
O resultado, no entanto, não tirou o Fluminense da zona de rebaixamento. O Tricolor chegou a nove pontos, mas foi prejudicado pelo empate do Goiás com o Coritiba. O Vitória se mantém com 20 pontos, e está momentaneamente na segunda posição. No entanto, pode cair na tabela, dependendo de outros resultados deste domingo.
Logo a um minuto de partida o Vitória assustou o Fluminense num lance de bola parada. Ramon cobrou falta no bico da grande área, e obrigou Ricardo Berna a uma bela defesa no ângulo direito. A equipe baiana chegou ao Maracanã com uma proposta de jogo bem definida: atuar bem fechada na defesa e sair nos contra-ataques, explorando a velocidade de seus jogadores.
O Fluminense, no entanto, teve a primeira grande oportunidade de abrir o placar, aos nove minutos de partida. Numa jogada rápida, Junior Cesar recebeu pelo lado esquerdo e cruzou. A bola tocou na mão de Marco Aurélio, e o árbitro Leonardo Gaciba marcou pênalti. Dodô foi para a cobrança, e o colombiano Viáfara usou a mesma tática do equatoriano Cevallos, da LDU, na final da Libertadores. Ele demorou a se posicionar, catimbou, andou em cima da linha do gol. O atacante tricolor cobrou, e a bola foi pela linha de fundo.
O Vitória procurou aproveitar o mau momento do Fluminense, que apesar do domínio, não conseguia chegar com perigo ao gol adversário. Os baianos tiveram uma boa chance aos 26 minutos, em novo contra-ataque. Marquinhos avançou, recebeu belo passe de Ramon e ficou frente a frente com Ricardo Berna, que saiu bem nos pés do atacante e defendeu.
O Tricolor finalmente acordou. A equipe conseguiu impor seu ritmo de jogo, empurrando o Vitória em seu campo de defesa e dando poucos espaços para os contra-ataques. Mas o problema estava na hora de concluir. Washington teve duas grandes chances consecutivas. Na primeira, recebeu dentro da área de costas para o gol e girou, mas caiu, pedindo pênalti de Anderson Martins. O árbitro nada marcou. Em seguida, pegou a bola em boas condições na entrada da área, e, sem marcação, chutou para fora.
Marquinhos marca para o Vitória no segundo tempo
As duas equipes voltaram para o segundo tempo optando por tocar mais a bola, mas a mesma estratégia teve efeitos diferentes. O Vitória segurava o ímpeto do adversário e aguardava o melhor momento para sair para o ataque. O Fluminense mostrava pouca objetividade nos passes, tocando apenas para os lados.
E foi numa troca de passes do Tricolor que o Vitória abriu o placar, aos 12 minutos. Thiago Neves perdeu a bola no meio-campo e proporciou o contra-ataque rubro-negro. Ramon fez um lindo lançamento para Marquinhos, que avançou nas costas da defesa e, na entrada da área, tocou com precisão no canto esquerdo de Ricardo Berna, fazendo 1 a 0.
Renato Gaúcho agiu rapidamente para dar maior poder ofensivo ao Fluminense. O técnico substituiu Fabinho por Tartá e tirou Washington, colocando Somália em seu lugar. Quando deixava o campo, vaiado pelos torcedores, o camisa 9 se dirigiu ao treinador com algumas palavras, havendo uma discussão.
Com três atacantes, o Fluminense procurava chegar com velocidade e confundir a marcação do Vitória. Mas a insistência nas jogadas pelo meio, na frente da área, adversária, facilitava a vida dos baianos. E, com isso, foi numa jogada de bola parada que o Tricolor chegou ao empate, aos 26 minutos. Thiago Neves cobrou falta na área, e Viáfara não conseguiu segurar a bola, depois de uma rebatida. O rebote ficou com Rafael, que concluiu para fazer 1 a 1.
O gol deu o gás necessário para empolgar time e torcida do Fluminense. O Tricolor partiu para cima do adversário e criou algumas oportunidades, principalmente em chutes de fora da área. Mas a defesa do Vitória evitava a virada na base dos chutões para a frente.
Mas de tanto insistir, o Fluminense chegou à virada. De vilão, Dodô virou herói aos 36 minutos, quando recebeu lançamento de Conca dentro da área e tocou na saída de Viáfara, virando o placar e garantindo a vitória tricolor.
Goiás vira, mas Coxa empata no fim

As duas equipes voltam a entrar em campo nesta quinta-feira, ambos contra times cariocas. Enquanto o Goiás visita o Vasco, em São Januário, o Coritiba recebe o Flamengo, no Couto Pereira.
Muitos gols perdidos
O Goiás começou melhor, tendo a iniciativa de partir para cima. A primeira tentativa surgiu aos 13 minutos, com uma levantada de Paulo Baier para Romerito cabecear do lado direito de Édson Bastos. O lance se repetiu, desta vez com Iarley mandando de cabeça por cima do gol.
Só aos 30 minutos o Coritiba chegou com perigo, em lance individual de Keirrison, que recebeu de Marlos, driblou o zagueiro e bateu de pé direito, mas longe do gol. Três minutos depois, Alex Terra recebeu em profundidade na área, disputou com Maurício e caiu na área pedindo pênalti. O árbitro Wilton Pereira Sampaio mandou seguir, sob protestos da galera no estádio.
Aos 43, Baier desperdiçou uma chance incrível ao invadir a área sozinho, mas perdendo o tempo da bola para usar o pé direito. No contra-ataque, Keirrison apareceu livre, mas Harley fez ótima defesa.
Segundo tempo agitado
Logo na volta do intervalo, o Coritiba abriu o placar com um belo gol. Leandro Donizete lançou Hugo, que deu um drible da vaca no marcador e rolou para Keirrison acertar o cantinho direito de Harley. O gol parecia ter dado ânimo para o Coxa, que passou a atacar com maior desenvoltura. Logo depois, Rodrigo Mancha acertou um chute cruzado e quase aumentou.
Mas aos oito, em um lance aparentemente inofensivo, Vitor cruzou para a área, Iarley desviou de cabeça, e Romerito subiu livre para meter de cabeça para as redes, deixando tudo igual no placar.
O Goiás, sim, se empolgou e partiu para cima tentando virar o jogo. Aos 12, Rafael Marques cabeceou com perigo. Em seguida, Adriano Gabiru, que substituiu Baier no intervalo, arrancou tinta do poste direito de Harley. E Iarley acertou o travessão aos 23 em uma sensacional cobrança de falta pela esquerda.
A equipe esmeraldina continuava insistindo. Aos 32, Fábio Bahia, que acabara de entrar na vaga de Vítor, cruzou pela direita para Romerito cabecear. Édson Bastos fez ótima defesa. Mas no minuto seguinte, o zagueiro Paulo Henrique subiu mais alto que todos e, após bom cruzamento de Iarley, virou o jogo no Serra Dourada.
Mas a alegria do time goiano durou nove minutos. Aos 42, Bernardo deu um chute da entrada da área, e adiantado, Harley aceitou. O Coritiba empatou o jogo no finzinho, para desespero da torcida no Serra. Nos acréscimos, Pituca ainda desperdiçou uma chance inacreditável debaixo da trave, sendo sério candidato ao quadro Bola Murcha do "Fantástico".
Fonte: Globo.com
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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