
Aquela Copa do Mundo de 98 foi a primeira que acompanhei pra valer. Saía todos os dias correndo da escola, pois dava tempo de assistir o final do primeiro jogo do dia, e os outros dois jogos inteiros. E quando tinha jogo do Brasil era aquela agonia, pois em campo estava uma das minhas grandes paixões no futebol, a Seleção Brasileira.
Porém, pelo pouco que eu entendi do esporte bretão, já percebia que aquele troféu ficaria na França mesmo, onde os azuis, liderados por um jogador alto calvo e com a número 10 nas costas, apresentavam um show de futebol.
E assim os dias foram passando, e a cada grande jogo que eu via, mais tristeza tomava conta do peito pois se aproximava o fim desse mundial. E tanto meu Brasil, quanto a França do tal Zidane foram avançando até que no dia 12 de Julho de 1998, há 10 anos e 1 dia, os dois estavam frente à frente no Estádio Saint Denis, para decidir a Copa.
Confesso que torci muito. Muito mesmo. E fiquei completamente frustrado após o placar arrasador de 3 a 0, com dois gols do carequinha de cabeça. Na minha mente ainda não dava para entender tudo que se passava. Que Ronaldo viveu um problema muito misterioso, que a zaga não marcou, ou que a Nike teria vendido o jogo... muito coisa para minha cabeça.
A decepção com a derrota foi grande, e queria muito que chegasse a outra copa para que pudesse torcer de novo pelo título. Ela chegou, o Brasil ganhou, mas não foi como em 98. Não torcia mais tanto pela seleção. E hoje, torço menos ainda, e dúvido que algum garoto de 9 anos tenha hoje 1% do sentimento que eu tinha quando, há 10 anos, o Brasil perdia a Copa da França.
Boas lembranças dos últimos dias como torcedor brasileiro...
Um grande abraço e bom domingo.
Direto da Redação

Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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