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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Campeonato Paulista > Robinho decide na reestreia

* Rei dos dribles mostra que também é bom de letra e Santos vence o San-São: 2 a 1

Com uma obra de arte, Robinho fez sua reestreia pelo Santos e foi decisivo na vitória sobre o São Paulo por 2 a 1, na Arena Barueri, neste domingo, sétima rodada do Campeonato Paulista.

Com um gol de letra do "Rei do Drible" e outro de pênalti do "Princípe" Neymar, o Santos se manteve na liderança do Paulistão com 16 pontos. O São Paulo é o sétimo, com 11.

Paradona

As duas equipes entraram em campo com suas escalações previstas. No Tricolor, Ricardo Gomes manteve o 3-5-2 e apostou na movimentação que havia dado certo na vitória contra o São Caetano, com Dagoberto e Marcelinho Paraíba atuando sem posição fixa e Hernanes chegando pelo meio, com Washington fixo na frente. Do lado santista, Dorival Júnior manteve Robinho no banco e apostou na troca rápida de passes e na boa fase do trio Neymar, Paulo Henrique Ganso e André.

O São paulo começou assustando aos 12. Hernanes fez grande jogada pela esquerda, passou por dois marcadores, e tocou na medida para Marcelinho que, de fora da área, chutou fraco, permitindo fácil defesa do goleiro santista. No minuto seguinte, o Santos apertou e Marquinhos, em chute rasteiro, fez Ceni trabalhar.

Aos 15, André perdeu um gol inacreditável. Paulo Henrique Ganso avançou pela esquerda e bateu rasteiro para a área. O camisa 16, sozinho na pequena área, fez o mais difícil e bateu à esquerda de Rogério Ceni.

Depois de rodear o gol são-paulino sem sucesso, o gol santista veio em cobrança de pênalti. Aos 37, Arouca foi lançado nas costas de Miranda que, perdeu a passada e acertou o camisa 9 santista que, curiosamente pertence ao Tricolor. Pênalti marcado pelo juiz Marcelo Rogério. Na cobrança, o garoto Neymar não tremeu diante do badalado Rogério Ceni. Pior: fez o camisa 1 sentar no chão. Com paradinha e tudo, o camisa 17 só rolou a bola para o gol.

O gol fez mal ao Tricolor, que quase tomou o segundo aos 43, quando Wesley avançou pela direita e bateu no ângulo de Rogério Ceni, que voou e espalmou.

Letra neles

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. Mas o São Paulo melhorou sua marcação e cresceu em campo. Dorival Júnior, vendo que seu time diminuiu o ritmo, fez o que todos queriam e, aos 13, Robinho reestreava com a camisa do Peixe, na vaga de André. No Tricolor, Ricardo Gomes respondeu com Cléber Santana no lugar de Washington.

Aos 16, o São Paulo quase empatou com Jean, que recebeu passe de Jorge Wagner e, dentro da área, chutou duas vezes. Na primeira, foi travado por Durval. Na segunda, a bola raspou a trave direita de Felipe. Logo depois, Ricardo Gomes foi obrigado a fazer a segunda alteração, já que Dagoberto sentiu contusão. Roger entrou no seu lugar. E, no primeiro lance, o camisa 19 aproveitou belo cruzamento de Marcelinho Paraíba e, de cabeça, deixou tudo igual no marcador.

Dorival Júnior respondeu logo em seguida. Ele sacou Marquinhos e colocou Zé Eduardo para dar novo gás ao time. E Robinho, em seu primeiro ataque perigoso, aos 30, quase marcou. Ele avançou pela direita e, dentro da área, bateu cruzado. Rogério Ceni fez grande defesa e mandou pela linha de fundo. O Tricolor respondeu em cobrança de falta de Marcelinho Paraíba, que Felipe espalmou.

Nos 15 minutos finais, sobrou emoção. Até que, aos 40, Wesley escapou pela direita e cruzou na medida para Robinho que, a pouquíssimos metros de Rogério Ceni, se antecipou e, de letra, fez um golaço. Depois, foi só segurar a posse de bola e comemorar.

