícia Amorim, 40 anos, foi eleita a primeira presidente mulher dos 114 anos de história do Flamengo nesta segunda-feira e comandará o clube entre 2010 e 2012.
Em uma eleição que terminou no começo da madrugada de segunda-feira, na Gávea, Patrícia obteve 792 votos, contra 699 de Delair Dumbrosck - atual vice-presidente e candidato da situação -, 388 de Clóvis Sahione, e 311 de Plínio Serpa Pinto. O pleito teve a participação de 2.343 associados e transcorreu em um ambiente de tranquilidade, um dia após a conquista do hexacampeonato do Flamengo.
Patrícia foi diversas vezes recordista de competições sul-americanas e disputou os Jogos Olímpicos de Seul-1988, em uma época em que o Flamengo era uma potência olímpica e mandava representantes para quase todos os esportes.
Fora das piscinas, Patrícia seguiu com sua vida ligada ao esporte. Virou dona de academias esportivas e passou a ser dirigente do Flamengo. Alcançou a vice-presidência de esportes olímpicos, na qual permaneceu por mais de três anos. Saiu após uma grave crise envolvendo atrasos de salários do time de basquete e dos atletas da ginástica olímpica.
Fora do esporte, também obteve destaque. Em 2000, elegeu-se vereadora no Rio de Janeiro, repetindo a dose em 2004 e 2008. Politicamente, é forte dentro da Gávea. Conseguiu reunir no seu grupo três ex-presidentes: George Helal, Luiz Augusto Veloso e Hélio Ferraz. Este último, será o vice-presidente geral do clube.
Fonte: Terra
Comentário da Redação
Um toque feminino no Flamengo
Confesso que tenho muita curiosidade para ver como será a gestão de Patrícia Amorim na presidência do Clube de Regatas Flamengo. Como ex-nadadora, especialista em esportes olímpicos, ela já demonstrou que dará igual atenção a todos os esportes em que o Rubro-Negro é forte, seja no remo, no basquete ou no futebol.
E essa será uma missão quase impossível de Patrícia. Hoje, os clubes mal conseguem administrar o seu futebol, muito menos os esportes amadores. O Flamengo é exemplo disso.
O desafio de Patrícia Amorim será enorme. Não só por essas questões que mencionei, mas pelo preconceito certo que ela sofrerá. Se o time dentro de campo não estiver bem, sempre vai haver um engraçadinho para dizer que mulher não entende nada de futebol. Isso será inevitável.
Mas acredito que ela possa fazer um bom mandato, mantendo a força do Flamengo em todos os esportes, e dando um toque feminino no clube de maior torcida do mundo.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
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