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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Terra do Tio Sam > Dallas campeão nas mãos de um alemão

 Um dos maiores - se não for o maior - jogadores estrangeiros da História da NBA decidiu o título a favor do Dallas Mavericks, que ontem derrotou o Miami Heat por 105 a 95, fora de casa, e venceu a série final da maior liga de basquete do mundo. Estou falando, obviamente, de Dirk Nowitzki, que liderou um time completamente desacreditado ao louro mais importante do esporte da bola laranja.

Não é de hoje que Dirk comanda o Dallas quase que sozinho. Faltavam títulos que justificassem o seu talento. Recentemente, os Mavs agregaram ao time alguns jogadores mais experientes, como Jason Kidd (campeão da NBA aos 38 anos), mas nenhum atleta fora de série que pudesse dividir com o alemão a responsabilidade do time. A maior contratação do time texano para a temporada foi, na verdade, a renovação de contrato com Nowitzki, que era free agent no meio de 2010.

Já o Miami, vice-campeão, adotou estratégia completamente oposta. Reforçou o bom time liderado por Dwyane Wade com duas estrelas. Ou melhor uma estrela e outra superestrela (Chris Bosh e LeBron James, respectivamente).

O resultado não foi dos piores, já que a equipe chegou às finais com favoritismo, mas em nenhum momento na temporada os astros conseguiram se entender de forma harmônica. Ora Wade fazia 42 pontos, ora James fazia 45. Nunca os dois faziam 29, 30...

Pior que isso foi que no momento decisivo, final de NBA, nenhum deles chegou nem perto da casa dos 40 pontos. Wade fez 26.5 pontos por jogo, enquanto LeBron teve patética média de 17.8. Mas sobre o camisa 6 de Miami eu falo mais adiante.

Primeiro é preciso reforçar a importância de Dirk Nowitzki, MVP das finais. Ele teve 26 pontos de média diante de Miami, sendo quase 10 pontos por jogo no quarto período das partidas decisivas. Ou seja, a hora que o bicho pega!

Estamos aqui falando de um jogador de decisão e que já merecia há muito tempo um título de NBA. E ao lado de um conjunto maravilhoso comandado por Rick Carlisle, ele conseguiu. Está na história.

LeBron superar Jordan? Jamais!

Com 18 pontos por jogo e 32 minutos de média em quadra nas finais da NBA, o reserva do Dallas Jason Terry não só foi um dos grandes responsáveis pela conquista dos Mavs como também superou o jogador mais importante da liga atualmente, LeBron James (17.8 pontos por jogo e média de 43 minutos em quadra nas finais).

Não é tão demérito ter números piores que os de Terry, que foi monstruoso na final. Errar é humano, ainda mais quando o assunto é decisão. O que me impressionou foi a omissão do ex-jogador do Clevland Cavaliers. Um atleta acostumado a decidir jogos sozinho em momentos cruciais da temporada, chamado até de fominha em algumas situações, e que diante do Dallas optou em 99% das vezes por um passe de lado (para atletas sem nome) a uma infiltração ou arremesso de longa distância. Não se faz pontos sem arremessar.

A amarelada foi tão grande que chegou a causar indignação em toda a crítica especializada e principalmente nos torcedores de Miami, que devem estar até agora tentando entender como um time com dois dos principais jogadores da Liga e da seleção amaericana consegue perder um título para qualquer outro adversário.

A surpresa, porém, não deveria ser tão grande. Basta lembrar da final de 2007, em que LeBron jogava sozinho no Clevland Cavaliers e mesmo assim conseguiu se esconder na hora H.

E teve gente que chegou a comparar LeBron James com Michael Jordan (até Scottie Pippen... vejam vocês). Eu diria que ele terá de comer muito arroz com feijão e ganhar umas 4 ou 5 vezes a NBA como protagonista para lustrar os tênis de Kobe Bryant, Magic Johnson, Julius Erving, Bill Russell, Tim Duncan, Wilt Chamberlain... e por aí vai.

Fotos:
NBA.com e Reuters

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* A coluna Terra do Tio Sam fala dos esportes que são mania nos Estados Unidos: basquete, beisebol, futebol americano e hóquei.


Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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