Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 > Vuvuzela

O que mudou nos últimos 2 anos?

Você aí que está lendo mais uma "Vuvuzela", faça um exercício. O que mudou na sua vida nos últimos dois anos? Na minha, muita coisa. Saí do terceiro para o último semestre do curso de jornalismo; terminei um relacionamento amoroso; mudei de emprego. Enfim, muita coisa está diferente.

Dois anos é muito tempo. Tempo o bastante para que duas seleções mudem completamente. Não é exatamente o caso de Espanha e Alemanha, finalistas da Eurocopa 2008 e que agora se enfrentam na semifinal da Copa do Mundo.

Naquela oportunidade, em 29 de junho de 2008, a Alemanha chegou com favoritismo (assim como em 2010), mas a Espanha venceu. E aquele título deu uma moral nunca antes vista à Fúria, que chegou ao Mundial credenciada ao título. Os alemães, pelo futebol apresentado ao longo da competição, entraram pra valer na disputa.

Na prática, pouca coisa mudou. A Espanha manteve a base campeã europeia. Existem duas diferenças básicas: o técnico Luiz Aragonés deixou o cargo e deu lugar a Vicente del Bosque; o meio-campo foi reforçado na marcação por Busquets e Xabi Alonso. Marcos Senna titular daquela campanha, não foi convocado desta vez. Fabregas, por exemplo, continua reserva (vai entender...).

A Alemanha também manteve a base, mas jogou uma pitada de juventude e talento no seu elenco. Sem Ballack, lesionado, e outros atletas preteridos, como Frings e Hitzlsperger, a equipe foi recheada por garotos bons de bola no meio-campo, como Özil, Müller e Khedira. Schweinsteiger, antes ponta esquerda, virou segundo volante, e a mudança deu muito resultado.

Pelo que a Alemanha já apresentou no Mundial 2010 e pelo potencial que têm os espanhóis, podemos prever um equilíbrio muito grande na semifinal de quarta-feira. E com jogadores tão qualificados no meio-de-campo de ambas as equipes, não é bobagem dizer que os atacantes que estiverem com a pontaria em dia (como estão Klose e Villa) podem fazer a diferença.

E o que mudou nos últimos 36 anos?

Aqui eu não posso citar exemplos próprios - não era nascido em 1974. Em 15 de junho daquele ano, a Holanda, que encantaria o mundo com seu "carrossel", dava o primeiro passo no Mundial da Alemanha, vencendo o Uruguai por 2 a 0.

Nesse caso, tudo mudou. O Uruguai deixou de ser uma equipe temida, para se colocar no terceiro escalão do futebol mundial. A Holanda, que nunca ganhara títulos de expressão, ocupou um lugar de destaque, mesmo sem chegar ao título mundial até hoje.

Em 2010, o cenário se reflete na semifinal entre as equipes. A Celeste bicampeã do mundo chega como zebra diante de uma Holanda admirada por todos, mesmo sem a mesma galeria de títulos. E nem poderia ser diferente. Basta comparar time por time, jogador por jogador e campanhas recentes em Mundiais.

A Holanda é muito favorita nesta disputa, mas quem sabe a tradição uruguaia não pesa num momento destes...

=========================

* A coluna Vuvuzela traz as cornetadas do 19º Mundial de seleções da história do futebol, o primeiro na África. Mais do que nunca, a África do Sul é logo ali.

Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário