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domingo, 2 de maio de 2010

Campeonato Paulista > Santo André complica, vence o jogo, mas o título é do Peixe

* Santos conquista o Paulista pela 18ª vez na história

Nem o mais pessimista torcedor santista esparava uma decisão tão dura contra o Santo André. No segundo jogo da final, neste domingo, no Pacaembu, o time do ABC mostrou sua força e conquistou a vitória por 3 a 2. O placar, porém, foi insuficiente para o Ramalhão, e com a vantagem de jogar por dois resultados iguais, o Santos pôde comemorar seu 18º título paulista após o apito final de Salvio Spinola.

O enredo do título santista foi dramático. Foram três expulsões que complicaram demais a vida do time de Dorival Júnior. Ao contrário do Santos que se viu durante todo o Paulistão, o Alvinegro jogou fechado, na raça, segurando a derrota por apenas um gol que lhe deu o caneco.

Ramalhão na frente

A partida mal começara no Pacaembu, e com menos de 30 segundos o Santo André já liderava o marcador. Branquinho lançou Cicinho, na direita, às costas de Léo. O lateral do Ramalhão invadiu a área, driblou o goleiro Felipe e chutou cruzado. Antes de a bola entrar, Nunes empurrou para o gol.

Mas o Santos buscou o empate sete minutos depois, no ritmo do seu torcedor. Marquinhos achou Robinho dentro da área. De letra, o Rei das Pedaladas tocou para Neymar na marca do pênalti. Ele se livrou de três marcadores e estufou a rede com um forte chute de direita. Golaço!

Mas o Santo André venderia caro o título ao Santos. Muito caro. Aos 15 minutos, Branquinho livrou-se da marcação pelo meio e mandou a bomba. A bola explodiu na trave. Em seguida, aos 17, Carlinhos desceu pela esquerda e cruzou para Rodriguinho marcar de cabeça. No entanto, a auxiliar Maria Eliza Barbosa errou e marcou impedimento de Carlinhos, cuja posição era legal.

Aos 19, enfim, o Santo André marcou. Após cobrança de escanteio pela direita, Alê apareceu na área. A zaga santista ficou olhando, e o volante completou de cabeça para o gol.

Aos 22 minutos, Alê chegou de forma mais dura numa dividida com o garoto santista, provocando uma grande confusão. Ganso tomou as dores do amigo e partiu para cima do volante. E Léo e Nunes começaram uma ríspida discussão paralela, perto da linha lateral. Foram expulsos.

As equipes seguiram em campo com dez de cada lado, mas o Santos tinha Neymar e Ganso. E também Robinho, que começou a jogada do gol de empate, aos 31 minutos. Ele serviu Paulo Henrique, que encontrou Neymar com um toque de letra genial. O camisa 11 não teve problemas para empatar a partida: 2 a 2.

O Santos parecia ter o jogo sob controle, mas tudo foi por água abaixo quando Marquinhos acertou um carrinho desleal em Branquinho. Salvio Spinola colocou o camisa oito na rua.

Com um a mais em campo, o Santo André se animou e conquistou um gol importante, que lhe deu a vantagem no placar ao final do primeiro tempo. Aos 44, runo César acertou belo passe para Branquinho, que entrava pelas costas da defesa santista. O meia girou e bateu colocado, de direita, sem chances para Felipe.

Peixe se segura na raça

O Santos voltou mais bem posicionado para o segundo tempo. Dorival Júnior abriu Robinho pela direita e Neymar pela esquerda. Ganso jogava pelo meio. Arouca e Mancha marcavam pelo meio. Mesmo com um a menos, o Peixe conseguia ameaçar. Logo aos três minutos, num lindo passe diagonal, Ganso enxergou Robinho. O gol só não saiu porque o atacante chegou atrasado.

O Ramalhão, porém, continuava bem vivo no jogo. Sempre que Bruno César ou Branquinho pegava na bola, o time do ABC criava jogadas perigosas. Aos cinco minutos, Rodriguinho recebeu de Bruno, driblou Felipe e chutou para o gol. Arouca, que entrava por ali, salvou o Alvinegro Praiano quase em cima da linha.

Aos 17, Dorival tirou Robinho para colocar o atacante André. Pensando em segurar ainda mais o resultado, Dorival tirou Neymar aos 32, e colocou Roberto Brum. O volante ficou pouco em campo, já que matou contra-ataque com um carrinho duro e acabou expulso.

Sobraria para Ganso, já que Dorival queria tirar o meia para colocar o zagueiro Bruno Aguiar. Paulo Henrique, no entanto, bateu o pé e disse que não saíria. Pior para André, que retornou ao banco. Melhor para o Santos, que viu o Ganso controlar a partida como gente grande, prendendo a bola no cmapo de ataque do Santos.

Aos 45 minutos, o momento de maior tensão para os torcedores santistas: Rodriguinho completou um cruzamento da direita, e a bola tocou na trave. Ufa! Mas não entrou, e aos 49 minutos Salvio Spinola.