Ficha do jogo

SÃO PAULO 1 x 2 SANTOS
Rogério Ceni; Renato Silva, Xandão e Miranda; Jean, Hernanes, Richarlyson, Marcelinho Paraíba (Léo Lima) e Jorge Wagner; Dagoberto (Roger) e Washington (Cléber Santana). Felipe; Wesley, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Mancha, Arouca, Marquinhos (Zé Eduardo) e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Germano) e André (Robinho).
Técnico: Ricardo Gomes. Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Neymar, aos 38min do 1º tempo. Roger, aos 22min e Robinho, aos 40min do 2º tempo
Cartões amarelos: Xandão, Hernanes e Miranda (São Paulo). Edu Dracena, Wesley e Zé Eduardo (Santos)

Estádio: Arena Barueri. Data: 07/02/2010. Árbitro: Marcelo Rogério. Auxiliares: Vicente Romano Neto e David Botelho Barbosa. Renda e Público: R$ 444.688,75 / 14.519 pagantes.


Fonte: Globo.com


Comentário da Redação
Visão tricolor > O time se poupou
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Assim como nos anos anteriores, a prioridade do São Paulo no primeiro semestre é a Copa Libertadores. E, às vésperas da estreia na competição sul-americana (quarta-feira, contra o Monterrey), o time de Ricardo Gomes jogou com o freio de mão puxado e saiu derrotado justamente no clássico deste domingo.

Desde o começo do jogo, o Tricolor deixou o rival com a bola e deu uma recuada. Porém, além de deixar espaços no campo de defesa, o Sampa não tinha nenhuma velocidade na hora de sair para o ataque e a dificuldade para criar foi grande.

Deixar a bola o tempo todo com esse bom e habilidoso time santista é querer sofrer pressão e tomar gol. E foi o que aconteceu. Miranda cometeu um pênalti polêmico em cima do Arouca, e Neymar converteu. Na hora, eu achei correta a decisão do árbitro, mas depois, vendo o replay, fico na dúvida. De qualquer forma, não dá para criticar o juiz.

Perdendo o jogo, o São Paulo começou a etapa final com mais vontade, porém, com Marcelinho Paraíba sumido, o time pouco conseguiu criar. Quando o camisa 11 resolveu aparecer, nem que fosse para dar um cruzamento, o gol saiu. O meia-atacante mandou na área, e Roger, que havia acabado de entrar, mandou para dentro, de cabeça.

No entanto, o Santos tratou de mostrar que não estava vencendo o jogo apenas pelo fato de o São Paulo estar se poupando. O Alvinegro seguiu criando muito mais e conseguiu o merecido gol da vitória. Aliás, o triunfo não poderia vir de forma melhor, com um golaço do Robinho, na sua reestreia pelo Peixe.

Conceitos

Rogério Ceni - BOM: Não teve culpa nos gols e fez boas defesas.
Renato Silva - REGULAR: Não tem futebol para ser titular do São Paulo, mas hoje não foi mal.
Xandão - BOM: Esse faz caminho inverso e parece ter bola para ser titular. Jogando na cobertura, fez desarmes precisos e foi o zagueiro são-paulino que mais teve qualidade para sair jogando.
Miranda - PÉSSIMO: Displicente e em um dia muito ruim. Foi precipitado no lance do pênalti.
Jean - REGULAR: Meio perdido no posicionamento em alguns momentos, chegou bem ao ataque.
Richarlyson - REGULAR: Deu uma vacilada na jogada do primeiro gol do Santos e é muito inseguro para ser primeiro volante. Mas, como de costume, lutou bastante.
Hernanes - BOM: Pode não ter feito uma grande partida tecnicamente, mas foi importante na marcação e acima de tudo, buscou jogo. Teve alguns lampejos de grande jogador que ele é.
Marcelinho Paraíba - REGULAR: Muito apagado, errou quase tudo que tentou. Quando acertou, deu assistência para o Roger marcar de cabeça.
(Léo Lima) - SEM CONCEITO: Entrou aos 36 do segundo tempo, e mal pegou na bola.
Jorge Wagner - BOM: Quando apoiou, tentou fazer o time jogar, com bons passes. Foi o único jogador que fez o goleiro santista realmente trabalhar no primeiro tempo, com um chute de fora da área.
Dagoberto - REGULAR: Girou pra lá, girou pra cá... mas nada produtivo.
(Roger) - BOM: É fraquíssimo, mas fez, logo no seu primeiro lance do jogo, o que se espera de um centroavante.
Washington - PÉSSIMO: Perdeu todos os duelos individuais para os defensores santistas.
(Cléber Santana) - REGULAR: Entrou bem na estreia, mas hoje pouco apareceu.
Téc: Ricardo Gomes - REGULAR: Com boas opções no banco, poderia ter tirado o Marcelinho Paraíba mais cedo. Mas foi bem quando mexeu.


