O Corinthians fez sua parte: venceu a Portuguesa por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi e agora aparece no G-4, grupo dos times que vão se classificar para as semifinais do Campeonato Paulista. Está com 17 pontos, em quarto lugar, ultrapassou o rival Palmeiras, mas ainda pode cair de posição nesta quinta-feira, quando ocorrem outros cinco jogos. Precisa secar o São Paulo, que recebe o Paulista, e o Noroeste, que joga em casa contra o Marília. A Lusa caiu para a décima posição ao permanecer com 13 pontos.O gol da vitória foi de Herrera, que até quarta-feira da semana passada estava sem gol no Timão, mas desencantou contra o Barras-PI, na goleada por 6 a 0 pela Copa do Brasil.
E foi um belo gol: de letra, desviando chute de Chicão. Para quem era chamado de "Quase Gol" na Argentina, pelas chances que perdia, Herrera está mais produtivo do que Acosta, que em nove jogos só fez um gol, também de letra. Herrera tem sete e dois agora. O argentino quase complicou na etapa final, ao ser expulso aos 15 minutos, depois de cometer falta (a segunda) violenta. Quase, porque o Corinthians se segurou e Felipe fez uma defesa importante no fim.
O Timão tem uma parada dura na próxima rodada: encara a Ponte Preta, que até esta quinta-feira, quando o Guaratinguetá entra em campo, é a líder da competição, com 22 pontos. Já a Potuguesa tenta novamente se aproximar da zona de classificação em São José dos Campos (o Canindé segue interditado), contra o Guarani.
"Taquito" decide no primeiro tempo
A surpresa de Mano Menezes, que na visão dele tornaria o time mais ofensivo, foi sacar Carlão, colocar Carlos Alberto na lateral direita e deslocar Alessandro para o meio-de-campo. Mas a estratégia durou apenas três minutos: Alessandro sentiu dor muscular e pediu para sair. Éverton Ribeiro entrou no lugar, mas desmanchou o que pretendia o técnico: um jogador que saísse para o jogo, mas também marcasse forte, e suprisse a ausência de Carlão, o falso terceiro zagueiro há algumas rodadas.
Quem levou o Corinthians ao ataque, mais uma vez, foram os garotos. Em tabelas, Dentinho e Lulinha criavam jogadas e faltas próximas à área, o que levava sempre perigo ao gol lusitano. A Portuguesa se segurava, mas no contra-ataque assustava o goleiro Felipe: Christian e Rogério apareceram na cara do gol por pelo menos duas vezes, mas sempre em posição de impedimento.
Quando Dentinho tinha desaparecido e Lulinha firulava sem eficiência, sobrou para os defensores resolverem lá na frente. Primeiro o lateral-esquerdo André Santos arriscou um chute cruzado, de fora da área, mas a bola desviou na zaga. Logo depois foi a vez do zagueiro Chicão, da intermediária tentar o gol: o chute saiu fraco, mas encontrou dentro da área o argentino Herrera, que de letra, ou de "taquito", como falam na Argentina, desviou e abriu o placar. No mesmo Morumbi, contra o Paulista, o uruguaio Acosta fez seu único gol até agora pelo Timão também de "taquito".
O herói Herrera quase põe tudo a perder para o Corinthians logo no começo do segundo tempo. O atacante fez a segunda falta violenta e recebeu mais um cartão amarelo, o segundo. Expulso de campo, fez a Portuguesa crescer para cima do Timão. Mas o time comandado pelo técnico Wagner Benazzi não soube aproveitar.
O treinador até tentou atacar. Colocou em campo mais um atacante, ficou com três em campo, mas o Corinthians seguia marcando forte. Felipe levava sustos com chutes de fora da área e em cobranças de faltas ou escanteio. O contra-ataque corintiano era nulo, com Lulinha e Dentinho isolados na frente sem Herrera.
Mano Menezes preferiu não mudar a equipe ao perder Herrera. Segurou os laterias, colocou Fabinho e Bruno Octávio na frente da zaga. No final a Lusa até obrigou Felipe a fazer duas boas defesas, mas pouco para um time que pretende lutar por títulos...
No fim do jogo, a Lusa teve duas chances para empatar. Aos 31, Ramon acertou um chute de primeira, e Felipe espalmou. Sete minutos depois, o goleiro corintiano garantiu o empate ao defender uma bela cabeçada de Bruno Rodrigo.
A ficha do jogo
CORINTHIANS 1 x 0 PORTUGUESA | ||
Felipe Carlos Alberto Willian Chicão André Santos (Bóvio) Bruno Otávio Fabinho Alessandro (Everton Ribeiro) Lulinha Dentinho (Acosta) Herrera T: Mano Menezes | André Luiz Marco Aurélio (Ramón) Bruno Rodrigo Erick Osmar Rai (Claudecir) Carlos Alberto Preto Bruno Recife Cristian Rogério (Catatau) T: Wagner Benazzi |
Gol: Herrera, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Marco Aurélio, Carlos Alberto (P); William, Herrera (C)
Cartões vermelho: Herrera (C) e Claudecir (P)
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima
Auxiliares: Edvanio Ferreira Duarte e Herman Brumel Vani
Data: 20/02/2008
Estádio: Morumbi, em São Paulo
Público: 8.895 pagantes
Renda: R$ 147.936
fonte: globo.com
Comentário da Redação
Pelo estagiário Pedro Silas
Gostei do Mano Menezes que começou com um time mais solto do que nos outros jogos, e espero que não recue o time nos próximos jogos, pois o sistema defensivo está acertado, tem que soltar este time.
A contusão do Alessandro ajudou no primeiro tempo, não pelo fato do Alessandro estar em campo, e sim pela entrada do Éverton Ribeiro, que já merecia mais chances em outros jogos, já que ele entrou muito bem contra o Paulista, só é uma pena ele ter entrado desta maneira, já que o Alessandro é um jogador que começou bem o campeonato no meio, e era um jogador útil no esquema do Mano, espero que melhore o mais rápido possível, mas pelo jeito a contusão foi grave.
O time no primeiro tempo foi muito superior, e mereceu até sair com um resultado melhor, mas a falta de um centroavante complica na hora de definir. Já no segundo tempo com a expulsão do Herrera, o time tomou sufoco, e graças ao Felipe não sofremos o empate.
Foi uma vitória importante, em um jogo contra um time de primeira divisão, e um time, que apesar de estar sem o Diogo, é bom, ou pelo menos melhor do que outros times que o Coringão enfrentou.
Agora este time do Mano terá mais três jogos muito dificeis para o elenco mostrar que pode surpreender e levar o Paulistão: Ponte Preta, Palmeiras e Guaratinguetá. Se quer ganhar o Paulistão, apesar de ser três jogos complicados tem que jogar para ganhar os três.
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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