Ficha da decisão
SANTOS 2 x 3 SANTO ANDRÉ
Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Mancha, Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Roberto Brum) e Robinho (André) (Bruno Aguiar). Júlio César, Cicinho (Rômulo), Halisson, Cesinha e Carlinhos; Alê (Pio), Gil, Branquinho (Rodrigão) e Bruno César; Rodriguinho e Nunes.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Nunes, aos 30 segundos, Neymar, aos sete minutos, Alê, aos 19, Neymar, aos 31, e Branquinho, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rodriguinho, Júlio César, Alê, Carlinhos, Cicinho, Rômulo, Halisson (Santo André), Pará, Neymar, Paulo Henrique Ganso (Santos). Cartão vermelho: Nunes (Santo André) e Léo, Marquinhos e Roberto Brum (Santos)
Público e renda: 35.001 pagantes e R$ 2.349.455.
Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Data: 02/05/2010. Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Maria Eliza Correia Barbosa e Daniel Paulo Ziolli.


Comentário da Redação
Futebol de campeão para todos os gostos

Aconteceu o que todos previam: O Santos é o campeão paulista de 2010. Só não foi da maneira que imaginávamos. Melhor assim, pois o espetáculo foi muito mais valorizado pelo excelente futebol do Santo André.

Mas a derrota no jogo final do Paulistão mostrou que o Santos tinha mesmo futebol de campeão. E para todos os gostos. Futebol arte, futebol tático, futebol de raça. Tudo o que um grande campeão deve ter.

E que baita jogo no primeiro tempo! O time não jogou mal. Digamos que o Santo André entrou um pouco mais motivado do que o Peixe. Os azuis buscaram o gol de forma incessante. Mesmo após sofrerem dois empates. E olha que a facilidade que o Santos encontrou para fazer seus dois gols faria qualquer time desanimar - e que golaços de Neymar, diga-se de passagem.

E não foi assim com o Ramalhão, que ficou com um jogador a mais, venceu o primeiro tempo e entrou no segundo com a oportunidade única de ser campeão. Não conseguiu. Não encontrou os espaços. Aqueles que surgiram, o torcedor santista ajudou a fechar. E assoprou a bola em algumas oportunidades, como naquela pelota que beijou a trave aos 45 minutos.

Mas o Santos fez um jogo incrível na etapa final, liderado por um "quase veterano" Paulo Henrique. Porque moleque nenhum de 20 anos faz o que ele fez. Ele chamou a responsabilidade e liderou um Santos com oito homens em campo. E só ele de jogador de frente. Uma jornada fantástica do camisa 17, que jogou como um autêntico 10. Posição carente na seleção brasileira de Dunga (fica a dica).

Aos santistas, só há a lamentar a ausência de Giovanni dentro de campo. Infelizmente ele não pôde ser campeão jogando. O jogo não era pra ele. Mas o título é dele e de todos os santistas, que têm todos os motivos para terem orgulho do que seus meninos vêm aprontando. Parabéns, Santos, campeão paulista de 2010.

Conceitos

Felipe - BOM: Quando precisaram dele, no segundo tempo, ele fechou o gol. Falhou algumas vezes na primeira etapa, mas está de parabéns pelo excelente trabalho.
Pará - EXCELENTE: Um monstro. Duas vezes merecedor desse conceito na reta final do Paulistão.
Edu Dracena - BOM: Meio perdido no primeiro tempo, mas fundamental na etapa final.
Durval - BOM: Falhou no segundo gol do Santos André. E só.
Léo - REGULAR: Errou ao se envolver na polêmica com Nunes. Sobrou pra ele.
Arouca - EXCELENTE: Mais um que merece esse conceito. Como será que ele faz para estar em todos os lugares do campo ao mesmo tempo?
Rodrigo Mancha - BOM: Se superou em campo e deixou o torcedor santista satisfeito.
Marquinhos - PÉSSIMO: Confundiu vontade com burrice e complicou o Santos.
Paulo Henrique - EXCELENTE: Que atuação FANTÁSTICA! Jogou sozinho no segundo tempo quase que inteiro e fez o tempo correr, com qualidade, técnica e maturidade. Atuação de camisa 10 de Seleção.
Neymar - ÓTIMO: Gastou a bola no primeiro tempo. Jogou demais! Fez dois golaços e mostrou que não pipoca, que é jogador de decisão, jogador de Seleção.
(Roberto Brum) - PÉSSIMO: Idem ao Marquinhos.
Robinho - REGULAR: Um ou outro brilhareco. Muito pouco para um jogador do seu calibre. Falhou em lances capitais. O que posso dizer é que sua missão por Santos vai chegando ao fim e os dois objetivos foram alcançados: o Santos é uma equipe campeã, e Robinho tem sua parcela grande nisso; e o jogador está mais confiante e feliz do que estava lá em Manchester.
(André) - REGULAR: Entrou em uma situação muito adversa, mas a bola chegou pouco. Mas pelo que fez no campeonato, merece todo o reconhecimento da torcida.
(Bruno Aguiar) - SEM CONCEITO: Entrou no final. Deu uma arrancada nos últimos segundos de jogo, e valeu o pique.
Dorival Júnior - EXCELENTE: Pois é, com o Santos esse conceito ficou menos raro. Mas Dorival merece, pois transformou um time desacreditado na principal referência de futebol arte do Brasil. Um dos principais responsáveis por esse sucesso, sem dúvida.

Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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ricardopilat

Um comentário:

  1. it looks like you had a much more fabulous weekend than my own! ha ha, i spent it studying for finals. ughhh.
    lovely blog, by the way!

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