Alma de Campeão

Em 88 ele chegou finalmente à McLaren. Ao seu lado um rival indesejado, o francês Alain Prost, Bi-Campeão do Mundo. Indesejado para outro, não para Senna. Talvez, se Prost não fosse seu companheiro e rival, o brasileiro não teria conseguido tanto na F1.
Seu primeiro triunfo pela nova escuderia veio em San Marino, e sua primeira grande batida veio no túnel em Monaco.
Durantes 16 etapas em apenas uma a McLaren não saiu no topo do pódio. Senna e Prost monopolizaram a temporada, e restava saber quem ganharia o duelo interno.
No Japão, última etapa do mundial, Senna dependia só de si para sair campeão, mas saindo na pole ele teve um problema na largada, e caiu para o 14º lugar. Uma corrida de recuperação e Senna estava atrás de Prost logo na 27ª volta. O francês não aguentou e viu Ayrton campeão pela primeira vez.
Polêmica

Na prova japonesa Prost chegou com vantagem e tentou jogar Senna para fora, forçando uma duplo abandono, em uma manobra até hoje polêmica. O francês saiu, o brasileiro não. Ele contou com a ajuda dos fiscais da prova, voltou, foi para o box, trocou o spoiler dianteiro e voltou para a pista.
Senna venceu e provou novamente que era melhor. Só que a FIA não achou bem assim. Os comissários da entidade anularam o resultado da prova alegando que, ao voltar à pista, o brasileiro não havia contornado a chicane. Foi uma decepção para o Brasil e para Senna que quase saiu da categoria.
Bi e Tri

Os dois se separaram mas a rivalidade continuou. De novo a briga entre os dois foi até o final, e mais uma vez no Japão seria decidido o destino da categoria. E dessa vez quem foi "sujo" foi Senna, que travou uma briga feroz na primeira volta e um acidente entre os dois garantiu o Bi-Campeonato.
Em 92 a briga foi contra Mansell, agora na Williams Renault, equipe em total ascensão. A disputa ficou mais uma vez para o Japão, e Mansell errou na largada dando o Tri-Campeonato para Ayrton Senna do Brasil.
Em 92 Mansell conquistou enfim seu título, e em 93 foi a vez de Prost, também na Williams, sagra-se campeão. Este ano, inclusive, foi importante pis, enfim, Senna e Prost chegariam a um acordo de paz. Ufa!
Senna já era um campeão, 3 vezes aliás, e não precisava de mais nada para estar na história da F1. Mas faltava um capítulo... o último desta história vitoriosa: Senna foi contratado pela melhor equipe do Mundial, a Williams.
O restante desta emocionante história você confere semana que vem...
Bom domingo a todos.

Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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