Visão santista > O Santos 2010 é forte
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Hoje o Santos tinha um teste importante no clássico contra o São Paulo. Jogaria contra um adversário qualificado, diferente dos últimos seis times do Paulistão. E o time mostrou ser forte. Dorival Júnior acertou algumas deficiências que vi nas primeiras partidas e a equipe cresceu muito e rápido.

O Peixe dominou completamente a partida em Barueri. O único momento em que o Tricolor esteve melhor foi entre 10 e 25 minutos do segundo tempo, curiosamente quando Robinho entrou, e o Santos recuou muito. E num lance fortuito, Roger fez um gol de cabeça que não fez justiça ao placar.

Antes disso, o primeiro tempo foi um baile alvinegro. Ganso comandou a festa, ao lado de Marquinhos, dando muito trabalho ao meio-campo do São Paulo. Arouca ainda vinha de trás para complicar a vida tricolor. Nas poucas vezes em que o time do Morumbi teve a bola nos pés, desperdiçou de forma equivocada. O Santos conseguiu seu gol de pênalti, em cobrança sensacional de Neymar e fez justiça no placar.

Mas depois do gol de empate, no segundo tempo, o Santos voltou a ser melhor em campo, controlou a bola e soube criar jogadas de perigo. Robinho teve três grandes chances e fez a terceira. E que golaço!!!

O camisa 7, grande atração da tarde deste domingo, tirou de letra (literalmente) toda a responsabilidade. Temos que levar em conta a falta de ritmo do atacante. Mas tenho certeza que o time crescerá quando ele entrosar com a molecada da frente. E aí, ficara difícil jogar contra o Peixe.

Conceitos

Felipe - BOM: Fez boas defesas quando foi exigido.
Wesley - REGULAR: Fez uma partida horrível e mostrou que a lateral não é a dele. Mas, porém, todavia, entretanto e contudo, foi muito bem no gol da vitória e subiu um pouco o conceito. Coisas do futebol.
Edu Dracena - BOM: Jogou bem na sobra, evitando combates com Washington e outros atacantes.
Durval - ÓTIMO: O melhor em campo. Não perdeu uma!
Léo - BOM: Ficou mais na defesa e fez muito bem. O São Paulo só criou uma boa jogada pela esquerda da defesa santista - o lance do gol - mas em lance isolado.
Rodrigo Mancha - BOM: Apareceu menos hoje e foi importante para segurar Hernanes e Paraíba.
Arouca - ÓTIMO: Só não foi melhor que o Durval. Desarmou com muita eficiência e iniciou bons contra-ataques. O torcedor são-paulino, que não viu esse Arouca com a camisa tricolor, deve ter ficado irritado.
Marquinhos - BOM: Ajudou a defesa várias vezes e apareceu para o jogo quando Ganso sumiu de campo.
(Zé Eduardo) - REGULAR: Fez algumas bobagens no final do jogo, mas valeu pelo esforço.
Paulo Henrique - REGULAR: Foi um grande jogador durante os primeiros 30 minutos de partida e depois sumiu completamente. Ainda arriscou alguns chutes no segundo tempo, para não ser injusto.
Neymar - BOM: Não brilhou como nas últimas partidas. Longe disso. Mas usarei o mesmo critério que usei com o Wesley e subo um pouco a sua nota pela personalidade na cobrança de pênalti. Paradinha ou paradona, o problema é do goleiro.
(Germano) - SEM CONCEITO: Mal tocou na bola.
André - BOM: Fez, hoje, um bom papel de pivô, abrindo espaços para quem vinha de trás.
(Robinho) - BOM: Sua reestreia não poderia ser melhor. Ainda fora de ritmo, soube buscar seu espaço, apareceu com perigo em algumas oportunidades e deixou o seu gol. Uma pintura, de letra.
Téc: Dorival Júnior - BOM: Fez a decisão certa ao deixar Robinho no banco e colocou o craque no momento certo. Só não gostei de sua opção pelo Wesley na direita, que deixou muito espaço na defesa. Eu não repetiria isso nos próximos jogos.

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