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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Campeonato Brasileiro > Santos apanha em Floripa

* Figueira mete 3 e complica a vida de Cuca; Peixe segue na Zona de Rebaixamento

O Figueirense não teve nenhuma compaixão com o Santos. Aproveitou-se da péssima fase do time da Vila Belmiro e fez 3 a 0, nesta quarta-feira à noite, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Peixe continua em seu calvário no Brasileirão.

Com apenas oito pontos, segue na penúltima posição, sem vencer há dez jogos. Já o Figueira vai a 19 pontos, próximo à zona de classificação para a Taça Libertadores.

No fim do jogo, surgiu uma conversa de que Cuca teria pedido demissão e a diretoria aceitou. Porém nada foi confirmado. O treinador comandou o Santos em oito jogos e não conseguiu nenhuma vitória. Zetti e Geninho já foram consultados para substitui-lo.

Figueirense mata o jogo

Pressionado pela péssima fase que atravessa, o Santos foi para cima do Figueirense, mas seguiu com sua sina de perder chances demais. Quase abriu o placar logo no primeiro minuto, quando Michael cruzou da esquerda e achou Kléber Pereira livre dentro da área O atacante, sozinho, perdeu o gol mandando por cima. O artilheiro do Peixe voltaria a ameaçar o gol de Wilson aos 14, quando dominou dentro da área e mandou bomba de pé esquerdo. O goleiro defendeu. Como tem acontecido muito neste Brasileirão, o Peixe ficou no quase.

O Santos foi um time nervoso e o Figueirense soube se aproveitar disso. Apertando a marcação no meio-de-campo e jogando a bola na área do Peixe, o time catarinense ia criando suas chances. Com uma zaga desentrosada (Fabiano Eller estreou formando dupla com Domingos), mal posicionada e sem o goleiro Fábio Costa, machucado, o time de Cuca mostrou-se muito vulnerável, sobretudo nas jogadas pelo alto.

E foi justamente num chuveirinho que o Figueira abriu o placar. Marquinho cobrou falta da direita e Edu Salles nem precisou subir para ganhar de Kleber e cabecear para o chão, matando o goleiro Felipe.

A desvantagem no placar fez a equipe santista entrar em parafuso. O time se lançou ao ataque, deixando ainda mais vulnerável a fraca defesa, que passou a ser alvo de rápidos contra-ataques. À vontade em campo, o Figueirense trocava bons passes e não tinha nenhuma dificuldade para entrar na área santista.

Aos 45, veio o segundo gol. O Peixe foi todo para a frente numa jogada de escanteio. Não fez o gol e levou um contra-ataque mortal. Magal desceu em alta velocidade, avançou e abriu para Edu Salles na direita. O atacante dominou e chutou forte, cruzado, de pé direito. Felipe nada pôde fazer.

Golpe de misericórdia

O Santos voltou grugue para o segundo tempo. Errando passes primários, com marcação frouxa, desorientado. Cuca tentou dar mais opção de ataque. Tirou o inoperante Apodi para colocar mais um atacante: Lima foi o escolhido.

No entanto, com a saída de Apodi abriu-se um abismo no lado direito da defesa santista. E foi por ali, aos 12, que o Figueirense ampliou. Marquinho invadiu a área e apenas rolou para Tadeu emendar de cabeça, ampliando o placar e o sofrimento dos santistas.

Tranqüilo em campo e diante de um adversário totalmente entregue, o Figueirense foi criando chances com extrema facilidade. Edu Salles, Cleiton Xavier, Marquinho e Tadeu trocavam passes com rapidez, colocando a zaga santista na roda. Na base do desespero, Cuca tirou o meia Michael e colocou o atacante Tiago Luís, abrindo de vez sua equipe, que passou a atuar com quatro jogadores de frente: Maikon, Tiago Luís, Kléber Pereira e Lima.

O volume de jogo do Santos no ataque melhorou. Mas isso não significou muita coisa. O Figueirense, com sua zaga bem posicionada, neutralizava as tentativas do Santos e aproveitava-se dos enormes espaços que tinha à disposição. Aos 25, Marquinho passou fácil por Tiago Luís (que marcava pelo lado esquerdo, como um lateral) e cruzou forte. A bola passou na frente de Felipe e só não entrou porque ninguém conseguiu alcançá-la.

Aos 41, Magal exagerou na empolgação. Deu uma pancada em Tiago Luís, por trás, e acabou levando o vermelho, deixando o Figueirense com um jogador a menos em campo. Mas o tempo não teve tempo, nem capacidade técnica para reagir.


Ficha do Jogo

FIGUEIRENSE 3 x 0 SANTOS
Wilson, Ânderson Luís, Bruno Perone, Asprilla, William Matheus (Leandro Carvalho); Diogo, Magal, Marquinho, Cleiton Xavier (Rodrigo Fabri); Edu Salles (Ricardinho), Tadeu. Felipe, Apodi (Lima), Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Adriano, Rodrigo Souto, Molina (Wesley) e Michael (Tiago Luís); Maikon e Kléber Pereira.
Técnico: PC Gusmao. Técnico: Cuca.
Gols: Edu Salles, aos 27 e 45 minutos do primeiro tempo; Tadeu, aos 12, minutos .
Cartões amarelos: Michael, Domingos, Molina, Adriano, Fabiano Eller, Wesley, Rodrigo Souto (Santos), Diogo, Cleiton Xavier (Figueirense). Cartão vermelho: Magal (Figueirense).
Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Data: 16/07/2008. Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA). Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA/Fifa) e Adaílton Jesus Silva (BA).


Comentário da Redação
Começo do Fim

Graças a Deus não assisti o jogo então nem posso comentar nada. Comento apenas sobre a provável saída do técnico Cuca, ainda não confirmada, mas que deve ser anunciada nesta quinta.

É aquela coisa: Cuca não tem mais clima para continuar, mas sua saída também não vai melhorar nada. Pelo contrário, começam a surgir os principais sintomas de um time rebaixado. Sim, rebaixado, pois esse é o caminho que o alvi-negro está seguindo.

Trocar muitas vezes de técnico, comprovadamente, é sinal de fracasso. Os outros sintomas estão evidente: má qualidade técnica, má fase, derrotas humilhantes, crises entre jogadores...

Time para cair eu acho que não temos, mas isso não significa nada. Para baixo todo santo ajuda, e o Santos está rolando ladeira abaixo, sem freio.


Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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