
E não é só pela forma como é conhecido que Dodô se assemelha aos Didis, Dadás, Zizinhos e Pepes daquela época. Sua maneira de jogar, sua passada, elegância ao carregar a bola e a destreza nos fundamentos do esporte lembram muito o futebol do passado.
Aos 35 anos, Dodô ainda se destaca no futebol brasileiro. Na semana passada, ele ajudou o Vasco a massacrar seu ex-clube, o Botafogo. Jogou demais! Bem ao seu estilo. Ora carregando a bola como um avestruz, com passadas largas, firmes e sem abaixar a cabeça; ora como um leopardo, feroz e cruel para definir a situação. Dodô é imprevísivel.
Tão imprevísivel que não foi tudo o que poderia ter sido na carreira. Infelizmente, é um jogador irregular. É capaz de marcar três golaços (aliás, Dodô já fez gol feio?) em uma partida e não tocar na bola nos três jogos seguintes.
Ainda assim, vale a pena sentar-se na poltrona de casa ou na arquibancada do Maracanã para vê-lo jogar. A qualquer momento, ele pode fazer algo diferente do que os demais conseguem. Com elegância, tranquilidade e muita habilidade. Dodô é um romântico com a bola nos pés. Daqueles que entregam flores e bombons aos zagueiros adversários.
Se não virou o craque que pintava ser no ínicio de carreira, ainda no São Paulo, talvez seja porque Dodô nasceu na época errada.
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