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sábado, 3 de novembro de 2007

Copa do Mundo de Futebol de Areia > Rival no gramado, México é freguês na areia

*Seleção passou por processo de reformulação após ser goleada por 23 a 3 pelo Brasil


O México terá o privilégio de enfrentar o Brasil em horário nobre na Copa do Mundo de Futebol de Areia: será neste domingo, às 11h. No entanto, se no gramado os dois países fazem um clássico cheio de rivalidade, na areia o resultado é previsível. Apesar dos quilômetros e quilômetros de praia, o México tem pouquíssima tradição no esporte.


O divisor de águas no futebol de areia do país foi justamente uma derrota para o Brasil, em fevereiro de 2005. A goleada por 23 a 3 foi a segunda maior na história da seleção verde-amarela, perdendo apenas para os 21 a 1 sobre Mônaco.


Foi a partir dali que Ramón Raya assumiu o cargo de treinador, substituindo Josue Rodríguez, que trabalhava no escritório do setor da Confederação Mexicana que cuidava da Terceira Divisão. Não é só isso: a experiência de Rodríguez - assim como a de quase todos os jogadores, amigos dele - era no futsal, que não tem exatamente a ver com a praia.


- Quando vi pela primeira vez o vídeo com a goleada por 23 a 3, logo desisti. Eu não acreditava no que estava vendo. Como é possível levar 23 gols em 36 minutos? - conta Ramón Raya.


"Desisti de ver o vídeo com a goleada por 23 a 3 (para o Brasil). Eu não acreditava no que estava vendo"
Ramón Raya, técnico do México

A segunda vez foi junto com os jogadores, os mesmos que haviam atuado na partida - com exceção de seis, que desistiram da seleção ao saber que um novo projeto seria iniciado. Freqüentemente, ele parava o vídeo para perguntar como era possível que atuassem daquela maneira.


No momento do segundo gol mexicano, quando estava 22 a 2 para o Brasil, um jogador estranhou o silêncio do treinador.


- E agora, não vai falar nada? - perguntou, cansado de levar broncas.


- Vou. Olha o replay: você teve coragem de comemorar esse gol? - devolveu o técnico.


Dos jogadores que fizeram parte da histórica goleada, só resta um: Villalobos, o único na época a sentir vergonha da derrota, segundo Raya.


Muitas praias, poucos jogadores


A paixão do mexicano pelo futebol não chega até a praia. O torcedor só se interessa pelos campos, e aqueles que jogam sobre a areia encaram o esporte mais como um passatempo. Em alguns lugares, os praticantes inclusive calçam tênis.


- O mexicano prefere um futebol mais rápido. Por isso, faz muito sucesso no país o que vocês chamam de showbol - diz Ramón Raya.


Na estréia no Mundial, o México derrotou a Rússia nos pênaltis, após empate em 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação.


fonte: globo.com/esportes






Redator: Fernando Ankito

ankito@globo.com

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