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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Euro 08 > De amarelo, Espanha afasta fama de pipoqueira com show e vai à final

* Fúria atropela a Rússia (3 a 0) e se classifica para uma decisão de Eurocopa pela primeira vez em 24 anos. Rival é a Alemanha, domingo

A Espanha deu mais um passo para enterrar de vez a fama que tem de seleção amarelona e, nesta quinta-feira, garantiu vaga na final da Eurocopa com uma atuação muito convincente. Jogando de camisa amarela e sob forte chuva no estádio Ernst-Happel, em Viena, a Fúria atropelou a badalada seleção da Rússia por 3 a 0. Xavi, Güiza e David Silva fizeram os gols da Espanha, que enfrenta a Alemanha na decisão de domingo.

A Espanha, que curiosamente jogou de camisa amarela, soube anular bem Arshavin, principal jogador da Rússia. O volante Marcos Senna, brasileiro naturalizado, teve grande atuação na marcação. A Espanha foi muito pouco ameaçada durante toda a partida.

Esta é a primeira vez em 24 anos que a Espanha chega à decisão de um grande torneio. Em 1984, a Fúria perdeu para a França de Platini na decisão da Eurocopa. Os espanhóis conquistaram o torneio apenas uma vez, em 1964.

Primeiro tempo é de poucas chances

O primeiro tempo foi de poucas emoções. A Espanha começou marcando a saída de bola da Rússia e dominou territorialmente nos momentos iniciais. A Fúria, no entanto, não foi capaz de criar grandes chances de gol no primeiro tempo. Fernando Torres e Iniesta estiveram uma vez cada em boas condições na grande área, mas não conseguiram boas finalizações.

Aos poucos, a Rússia começou a acertar seu posicionamento em campo. Arshavin, muito marcado, esteve sumido na primeira etapa, mas, a partir dos 30 minutos, Pavlyuchenko apareceu bem. Primeiro, o atacante arriscou chute de fora da área que passou rente ao poste esquerdo do goleiro Casillas. Depois, em bola que recebeu dentro da área nas costas do zagueiro Marchena, dominou e perdeu grande chance ao chutar para fora.

A Espanha teve ainda antes do intervalo a baixa do artilheiro da Eurocopa, David Villa. O jogador, que tem quatro gols no torneio, sentiu um problema muscular numa cobrança de falta e teve de dar lugar a Fábregas.

Gol de Xavi abre a porteira russa

No segundo tempo, o panorama começava a seguir pelo mesmo caminho quando Xavi quebrou o marasmo aos cinco minutos. O volante lançou Iniesta no lado esquerdo da área e correu em direção ao gol. Iniesta deu um corte para o meio e bateu cruzado, com força. Xavi esticou o pé e estufou a rede do goleiro Akinfeev.

O gol fez bem à Espanha, que passou a dominar as ações. O técnico Guus Hiddink tentou dar nova alma ao inoperante meio-campo russo, lançando Sychev e Bilyaletdinov nas vagas de Saenko e Semshov. As mudanças, no entanto, não surtiram efeito. Arshavin seguiu sumido e Pavlyuchenko teve de lutar praticamente sozinho na frente.

A Fúria, por sua vez, passou a criar chances. Usando o lado direito de seu ataque, os espanhóis assustaram os russos por duas vezes. Na primeira, a zaga cortou quando Fernando Torres ia cabecear com o gol vazio. Depois, o camisa 9 pegou firme e mandou a bola rente ao poste esquerdo do goleiro Akinfeev.

Na metade da segunda etapa, o técnico Luis Aragonés trancou o meio-campo da Espanha, ao trocar Xavi, jogador com características um tanto mais ofensivas que seu substituto, Xabi Alonso. No ataque, Güiza entrou na vaga de Torres.

As mudanças funcionaram, e a Espanha matou o jogo aos 28 minutos. Sergio Ramos avançou pela direita e tocou para Fábregas, que, com lindo passe em elevação, descobriu Güiza livre no meio da área. O atacante não perdoou e com um toque de categoria desviou a bola do goleiro Akinfeev.

A Espanha seguiu melhor, e a Rússia praticamente não esboçou reação. Em rápido contragolpe, a seleção matou o jogo aos 37. Fábregas foi lançado pela esquerda e cruzou para David Silva escorar e fechar o caixão russo.

Ficha do jogo
RÚSSIA 0 x 3 ESPANHA
Akinfeev, Anyukov, Vasili Berezutski, Ignashevich e Zhirkov; Semak, Zyryanov, Semshov (Bilyaletdinov) e Saenko (Sychev); Arshavin e Pavlyuchenko. Casillas, Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Marcos Senna, Xavi (Xabi Alonso), Iniesta e David Silva; David Villa (Fábregas) e Fernando Torres (Güiza).
Técnico: Guus Hiddink. Técnico: Luis Aragonés.
Gols: Xavi, aos 5; Güiza, aos 28; e David Silva, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Zhirkov e Bilyaletdinov (RUS).
Estádio: Ernst-Happel, em Viena (AUT). Data: 26/06/2008. Árbitro: Frank de Bleeckere (BEL). Auxiliares: Peter Hermans (BEL) e Alex Verstraeten (BEL).

Fonte: Globo.com


Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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