Pelo andar da carruagem, e se nenhum tsunami passar por Santos, Robinho deve retornar ao clube que o revelou ao futebol, após quase cinco anos jogando na Europa. Segundo o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o popular LAOR, a negociação está 98% concretizada. Falta apenas definir o tempo de empréstimo - o Alvinegro quer um ano, o Manchester City quer seis meses.Como eu já disse aqui no blog durante a semana, o negócio será muito bom para as três partes envolvidas. Para o City serão alguns meses de economia com o enorme salário de Robinho - o maior do futebol inglês - e ainda a possibilidade de tê-lo mais motivado quando voltar. Para o jogador, nem se fala. Jogando no Brasil, no clube que gosta e conhece como poucos, Robinho será rei. Tem tudo para chegar voando na Copa do Mundo. E alguns meses ganhando menos não o farão dormir embaixo de uma ponte.
E o Santos será o maior benefeciado no final das contas. Terá em seu elenco um ídolo, titular da seleção brasileira e excelente atacante. Trará público, venderá camisas e artigos relacionados e reforçará o time. O clube está perto de confirmar os patrocinadores que podem bancar o salário de Robinho, o que tornará ainda mais vantajosa essa contratação.
Não tenho dúvidas de que, se confirmando a negociação, será Robinho e mais dez na equipe de Dorival Júnior. Ao lado de jogadores com estilo muito parecido com o seu, o "rei das pedaladas" terá ainda muito mais facilidade para se readaptar ao futebol brasileiro.
Peixe na prancheta
Montei aqui dois ataques possíveis para o Santos com Robinho. Na primeira opção, ele faria composição com Ganso, Neymar e um centroavante (Giovanni ou André). Na segunda, faria parte de um ataque ágil com Neymar e mais dois meias. Vamos colocar o Santos na prancheta.
Cenário 1: Robinho e mais dois no ataque
Nessa hipótese, Robinho ganharia a vaga que hoje é disputada por Wesley, Madson e Marquinhos, e o Santos jogaria com três atacantes. Robinho seria um dos pontas, trocando de posição com Neymar e ajudando a recompor o meio-campo quando o time estiver sem a bola. Giovanni ou André fariam a função do pivô, e Paulo Henrique seria o responsável pela armação. Particularmente, é minha formação preferida, apesar do risco de deixar o time mais exposto.
Cenário 2: Time sem centroavante
Uma outra alternativa seria jogar sem um centroavante, o homem de área. Neymar e Robinho seriam os avantes, jogando com movimentação e entrando na área sempre que preciso. Ganso seria um jogador mais participativo, armando o time, chegando na área em lances de linha de fundo e fechando o lado esquerdo quando a bola estiver com o adversário. O outro meia (seja ele quem for) trabalharia no lado direito e também poderia recompor a marcação.
No papel é fácil armar o time, mas Dorival Júnior terá trabalho. Mas um trabalho gostoso, sem dúvida.
Mais uma vez, o São Paulo...
Pode ate ser coincidência, mas é estranho esse interesse repentino do São Paulo em certos jogadores. Agora, o Tricolor diz que vai tentar contratar Robinho e que Roberto Mancini, técnico do City, prefere o time do Morumbi para que o atacante se recupere. Porém, a preferência do jogador é o Santos. Além disso, todo mundo sabe que o São Paulo não costuma fazer esse tipo de negócio, pagar salários exorbitantes...
Na verdade, esse é mais um blefe do São Paulo, que costuma usar desse expediente para atrapalhar negociações de rivais. E pelo que eu sei, dessa vez o Tricolor não conseguirá.
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* A coluna De Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.
Direto da Redação
Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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