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sábado, 27 de outubro de 2007

Memória > 3 anos da morte de Serginho

* Zagueiro morreu em campo após uma parada cardiorrespiratória

Hoje, dia 27 de Outubro de 2007, completam-se 3 anos de uma das maiores tragédias do futebol brasileiro. Na mesma data em data, em 2004, morria o zagueiro do São Caetano, Serginho de 30 anos, dentro do gramado do Morumbi, em um jogo do Campeonato Brasileiro daquele ano. O jogador desmaiou repentinamente na grande área, após uma parada cardiorrespiratória.

Serginho desmaiou em campo aos 14 minutos do segundo tempo da partida, que foi suspensa pelo árbitro Cléber Wellington Abade quando ainda apresentava o placar de 0 a 0. Às pressas, os médicos dos dois clubes tentaram reanimar o atleta, fazendo massagem cardíaca e respiração boca-a-boca, mas tudo foi em vão.

Ele
foi levado ao hospital São Luiz, em São Paulo, mas morreu às 22h45 daquela quarta-feira, 40 minutos depois de dar entrada no hospital. A notícia triste e definitiva, entretanto, chegava à imprensa às 22h57, por meio do presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza. "Aconteceu o pior, não tem o que fazer." Serginho era casado com Elaine e tinha um filho de mesmo nome que o seu, Paulo Sérgio, de 7 anos de idade, hoje.

Assim que o jogador foi transportado, de maca, para uma ambulância do estádio, jogadores, treinadores e juízes fizeram um círculo no meio-campo para orar pelo atleta. Até a torcida do São Paulo, em estado de choque, homenageou o atleta, com aplausos enquanto os médicos retiravam o corpo de campo. Com os atletas das duas equipes abalados com o acontecimento, a partida foi encerrada por Abade. O jogo foi remarcado para duas semanas depois, do instante em que foi paralisado, e o tricolor venceu por 4 a 2. As rodadas seguintes foram de homenagens e luto, em todos os jogos do campeonato.

O estado de saúde de Serginho já era considerado crítico pelo médico do São Paulo, José Sanchez, no gramado. "Tentamos reanimar o jogador de todas as maneiras possíveis. Ele não tinha pulso e tivemos que encaminhá-lo rapidamente ao hospital". O zagueiro chegou com vida ao hospital São Luiz, para o qual ele foi levado.

Segundo o goleiro Silvio Luiz, do São Caetano, o jogador tinha problemas cardíacos e estava fazendo um tratamento. "Estava sendo feito um tratamento com ele no coração, mas o risco de acontecer algo era de 1%. Foi descoberto nos exames periódicos que fazemos", explicou o camisa um do São Caetano.

Mário Sérgio,que treinou o Botafogo recentemente e é ex-treinador do time do ABC, foi ainda mais longe. De acordo com ele, exames realizados no início do ano apontaram para uma arritmia. "O São Caetano foi negligente".

Nascido em Vitória, no Estado do Espírito Santo, Serginho havia completado 30 anos no último dia 19 de Outubro. Depois de passagens por times pequenos de Minas Gerais, o zagueiro chegou ao São Caetano em 1999.

Pelo azulão, o maior título havia sido conquistado no mesmo ano: o Campeonato Paulista. Além disso, Serginho disputou duas finais de Brasileiro e uma de Libertadores. Ele foi o símbolo da ascensão do time do ABC e, hoje, sua morte é apontada como a causa pela queda do Azulão na cenário Nacional. Hoje o time está na Série B do Campeonato Brasileiro, lutando para não cair.

Esse não foi o único caso de mortes no futebol. Em 2003, o camaronês Marc-Vivian Foe morreu no gramado em um jogo de sua seleção contra a França, com um aneurisma cerebral. Em 2004, o hungáro Miklos Feher, também faleceu em campo após um mal-súbito, em um jogo do seu time, o Benfica, pelo Campeonato Português. Além desses casos mais famosos, surgiram muitos em que anônimos perderam a vida jogando bola.

Com isso, os clubes resolveram investir na saúde dos jogadores e assim outras tragédias foram evitadas. No Brasil, jogadores tiveram estes problemas cardíacos diagnosticados.
Bebeto Campos(Paysandu), Filipe Alvim(Sem clube) e Diogo (Cruzeiro), tiveram que abandonar a carreira. Fabrício Carvalho (São Caetano na época e Goiás atualmente), Willian(Palmeiras) e Washington (Atlético-PR e futebol japonês atualmente), fizeram tratamento e voltaram aos gramados.










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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